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LIX

Antony

Tem coisas na nossa vida que acontecem de uma hora pra outra, e só nos damos conta quando o mundo já está desmoronando sobre nossa cabeça.

E tem pessoas que entram nela pra nos ensinar que não podemos, jamais, confiar nelas.

- Conte a ela Megan, conte tudo o que aconteceu!

- Antony...vamos conversar sobre isso depois. - ela diz entre lágrimas.

- Para o inferno com o seu depois!

- Antony, vamos entrar e tomar uma água. Nos acalmar e depois você fala sobre isso com a Crystal. - Izzy aparece na minha frente, e tenta intervir.

- Eu não quero me acalmar!

Por trás da Izzy, eu vejo a Deborah puxar a Megan em direção a entrada.

- Não! - dou um passo rápido e pego no outro braço da Megan. - Você não vai a lugar nenhum! - encaro com fúria seus olhos. - Você procurou tudo isso, agora vai arcar com as consequências.

- Antony! - ouço a Izzy.

- Pai, solta ela!

- Todo mundo fica aqui fora, nem que eu precise colocar fogo nessa casa! - me excedi. - Todos vocês pisaram em mim com seus comentários zombeteiros, - olho para Megan com repulsa. - por causa do que ela disse todos esses anos. Agora vocês vão ficar e ouvir o que eu tenho a dizer! - cuspo as palavras, soltando o braço dela.

- Isso é ridículo. Você não pode nos obrigar...

- Cala a boca, Deborah! - sou ríspido - Você com certeza sabia de toda a verdade desde o início, e nunca moveu um dedo para falar nada!

- Pai, por favor...

- Princesinha...- me aproximo dela, e seguro se rosto com as mãos, passando levemente os polegares por suas bochechas. - O que você fez comigo hoje, é mais do que justificativa para eu te contar que nunca traí a sua mãe. Não existe traição quando há um divórcio assinado.

- O quê? - seus olhos confusos procuram por uma resposta.

Eu me afasto e começo a discursar sobre como a Megan era uma mentirosa manipuladora.

- A sua mãe não estava mais casada comigo desde que subiu de cargo naquela editora. - respiro fundo. - Pra ela só existia a droga daquele trabalho. Eu não fazia mais parte da sua vida, não é Megan?

  Ela não diz nada, nem ao menos me olha nos olhos.

- Eu era um idiota que estava sempre à espera da conclusão de algum contrato em que ela estava à frente. Mas isso se tornou um ciclo vicioso pra ela, e assim que finalizava um, ela iniciava outro, e eu ia ficando de lado.

Relembrar esses acontecimentos me deixa com raiva agora. Mas antes eu era indiferente a isso. 

- No aniversário dela, no ano em que nos divorciamos, eu havia feito uma reserva no restaurante que ela gostava, preparei uma surpresa, e lhe informei para me encontrar lá no horário combinado. Eu fiquei plantado lá feito um palhaço, mas isso ainda não havia me tirado o ânimo de voltarmos a ter uma vida conjugal. Eu entendia que ela estava se esforçando para dar o melhor de si e ser reconhecida.

Megan soluça em meio ao choro calado, mas isso não amolece em nada meu coração nesse momento.

- Aguardei até nosso aniversário de casamento, e novamente me propus a agradá-la. E mais uma vez tomei no cu. Eu achei que da última vez poderia ter escolhido um lugar em que ela não poderia ter acesso mais rápido ao seu computador, caso precisasse voltar logo ao que tivesse que fazer, então optei por organizar tudo em casa mesmo. - sorrio irônico ao lembrar de toda aquela perda de tempo. - Mandei você para casa dos meus pais naquele fim de semana, preparei o nosso quarto com velas perfumadas, pétalas de rosas sobre a cama, e ainda passei dias aprendendo a cozinhar algum tipo de comida exótica. Pra no final, ela nem aparecer em casa naquela noite.

Eu encaro fixamente a lua no céu, e me permito divagar sobre aquele dia.

- Eu fiquei extremamente chateado. Afinal, era nosso aniversário de casamento, e ela sequer me mandou uma mensagem. Só lembrou disso alguns dias depois. - coloco as mãos no bolso da bermuda, e finalmente nossos olhos se encontram. - Eu estava cansado daquilo. Cansado de dormir toda noite sozinho, de procurar por um fantasma dentro da minha própria casa, então entrei com o pedido de divórcio.

Há algum tempo, isso era irrelevante pra mim lembrar, depois de nosso último envolvimento, essas lembranças me magoavam, mas agora, elas me faziam tremer de raiva.

- Quando o advogado me entregou a papelada, eu tentei conversar com ela, mas surgiu uma viagem dela a trabalho, e eu tive que esperar. Na primeira noite depois que ela havia voltado, eu entrei em seu escritório, e sem dizer nada, pois sabia que ela arrumaria alguma ocupação para não me dar um tempo de conversa, eu apenas coloquei a pasta sobre a mesa dela, enquanto ela estava ao telefone, esperando que o conteúdo ali, a colocasse disposta a arrumar um tempo pra nós. Ela me olhou, sorriu, abriu a pasta, e viu apenas uma linha no rodapé da folha com o nome dela abaixo. Sacou sua caneta, e assinou.

Sinto a raiva tomar conta de mim outra vez, mas me controlo o máximo que posso.

- Ela nem se deu ao trabalho de perguntar do que se tratava, ou olhar o cabeçalho daquela papelada. Fechou a pasta, e estendeu pra mim. Eu fiquei pasmo com aquela atitude, deixei a pasta na mão dela e saí de lá. A partir daquela noite, eu já não dormi mais debaixo do mesmo teto que ela. E sabe o que é mais engraçado? - sorrio sarcástico. - Ela só notou a minha falta quando você, Crystal, perguntou quando eu voltaria de viagem. Isso depois de um mês que havia ido embora.

Vejo a Crystal me encarar com olhos marejados. Sei que ela sente agora a culpa por muitas vezes ter me dito certas palavras. Mas eu sou culpado por isso também.

- Eu já vivia uma vida de solteiro, pois legalmente eu era um. - desvio meu olhar da Crystal de volta pra Megan. - Mas quando ela descobriu toda a minha farra, se sentiu magoada, traída. E assim começaram esses boatos. Minha única culpa nisso tudo, foi ter evitado me desgastar em discussões inviáveis com ela naquela época. Poupar minhas energias com algo que valia a pena, mas isso a fez criar asas em torno disso, e mesmo depois de anos eu nada fiz para reparar esse dano, ou me defender. Achei que merecia passar por certas coisas, por não tê-la colocado contra a parede no momento em que tudo estava desmoronando, por não ter agido da forma certa, por ter sido rancoroso. Mas agora, usar isso como desculpa pra esconder meu filho de mim, já é demais.

- Foi realmente isso que aconteceu, mãe? - Crystal questiona.

- É sério Crystal? Você ainda espera que ela confirme tudo o que eu acabei de contar, para só então acreditar?

- Pai...?

- Eu até relevei o que tinha acontecido mais cedo, pois você não sabia. Mas não acreditar em mim agora...realmente dói.

- Pai, não é isso...

Mas eu não espero que ela conclua a fase, apenas dou as costas pra ela, vou para o meu carro, com a Izzy logo atrás de mim, porém a ignoro por completo, giro a chave no contato e saio em disparada.

Eu não queria mais ficar ali, não depois de tudo o que disse, e ainda ter minha filha duvidando de mim.

Eu precisava ficar longe de todos eles, de tudo aquilo. Minha vida estava uma bagunça, de novo, e eu precisava de tempo pra organizar meus pensamentos.

Eu estava emocionalmente fodido, nada de bom sairia de mim agora, eu só acabaria prejudicando qualquer um que estivesse mais próximo.

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