Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

LXIV


Megan

Quando não medimos as ações de nossos atos, as consequências podem nos engolir por inteiro no futuro. Eu não tinha ideia que estava caminhando na areia movediça e poderia não conseguir emergir de sua profundeza assustadora e escura. Tinha ciência que as coisas não seriam fáceis quando todos descobrissem o segredo que guardei, mas não tinha ideia de que perderia tudo.

Anthony ficar com raiva de mim não seria novidade, esperava por isso, mas o jeito como ele se afastou de todo mundo foi inesperado.

Crystal evita falar comigo sempre que cruzo com ela dentro de casa. Sei que ela só nos visita ainda por causa do Henry. Caso contrário, eu não saberia sequer como ela está.

A Lucy está magoada com a situação toda, e eu a compreendo. Somos amigas desde a faculdade, e temia tanto seu julgamento que acabei não levando em conta que por mais que ela me ditasse o que seria o certo a fazer, eu poderia contar com sua discrição e apoio sempre. Sei que ela acha que eu não confiei nela esse tempo todo, mas não é como se eu tivesse convidado a Deborah para um café e lhe contado tudo o que estava acontecendo. Ela só foi mais esperta do que deveria e acabou descobrindo.

No entanto, devo um pedido de desculpas a Lucy, ela ainda é uma das pessoas mais importantes na minha vida e eu farei o que for possível para não perder sua amizade.

Com a minha vida pessoal virando de cabeça para baixo, isso refletiu no meu trabalho. Acabei deixando muita coisa acumular por não saber como lidar com meus problemas, então passei os últimos quatro meses correndo feito louca de um lado para o outro com muitas reuniões, viagens e contratos atrasados. Estava mentalmente exausta, precisava de um tempo depois que essa turbulência passasse.

Henry já tinha dois anos e evoluiu com muita independência nos últimos meses, então deixei ele em casa com a Amélia e a babá. Achei necessário tirar um fim de semana para processar e refletir sobre minha situação atual.

Sem amigos, família ou trabalho, parti para a casa da praia, onde tudo começou e onde tudo desmoronou como uma tsunami invadindo uma cidade litorânea.

Estar aqui não me deixa triste ou receosa, até porque toda aquela confusão poderia ter acontecido em qualquer lugar. Era questão de tempo até que esse segredo viesse à tona.

Ao chegar aqui no fim da tarde de ontem, eu me sentia um tanto perdida. Sabia que tinha que começar a colocar as ideias em ordem e definir como e por onde começar, mas tudo o que consegui foi me lamentar por não ter feito tudo certo desde o início.

No entanto, não posso reclamar de tudo, já que pelo menos tive uma boa noite de sono. Coisa que não acontecia desde o aniversário da Crystal.

Pela manhã preparei um café e tomei ele enquanto observava o mar. Não posso negar que ter toda essa tranquilidade é bom demais. Havia tempo que eu não passava uma manhã sem abrir meu notebook e checar meus emails. Mas hoje foi necessário.

Caminhando pela praia, com o sol aquecendo minha pele e o vento soprando em meu rosto e despenteando meu cabelo, eu sentia toda a calmaria do mundo à minha volta. Mesmo que meu coração esteja sobrecarregado com as sombras de cada sentimento ruim que provoquei às pessoas na minha vida.

Agachei na areia, ainda observando as ondas que iam e vinham. Abracei minha pernas e pousei meu queixo sobre os joelhos. Suspirei ao sentir o peito apertado.

— Por onde eu começo a arrumar toda essa bagunça? — falei tão baixo que era como se precisasse expelir aquelas palavras. Não havia quem pudesse realmente me dar aquela resposta.

— Megan? — virei o rosto na direção da voz e meu coração pulou no peito.

Levantei rápido e engoli em seco. Não estava acreditando que ele estava mesmo ali. Não era possível que depois do que houve, ele ainda conseguia olhar na minha cara. Dentre todas as pessoas que achei que me procurariam para resolver alguma coisa, ele era a única que não passou pela minha cabeça.

— Anthony...?


Crystal

— Oi, "princesinha"! — Izzy entra no carro e me abraça.

Desde que houve todo aquele tumulto no meu aniversário, ela passou a me chamar carinhosamente assim, me fazia lembrar do meu pai, e eu gostava dessa parte. Sentia muita falta dele.

— Oi, Iz! — a abracei de volta e depois ela colocou o cinto. — Com fome?

— Sou capaz de comer um elefante! — ela brinca, me fazendo sorrir de seu exagero.

Depois que saiu do apartamento do meu pai e conseguiu um emprego, a Izzy e eu não nos vimos mais com muita frequência. Ela estava sempre muito ocupada e eu ainda tinha a faculdade para dar conta.

Mesmo com esse distanciamento parcial, nós não deixamos de nos falar um dia sequer. Principalmente pelo fato de uma sempre perguntar para a outra se havia recebido alguma mensagem do meu pai. Foi uma época ruim, mas tínhamos nossa amizade para nos fortalecer.

— Como está o Peter? — ela pergunta assim que sentamos à mesa.

— Está bem. Ele volta essa tarde da viagem de trabalho. — abro o menu e começo a escolher um prato.

— Então será um fim de semana bem ocupado pra você.

— É, já temos alguns planos.

Peter e eu começamos a falar sobre nossos sentimentos depois que ele apareceu na minha festa de aniversário e vi minha família desmoronar com tudo o que houve. Ele se sentiu particularmente responsável por parte do que houve, pois foi depois da atitude dele de me beijar que meu pai perdeu o controle. No entanto, não é culpa dele minha mãe ter guardado aquele segredo e fazia sentido meu pai achar que ele era o pai do Henry, já que ele foi o último a se relacionar com a minha mãe.

Eu não conversei com a minha mãe sobre o assunto depois daquilo, ela foi irresponsável ao esconder o Henry do meu pai, e mesmo sabendo que tinha seus motivos para isso, não acho que foi certo.

Depois de nos encontrarmos algumas vezes e falarmos sobre nós, começamos a sair e nos entender. Não demorou muito para nos envolvermos amorosamente. Mesmo não nos vendo com a frequência que eu gostaria, porque ele argumentava que não queria me pressionar, já que minha vida familiar estava um caos e eu ainda tinha que lidar com o final de semestre da faculdade, nas vezes em que nos vimos era como se tudo estivesse bem, acontecendo do jeito certo. Havia uma tranquilidade, uma paz quando estávamos juntos.

Não sei como meu pai vai reagir ao saber do nosso envolvimento, mas essa é a minha vida, e ele gostando ou não do Peter, eu não vou abrir mão do que temos pela implicância dele.

— Como foi a sua semana? — ela dá um gole no vinho e encosta na cadeira. Parece cansada.

— Minha semana foi tranquila, do jeito que estou acostumada. O pior vem agora. Os eventos do fim de semana são os mais exaustivos.

— Entendo. — eu não queria ser intrometida, mas sei quando a Izzy está chateada com alguma coisa e tenho a sensação de que meu pai é o motivo de seu olhar evasivo sempre a encaro por um tempo mais longo. — Como foi a visita do meu pai? — não tinha como perguntar isso de forma menos direta.

— Ele apareceu lá em casa ontem, mas não nos falamos muito. — ela colocou a taça na mesa e girou lentamente, olhando por tempo o líquido dentro dela.

— Você está bem? — me compadeço.

— Estou sim. Eu sabia que não seria fácil quando ele voltasse, sabia que ia doer vê-lo de novo, só não fazia ideia que seria tanto. — ela ainda não me olha, sabe que eu veria toda sua dor se nossos olhos se encontrassem.

— Ele me disse que havia ido te ver, mas que pode não ter sido uma boa ideia.

— Sei que ele acha que me deve uma explicação para as escolhas dele, mas eu não quero ouvir uma explicação, talvez um pedido de desculpas eu aceite, no entanto, há coisas que eu não preciso ouvir.

— O que acha que ele te dirá?

— No mínimo o porquê de seguir por tal caminho e achar melhor certas escolhas. Por mais que eu saiba o que significa ele ter se afastado de mim também, ouvir ele dizer vai destruir uma parte de mim.

— Ai, Iz...— pego a mão dela e acolho carinhosamente entre as minhas. — Eu sinto muito. Eu nunca quis que ele te magoasse, mas essa situação não estava dentro do controle de ninguém, muito menos dele.

— Eu sei disso, princesinha, por isso acho melhor deixar tudo como está. Mexer com isso só vai piorar tudo.

— Eu sei bem disso. — forcei um sorriso.

Meu celular tocou sobre a mesa e nós duas olhamos para ele. Era uma mensagem do Peter.

— Alguém está querendo sua atenção. — Izzy sorri minimamente e eu pego o celular, abrindo a notificação.

— Ele está embarcando.

— Que comece o fim de semana. — ela se anima.

— Você vai trabalhar o fim de semana todo?

— Apenas amanhã à noite, o casamento de domingo foi adiado. Parece que o noivo aprontou demais na despedida de solteiro e fraturou o tornozelo. — ela ri divertida e eu a acompanho.

Depois de almoçarmos, deixei a Izzy no trabalho e fui para casa. Apesar de termos uma conversa descontraída depois da mensagem do Peter, não foi difícil voltarmos a falar do meu pai. Ela não ficou surpresa por saber que ele havia viajado para a casa da praia, onde minha mãe estava passando o fim de semana. Por mais doloroso que seja lhe contar isso, ela merecia saber.

Talvez meu pai tivesse lhe contado que pretendia ir vê-la, e esse seria o motivo dela não querer conversar com ele. Não sabemos ao certo como será essa conversa entre os dois, mas eu desconfio que ela tenha uma ideia. O envolvimento dos dois foi uma surpresa para todo mundo, e o Henry talvez seja um dos motivos para que finalmente assumam que ainda sentem alguma coisa um pelo outro e acabem se entendendo. Sei que é isso que a Izzy pensa, pois não acho que alguém acredite no contrário.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro