LII
IZZY
Eu queria muito compartilhar com o Antony as mudanças na festa de aniversário da Crystal, mas ele parecia um tanto estranho. Não sei o que estava acontecendo com ele, mas acho que não era nada que eu precisasse me preocupar.
- Tudo bem. - me afasto dele, pegando em sua mão. - Vem comigo, tenho alguns planos para o fim de semana.
Eu vou em direção ao quarto dele, abro a porta, e entro ainda o puxando comigo.
- Bom, eu pensei em... - me sento em sua cama, mas ele permanece de pé a minha frente. - Senta aqui! - lhe indico o lugar ao meu lado.
Mas ele parece não estar muito afim de ouvir o que eu tenho a dizer, pois volta a me abraçar, e beijar o topo da minha cabeça.
- Você está bem mesmo?
- Eu gosto de você Izzy, e mais do que eu pensei gostar. - ele mantém o abraço firme.
Eu abro um sorriso feliz, pois nada poderia me alegrar mais do que ouvir isso dele.
- Isso me deixa tão feliz. Você não tem ideia. - eu levanto a cabeça e encaro seus olhos.
Ele se curva para me dar um beijo, e eu aproveito cada segundo daquele carinho. Eu já havia sonhado tanto com momentos assim, que não tinha como não me sentir realizada.
Ele coloca suas mãos em minha nuca, e com uma delas, vai deixando um carinho com o polegar através da minha bochecha. Isso é tão inesperado, me vejo obrigada a questioná-lo.
- O que houve com você hoje? - pergunto com um sorriso.
- Às vezes a gente descobre que alguns sentimentos podem superar qualquer outro desejo.
Eu não sei do que ele está falando exatamente, mas entendo, em parte, que ele a sua maneira está se declarando pra mim. E isso me deixa extremamente feliz.
- É muito importante pra mim ouvir isso, Antony.
Ele não diz mais nada, e volta a me beijar. Beijos cada vez mais carinhosos e cheio de ternura. Sinto como se fosse explodir a qualquer momento com tudo o que estou sentindo.
Eu coloco meus braços envolta do pescoço dele, o puxando mais pra mim, e consequentemente fazendo-o subir na cama. Com seu corpo sobre o meu, eu o encaixo entre as minhas pernas, e nossos corpos colam um no outro.
Geralmente, esse tipo de contato que temos está envolto em muito tesão e desejo, uma certa urgência de um pelo outro, mas nesse momento, isso foi gerado de forma calma e paciente, uma consequência do carinho mútuo. E eu amo isso.
Ele desce a mão pelo meu corpo, e na altura da minha cintura, ele passa o braço por baixo me colocando ainda mais contra ele.
- Você não é só linda e gostosa pra caralho... - ele ri junto ao meu ouvido, arrancando um sorriso tímido de mim. - É também muito atenciosa, carinhosa, e destemida. Já que conseguiu de mim mais do que pensei ser possível sentir por você. - agora ele ri brincalhão. - Estou sendo sincero.
- Eu não costumo desistir do que eu quero. - devolvo no mesmo tom brincalhão.
- Percebi bem isso.
Ele me beija novamente, e a cada beijo, eu sinto a intensidade aumentar, e meu corpo esquentar. Eu o quero, e posso sentir entre minhas pernas, o quanto ele me quer também. Passo as mãos por seus braços, e viro levemente meu pescoço, indicando que ele me beije ali também. E ele assim o faz.
Sentir seus lábios em minha pele faz meu corpo arrepiar, e minhas pernas o pressionar ainda mais contra mim. As sensações adquiridas ali, são emitidas pela minha boca em forma de gemido.
Quando ele se afasta de mim, ele tira a camisa, e segue para tirar minha blusa. Agora tenho total ciência, isso não é apenas uma provocação, não estamos mais tentando um ao outro. Aquilo realmente vai seguir adiante, pois ambos não temos mais a intenção de apenas brincar de seduzir, queremos realmente nos ter.
- Antony...
- Hmm? - ele ainda beija minha pele, e agora tem uma das mãos em meu seio.
- Já que estamos sendo sinceros, preciso te contar uma coisa. - ele puxa lentamente a alça do meu sutiã expondo por completo o meu seio.
- Tudo bem. - ele diz antes de colocar a boca no bico do meu seio, arrancando de mim um gemido abafado.
Com o corpo todo arrepiado, e cada vez mais excitada, eu o observo deslizar a mão em minha perna, e seus dedos hábeis e apressados encontrarem minha calcinha pelo pequeno espaço entre meu corpo e meu short jeans.
- Antony... - seu nome é quase um suspiro quando seus dedos deslizam em minha intimidade sob a calcinha. - Eu... Eu sou virgem.
Ele para seus dedos sobre minha calcinha, tira a boca do meu seio e me encara incrédulo.
- O quê?
Eu não digo nada, apenas sorrio tímida.
- Está brincando?
- Não. Por que eu brincaria com isso?
- Não sei, talvez pense que possa ser algum fetiche meu, ou coisa do tipo... Sei lá.
- Não estou brincando Antony.
Ele se afasta de mim rapidamente sentando a minha frente.
- Como isso é possível? Todas as coisas que já fizemos juntos, e seu jeito sempre tão ativa, não dá a entender isso. - ele raciocina.
- Eu disse que sou virgem, não uma santinha puritana. - também me sento, e puxo de volta a alça do sutiã.
- Mas por que?
- Que pergunta é essa?
- Eu sei lá... - ele sai da cama e para de pé a minha frente, com as mãos na cintura. - Você sempre foi a garota de ter muitos namoricos, então não consigo entender isso.
- Antony, a virgindade é como muitas outras coisas da vida, uma questão de escolha. E eu escolhi manter a minha. - ele não diz nada, apenas me encara com as sobrancelhas franzida. - Isso é um problema pra você?
- Não. É só...inesperado. Não imaginava isso de você... Quer dizer, não imaginei que você ainda fosse. - ele se mostra confuso em como abordar o assunto.
- Por que tenho a impressão de que isso não é algo que você já tenha lidado muitas vezes na vida? - o encaro imquisitiva.
- Porque não é. Quer dizer, nunca foi. - ele passa a mão pelo rosto.
- Nunca? Você gosta mesmo de dar ênfase em certas coisas. - sorrio sarcástica. Mas ele não ri de volta. - Está falando sério?
- Por que eu não estaria? - questiona sério. - Estamos falando de algo sério.
- Sim, mas...eu não imaginava algo do tipo, já que você sempre foi um homem de muitas mulheres. Pelo menos desde que eu te conheço.
- É, mas mulheres assim eu procurava manter distância.
- Por quê?
- Costumam ser iludidas e grudentas. - eu não digo nada, apenas o observo. - Desculpe, não tive a intenção...
- Eu entendi. - pego minha blusa e a visto de volta. - Nesse caso, eu sempre fui uma iludida. Mas no quesito grudenta... - eu levanto da cama. - Já não posso dizer o mesmo.
- Izzy...
- Não se preocupe. Eu estou tranquila com isso. Acho que você é quem deveria rever seus conceitos sobre virgens.
Saio do quarto dele, e vou para o meu, sem saber ao certo o que extrair dessa conversa.
A noite, durante o jantar, eu ainda não tinha uma opinião concreta sobre o que houve a tarde com o Antony. Já ele, me olhava com uma expressão de culpa, como se tivesse feito algo errado, coisa que não aconteceu realmente.
A Crystal falava sobre como ela queria a decoração da festa, e ele parecia nem estar ali.
-... Tudo bem pai? Poderia fazer isso? - ela o questiona.
- Sim! - responde automaticamente, ainda me encarando.
- Ótimo!
- Crystal, acho melhor você repetir a pergunta. Não creio que ele tenha prestado atenção no que você disse.
- Como é? - ele se situa.
- Pai...? - ele olha pra ela. - Você pode fazer isso?
- O quê?
- Eu não disse!? - sorrio debochada.
- Pai, onde está com a cabeça?
- Nem queira saber! - me adianto.
- Credo! Vocês dois são nojentos! - Crystal diz com cara de nojo.
- Não há nada de errado, Crystal. Só algumas questões que me deixaram confuso hoje. Nada de mais. - ele recosta na cadeira. - Mas o que quer de mim?
- Quero saber se pode ir para a casa da praia amanhã com a Izzy?
- Casa da praia? Por que?
- Como eu estava dizendo, e você não prestou atenção em nada, eu mudei de ideia e vou fazer minha festa lá de novo esse ano. Mas para deixar tudo do jeito que eu quero, preciso que a Izzy, que vai me ajudar com todos os preparativos, - ela pega minha mão sobre a mesa, e sorri afetuosamente. - vá na frente pra auxiliar em tudo que puder, já que eu não posso ir antes da sexta. Então quero saber se pode ir com ela, já que está de férias e cancelou sua viagem. E também como estão juntos agora, preferia que ela não fosse sozinha.
- Era isso que você tinha pra me dizer hoje a tarde Izzy?
- Sim.
Ele fica pensativo por algum tempo, mas logo lhe dá um parecer.
- Tudo bem.
Tem certeza? É Sério? São as perguntas dirigidas a ele ao final de sua resposta. Eu achei que ele não iria querer passar nenhum tempo sozinho comigo depois dessa tarde. Mas agora não sei o que pensar.
- Ótimo! Vou mandar uma mensagem para o buffet confirmando tudo! - Crystal levanta animada e vai até o quarto.
Antony e eu ficamos sozinhos, e o contrario do que costumava acontecer, entre olhares insinuativos e muita tensão sexual, agora parecemos estranhos.
- Tem certeza que não será um problema ficar perto de mim agora? - ele inicia a conversa.
- Eu que deveria te perguntar isso. Afinal, não é do seu feitio ficar próximo a mulheres possivelmente grudentas. - alfineto.
- Izzy... - ele levanta da cadeira que estava, e se senta meu lado, onde Crystal permanecia há alguns momentos. - Eu não tive a intenção de te ofender quando disse aquilo. E você estava certa, os conceitos que eu tinha eram bem ultrapassados. Mas sei que você é diferente. Em muitos aspectos na verdade. Sem falar que você é minha namorada, certo? Isso muda muita coisa.
- Eu sei. - ele me abraça. - Mas não sei porquê acabei reagindo daquele jeito. Desculpe.
- Não se preocupe. O impotente é que estamos bem agora. Não é? - ele deixa um beijo logo abaixo do meu olho.
- Sim, estamos!
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