Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

10- Diário de Edolon. O ritmo e a dança.

(797 palavras)

"A maior ilusão do homem é a própria realidade, o conhecimento reside no espelho da alma."

A frase não me saia da cabeça, o que ela sugere? Que a realidade é subjetiva que pode ser interpretada de maneiras diferentes por pessoas diferentes? Que o conhecimento que vem da reflexão pode ser mais valioso que o conhecimento baseado na perceção?

Poderia fazer diversas perguntas e não encontrar nenhuma resposta, pelo contrário, só aumentaria a confusão que me aflige, com novas perguntas. A realidade não é apenas percebida pelos sentidos, é fácil compreender e a reflexão interna ajuda a termos uma melhor compreensão, mesmo no meu estado de espírito, é compreensível.

E se não há sentidos, se não há reflexão interna e tudo é implantado? Ou seja, se a frase tiver um significado literal, ou seja, a realidade está no espelho. Espelho, onde não pude perceber o meu reflexo, e o tapei com um manto. Não posso deixar o medo vencer-me!

Olhei para o espelho com desconcerto, arrastei o manto que o cobria e em vez de observar a minha imagem, vi uma mulher sentada num banco no jardim, à beira da praia. Ela usava umas calças de ganga e uma blusa azul, e se envolveu com paixão nas páginas de um livro. Os seus olhos brilhavam de amor pela poesia, mas o rosto mostrava uma luta entre o dever e a arte que iluminava o coração. Antes de partir, ela escreveu as suas reflexões na areia com um pau, e com os seus dedos desenhou versos e frases. Foi embora, mas seu coração ansiava por ficar entre as páginas do livro.

Sou um espetador em silêncio, enquanto as suas palavras ganham vida diante de mim, observando o voo das gaivotas. Os riscos de areia, admiravam o sol, e se perguntavam se a água que corria para o mar, buscavam a união, a eternidade ou apenas a força da gravidade.

As palavras tornaram-se mais claras, no sussurro de uma voz feminina:

Eu, pensamentos esculpidos na areia, observando o voo distante das gaivotas. Anseio pela eternidade do sal, no sonho de me tornar mar e persistir.

E depois parou, num compasso como se recordasse e retomou — antes de me tornar areia, fui uma lágrima triste, que já continha o sal que agora quero ser.

Fiquei maravilhado com aquele momento, a poesia escrita na areia e o universo a pulsar no meu coração. A mulher partiu, deixando a poesia para trás, misturada com as ondas do mar.

Mas de repente, emergindo da espuma de uma onda, lá estava ela, vestida de laranja, e o sol afundando no mar, envolto numa cor alaranjada. A lua subiu no céu, e eu, fui teletransportado para dentro do espelho, dançando sobre as ondas ao lado da mulher de vestido cor de laranja. Fiquei hipnotizado com aquela cena, a poesia escrita na areia virando mulher e o mar a puxar-me para dançar.

A dança começou com uma energia pulsante, como se a música guardada na própria essência da vida estivesse se tornando viva. O ritmo nasceu e a dança tomou forma nos nossos corpos. A música transformou-se em movimentos suaves e fluidos, como se as nossas almas se derretessem e se fundissem. Elevámo-nos com o vento, como se estivéssemos a dançar nas nuvens, embalados pelo sol ardente da clara noite. A dança vivia na madrugada do sonho da música, guiando a minha alma. A dança era algo de fantástico, onde dois seres se conectavam através do ritmo e da paixão.

Era como se seguimos juntos em direção à eternidade, com os nossos espíritos dançando como um só, um portal para outro mundo, onde a realidade e a fantasia se uniam. A dança é a língua universal da alma, expressando as suas mais profundas paixões e desejos. Era a arte de se conectar com o universo através do corpo e da mente.

Sem compreender como, atraído por uma força externa, constatava o meu reflexo no espelho, consoante a realidade, mas não do jeito que queria naquele instante. Subitamente, voltei a mim, ali de frente ao meu reflexo, um ser sem memória, só pensamentos: porque não procurei um médico este tempo todo, quem sou eu, o que faço aqui?

Mas por uma lei natural, ou seja, o que for, essas questões já não me afligiam tanto, e dizia, para mim mesmo, que as atitudes têm mais importância que as memórias, que os fatos que aconteceram, na minha vida, serão admitidos e não protestados. Que o meu foco, seria, apenas, acreditar no que podia controlar e modificar e não nos lamentos de um passado inexistente.

Ainda sem explicação para o que vi, decidi aceitar, decidi deitar-me, pois seguiria as instruções do bilhete, tentando a racionalidade em vez da emoção. Não é que o bilhete seja racional, mas a estupefação que sinto pelos delírios que tenho na mente parece menos sensata.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro