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ꮪꮖꭰꭼ ᴀ ( trᥲᥴk # O4 )

ˑ ۫ . ﹙ I laid the groundwork and then, just like clockwork, the dominoes cascaded in a line﹚

As noites na cada Black após o baile foram silenciosas, mas a tensão era palpável quando eles se reuniam para os jantares ou quando falavam de coisas banais do mundo bruxo, tentando afastar o grande elefante branco na sala, a relação de Adhara com o Príncipe Thomas. A caçula de Rigel sentia o peso dos olhares de Pollux e Arcturus sob seu corpo, o tempo todo como se eles quisessem falar algo, mesmo quando estavam distantes do outro lado da sala em uma reunião banal entre amigos. 

O crepitar da lareira no salão principal parecia ecoar sua inquietação, parecia que todos eles esperavam só que alguém movesse uma peça do tabuleiro, para em seguida mover a sua. Adhara sabia que não podia ceder à pressão que começava a surgir dos dois lados — da família e dos Comensais da Morte, mesmo quando os via em reuniões a encarando sem muita discrição, ela conhecia todos eles, os ditos amigos da família, a vigiando. Em uma certa noite, já cansada, ela caminhava pelo corredor em direção ao seu quarto, os passos rápidos de Pollux a alcançaram, segurando seu braço, ela odiava como ele era irritantemente silencioso.

── Preciso falar com você. ── A voz de Pollux era baixa, mas carregava uma firmeza que não deixava espaço para objeções, ela sabia que era por ter comensais no andar de baixo.

Isso não pode esperar até amanhã? ── Ela se virou devagar, puxando o braço dos dedos dele. ── Tive uma noite longa.

── Longa demais para lembrar onde estão suas lealdades? ── Os braços foram cruzados sob o peito, em posição ofensiva. ── Estamos todos começando a nos perguntar qual jogo você está jogando, irmãzinha.

── Meu jogo, querido irmão, é o mesmo que sempre foi: proteger nossa família. ── Ela semicerrou os olhos, como quem queria ler o que se passava na cabeça do irmão, mas logo sentiu um peso, não via nada. ── Você realmente acha que eu me rebaixaria ao ponto de traição?

── Eu não sei o que você faria. ── Ele deu um passo a frente, tocando a testa dela com o indicador direito. ── Não está ouvindo nada, não é? Não consegue ouvir nossas mentes, porque está longe.

── Estou ouvindo você me subestimar. ── Ela ergueu os olhos, encarando os dele. ── É o que eu preciso.

── Fique atenta. ── Ele a empurrou para trás devagar, antes de passar pela mulher.

Ela sentia aquele incômodo nos ombros, não conseguir ouvir Pollux pareceu estranho, ele sempre era barulhento, mas dessa vez ele foi tão silencioso que ela não sabia até onde era proposital ou se era a mísera resposta de seus atos, tão guiada pelos planos que mal conseguia ver todas as consequências. Adhara se abrigou em seu quarto, era hora de repensar seus movimentos, esperar que a poeira baixasse.

Ela sabia que precisava se mover, precisava estar um passo a frente, estudar nem sempre foi a saída para Adhara, mas os livros do pai eram um argumento forte para levá-la até outro cômodo da casa, justo quando todos pareciam dormir. Mais tarde naquela noite - enquanto ela perambulava pelos corredores - encontrou Arcturus no escritório, sua figura esguia iluminada pela luz suave de um candelabro, ele olhava para os livros, passando a mão como se procurasse um, mas não se assustou ao vê-la, não havia sido pego de surpresa. Diferente de Pollux, ele não era direto; preferia observar e analisar antes de confrontar, andando em volta de todos como uma serpente, o chapéu seletor tinha sido certeiro em jogá-lo na Sonserina e não na Corvinal. Quando ela entrou, ele levantou os olhos de um plivro e a encarou com sua calma habitual.

──Você está brincando com fogo. ── Nem um oi ou boa noite, Arcturus voltou a olhar o livro apenas dando-lhe o aviso.

── Entre nós eu sempre fui a que melhor flertou com a piromancia. ── Ela riu de lado, caminhando perto de uma poltrona e se apoiando nela.

── Pollux está ficando paranoico, e não sem razão. ── Ele suspirou, fechando o livro que lia. ── Os Comensais estão começando a murmurar. Se você não tomar cuidado, essa tensão vai se tornar insuportável, sabemos que você não tem como lidar com isso.

── Eu não estou sozinha. ── Ela ponderou com a cabeça.

── Nós não vamos ficar no fogo por sua causa. ── Ele escondeu o livro atrás das costas, antes que a irmã pudesse ver o que era.

── Tudo está indo exatamente como planejei, Arcturus. Cada passo, cada palavra dita no baile, cada olhar calculado... tudo faz parte de algo maior. ── Ela estreitou os olhos, um brilho quase predatório surgindo em seu olhar. ── Eles não sabem disso ainda, mas estão todos dançando conforme a minha música.

── Você não dança tão bem quanto mente. ── Ele sorriu passando por ela. ── Mova os livros da direita para o canto, nosso pai não vai notar a falta de um ou dois.

Ela poderia achar muitas coisas de Arcturus, mas tinha que reconhecer que ele era inteligente, sempre invisível, sempre o filho do meio que não tinha a pressão do mais velho e nem o amor do caçula, apenas existindo, uma ponte entre querer muito e ter demais, alguém com privilégios que Adhara pensava querer ter, não se lembrava quantas vezes quis ser ele, mas não se perguntou uma vez sequer como era, de verdade. Naquela noite ela só pegou dois livros e voltou a seus aposentos, torcendo por ser apenas Arcturus lá.

Entre as cartas trocadas entre a jovem Black e Thomas, havia poucas as pessoas que realmente sabiam sobre eles além dos bailes, como o escrivão real, alguns poucos guardas e o secretário real, por semanas as cartas e encontros regulares e em público foram suficientes, Thomas via cada vez mais encantado por ela, até passarem a não ser suficientes, então ele sugeriu por encontros particulares, ela hesitou, a priori, até aceitar, fazia tudo parte do plano.

Adhara havia escolhido cuidadosamente o local para o encontro daquela noite, não compartilhar com a família a relação com Thomas havia sido uma decisão sua, buscando fugir do que a afugentava em busca de algo maior, não podia ser em qualquer lugar. Naquela ocasião fora escolhido um jardim isolado na periferia de Londres, cercado por altas sebes e protegido por um feitiço de contenção que ela havia lançado, mas que obviamente o Príncipe e os seus homens não tinham conhecimento. Enquanto caminhava pelas pedras irregulares do caminho, sentiu o peso do medalhão em seu pescoço — um presente de seu pai, que sempre parecia mais pesado nos momentos de dúvida, era uma peça que ela alisava, estar perto do pai lhe causava uma boa sensação de segurança, mentir para ele não a agradava. O Príncipe já estava esperando, a postura rígida suavizada pelo sorriso que ele reservava apenas para ela, ela podia ver de longe - e sentir graças a sua magia - que os homens dele também estavam lá.

── Você veio ... ── Ele disse, avançando para segurar suas mãos.

── Eu sempre vire. ── As palavras delas tinha um tom doce e quase inocente, tudo friamente calculado. ── É o único momento em que posso ser eu mesma, me sentir mais tranquila e leve.

── Se isso é verdade, então venha comigo. ── Os olhos dele brilhavam ao encontrar os dela, dando um suspiro nervoso. ── Deixe tudo isso para trás. Eu posso protegê-la de qualquer coisa.

Ela hesitou, olhando para o chão, uma mão pousando levemente no medalhão, como quem não soubesse o que responder, ainda queria envolvê-lo em sua teia por mais momento, mas agora estava frente a frente com um pedido daquele, Thomas não poderia preogê-la do que a perseguiria. As trevas pareciam sussurrar em seu ouvido, lembrando-a do poder que ela almejava, do poder que ela teria de abdicar. 

── Você não entende, meu príncipe. ── Ela desviou os olhos, soltando as mãos dele. ── Há coisas das quais nem você pode me proteger.

── Eu sei o que falam dos Black. ── Ele falou e isso a fez virar e olhá-lo com certo receio. ── Que seu irmão tem negócios perigosos, mas eu sou a coroa.

── Por isso mesmo não posso arriscar você. ── As mãos dela suavam.

Ela tinha que admitir, por mais que estivesse jogando com Thomas e apostando alto nisso, ela poderia realmente gostar dele, talvez estivesse se deixando levar pelo jogo, ele era alto, bonito, preocupado com ela, sabia que parte daquilo eram os sussurros que ela implantava na mente frágil dele com suas habilidades mágicas, mas ainda sim, foi tão fácil, parecia que ele já era um vazio precisando ser preenchido por ela.

──  Você não sente isso? ── Thomas a tirou de seu devaneio com as suas palavras.

── Sentir o quê? ── Adhara inclinou a cabeça, estudando a expressão dele. 

── Que estamos sendo observados. Tem sido assim nos últimos dias. ── Ele abaixou a voz, como se temesse que alguém estivesse escutando. ── Eu sei que parece loucura, mas há algo... ou alguém... nos seguindo.

Adhara sentia suas mãos formigarem, entre os livros que havia lido, sabia que mexer com a mente tinha suas consequências, paranoia era uma delas, até onde ela estava escavando na mente frágil de Thomas? Então ela forçou um sorriso tranquilizador, mas seu coração disparou. A ideia de que pudesse haver olhos sobre eles não era inesperada, mas era perigosa, talvez fosse só coisa da cabeça dele. 

── Você só está preocupado, meu príncipe. ── Ela levou a mão ao rosto dele, como fez com o pai tempos antes. ── Estamos sozinhos aqui, talvez sejam só seus guardas.

Mesmo enquanto falava, sentiu um arrepio subir pela espinha, como se realmente ele estivesse com razão, mesmo com a magia que tinha os escondidos lá, havia bruxos bem mais fortes. Assim que ele voltou a relaxar, Adhara desviou o olhar para as sombras do jardim, onde algo parecia se mover furtivamente, queria não estar certa.

Mais tarde quando já havia retornado do encontro, ela estava sozinha enquanto permaneceu imóvel e sozinha em frente a um espelho antigo em seu quarto, encarando o próprio reflexo, as vezes passava por longos períodos olhando para si, procurando ver algo nela mesma que estava oculto. A dúvida assombrava seus pensamentos: estaria ela realmente sendo seguida, ou eram os próprios fantasmas de sua consciência? A paranoia poderia agir não apenas com a mente do alvo, mas com a do bruxo também. Um leve movimento atrás dela no espelho a fez girar rapidamente, mas o quarto estava vazio, era sempre a mesma mobília escura e cortinas pesadas.

No canto, o medalhão em sua mesa de canto brilhou com uma intensidade incomum, como se estivesse tentando alertá-la, ela só se lemrava dele ter feito isso duas outras vezes desde quando o tinha. Uma sensação de que o jogo havia mudado começou a crescer dentro dela, mas quem tinha feito o próximo movimento?

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