Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

XXXV


Crystal

Ao sair da faculdade, mandei mensagem para a Izzy e para o meu pai, avisando que só voltaria para casa mais tarde.

Fui até a casa da minha mãe, e passei um tempo com o Henry. Eu não consigo deixar de ver aquele fofucho de sorriso banguela. Eu sou mesmo uma irmã babona.

Almocei com a minha mãe, que agora trabalha de casa, e depois fiz companhia ao Henry. Não sei porquê, mas fiquei com uma leve impressão de que minha mãe ficou um pouco desconfortável ao me observar com ele.

Nos últimos dias, eu a tenho visto muito pensativa, e ela enfatizar o quanto nos ama, e que como mãe ela também pode cometer erros, tem me deixado preocupada. O que será que está acontecendo?

Depois do banho da tarde, Henry dormiu, e antes de sair, resolvi conversar com a minha mãe.
Dou duas batidas leves na porta do escritório, e entro em seguida.

- Oi querida! - ela volta sua atenção pra mim. - Henry já dormiu?

- Sim, e eu já estou de saída. Ainda tenho que passar em um lugar antes de ir pra casa do papai. - sigo até sua mesa.

- Tudo bem.

Por alguns instantes eu não digo mais nada, e ela da atenção a alguns papéis sobre a mesa. Mas eu preciso saber se está tudo bem com ela.

- Mãe...- tomo sua atenção novamente. - Está acontecendo alguma coisa?

Ela me encara confusa, e decido prosseguir.

- Ultimamente tenho notado que você parece preocupada, e tem dito umas coisas bem estranhas.

- Ah, não se preocupe, Crystal. Eu estou bem, só tenho tido muitas preocupações com o trabalho. - ela se recosta na cadeira, e força um sorriso.

- Tem certeza disso, mãe? Parece ir além disso.

Sua expressão se torna tensa, e isso me faz ter certeza que não estava exagerando em minhas preocupações.

- Tenho. - ela levanta e vem em minha direção. - São muitas responsabilidades que tenho que lidar todos os dias. - ao se aproximar ela me abraça. - Eu fico feliz em saber que se preocupa e está sempre querendo me ajudar, mas está tudo bem. - ela deixa um beijo na minha testa.

Mas eu ainda não estou convencida de que está realmente tudo bem.

- Mãe...- me afasto do seu abraço. - O que aconteceu entre você e a vovó?

Eu sabia que tinha alguma coisa entre elas, já que ao citar a vovó, ela fica pálida, e ainda mais tensa. Consigo sentir isso através de suas suas mãos nas minhas.

- Não...não há nada. - tenta se esquivar do assunto.

- Mãe!

Ela fixa seu olhar no meu, e eu tenho certeza que ela pode chorar a qualquer momento.

- Você precisa confiar em mim como uma adulta mãe. Eu sempre contei com você pra tudo, e agora quero poder te dar todo o apoio que eu puder.

Ela volta a me abraçar, e mesmo não vendo seu rosto, sei que está chorando, posso sentir pelos espasmos em seu corpo.

- Mãe, eu não sou mais uma garotinha que vocês podem fingir que está tudo bem. Isso chega a ser rude da parte de vocês, acharem que eu não tenho a capacidade de perceber quando as coisas não estão indo bem.

- Ah,eu amor...- ela me aperta ainda mais em seus braços. - Não subestimamos a sua inteligência. Jamais! Só que existem coisas que nós adultos...- ela volta me olhar nos olhos. -  nós mais velhos, preferimos resolver a nossa maneira.

- Então realmente está acontecendo alguma coisa. Você só não quer me contar. É isso?

- Crystal...

Ela seca as lágrimas do rosto, respira fundo, e engole seco. Presumo que está tomando coragem para me contar o que há entre elas, mas eu estava errada.

- Vou tentar arrumar as coisas do meu jeito. E logo eu te contarei tudo o que está acontecendo. Pode me dar esse tempo?

- Tudo bem, mãe. Não posso te forçar a aceitar algum tipo de ajuda. - suspiro pesarosa.

- Só não quero que fique se preocupando muito com isso, não quero estragar os preparativos para sua festa.

- Isso não é mais importante do que ver você bem mãe.

Ela me olha com um carinho genuíno nos olhos, e abre um sorriso terno.

- Você é mesmo muito preciosa, minha Crystal. - me abraça novamente.

Ficamos assim por mais algum tempo, e depois nos despedimos. Mas quando chego a porta, ela faz uma ressalva.

- Crystal...- a observo enquanto ela senta novamente atrás de todo aquele trabalho sobre a mesa. - Está tudo bem entre sua avó e eu. Apenas temos algumas questões em comum. Nada mais.

- Entendi mãe.

- Me avise quando chegar em casa. Ok?

- Claro, mãe. Se cuida. E não trabalhe até tarde. Henry precisa de você.

- Pode deixar, querida! - finaliza com um sorriso tímido.

Peter

Acho que cheguei um pouco adiantado, já que tem pelo menos meia hora que estou a espera da Crystal. Será que está tudo bem? Ela nunca se atrasa, pelo contrário, está sempre adiantada.

E ainda mais dúvidas surgem em minha cabeça. Será que houve algumas coisa com a Megan? Será que houve algum problema? Ela havia dito que passaria na casa da mãe antes de nos encontramos. A hipótese de ter acontecido alguma coisa com ela, ou até com Henry, me deixam instável.

Pego o celular no bolso, e penso em ligar para a Crystal. Mas assim que desbloqueio o celular e seleciono o ícone do telefone, eu a vejo entrar na lanchonete.

Eu sinto meu coração acelerar. A expectativa pela sua justificativa de atraso, me deixam ansioso.

- Oi Peter! - ela puxa a cadeira a minha frete, e senta.

- Houve algum problema? Você nunca se atrasa. - pergunto ansioso.

- Não. Está tudo bem. Só precisei ter uma conversa com a minha mãe antes de sair. - ela retira a pequena mochila das costas e coloca pendurada no recosto da cadeira.

- Está tudo bem com ela?

Ela para por alguns instantes, parece ponderar as palavras seguintes, e então prossegue.

- Ela está bem sim. Só acumulada de trabalho. - ela sorri.

- Entendi. É bem a cara dela.

- É sim.

No tempo em que eu namorei a Megan, eu sempre soube que, na lista de prioridades dela, eu não estava no top 3. Isso pode até parecer triste, ou até mesmo ultrajante, mas eu nunca me senti rebaixado por isso. A Crystal viria em primeiro lugar sempre, e não tem como duvidar disso, dado a todo seu empenho em ser uma mãe sempre presente, mesmo que a Crystal já fosse bastante independente dela. Mãe ela é mãe. Isso nunca muda.

Logo depois viria seu trabalho, pois ela sempre lutou muito para chegar onde chegou, e lutou com unhas e dentes para não deixarem desmerecer toda a garra que ela já punha em cada conquista. Em terceiro está, claro, suas amigas Deborah e Lucy. Essas duas sempre se mostraram uma verdadeira fortaleza de amor e apoio a Megan, e estão listadas como prioridade em sua vida, de forma justa.

Já eu, eu era apenas o namorado dela. A princípio, era bem desgostoso saber que não tinha prioridade alguma na vida dela, mas com o passar do tempo, eu percebi que não precisaria estar sempre tentando ser uma delas, ela me dava tudo o que eu precisava, e isso estava ótimo pra mim. Nunca me senti inferior, ou mesmo fui tachado como tal. Eu fui feliz no tempo em que estive com a Megan. Claro que queria mais do que tive, mas depois desse tempo que estamos separados, eu percebi que tudo o que eu queria, nunca havia sido me prometido. Ela nunca havia feito promessas de mais do que tínhamos, e sim, deixava bem claro que, independente do quanto tempo de passássemos juntos, ela ainda não estaria aberta ao casamento.

Foi um choque descobrir que ela havia engravidado de alguém, aquilo realmente me feriu muito, mas eu não tinha como cobrar nada dela, nos já não tínhamos um relacionamento, e ela era adulta o suficiente para saber o que fazia da própria vida. Mas ainda assim, doía.

Eu precisei de muito incentivo para não me deprimir de vez, e parar sabe lá Deus aonde dentro da minha cabeça. E a Crystal esteve aqui pra isso. Sempre ao meu lado, ela não me deixou cair uma única vez. E eu a admiro muito por tudo o que ela fez por mim.

- Peter...

- Sim!

- Você está bem? - a Crystal me encara curiosa.

- Está sim. Estava pensando na Megan.

- Ah...

- Mas não se preocupe, eu estava pensando de uma forma boa. Nada depreciativo para me deixar triste. - esclareço de imediato.

- Que bom. - ela sorri timidamente.
- Eu estava pensando em você também.

- Em mim? - se mostra surpresa.

- Claro que sim. Você é o resultado de eu ter conseguido manter o equilíbrio.

- Ah...- ela desvia o olhar, e parece envergonhada.

Eu coloco minha mão sobre a mesa, indicando que ela me dê a dela. E ela assim o faz.

- Você sabe que foi importante para que eu conseguisse ficar bem. - cubro sua mão sobre a minha. - E eu sou muito grato por isso.

- A única coisa que eu fiz foi só te apoiar, e claro, te dar informações sobre a minha mãe.

- Aquilo era o que eu precisava, e mesmo que parecesse bizarro e obsessivo, você me entendeu, e não me deixou só. Sua amizade foi fundamental para a minha sanidade. E ainda continua sendo muito importante.

De repente, ela retira sua mão da minha, e evita qualquer contato visual comigo.

-  O que foi, eu disse algo errado? - pergunto preocupado.

- Não, eu só...não acho que seja legal você pagar assim na minha mão. As pessoas podem achar que somos...você sabe.

- E desde quando você se importa com esse tipo de coisa? - digo zombeteiro.

- Não me importo. Mas é estranho.

- Agora você acha estranho se nos comportarmos assim?

- É...não sei exatamente como explicar.

Ela ainda continua a evitar o contato visual comigo, e parece desconfortável, e inquieta.

- Você está bem?

- Não.

Agora fico realmente preocupado. A coisa mais difícil nesse mundo, é ouvir da Crystal que ela não está bem. E se ela está dizendo isso, deve ser algo bem sério.

- Eu posso te ajudar de alguma forma?

Agora ela volta a olhar em meus olhos, pensa por alguns instantes, e então desvia novamente.

- Eu só estou cansada, e com muita coisa da faculdade na cabeça. Não se preocupe.

- Tem certeza? Você parecia tão bem, e de um momento para o outro ficou tão...

- Eu vou pra casa. - se levanta abruptamente.

- Mas já? Você acabou de chegar. - levanto em seguida.

- Sim. Tenho um trabalho para terminar, e entregar amanhã. Desculpe por fazer você perder seu tempo, Peter.

Ela pega sua mochila, coloca nas costas, e se despede. 

- Tchau, Peter.

- Ei...- pego em braço. - Me deixa pelo menos te levar em casa.

- Não precisa. Eu me viro sozinha.

- Crystal!?

Apesar de prestar atenção em mim, ela ainda não me olha.

- Crystal...? - por fim ela me olha. - Por favor, não faz isso.

Eu praticamente estou implorando para que ela não vá embora desse jeito. Pode parecer exagero, mas eu sei que ela é uma pessoa sensível, e eu provavelmente a chateei, então preciso saber onde eu cometi esse erro, para não voltar a faze-lo.

- Tudo bem. Te espero lá fora.

- Certo. - solto suavemente seu braço.

Pelo menos vou ter tempo de saber qual foi a merda que eu fiz.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro