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XXXI


Carmélia

Apesar do Antony se recusar a ouvir o que eu tenho a dizer, eu devo prepara-lo para quando a verdade aparecer.

Eu não tenho ideia de como, ou por quê, eles voltaram a se envolver, mas isso gerou uma consequência para a vida toda. E não há como negar, por mais que o Antony não tenha se portado como um bom marido, ele sempre foi um excelente pai. Então ele precisa saber sobre o Henry. E a Megan não tem como fugir disso.

Sendo assim, eu não dei muito tempo para que ela pudesse sequer, tentar me tapear , no dia seguinte, eu a procurei novamente para termos a conversa necessária.

Depois de ser recebida por ela, em um momento extremamente oportuno, já que era hora da soneca do Henry, ela me levou até o escritório, que era o local mais adequado para uma conversa privada, me ofereceu algo para beber e eu recusei, então chegamos ao ponto chave de tudo isso.

- Você já pode começar a me contar tudo, Megan. - sou direta.

- Bem, Meli, você sabe bem como era minha relação com o Antony, mas às vezes, as coisas acontecem de forma inesperada.

- Eu já sei bem como tudo costumava ser, então vamos ao ponto que realmente interessa, que é como você tem um bebê do Antony e ele não sabe.

Ela suspira longamente, toma alguns segundos para encontrar as palavras certas, e então prossegue.

- Apesar de tudo o que o Antony me fez passar no nosso divórcio, eu não consegui deixar de ama-lo. - ela desvia o olhar do meu, como se tivesse vergonha de admitir tal coisa. - E no aniversário de 17 anos da Crystal, na casa da praia, depois de beber um pouco...

- Então você estava bêbada, e ele se aproveitou disso para tirar proveito? - questiono já sentindo a raiva tomar conta de mim.

- Não! - se apressa em dizer. - Poderia até ser menos vergonhoso se esse fosse o fato, mas eu jamais permitiria que tal acusação caísse sobre ele. Eu só...me deixei levar por algo que eu já ansiava há muito tempo.

Megan sempre foi uma pessoa de muita firmeza em tudo o dizia. Se havia algo que ela afirmava não querer mais para sua vida, assim era feito. Então quando ela dizia que jamais perdoaria o Antony, e nunca mais voltaria a ser nada menos que a mãe de sua filha, ninguém tinha porquê duvidar. Então me surpreende que ela tenha chegado a esse ponto com ele, principalmente, ter deixado que ocorresse uma gravidez.

- Mas eu sucumbi aos meus desejos, e acabei dormindo com ele duas vezes naquele fim de semana, e só depois de alguns meses descobri que estava grávida.

Tá aí uma coisa que não bate. Se ela esteve se relacionando com outro homem por pelo menos dois anos, e se mantinha longe da maternidade, como duas noites a colocou nesse status outra vez?

- E como você engravidou do Antony tão depressa, se passou anos em outro relacionamento e isso não ocorreu? - pergunto curiosa.

- Peter e eu sempre tivemos relação com o mais convencional dos contraceptivos. Quando eu comecei a namorar ele, passei a usar pílula, mas ela já não me fazia bem. Eram muitas enxaquecas, alterações de humor, e instabilidade emocional, então optamos pela camisinha mesmo. E meu erro foi não ter me dado conta disso naquele fim de semana, e recorrido a pílula de emergência.

Eu não sei como ela pode ter deixado isso passar, algo de tal importância, não se esquece assim sem mais nem menos.

- Eu sei que pode estar pensando que tudo isso é bastante fortuito pra mim, mas não é. - ela continua, e seus olhos estão marejados. - Sei o que sinto pelo Antony. Sim, o amor ainda prevalece, mas eu não queria estar em uma posição como essa. Não mesmo.

Eu levanto da poltrona, e me sento ao lado dela, segurando ternamente suas mãos, para que ela entenda que pode contar com o meu apoio no que precisar, porém, isso não significa manter isso em segredo por muito mais tempo.

- Escuta Megan, eu vejo que esse assunto te deixa muito vulnerável, e ainda não sei os motivos que a levaram a omitir isso dele, mas você precisa contar a ele.

Ela seca um lágrima do rosto, e me olha preocupada.

- Eu não sei como fazer isso agora, e não tenho ideia de como ele vai reagir. Mas sei que ele vai me odiar pro resto da vida.

- É uma hipótese, - passo levemente a mão por seus cabelos, demonstrando meu carinho e afeto. - Mas não pode deixar de ser feito. Você sabe bem disso.

- Sei sim.

- Sem falar que o Henry não deve ser privado de conviver com o pai. O pior dos sentimentos, é ser odiado pelo próprio filho, e o Henry crescer sem saber sobre o Antony, pode gerar esse tipo de sentimento. E eu sei bem disso.

A relação de Antony com Marco, costumava ser muito boa, mas algumas atitudes de Marco, gerou um sentimento ruim por parte do Antony. Eu não podia culpar meu filho pelos receios que ele sentia, e muito menos fazer com que ele perdoasse o pai.

Eu vi bem de perto quando o arrependimento tocou o Marco, mas ali já era tarde, e Antony nunca mais falou com pai, e nem fazia questão alguma de estar próximo. Acho que isso o tornou o pai mais dedicado que eu conheço, não se deixando sequer, chegar perto de ser como Marco um dia foi com ele.

Sabemos bem que os jovens são impulsivos, e que algumas atitudes deles, podem gerar consequências para a vida toda, não é a toa, que hoje temos uma linda e maravilhosa mulher, nomeada como Crystal. Mas para o Marco, quando Antony nos contou sobre a gravidez da Megan, aquilo era um insulto a honra da família Moretti. Um filho fora do casamento, não era tolerado pelos mais velhos, e as ações dele, o condenou a passar o resto dos seus dias sem o afeto e carinho do próprio filho.  Mesmo arrependido, Antony não voltou atrás em suas palavras proferidas naquele dia, e jamais voltou a ver o pai.

Antony tinha o pai como um espelho, era tudo o que ele queria ser na vida, até aquele dia. E com as palavras: "eu posso nunca chegar a ser o homem honroso e prudente que você tanto anseia, mas jamais serei um pai como você! ", ele se mostrou ser um pai incrível, e um homem bom, com defeitos e alguns erros, mas um homem digno. E isso me dá muito orgulho dele.

E por conviver com isso até o último dia de vida do Marco, não quero o mesmo destino para a Megan. Eu a tenho como uma filha, mesmo não estando mais casada com o Antony há anos, minha estima por ela não mudou. E agora, sabendo que ela me proporcionou mais uma alegria, eu não teria porquê virar sua inimiga, pelo contrário, vou estar ao lado dela mais do que nunca, e lhe ajudar a fazer a coisa certa.

- Obrigada, Meli. Seu apoio é muito importante para mim.

- Eu estarei com você no que precisar, Meg. - sorrio afetuosamente.

- Eu ainda tenho um tempinho para poder contar a ele. O aniversário da Crystal está chegando, e  ela está toda empolgada com os preparativos, então vou esperar passar a festa dela, e vou contar tudo pra ele.

- Tudo bem. Vocês vão precisar estar todos sentimentalmente estáveis para poder preparar tudo para a festividade, e não vai fazer muita diferença esperar mais algumas semanas, para quem já esperou esse tempo todo.

- Obrigada pela compreensão, Meli.

- Crystal é minha neta também, e eu quero que ela possa desfrutar de seu momento, com a cabeça focada apenas nisso.

- Ela já te contou o que pretende fazer esse ano? - ela sorri timidamente.

- Não, mas creio que não vai demorar para eu saber.

- Ahh, e nem teria como...


Passei o resto da tarde com a Megan, e claro, com meu netinho Henry. Ele é um garotinho adorável, não teria como não se apaixonar por ele. E agora sei, tenho muito mais motivos para vir para a capital com mais frequência. Afinal de contas, como eu poderia ser uma vovó coruja, sem paparicar meu neto constantemente?

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