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No final, nosso time ganhou de 3x2. O jogo acabou próximo da uma da manhã, por isso, o treinador disse que amanhã poderíamos tirar a parte da manhã de folga, mas após o almoço não teríamos mais aquele descanso. Todas saíram para comemorar e aproveitar a madrugada, enquanto eu fui para casa e desabafar com Thamires o que aconteceu.

Ela me esperava no sofá, já com um filme de comédia romântica na televisão pausado e na mesa de centro dois potes de sorvetes, um de chocolate belga e outro de creme. Eu rio sem graça com o seu esforço em me animar. Ela conhecia as minhas dificuldades e me fazia se sentir a vontade para confidenciar os meus sentimentos à ela. Thamires é minha melhor amiga em todas as horas e para tudo. Mesmo que não nos entendemos em tudo ou concordemos em alguns detalhes de minha vida.

— Irmã — ela começa, virando para mim, assim que o filme acaba e eu colocar tudo para fora —, não brigue comigo, mas eu marquei um encontro para você, hoje às oito e meia.

— O que? Por que você fez isso, Thamires?! Sabe que eu detesto encontro às cegas! — exclamo, reclamando dela ter feito novamente aquilo. Já havia conversado sobre com ela, mas ela tendia a nunca me ouvir quando o tema era: relacionamento amoroso da minha vida.

— Mas eu juro que será vez você vai amar! Vai por mim — ela segura as minhas mãos e faz um beicinho, implorando para eu aceitar.

Odiava estar naquela situação, contudo, se ela havia posto o meu nome em jogo, me comprometendo a ir, eu não gostava de faltar com a minha promessa, por mais que eu não tenha dito nada. Não queria constranger a pessoa ao ridículo em me esperar e eu nunca aparecer. Não que eu gostasse de passar vergonha nesses encontros, todavia, preferia enfrentar a situação à fugir por medo.

Solto o ar, bufando, por mais uma vez ter que dar o meu braço a torcer e deixar a minha irmã cumprir o seu papel em minha vida: arranjar homens para mim, porque não acha que eu tenho capacidade o suficiente para fazê-lo sozinha. Talvez ela também tenha um pouco de razão, por supor que eu precise de um empurrão. Só que ainda sim, eu não havia iniciado aquela nova etapa em minha vida: a caça ao marido ideal.

Eu tinha os meus receios: quase a maioria dos homens prefere mulheres brancas e a outra parte não gosta de saber que ganha menos do que a mulher. No meu caso, eu sou tanto morena e recebo muito mais do que a massa trabalhadora masculina — se eu pensar em um emprego comum. Minhas chances de encontrar alguém já era bem pequena, e tinha mais um fator a ser considerado: por causa do meu emprego, eu passaria muito tempo fora de casa, viajando para os jogos em outros Estados. Será que ele aceitaria isso?

Ou seja, o que já era uma porcentagem pequena reduziu ainda mais, se tornando quase nula. Então, eu entendo as razões de minha irmã se preocupar comigo e tentar achar alguém que me aceite como sou, mas na teoria não seria como na prática.

— Argh! Mas é cada uma que você me arranja para a cabeça — resmungo saindo do sofá, já com a minha decisão formada, bato os pés no chão, inconformada por ela não se aquietar e deixar a vida fluir.

— Vai com o vestido azul, você fica linda — ela grita, sabendo que eu iria. Em resposta, eu bato a porta do meu quarto.

Thamis tinha sorte por já ter conhecido o seu namorado na faculdade, enquanto ela cursava arquitetura. Percy fez um pouco do curso, mas mudou para engenharia. Hoje eles completam 3 anos de namoro e eu prevejo que na próxima data especial, ele a pedirá em casamento, por causa de algumas perguntas suspeitas que ele fez para mim, sobre as datas dos meus próximos jogos, pois ele quer fazer um pedido romântico, porém ele precisará arrumar tudo e demandará muito tempo e minha irmã suspeitaria, caso ele não responder as suas mensagens.

Eu seria a distração, embora nós não tenhamos gostos similares. Mas eu daria um jeito.

🏐🏐🏐

Durmo só até às 9 da manhã, mesmo estando cansada. Por saber que eu não voltaria a dormir, mesmo ficando na cama, eu me levanto para tomar café da manhã. Como divido o apartamento com minha irmã, ela já deixou tudo preparado para mim, saindo cedo de casa para ir trabalhar. Aproveito que Tobias nos deu a manhã livre para ir no hospital visitar o treinador Juliano e me desculpar pelo jogo de ontem.

Não tardo para me arrumar e sair de casa. Chegando ao hospital de metro, por meu carro estar no conserto, eu vou até o quarto do treinador. Eu já sabia onde era por já ter vindo aqui antes com algumas meninas do time para perguntar como ele estava. Já fazem duas semanas que ele se acidentou, quebrando um braço, duas costelas, fraturou também a perna em três partes, por sorte a cirurgia ocorreu bem e ele agora está acamado, esperando seu corpo se recuperar.

Bato na porta e abro-a, vendo o meu treinador, um homem bem parecido com Tobias, mas já com os cabelos brancos na cabeça, as rugas de expressão em sua face pelo tempo sorrir para mim, feliz com a minha visita. Ele me pede para entrar e eu vejo que não estava sozinha, seu filho também estava no quarto. O cheiro amadeirado invade meu nariz e eu estremeço por dentro ao me familiarizar com a fragrância, recordando da vez que andei de carro com ele, sozinha.

Engulo em seco, corando ao encontrar com seus olhos azuis. Parece que tivemos a mesma ideia. Tobias se levanta da cadeira e me convida para sentar em seu lugar. Eu aceito e agradeço, reparando que usava, além de moletom e uma camiseta do Clube, uma jeans básica e uma camiseta polo, e o seu boné de ontem. Fico ainda mais vermelha recordando do momento em que ele colocou o seu boné em minha cabeça.

Tobias fita os meus olhos, como se soubesse o que eu estou pensando e puxa ligeiramente o lábio para um meio sorriso, não desviando o olhar. Eu, por ser fraca em demonstrar minhas reações, quando não queria, tendo a certeza de que ele já sabia o que se passava em minha mente e pensando em momentos que tivemos juntos, desvio, olhando para os meus pés.

Aquilo sim era constrangedor demais. Só que não mais do que aconteceu logo em sequência. Ao passar para o lado, para dar-lhe passagem para ir em direção a porta, Tobias também de movimenta para o mesmo lado que o meu. E, quando eu tento novamente, ele me imita. Sinto a queimação por dentro ferver em minha pele e meu coração acertar pancadas em meu peito.

Encaro seus olhos, pedindo clemência para aquela situação vergonhosa.

— Permita-me — ele diz, colocando a mão em meu ombro, quase que me segurando no lugar para ele se mover para o lado e me deixar passar. — Eu vou para casa, pai, depois eu volto para vê-lo. — Diz Tobias indo em direção a porta. Contudo, ele para no lugar e me fita, quase sugerindo alguma coisa em seu olhar e em seu comentário posterior: — Até mais tarde, Dina.

Remexo as minhas mãos, nervosa ainda com a situação. Já havia censurado a minha mente com aqueles tipos de pensamentos, ainda mais com influência de minha irmã, brincando que eu vivia um romance proibido em quadras com o treinador. Aquilo era sério, minha pequena paquera nele estava ficando fora de controle. Precisava parar de pensar no fato do treinador júnior estar sempre bonito e cheiroso e como seria legal ter alguém similar a ele para meu ser meu pretendente.

Vejo uma água na cabeceira da cama e não hesito em tomar alguns bons goles para apagar aquela chama ardente em mim e levar junto a vergonha que eu sempre passava, quando estava com Tobias.

— Era minha essa água — pigarreia Juliano e eu cuspo, levando a mão até a boca. Fala sério! Até com o pai eu consigo passar vergonha?

Troco olhares com ele, que somente ri e indica que eu poderia beber à vontade, mas eu reparo na forma que ele me olha, achando graça a minha desatenção.

Perto dás 11 horas, eu vou embora do hospital, sentindo o meu coração mais leve e meu corpo mais relaxado, após confessar os meus pecados para o meu treinador sobre o que aconteceu ontem de noite. Ele não estava bravo e nem desapontado comigo, somente preocupado com a minha saúde mental e como eu estava lidando com o meu trauma.

Juliano acompanhou o meu progresso desde o acidente em quadra até a minha volta ao time, recuperada. Mas ele sabia que uma parte de mim ainda não havia retornado como deveria, pois eu estava presa demais ao meu medo em me quebrar novamente. E ele estava certo. Eu me encontrava apavorada. Se sucedesse de novo aquilo, eu poderia até perder a minha carreira, por ter um ferimento mais agravante e me incapacitando de continuar nos jogos.

Ele me disse para eu continuar com os treinamentos com Tobias, pois confiava nos instintos do filho e, disse mais, Tobias já havia estudado sobre acidentes pós traumáticos em jogadores e como lidar com tudo aquilo. Eu confiava em Tobias, mas não significava que conseguiria abraçar a sua experiência com facilidade.

Voltei para casa com a cabeça cheia, sentindo a necessidade em ir até a quadra espairecer, socando a bola. Quando eu treinava, parecia que as minhas dúvidas iam embora. Minha irmã dizia a mesma coisa, mas no caso dela era com papel, lápis e régua na mão.

Engraçado como os nossos sonhos estão tão pertos de nós, quase uma linha tangível, que é delimitada com o nosso esforço e crença em nossa capacidade em tornar real o que somente existia em nossa imaginação. Chamar à existência coisas que não existem, como se existissem.

Esse é o nosso poder, como nós vamos transformar o mundo. Termos a coragem de crer no impossível e ir atrás dela. Dos nossos sonhos. Por isso eu não desisti de tentar, de superar o meu trauma. Se eu parar agora, nunca vou saber se conseguirei vencê-lo.

🏐🏐🏐

Já estava cinco minutos atrasada, quando eu chego ao restaurando, em que a minha irmã fez as reservas para o encontro às cegas. Tobias havia me liberado naquele dia para o meu compromisso, sem querer justificativas e eu voltei, após o treino de tarde correndo para casa, para não perder a hora.

Seguindo o conselho de minha irmã, eu coloquei o vestido azul claro. Ele descia até o chão com leveza e simplicidade, mas não tirava a elegância e a beleza da peça. Na parte superior, continha listas pretas até a alça do vestido, que era trançado na parte de trás. Continha um leve decote na parte da frente, porém, nas costas, o vestido era mais audacioso, pois era aberto até a cintura.

Para combinar com o visual e trazer um pouco da cultura de minha terra natal, eu prendi o cabelo em uma traça, que se transformava em um rabo de cavalo, para expor minhas costas e prendi algumas penas preta e branca em meu cabelo, que traziam um ar único em minha vestimenta. Coloquei um colar adornado de miçangas pretas e um bracelete fino, que também tinha penas iguais de minha cabeça. Para finalizar, pus um salto alto preto, rendado.

Como sempre naqueles encontros, eu nunca sabia esperar quem seria o par da vez, pois minha irmã temia que eu negasse pela aparência física do cidadão. Claro que ela também nunca me fez ir a um encontro com uma pessoa feia, mas eu tinha minhas preferências, que implicava olhos azuis e um belo sorriso. E, com certeza, alguém próximo a minha idade.

Eu até ficava surpresa com o número de homens que já aceitaram vir nesses encontros comigo, não sabia se eles estavam desesperados por alguém ou se não acreditavam que sairiam com uma jogadora profissional. Mas independente da resposta, eu estava no mesmo barco: o que faz uma jogadora nova estar correndo atrás de homem agora?

O atendente abre a porta para mim e eu agradeço, procurando por aquele que seria o meu par, até eu colocar os meus olhos nele. Sinto o frio na barriga e meu coração bater mais rápido do que a velocidade de meus saques. Ele seria o meu par naquela noite?

Vestido de terno azul marinho e uma gravata preta, eu o vejo se levantar de nossa mesa e vir me receber na porta. Olho para os sapatos sociais que ele vestia, achando até cômico não encontrar os tênis esportivos, que tanto usava em quadra. Subo o olhar para seus cabelos castanho-claro sem o boné de sempre. Tobias parecia outra pessoa.

— Boa noite, Dina — ele anuncia a sua chegada com um largo sorriso (e que sorriso!) e estica o braço em minha direção, porém, ao invés de ele me cortejar, Tobias me provoca: — Agora sim nós podemos chamar isso de encontro.

Eu coro instantaneamente, por ele relembrar aquele momento que disse que estávamos em um encontro. Acompanho-o até a nossa mesa, na qual ele puxa a cadeira para eu me sentar e tomar o seu lugar. Ainda embasbacada com o que estava acontecendo, ele me fita, parecendo entretido.

— Você aceitou o pedido maluco da minha irmã de ir a um encontro às cegas? Por quê? — questiono após retomar o ar e a lógica da situação. Passo a encarar os seus olhos azuis, assim como ele fazia comigo.

— Não foi um pedido maluco, apesar de eu estar extremamente curioso do porquê sua irmã está recrutando homens para a sua lista de "possível namorado". — Tobias diz, me servindo o vinho que já havia pedido.

— Eu não exatamente a mulher mais cobiçada — respondo bebericando, tentando mudar de assunto, apesar de saber que aquele seria o tópico mais comentado.

— Isso é uma surpresa para mim. Você é uma mulher muito bonita, Dina — eu paro de beber e o olho, sem saber o que falar. Tobias tinha acabado de me elogiar? — A propósito, perdoe a minha falta de educação, está muito elegante nesta noite.

Por ser pega de surpresa, eu responde de imediato.

— Você não se parece com o meu treinador. Quer dizer, você está diferente sem o boné e as roupas esportivas. — Vejo novamente aquele olhar brincalhão e o meio sorriso. Eu estava me enrolando só por tentar elogiá-lo de volta. Argh! — O que eu estou tentando dizer é: você está bonito também, treinador.

— Por favor, me chame de Tobias — ele me pede de novo.

— É meio esquisito, se me permite dizer — Tobias me fitava como se eu fosse algo raro e extraordinário, o que me constrange, mas não me impede de falar o que eu pensava. — Você é tão sério e exigente em quadra, mas aqui fora, você até sorri. Não estou acostumada com isso.

— Dina, diferencie quem eu sou com o que eu faço. Só porque eu sou seu treinador, que busca explorar o seu talento, não significa que também sou carrancudo fora de quadra.

Tobias faz uma pausa, que eu diria ser estratégica, pois me faz refletir com sua resposta sobre todos os momentos que eu tive com ele em ambos os lugares. Ele ela diferente, parecia até mais leve e sem toda aquela pressão sobre seus ombros.

— Mas eu posso afirmar o mesmo sobre você. A senhorita me surpreendeu.

— Te surpreendi como? — questiono, me aproximando dele, interessada com o seu comentário.

— Ah — ele também se aproxima ligeiramente —, primeiro que acreditava que teria uma fila de pretendentes correndo atrás de você. Não há justificativas para não ter, você é linda, inteligente, esforçada e carismática. Mas o que mais me admira é a sua força e perseverança. Desde o dia que o meu pai te contratou, eu venho acompanhando o seu crescimento no time. Você é uma mulher inspiradora, Dina.

Coro e sorrio, tímida com tamanho elogio, contudo, logo volto a olhar para ele, agradecendo pelas palavras e o carinho. Alargo o sorriso e estico a minha mão para tocá-lo.

— Muito obrigada, Tobias. Eu não imaginava que conseguia fazer isso... Quer dizer, eu quero muito ser uma referência as pessoas, mas não sabia que já estava realizando o meu sonho. — Ele aperta a minha mão com ternura e gentileza, fazendo parte daquela minha jornada. — Eu... Desde o acidente, eu pensei que tinha perdido essa minha capacidade de transmitir essa energia e esperança a todas garotas e garotos que me assistem.

— A sua luz é muito mais reluzente do que imagina, Dina. — confessa sem desviar o olhar, intensificando o contato. — Eu a vi cair muitas vezes durante a sua jornada, mas eu nunca a vi permanecer no chão. Você sempre encontra uma maneira para levantar e continuar a caminhada. Isso motiva a todos nós.

— Obrigada mais uma vez — digo e puxo a minha mão de volta, apesar de querer continuar sentindo o calor de sua pele contra a minha. — Não sabia que era paquerador.

Como sempre, eu solto um comentário impróprio. Tobias ri, quase gargalhando do que eu falei, talvez pensando o mesmo que eu.

— E não sou. Gosto de pensar que sou bem reservado, mas com a companhia certa, não vejo motivos de me esconder — seus olhos brilham com o mistério de suas palavras. Seria uma indireta para mim? Um flerte bem direcionado? Coro ainda mais com meus pensamentos descabido. Tobias pigarreia e muda de assunto. — Uma vez meu pai me disse que nós não somos frutos do acaso. Se nós quem escolhemos qual caminho trilhar, então somos frutos de nossa determinação. O que plantarmos, colheremos amanhã.

— Concordo — ergo a taça de vinho e completo: —, vamos então saudar esse encontra à isso. Somos frutos a nossa determinação.

Tobias abre um largo sorriso e brinda comigo.

No restante da noite, após pedirmos comida e nos saciarmos dela, eu conto todas as aventuras que Thamis já aprontou comigo, fazendo-o rir e confessar os seus pecados para mim. Poderia ser um pouco da influência do vinho, da boa companhia ou do clima agradável e singular entre nós, mas eu sentia que se eu quisesse seguir os meus sonhos, eu teria que tomar coragem de enfrentar o medo de verdade, seguindo o conselho de Tobias. Determinar o que colherei amanhã.

Por isso, após nos despedirmos, com ele me levando para casa, eu não perco tempo para me vestir e ir até o Clube. Por ser meia noite, eu uso o acesso de Tobias para adentrar no recinto, e vou até a quadra, já acendendo todas as luzes. Pego o cesto portátil de bolas e levo até próximo a rede.

Agora era a hora de acertar as contas.

Pego a primeira bola e a jogo para o alto, faço a contagem dos passos e salto, mas estremeço ao lembrar da dor em minha pele, a agonia que sofri e vou ao chão. A bola cai e sai rolando pela quadra. Respiro fundo. Eu sabia que iria conseguir. Mas precisava de coragem.

Coragem para saber que eu não iria mais me machucar. De enfrentar o desconhecido. Todavia, a vida é mesmo assim: cheios de desafios que temos que encarar para vencermos. Todas as lutas são proporcionais ao que aguentamos, por isso, que eu não posso desistir. Pois que sei que eu sairei vitoriosa.

Novamente jogo a bola para o alto e salto. Salto em direção do meu sonho. E faço o movimento para bater na bola. A força é perfeita e exata, fazendo-a passar pela rede e cair na quadra inimiga, quicando no fundo. Vou ao chão e grito, comemorando o meu feito. Berro de alegria e êxtase.

Levo um susto quando escuto palmas vindo da arquibancada dos jogadores e olho para ver quem estava lá. Tobias.

— Senhor, homem! Vai me matar do coração assim! — exclamo, levando a mão no peito e respirando para aquietar o coração. — Como soube que eu estava aqui?

— Foi um lindo corte. Se fazer um desses no jogo, ninguém a parará. — Afirma ele caminhando agora em minha direção, com um semblante orgulhoso do que assistiu. Ele também havia se vestido, e eu franzo o cenho, curiosa com aquele fato. — Eu também vim aqui no Clube, mas para pegar uma papelada para amanhã cedo. Só que ao chegar, eu a vi entrando e não pude me conter. Senti que faria algo assim e pensei em ser sua dupla para essa noite.

— Acho que você começou a me conhecer — digo pegando mais uma bola, assim poderia jogar para ele e erguer para mim.

— E eu só estou no início.

Nós nos fitamos com muitas promessas silenciosas entre nós e ansiosos para torná-las real e vívidas.

— Então vamos jogar — concluo, e ele sorri, entendo o que eu queria dizer.

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