LXV
Peter
Eu nunca me senti tão bem em ficar ansioso para fazer algo na minha vida, mas só de pensar em ver a Crystal, tudo parece ser bom de sentir.
Assim que cheguei em casa do aeroporto, me apressei em tomar um banho e ir vê-la. Combinamos ir jantar no restaurante preferido dela, mas infelizmente não deu muito certo. O local estava lotado e já havia uma fila de espera por uma reserva. Optamos então por ir ao mercado, comprar alguns ingredientes, pegar uma receita na internet e fazer em casa nosso próprio jantar. Como estávamos mais próximos do meu apartamento, ela sugeriu que a bagunça fosse lá. Não que eu realmente me importasse se usássemos de verdade a cozinha, só me importava em estar com ela.
Ela escolheu uma receita de massa com molho branco com cogumelos.
Depois de chegar e separar os ingredientes, cortá-los e reservar, escolhemos as panelas que seriam usadas. Tanto ela quanto eu, não nos atentamos muito na quantidade dos ingredientes e para quantas pessoas a porção indicada servia, ou seja, sobrou bastante comida.
Não estávamos muito preocupados com etiqueta ou decoro, depois que ficou pronto nosso jantar, sentamos no chão da cozinha mesmo, encostados no armário sob a pia, como se fosse a melhor maneira de degustar uma refeição.
Com nossas taças cheias, pratos vazios e uma sintonia pra lá de agradável, nosso jantar foi incrível.
Crystal se ofereceu para lavar a louça e disse que eu poderia secar e guardar. Eu sugeri que fosse o contrário, mas ela me venceu com o argumento que eu saberia o devido lugar de cada um dos itens.
Limpamos a cozinha em poucos minutos. Escolhemos ficar no sofá e assistir a um filme, o que foi uma ótima ideia, porque pude ficar ao lado dela e abraçá-la o tempo todo, saciando a saudade que eu tinha dela.
As costas dela estavam coladas ao meu peito e meus braços envoltos em sua cintura. Ela prestava atenção no filme, eu cheirava vagarosamente seus cabelos, o filme não me interessava nem um pouco. Não quando eu a tinha ao meu lado.
Eu passei a mão nos cabelos dela e puxei suavemente para seu ombro, do outro lado, deixando seu pescoço livre para apreciar o cheiro de seu perfume. Para minha sorte, ela estava usando o que eu mais gostava.
Passei o nariz em sua pele e senti ela se encolher.
— Peter, está me fazendo cócegas. — ela protestou risonha.
— Eu gosto de sentir seu cheiro. — passei outra vez, fazendo-a se afastar um pouco. — Não fuja de mim, me deixe te cheirar mais um pouco. — a puxei de volta enquanto ela ria timidamente.
— Eu não acredito que você sentiu tanto a minha falta assim, ficamos apenas alguns dias longe um do outro. — ela me olha com uma carinha meiga e faz meu coração encher de ternura.
— Está me dizendo que não sentiu a minha falta? — brinco.
— Não, com certeza você me fez muita falta, mas para os homens é diferente.
— Você acredita mesmo nisso?
— Sim.
— Pois fique sabendo que não há diferença alguma. — a puxei um pouco mais e beijei seu pescoço.
— Peter! — ela protesta mais uma vez enquanto subo deixando beijos por seu queixo, bochechas e lábios.
Ah, como eu adorava beijá-la!
Eu coloquei a mão em sua nuca e a beijei ávidamente.
— Eu senti muito a sua falta!
— Tudo bem, eu acredito.
— Por que você tem que ser tão incrédula desse jeito?
— Talvez você mereça isso. — eu a olhei nos olhos e passei a mão por seu rosto, contornando cada centímetro daquele face que me fazia sentir o homem mais sortudo do mundo.
— Talvez isso só me faça ficar ainda mais apaixonado por você, no entanto, sei que não mereço isso.
Ela tentou argumentar, mas eu estava farto de conversar, eu precisava beijá-la mais. Muito mais.
Enquanto nossas línguas saborearam uma à outra, ela colocou os braços em meus ombros e passou delicadamente os dedos em meus cabelos na nuca. Cada toque dela era divino, e eu era um maldito desgraçado que precisava loucamente de cada migalha de sua misericórdia.
Ainda enquanto a beijava, me inclinei um pouco e ela se agarrou mais firme em mim. Deixei seus lábios e beijei seu rosto até o lóbulo de sua orelha. Eu sentia o corpo dela reagindo a cada toque dos meus lábios na pele dela. O jeito como suas costas arqueavam, impulsionando seu corpo no meu, me deixava arrepiado.
Eu sempre gostei muito de beijar aquela parte dela pelas reações que seu corpo emitia. Sabia que ela gostava. Era encantador como ela apertava os lábios para segurar os fracos gemidos que sua boca ficava louca para proferir.
Aos poucos fui sobrepondo meu corpo ao dela, até que estivesse completamente deitada no sofá. Estarmos nos acariciando, mostrando cada desejo através dos toques e dos beijos, não era uma novidade. Sei que ela me queria do mesmo jeito que eu a desejava, mas, infelizmente, ela sempre tinha que ir embora ou tinha algo para fazer, então nunca passamos desse ponto. Apesar de sentir a reciprocidade toda vez que nosso envolvimento chegava nesse ponto, muitas vezes cheguei a pensar que ela dava desculpas para ir embora e não correr o risco de irmos além. Eu tinha a impressão de que ela fugia de mim.
Voltei a beijar sua boca mesmo ela estando ofegante. Seu peito movia-se rápido e suas mãos apertavam firme meus ombros. Senti que ela estava apreensiva. No entanto, ela não me afastou, então continuei e beijá-la.
Puxei levemente seu lábio e mordi suavemente seu queixo. Continuei descendo por seu pescoço e não demorou para eu alcançar o volume dos seus seios expostos no decote da blusa dela.
Se eu dissesse que não tinha pressa em vê-la nua e sucumbindo ao desejo, eu seria um mentiroso. Eu a desejava loucamente, mas sei respeitar os limites dela. Se ela me afastar e pedir para ir para casa, não vai me restar outra escolha senão levá-la. Eu a amava muito para impor qualquer uma de minhas vontades. Eu sou dela, estou literalmente de quatro por ela, feito um cachorrinho na coleira. Mas eu gostaria de tentar um pouco mais dessa vez, mesmo que o final não seja como eu espero.
Beijei cada um dos montinhos expostos dela quando suas mãos agarram meus cabelos. Levantei o olhar e ela estava de olhos fechados, com a boca entreaberta, ainda ofegante. Beijei um de seus seios por cima da blusa e ainda não houve protesto algum. Deslizei a mão em seu ombro, puxando calmamente a alça de sua blusa, eu a beijei ali de novo e nenhuma resistência. Puxei um pouco mais a alça e expus completamente um de seus seios. A pele dela arrepiou e eu não me contive. Passei vagarosamente a língua em seu bico e dessa vez ela não segurou o gemido. Eu cheguei a arquear o corpo quando um arrepiou, surgiu em minhas costas e tomou todo o meu corpo. Ele apertou meus cabelos e pendeu a cabeça para trás.
Ela estava gostando, não recuou e eu decidi continuar. Coloquei a mão em volta do seio dela e comecei a chupá-lo bem devagar. A sequência de arfares e grunhidos que ela inconscientemente emitia me deixaram loucamente excitado.
Fiz o mesmo processo com a alça do outro lado e chupei igualmente seu outro seio. Eu estava a ponto de explodir com a forma como seu corpo reagia a cada preliminar. Apoiei as mãos no sofá, sem desprovê-la do carinho da minha língua, me posicionei entre suas pernas e coloquei a mão em sua coxa em seguida. Ela continuava se deleitando com as sensações. Passei suavemente a mão por sua perna, adentrando lentamente sua roupa, com os dedos bem leves, toquei a parte interna de sua coxa, fazendo suas mãos puxarem minha camisa.
Me tornei um mero serviçal, estava ali apenas para dar o prazer e alívio que seu corpo tanto pedia. E apenas isso me gerava uma satisfação que nem eu mesmo compreendia.
Levantei outra vez o olhar assim que meus dedos tocaram sua intimidade quente, ainda guardada pela calcinha. Eu senti um certo desespero em tirar logo toda a roupa dela e não esperar mais nenhum segundo para dar-lhe a tão necessitada euforia. E por incrível que pareça, eu consegui me conter. Continuei no ritmo que ela me permitiu até então, devagar e suave.
No entanto, nem todas as partes do meu corpo puderam se conter igualmente. A bermuda que eu usava parecia apertada demais em meu corpo. Era como se meu membro estivesse implorando pela liberdade. Minha boca não estava mais tão lenta assim, eu a chupava com necessidade agora.
— Peter...— ela gemeu meu nome e puxava minha camisa ao mesmo tempo. Só consegui entender uma coisa disso.
Fui tão rápido que me surpreendeu a facilidade com que minha camisa ficou nas mãos dela. Como ela já estava puxando, e a camisa já estava toda em volta do meu pescoço, apenas tomei um impulso para trás e logo fiquei sem ela. Crystal também pareceu surpresa.
— Isso é...— não queria que ela dissesse nada, queria manter o momento do jeito que estava, então a beijei.
Refiz todo o percurso até chegar onde paramos. No entanto, dessa vez, antes de poder invadir a roupa dela de novo, fui obrigado a abrir minha bermuda e dar um pouco alívio para o meu amigo. Nesse processo, minha mão tocou nele quando baixei um pouco a bermuda. Chegou a doer aquele contato de tão duro que estava, eu realmente precisava transar. Não que eu fosse um viciado em sexo ou coisa do tipo, mas de certa forma havia certos traços de desespero em mim, e era horrível pensar desse jeito.
Como uma mulher pode gerar esse tipo de sentimento em um homem? Não sei, mas eu estava sentindo na pele o que era estar louco por alguém.
Soltei seio dela e lambi sensualmente entre eles, subindo e chupando seu pescoço quando meus dedos encontram de novo a calcinha dela. Me afastei poucos centímetros e olhei em seus olhos, queria ver minimamente sua expressão quando coloquei meus dedos dentro de sua calcinha e deslizei pelo ponto mais sensível dela. Eu cheguei a gemer mudo quando ela apertou meus braços e passou a língua entre os lábios. Aquilo era bom demais. Repeti o movimento e ela gemeu. Ela estava excitada. Muito excitada, meus dedos sentiam bem isso pela forma como facilmente subiam e desciam naquele pequeno espaço.
— Peter...o que está...— ela não conseguia sequer terminar uma frase.
— Você gosta do que estou fazendo? — ela assentiu, mas não era suficiente pra mim. — Diga pra mim se está gostando, Crystal?
— Uhum...sim.
— Sim, o que, Crystal? Pode ser mais específica?
— Eu estou...gostando... É tão gostoso...
E esse foi o estopim para eu puxar um pouco mais sua roupa e dar mais liberdade aos meus movimentos. Toquei sua entrada molhando mais os dedos, subi um pouco e lá estava seu pontinho de luz, onde eu queria ser muito travesso e fazê-la ver estrelas. Acelerei meus movimentos e ela passou a gemer desesperada, baixei minha cabeça, colocando meu ouvido bem próximo de sua boca, não perderia aquela melodia por nada no mundo.
Quanto mais meus dedos moviam, mas ela gemia e mais molhada eu sentia que ela estava ficando. Ela me agarrou subitamente e arranhou as minhas costas. Eu não podia deixá-la sem o que tanto queria. Beijei ferozmente sua boca e meu dedo do meio invadiu sua cavidade.
Ela soltou uma lufada de ar tão forte em meu rosto, que cheguei a pensar que havia perdido sua alma quando gozou em minha mão.
Uma Crystal imóvel e ofegante era tudo o que qualquer um veria deitada naquele sofá.
Uma Crystal linda, sexy e desmanchada de prazer era o que eu via.
Eu a beijei quando sua respiração estava regular, sentido o gosto da satisfação cada vez que invadia sua boca com a minha língua. Beijei seu rosto e chupei o lóbulo de sua orelha. Ela começou a reagir, passando as mãos pelas minhas costas. Eu segurei sua perna e me encaixei nela, pressionando suavemente minha rigidez. Quando beijei seu pescoço e meu peito nu tocou os seios, senti o corpo dela ficar tenso. Continuei a beijá-la para que relaxasse, mas parecia não estar dando certo. Ao ouvir ela fungar, olhei para seu rosto e a vi com os olhos apertados.
— Crystal, você está bem?
— Por favor...me deixe ir embora. — fiquei confuso.
— O que houve, Crystal?
— Por favor...— ela fungou outra vez. — Por favor...— ela colocou as mãos no meu peito e me empurrou para longe, cobrindo depressa as partes expostas do corpo.
— Crystal? — eu peguei o braço dela, mas ela puxou tão rápido que eu me assustei.
— Por favor, não me toque, por favor.
Eu não estava entendendo mais nada. Ela parecia apavorada, desesperada para sair dali. Há menos de um minuto ela estava se deleitando com o prazer que eu a proporcionava, agora era como se eu a tivesse obrigado a fazer alguma coisa, como se eu fosse um monstro.
Ela pressionava os lábios, não queria chorar, mas as lágrimas despencaram de seus olhos como a água de uma cachoeira.
— Crystal, pode me explicar o que está acontecendo? — ela levantou do sofá. — Ei...— cometi o erro de pegar em seu braço de novo.
— NÃO ME TOQUE! — instantaneamente eu recuei. Eu nunca tinha visto a Crystal falar qualquer coisa com tanta raiva e repugnância.
Ela correu até um canto da sala, sentou, apoiou o queixo nos joelhos e cobriu as orelhas com as mãos.
Eu tenho que admitir que àquela altura, eu já estava bem assustado também.
Levantei, ergui minha bermuda e a abotoei, peguei minha camisa e vesti. Sentei no chão, em frente ao sofá, enquanto ela ainda chorava. Não sabia o que fazer.
— Crystal...— falei tão baixo que acho que ela não me ouviu. Me aproximei bem devagar, engatinhando sobre o tapete. — Crystal...?
Ela abriu os olhos e me encarou confusa. Engoli seco, não sabia o que viria agora, como ela reagiria ao olhar pra mim.
Inesperadamente ela abriu um sorriso pequeno e saiu da posição de auto-proteção.
— Peter! — ela falou meu nome como se fosse um alívio. Ergueu o corpo sobre os joelhos e me abraçou.
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