Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

ꮪꮖꭰꭼ ᴀ ( trᥲᥴk # O3 )


ˑ ۫ . ﹙ Once I played my cards right, this was the plan all along.﹚

Ela seguia pelo corredor com meia iluminação, olhava uma das luzes piscando e pensava que algum dos empregados ou um dos elfos acabaria apanhando por isso, era como se a garganta estivesse seca, parou somente quando entrou porta adentro, fechando-se a sós com o patriarca. As paredes forradas de madeira escura e os livros antigos exalavam uma gravidade que parecia amplificar seu nervosismo, havia uma biblioteca no segundo piso, mas os livros mais importantes eram guardados ali, alguns dos quais nem aos filhos o homem permitiu a leitura. Rigel estava sentado em sua poltrona de couro, uma pena na mão e pergaminhos à sua frente, mas seus olhos se levantaram rapidamente ao vê-la, ele tinha começado a assinar algumas coisas antes de receber a notícia de que correspondência tinha chegado. O homem franziu a testa levemente, percebendo o olhar de tensão na filha, Adhara era como ler em latim, dúbia e complexa às vezes.

── Sobre o convite do Príncipe. Eu acredito que essa... ── A voz dela falhou, dando alguns passos na direção do homem. ── Aproximação possa ser boa para nós.

── Boa para nós? Ou boa para você? ── Ele repousou a pena sob o tinteiro, a encarando. ── Porque o que vejo é você brincando com algo que não pode controlar

── Eu sei que parece imprudente, mas há mais nisso do que parece. ── Ela sentia seus dedos formigarem como quando era criança, ali parecia a mesma menina acuada buscando alguma afirmação como os olhos trêmulos de Pollux. ── O que estou fazendo não é uma distração, pai. Ele vai confiar em mim, isso pode abrir portas que até agora permaneceram fechadas.

── E enquanto você conversa com ele nos salões da realeza, os comensais questionam por que minha filha ainda não se ajoelhou diante das trevas. ── Ele se levanta bruscamente, se inclinando para frente e apoiando os punhos na mesa. ── Você acha que não sinto a pressão? Eles sabem que você está hesitando, Adhara. Que eu estou hesitando por sua causa.

Era quase como sentir a energia estalando a sua volta, Rigel era um pai amoroso com ela, mesmo que não fosse uma pessoa afetiva, mas sempre a protegeu, quando colocou os olhos nos dela, tão azulados que chegavam a ser roxeados em certa luz, ele soube que ela era especial, que era um presente das trevas para ele. Já Adhara sempre gostou de jogos, não precisava ser a menina mais forte, mas poderia ser a mais esperta, era sempre um jogo pressioná-los para ver até onde iam, era assim com seus pais, seus irmãos e também suas amigas.

── Papai, você sempre me protegeu, desde que eu era uma criança. ── Ela tinha um sorriso doce no rosto, dando a volta na mesa, tocando a mão dele. ── Sempre viu algo em mim que os outros não viram, uma sensibilidade, sim, mas também... uma força diferente. Eu não sou como Pollux ou Arcturus, você sabe disso.

── Eu sei, meu Sol da Meia Noite. ── Ele esticou a mão, quase a tocando, mas seus dedos puxaram de volta, temeroso. ── É por isso que te poupei por tanto tempo. Porque eu sempre achei que o peso das trevas esmagariam você, mas há limites. Você precisa fazer concessões, para nossa família, para nosso legado.

── Confie em mim. ── Ele esticou a mão, diferente de Rigel, ela não hesitava. ──  Tudo isso... vai fazer sentido. Eu prometo.

Rigel fechou os olhos por um instante, permitindo-se uma pausa rara para sentir o calor do toque da filha em seu rosto, diferente deles que pareciam sempre tão frios e ríspidos, Adhara era quente, por isso parecia o sol. Ele sempre soube que ela era diferente, uma combinação incomum de delicadeza e astúcia, algo brilhoso que ela não conseguia definir, uma menina perigosa, alguns disseram, mas ainda, sim, era a sua menina. Quando seus olhos se abriram novamente, a dureza habitual de seu semblante havia cedido ligeiramente, ele viu nos olhos de Adhara um brilho que parecia puxá-lo para algum ponto da sua mente onde seu corpo emanava um certo ar frio, como uma leveza, que o prendeu por alguns segundos, mesmo envolto em trevas. Era essa dualidade que o fazia hesitar, questionar sua decisão de poupá-la dos horrores que moldaram Pollux e Arcturus, ainda assim, naquele instante, diante do toque carinhoso da filha, ele sentiu seu coração ceder, como quase sempre era com ela, mais uma vez se tornou inevitável não fazer o que ela queria.

O salão brilhava com candelabros dourados e espelhos que refletiam a opulência da realeza. Adhara tinha passado as últimas três semanas com um certo aperto na garganta, entre cartas que trocava com o Príncipe e o que ela pensava para si. Naquela noite o seu vestido era de um azul profundo destacando-se entre os tons pastéis usados pelas outras damas, parecia quase uma extensão do brilho que seus olhos tinham. A música era como uma balada lenta, nessa hora ela queria algo mais animado, como o que tocava quando tomava clericot com as amigas na Itália. Assim que a viu, adentrando no salão, Thomas ajeitou a postura, caminhando em sua direção, oferecendo o braço com um sorriso caloroso, quase como se estivesse hipnotizado e era impossível negar os olhares.

── Parece que não sou o único hipnotizado por você esta noite, senhorita Black. ── Ele inclinou de lado enquanto caminhavam e falou baixo, como um sussurro. ── Metade dos convidados não consegue tirar os olhos de nós.

── Talvez seja apenas o fascínio por algo... incomum. ── Ela respondeu, não se via a aristocracia Black em bailes como aquele. ── Eu não costumo me encaixar nesses ambientes.

Thomas passou a mão pela cintura dela, ele queria que as pessoas os vissem, parte dele ostentava Adhara como um prêmio quando giraram no salão, entre outros casais, era um baile bem mais singelo, com alguns convidados exclusivos da monarquia, amigos de longa data em sua maioria, pessoas das quais Thomas não temia ser ele mesmo. Em um certo momento eme a puxou mais para perto, ouvindo o gemido de susto dela, imaginou suas bochechas avermelhadas.

── Você é diferente de qualquer pessoa que já conheci. ── Ele confidenciou, olhando para os outros, mas sentindo o perfume dela. ── Há algo em você... algo que parece fora de alcance, mas ao mesmo tempo, tão próximo.

── Às vezes, sinto que sou uma prisioneira de algo maior do que eu. ── Ela confidenciou, apoiando o queixo no ombro dele, ali era quase como uma abertura onde você podia ver pela fresta o como ela era vulnerável. ── Minha vida... não é tão livre quanto parece. Esses lugares luxuosos, essas festas, tudo isso é um espetáculo. E, às vezes, sinto que estou apenas... atuando.

Para o Príncipe Thomas aquilo soava quase como familiar, ele cresceu como o filho primogênito, não importava o quanto o tempo fosse passar, ele estava em uma contínua espera pelo trono, tendo que almejar a morte do avô e do pai se quisesse estar lá, vivendo sob os holofotes, com as pessoas opinando sobre sua vida, esconder as coisas era o normal para ele.

── Você não precisa viver assim, darling. ── O sotaque dele era carregado às vezes, parecia ter passado um grande tempo na Escócia, Adhara percebia quando o ouvia. ── Eu... não sei como, mas quero ajudá-la. 

── É gentil da sua parte pensar assim. ── Ela mordiscou o lábio inferior, pensando em como o atraía cada vez mais para perto, então o olhou nos olhos. ── Mas você não sabe o quão complicada minha vida pode ser. 

Enquanto a música diminuía, Thomas a guiou para um canto mais reservado, longe do olhar curioso dos outros convidados, onde ele ainda podia ver os guardas, mas como as estátuas dos jardins de casa, os homens do rei nunca contavam os segredos da corte, ele só olhou uma última vez para as portas da sacada e depois para ela. Thomas parecia ansioso, como se estivesse prestes a revelar algo que guardava há muito tempo.

── Eu me apaixonei por você. ── As mãos dele tremiam, era estranho dizer aquilo, havia a visto uma vez, mas todas as cartas que trocaram nas semanas seguintes se tornaram algo pessoal e íntimo, uma maneira estranha como ela o entendia. ── Não consigo pensar em outra coisa que não seja você toda vez que durmo e acordo, suporto menos ainda a ideia de ver que sofres e não posso fazer nada.

Adhara sentiu o peso da declaração, ela ainda estava jogando, sentia as mãos suando, só não estavam piores graças as luvas, ajudavam a não demonstrar tanto nervosismo, mesmo que sua expressão ainda se mantivesse serena, ela sabia bem como controlá-la. Por dentro ela também ponderava, ele é mais uma peça, mas uma que eu quero guardar, repetia-se continuamente, Thomas era especial

── Prometo pensar na sua proposta. ── Ela deu um sorriso, sentindo os olhos queimarem, chorar não fazia parte do plano. ── Mas vamos voltar para dança ou comer alguns doces, fiquei sabendo que sua vó só escolhe os melhores.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro