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LVII

Antony

Eu estava na praia, um pouco mais afastado da casa, pensando em como tudo aquilo foi injusto comigo. Mas Michael tinha razão, essa história com a Megan havia ido longe demais, e nem minha própria filha acreditava na minha palavra.

O olhar que a Izzy me dirigiu quando toda aquela merda tava acontecendo, me deixa com o coração apertado. Porém, ao mesmo tempo me deixa furioso. Como ela pode simplesmente acreditar em algo que surge assim, do nada.

Estou relamente decepcionado.

De longe vejo Michael se aproximando. Eu preferia ficar sozinho agora, mas o Michael me entende, ele sabe como as coisas aconteceram de fato, e não vai ficar supondo coisas sem fundamento algum.

- E aí cara!? - ele sentando meu lado. - A Crystal e a Izzy estão loucas te procurando.

- Informe que eu estou vivo, e de certa forma, bem. - digo observando meus dedos do pé remechendo a areia.

- Eu sou seu garoto de recados agora? - ele consegue me fazer rir. - Você tem que conversar com a Crystal. Ela está realmente preocupada com você, e muito arrependida do que houve.

- Eu imagino que sim. - levanto a cabeça olhando para a lua extremamente brilhante daquela noite.

- Aproveite e conte a ela toda a verdade. Já está mais do que na hora. Sabe que se não fizer isso, esse tipo de coisa vai acontecer com mais frequência do que você seria capaz de suportar.

- É, eu farei exatamente isso. É horrível ter minha própria filha me acusando de forma tão leviana.

- Ótimo! - ele levanta. - Pelo menos consegui colocar um pouco de juízo nessa sua cabeça. - ele vai se afastando. - Mas antes tarde do que nunca.

Eu permaneci ali por mais alguns minutos. Eu ainda estava bem chateado com o que havia acontecido. Mas se ela já soubesse tudo o que aconteceu no meu divórcio com a Megan, nada disso teria acontecido. Então de fato, ela não tinha culpa.


Crystal

Minha mãe desce as escadas, e vem em minha direção com eu celular na mão.

- Querida, acho que tem alguém tentando falar com você com uma certa urgência. - ela me entrega o aparelho. - Durante todo o tempo que tentei fazer o Henry dormir, seu celular não parou de tocar.

- Obrigado, mãe!

Eu desbloqueio a tela rápido, achando que poderia ser meu pai tentando falar comigo. Para minha surpresa, haviam 18 chamadas perdidas, e todas elas eram do Peter.

Ele provavelmente deveria estar querendo me desejar as felicitações. Mas não entendo o porquê de tanta insistência.

Antes que eu voltasse a bloquear a tela, ele liga novamente. Meu coração dispara ao ver "Pepê" estampado na tela. Eu saio pela porta da frente, encontro um lugar mais calmo e afastado para poder atender.

- Alô?

- Oi Crystal! Achei que você não me atenderia.

- Eu não estava com o meu celular, minha...- eu paro instintivamente antes de falar da minha mãe, coisa que eu havia tomado como um hábito quando estava com ele. Assim evitava que ele voltasse a falar dela sempre que ouvia seu nome. - minha mãe viu suas ligações e me avisou.

- Entendi. - ele fica em silêncio por alguns instantes. - Então não está mesmo me evitando, não é?

- Claro que não. Mas acho que não tínhamos muito o que conversar depois da última vez.

- Compreendo. - ele suspira do outro lado da linha. - Eu queria te desejar feliz aniversário.

- Muito obrigada. Fico feliz por ter se empenhado em fazer isso.

- Eu não acho que isso seja grande empenho. - nos dois ficamos mudo , sem saber o que dizer depois daquilo. Chego a pensar que ele se arrependeu do que disse, constatando que poderia ter me chateado de alguma forma. Mas eu não me senti assim. - A propósito, você está muito linda hoje!

- O quê? - sou pega de surpresa por suas palavras. E me vejo olhando de um lado pro outro à procura dele.

- Bom, eu tinha que lhe dar seu presente, certo? Então dei uma passada por aqui para lhe entregar. - ele sorri tímido no telefone.

Eu olho para todos os lado da casa, e não vejo nem sinal do carro dele. Mas do outro lado da rua, um carro pisca os faróis.

- Você realmente veio aqui por mim?

- Claro que sim. Não queria perder a oportunidade de poder te dar seu presente na data certa dessa vez. Parece que todo ano acontece algo que me impede de fazer isso. Mas esse ano não poderia deixar de fazê-lo.

- Isso é...

- Espera um pouco.

Ele desliga o telefone, liga o carro, faz a conversão, e para bem na minha frente.

Eu não estava acreditando que realmente estava vendo ele. Meu coração estava atônito dentro do peito, e eu sentia que ele poderia pular pra fora da minha boca a qualquer momento.

Ele estava aqui por mim! Por mim!

Eu fui até seu carro, abri a porta e entrei, sentando no banco do carona.

- Oi pequena artista! - ele me cumprimenta.

Quando o Peter começou a namorar a minha mãe, eu estava em uma faze de me arriscar a desenhar, e ele sempre elogiava meus desenhos. Eu não conseguia deixar de pensar que ele só fazia aquilo pra ganhar pontos com a minha mãe, então ele costumava me chamar de pequena artista.

- Oi Peter! - sorrio tímida. - Veio mesmo até aqui só por isso?

- Claro que sim.

- São mais de duas horas de viagem! - acrescento.

- Quando se vale a pena, nada é demais. -  ele sorri afetuoso, fazendo minhas bochechas queimarem.

Eu poderia muito bem me iludir com esse tipo de conversa, mas o Peter sempre foi assim, eu sempre fui só sua amiga, então eu não tinha como me apegar em algo desse tipo. Mas a vontade que eu tinha de que suas palavras fossem mais do que só isso, me deixava envergonhada.

- Então... - ele tira o sinto de segurança, e se inclina em minha direção tentando alcançar algo no banco de trás.

A proximidade de seu corpo, me faz sentir o cheiro de seu perfume, eu apenas fecho os olhos inalando o máximo que posso daquele cheiro tão bom.

- Esse é o seu presente! - ele coloca uma sacola média sobre meu colo. - Espero que você goste.

- Obrigada! - agradeço educadamente.

Ficamos em silêncio. Ele me observa, e eu encaro a rua à nossa frente. Evito ao máximo encarar o olhar dele. Não quero me sentir boba.

- Eu sinto tanto a sua falta, Crystal!

Eu estava tentando evitar seu olhar, mas essas palavras me fizeram reagir da forma que eu tanto me recusava. Olhei em seus olhos.

- Eu também sinto a sua. - engulo seco. - Sabe né...estávamos muito acostumados com a presença um do outro. É bem comum que você se sinta assim. - explico.

- Verdade. - ele desvia o olhar. - Pior ainda quando a gente percebe a burrice que cometeu.

- Como assim? - ele volta a olha em meus olhos.

- Coisas do tipo: eu deveria ter aproveitado mais meu tempo com ela, deveria ter admirado mais seus sorrisos, deveria tê-la surpreendido mais vezes... - ele para, mas não desvia o olhar. - eu deveria ter segurado a mão dela...ter lhe roubado um beijo...

- Peter...

- Eu sei. Já criei consciência disso. Eu fui muito burro.

- Por favor Peter, não diga essas coisas. Isso só me deixa mais confusa.

Ele se vira pra mim, e coloca um braço no recosto do meu banco, passando suavemente a mão no meu cabelo.

- Sinto muito por tudo o que fiz você passar. Agora eu sei que fui um cretino egoísta.

Aquilo tudo estava me deixando aturdida, e eu não sabia como reagir. Eu sei que era tudo o que gostaria de ouvir dele um dia, mas não quero acordar amanhã com os olhos inchados de tanto chorar, depois de descobrir que eu mesma criei essas ilusões fantasiosas, enquanto ele estava apenas parafraseando.

- Você quer...- pigarreio e interrompo nosso contato visual. - Entrar e beber alguma coisa?

- O que eu realmente queria, era poder recuperar o tempo perdido, mas isso não há como eu reaver. - ele se aproxima mais, e agora coloca a outra mão no meu rosto. - Como eu não pude ver o quão linda você é...- ele desliza a mão em meu rosto, e passa levemente o polegar em meus lábios. - Como não pude ver o quão desejáveis esses seus lábios são.

- Peter...- uma lágrima solitária rola pelo rosto.

Eu não queria acreditar que tudo aquilo estava acontecendo. Será que ele estava bêbado? Será que estava se sentindo muito solitário nos últimos dias? Porque eu não consigo entender claramente o motivo dele estar me dizendo tudo aquilo.

Era bom de mais para ser verdade.

- Crystal, eu quero muito poder sentir seus lábios nos meus agora...- ele se aproxima lentamente, e eu não o impeço.

Com seus olhos em meus lábios, eu permito que faça o que quer. Fecho meus olhos, e espero ansiosamente por aquele toque. 

Ele me beija.

Estava mesmo acontecendo. Ele aproximou ainda mais seu corpo do meu, praticamente dividindo o mesmo banco comigo.

Eu levei uma mão ao rosto dele, e ele acariciou minha face com sua mão macia, e a outra levou a minha cintura, me puxando mais pra si.

- Peter...o que estamos fazendo? - pergunto ofegante.

- Eu não quero pensar sobre isso agora. Só preciso beijá-la um pouco mais...

Ele volta a me beijar, e eu não ofereço resistência alguma. O jeito como seus lábios envolvem os meus me deixa anestesiada.

Eu não deveria me deixar envolver desse jeito, isso pode ser ainda mais doloroso depois. Mas a quem eu quero enganar? Isso foi tudo o que esperei acontecer um dia.

Quando sua mão em minha cintura deixa um leve prensar, e seus lábios já percorrem o meu pescoço, eu ouço o barulho da porta do carro abrir, e Peter se afastar bruscamente de mim.

Quando dou por mim, meu pai está puxando Peter a força para fora do carro.

- Pai! - grito assustada.




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