' 𝐜𝐚𝐩í𝐭𝐮𝐥𝐨 𝐬𝐞𝐭𝐞 :
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𝐏ela manhã, Jisung foi vestido com suas adequadas vestes de seda e algodão. Os seus cabelos claros foram empurrados para trás e sua pele de leite foi maquiada. Não era algo como pinturas de rosto femininas, mas apenas porque naquele dia o príncipe havia amanhecido mais pálido que o normal.
Quando estava apropriado para se mostrar ao público, saiu de seus aposentos sendo seguido por seus dois criados. Ambos em silêncio como era de costume pela matina. Descendo as escadarias do castelo, Jisung pode de relance e muito rapidamente ver a porta pesada do castelo ser fechada, cabelos escuros e longos seguiam para fora do palácio.
O príncipe franziu o cenho e piscou, apenas afastando a imagem que achou ter visto quando percebeu que nenhum dos criados haviam visto. Na sala de jantar, ele ceiou seu desjejum sozinho, provando de uma deliciosa massa doce e redonda, com mel e canela.
Mais tarde, não importava o que ele fizesse, o pensamento de ver o príncipe argentino saindo do castelo o deixava ansioso para procurá-lo pela propriedade. Visto que ele muito provavelmente não iria à cidade após todo o alvoroço dos plebeus.
Por mais que achasse coisas para fazer, papeis para assinar, móveis para reorganizar, treinamento para os músculos e a escolha do jantar daquela noite, nada o fazia esquecer seu bruxo. Ele estava grudado em sua mente como um maldito feitiço e Jisung não sabia mais o que fazer para esquecê-lo.
Não tê-lo visto durante o dia anterior parecia tê-lo desanimado. Sua tarde, apesar de ter sido agitada ao lado da doce princesa Sibele, não era a mesma coisa que ferroadas rápidas com o príncipe Lee, olhares queimando sobre a pele e mãos curiosas.
ㅡ Meu príncipe, o senhor está bem? ㅡ Indaga o criado ruivo, notando o loiro parar no meio do salão principal, próximo ao piano, mas não o suficiente para dar a entender que tocaria-o.
Fora quando Han, sem dizer uma sequer palavra aos seus criados, saiu do castelo, seguindo em passos rápidos até o estábulo. Os servos não o seguiram lugar à fora, pois não tinham permissão para assim fazer. Jisung imaginou que depois de tanto tempo passado desde o desjejum, encontraria Lee Know ali, mas não, o mesmo nem mesmo havia pego Spell, o cavalo de pelagem negra e cabelos trançados que seria um ótimo meio de transporte para passear.
Então Jisung imaginou que ele não estivesse muito longe. A propriedade do palácio era grande, mas se Minho fosse para se afastar tanto ele teria de levar o cavalo. Han logo pensou nos prováveis locais que o bruxo poderia estar.
Com um piscar rápido na mente, tratou de buscar Alaska, a fim de procurar com agilidade pelo príncipe argentino. Nem mesmo pegou cela ou corda para o animal, estava tão ansioso que apenas montou sobre a esbranquiçada e cavalgou estábulo à fora.
As patas da égua batiam com força contra a grama esverdeada, levantando poeira onde passava, o sol forte refletia a rápida sombra de Jisung sobre sua potra. Poderiam estar uma época de muitos raios solares, mas o ar gelado ainda fazia presença.
Não importava para onde ele ia, Minho não estava em lugar algum. E de repente a égua desacelerou, Jisung se viu achando-se um basbaque por estar procurando por Lee. Ele que era um homem insignificante para si.
Han tentando apagar aquelas coisas de sua mente indecisa, tratou de virar a égua para saírem dali. Quando a mesma relinchou, balançando sua cabeça em direção ao meio das árvores.
ㅡ Alaska, não ㅡ Disse para a fêmea, como se ela fosse o entender. Ela relinchou mais uma vez e Jisung fechou levemente os olhos, procurando pelo que, ou quem, estava por ali que tanto chamava a atenção da potra ㅡ Alaska! ㅡ Abraçou o pescoço forte da égua quando a mesma iniciou uma corrida nada lenta pelo meio das árvores.
Jisung fechou os olhos fortemente, deitado sobre a pelagem esbranquiçada enquanto sentia o peito bater tão rápido quanto quando estava com Minho. Ele sentiu medo de cair, mas sabia que a equina não o deixaria encontrar o chão, mas também estava com receio dos galhos baterem em si e na égua, tendo a imagem dos corpos machucados. Não era isso que ele desejava, mas era o que sua mente imaginava.
Segundos após, Alaska diminuiu sua velocidade, até que finalmente parasse e relinchando fez com que Jisung abrisse seus olhos lentamente. Levantou-se rapidamente quando viu um lago em meio a árvores e mais árvores. Han mal sabia da existência daquele local e ele estava em sua propriedade.
Foi quando os olhos de Jisung encontraram o tronco desnudo de Minho, que olhava para os dois – Han e Alaska – com o cenho franzido. Ele usava uma calça escura que estava desabotoada. Seu peitoral estava livre de vestes e seu cabelo estava solto, levemente úmido nas pontas.
Han deixou que a boca abrisse e fechasse rapidamente, ainda estático e desacreditado. Havia achado Lee. Alaska havia o levado até o Lee.
ㅡ Príncipe? ㅡ Minho se levantou, batendo as mãos com resquícios de grama na calça escura ㅡ O que faz aqui? ㅡ Pergunta já próximo de si, que não se afasta, pois Alaska gruda seus cascos naquele local.
ㅡ Eu moro aqui ㅡ Fala como se não fosse óbvio e arranca um riso de Lee, que agora está a centímetros de Alaska ㅡ O que você está fazendo? ㅡ Indaga forte.
ㅡ Olá, Alaska ㅡ Chama atenção da potra, que o olha e abaixa a cabeça. Minho a acaricia na bochecha, desce a mão pelo maxilar da égua e encosta sua testa na fronte da mesma ㅡ Você me achou, garota? Hm?
O russo, sem reação, não conseguiu pedir para que Lee se afastasse ou algo do tipo, apenas ficou analisando o cuidado que ele estava tendo com sua equina e como eles pareciam se dar genuinamente bem.
ㅡ Minho ㅡ O chamou. Nem de bruxo, nem pelo sobrenome, muito menos de príncipe, fazendo o maior cravar os olhos em si. Mas Han não sabia o que dizer, nem sequer sabia porque tinha o chamado.
ㅡ Sim, meu príncipe? ㅡ Com um carinho rápido, afastou-se de Alaska apenas para ficar ao lado da mesma, tendo visão completa da beldade que o príncipe loiro era ㅡ Você iria me dizer algo? ㅡ Franzindo o cenho, ele subiu os olhos pelas pernas torneadas na calça grudada, até parar os olhos de Han.
ㅡ E-Eu… P-Por- Onde esteve ontem? ㅡ Indagou, trêmulo com a mão que agora tocava sua coxa. Han não conseguiu pedir para afastar a palma dali, pois era terrível como era boa sem nem mesmo fazer nada demais.
ㅡ Onde você esteve? ㅡ Devolve a pergunta.
ㅡ Oras, eu-
ㅡ Quer ajuda para descer, meu príncipe? ㅡ Interrompe o outro, tocando a cintura do mesmo com ambas as duas mãos. Interrompeu porque percebeu que o russo estava voltando com sua voz grave, então tratou de tomar frente, não deixando que aquele momento acabasse.
Han engole a seco e espontaneamente vira-se sobre Alaska, deixando que Minho puxe-o pela cintura até parar com os pés no chão. Jisung está prensado entre o príncipe e sua potra, porém a mesma logo caminha até o lago, bebendo da água limpa e cristalina, deixando o casal de homens à sós.
Minho ainda não está acreditando que Jisung o procurou, o achou e que está agora tocando-o com total liberdade concedida pelo príncipe que não disse nada, mas aceitou de bom grado. O russo, de tão perto, tem olhos tão lindos que Lee se sente extasiado com tamanha beleza.
ㅡ Eu estive com Spell e Alaska, passeei com os dois pela manhã até o horário da refeição pós desjejum. Caminhei por sua propriedade e conheci um pouco mais de seu palácio, esperando que o senhor chegasse do encontro que teve com a princesa Sibele Kaspersen ㅡ Iniciou, contando sem receios ao príncipe como foi seu dia longe do mesmo ㅡ Os criados são muito fofoqueiros… ㅡ Sussurra próximo a orelha de Han, que o toca no peito ㅡ Depois lhe vi tocar piano, com uma canção um tanto encantadora. Imaginando em quê você estava pensando para cantar tão bem. E também me imaginei sentado ao seu lado, desfrutando de um momento com você, meu príncipe…
ㅡ Então você me viu tocar? ㅡ Se afasta suavemente, só para encontrar com precisão os olhos escuros de Lee. O mesmo concordou lentamente ㅡ Então era você… ㅡ Sussurra para si mesmo, abaixando a cabeça e lembrando dos olhos que sentiu em si enquanto tocava.
ㅡ Era eu, príncipe ㅡ O puxa para mais perto, subindo as mãos para as costas, desenhando símbolos invisíveis sobre a roupa de Han em um carinho lento e confortável ㅡ Mais tarde, preparei a ceia da noite junto com as criadas da cozinha. Seu reino tem muitas iguarias e isso mexeu com minha imaginação.
Jisung se afasta, com um passo para trás, deixando de sentir o corpo quente do outro próximo ao seu, a pele sobre sua palma e o hálito de menta. Han não diz nada, achando que sua voz vai o traí-lo, então apenas olha torto, desacreditando que ficou tão próximo de Lee por tanto tempo sem trocar uma farpa sequer com ele.
Não estava certo. Por mais que quisesse acreditar na felicidade que seu peito sentia ao tê-lo perto depois de tanto tempo fosse bom, não conseguiu afastar de uma mente sua severa criação. Não foi criado para gostar de homens, nem ficar tão próximo deles como estava com Lee. As relações deveriam ser sérias e nunca casuais como encontrava se tornando com a presença de Minho.
Sabia que o formigamento em sua mão para tocá-lo, a barriga revirando e os olhos procurando por mais dele não era apenas “nada”. Era algo, porque nem mesmo com Sibele ele sentia aqueles sentimentos aflorados brincando por sua pele e o arrepiando; nem mesmo estando com uma princesa Minho saia de sua mente.
ㅡ Ah, príncipe, eu queria tanto lhe beijar ㅡ Minho diz, voltando a aproximar-se do menor, com a mão no pulso e a outra na bochecha.
Com um carinho casto, ele desliza o polegar pela pele rosada de Han, a esquerda puxa a palma de Jisung para tocar seu ombro. O menor deixa que seus olhos se fechem e ele descansa o rosto no carinho, que o deixou sensível rapidamente. Sua mão aperta com espontaneidade o ombro farto do russo.
Mesmo que Han esteja com sua luva azul pérola nas mãos, era como se não houvesse nada ali e ele pudesse sentir Minho como quando sentiu sua mão no jardim.
ㅡ Eu posso? ㅡ Chama atenção de Jisung, que estava extremamente concentrado na tal tatuagem parecida com uma cobra no braço de Lee ㅡ Ah, você gostou, não é? Lembro de você olhar assim quando viu pela primeira vez, curioso.
ㅡ Sim, bruxo, estou muito curioso. E gostaria que você me contasse o que isso é ㅡ O apelido dado a Lee não soa agressivo ou cruel, e até mesmo com um tom carinhoso. Jisung não está mais com a intenção de ofendê-lo.
ㅡ É um dragão chinês. Nos livros antigos é citado um ajudante na criação de nosso mundo. Nos dias atuais, pelo menos em minha terra, carrega o significado de sabedoria, poder, proteção, riqueza e, principalmente, força ㅡ Conta enquanto Jisung o toca, passeando os dedos por cima das linhas e dos traços. Quando Minho termina, Han olha sugestivo.
ㅡ Deus criou o mundo.
ㅡ Na sua religião. Mas não imagino que seja um assunto do qual devamos entrar. Prefiro contar estrelas do que discutir suas crenças, príncipe ㅡ Agora quem se afasta é o Lee, indo em direção a sua camisa de mangas longas que está dobrada ao lado de suas botas de passeio.
Entendia perfeitamente bem Han Jisung, que foi criado de maneira rígida com costumes antigos.
Jisung o segue, curioso com o que ele irá fazer. Mas Minho veste suas roupas e calça suas botas, deixando Han desentendido. Achava que Lee iria entrar nas águas cristalinas e muito provavelmente geladas. E até torceu para que aquilo acontecesse, pedindo silenciosamente para ver o corpo do mesmo.
O príncipe russo então toma frente, tirando suas botas e sua vestimenta real do tronco, ficando apenas com as calças brancas bordadas com ouro. Ou apenas um tecido que fizesse que acreditassem naquilo.
Minho, quando viu a movimentação de Han, ficou em completo choque, sem saber o que fazer em relação à Jisung e sua repentina retirada de roupas.
ㅡ Príncipe?
ㅡ Vou nadar ㅡ Reponde rapidamente, e então tira suas vestes de baixo, deixando-as jogada de qualquer jeito sobre o restante de suas roupas. Por último, retirou suas luvas e as jogou no chão. Ele ligeiramente corre até às margens do lago, tocando seus pés quentes na água fria como gelo.
ㅡ Está muito gelada, príncipe Han ㅡ Tenta avisar, mas esquece-se que Jisung vive ali e que a temperatura da água não o afeta. É claro que ele é acostumado com o frio da Rússia.
ㅡ Você não vem? ㅡ Com metade do corpo dentro da água, não é possível que Lee veja suas partes íntimas, o que o alivia um pouco da vergonha. Estava mesmo tímido com o tamanho de sua genitália comparada a de Minho, que era deveras enorme.
ㅡ Eu tentei, mas é fria demais para mim ㅡ Passeia os olhos pelo tronco de Han, conhecendo perfeitamente bem cada pedacinho de seu abdômen, suas costas torneadas e ombros fortes, braços largos e bem desenhados e, principalmente, uma entrada encantadora de clara. Tão clarinha quanto o resto de seu corpo russo.
ㅡ Tudo bem… ㅡ Dá de ombros, entrando mais à fundo na lagoa. A mesma não é tão grande, e sua parte funda bate no peitoral de Han.
ㅡ Está bem, irei entrar ㅡ Minho lambe os lábios e com certa rapidez florescendo de uma ansiedade louca, tira suas vestes, entrando sem nada na água gelada. Ele poupa tempo e só para de entrar quando o lago sobrepõe sua cintura ㅡ Isso é muito gelado.
ㅡ Não é não ㅡ Jisung joga algumas gotículas geladas em Lee, fazendo o pular e tirar um riso do príncipe mais novo ㅡ Tem medo de água, bruxo?
Minho não o responde, aos poucos chegando perto de Jisung. Os cabelos de Lee estão soltos, mas existem tranças laterais em ambos os lados de sua cabeça, assim como a frente de seu cabelo está empurrada para trás e pequenas franjas estão jogadas em seu rosto. Tão encantador que Han se cala e apenas aprecia.
ㅡ De onde eu venho, não existem muitos com cabelos longos como os meus, mas há vários deles. Normalmente são carregados de histórias. No meu povo pode significar segurança, independência e sensualidade. Eu acatei para mim este símbolo tão representante. Mas o motivo é um pouco mais profundo… Não porque quero parecer femino, ou porque desejo atenção…
ㅡ O que é? Por que tens, então? ㅡ Finalmente frente a frente. Han está curioso por Lee, e essa curiosidade aumenta a cada instante que ele passa ao lado do outro, assim como sua fome de tocá-lo, senti-lo.
ㅡ Minha mãe sempre o cortava, mas, desde que ela faleceu, ninguém ousa encostar em meus cabelos… E eu não deixaria também ㅡ Minho suspira, para contar desde o início ㅡ Na última vez que minha mãe teve a oportunidade de cortar meus cabelos, ela não o fez, apenas disse que adoraria me ver com ele grande e bem cuidado. A princípio eu não entendi, mas agora eu sinto que ela já sabia que iria morrer, fazia um tempo que… Ela não estava bem e que seus cabelos vinham caindo… Então prometi que não cortaria mais que as pontinhas, para assim deixar o legado de longos cabelos que ela carregava.
ㅡ Nossa, Minho… Eu… Nossa, eu realmente sinto muito.
ㅡ Tudo bem. Eu fui o único filho dela, apenas quis cumprir uma vontade que ela teve, sabe? Ela adorava minha forma livre de viver, nunca me impôs nada. Minha mãe só queria me ver feliz, e eu a quero deixar feliz.
ㅡ Oh, Minho ㅡ O notou com os olhos baixos, a voz fraca presa na garganta trancada e as lágrimas escorrendo pelo rosto. Jisung logo se aproximou, abraçando o outro príncipe em um ato de compaixão em relação aquela história.
O russo também não resistiu ao choro, lembrando-se de sua mãe fraca na cama, lhe desejando a maior das felicidades, independente de quais fossem as escolhas dele. Han chorou, mas baixo para não atrapalhar o momento tão sensível de Minho, pois ele também sentia saudades de sua mãe.
Abraços, com os corpos unidos e as peles raspando, Han já não se importava de que Lee fosse um homem, um homem de cabelos longos e que tivesse uma criação diferente da sua. Não importava. Queria estar com Lee, ajudá-lo e cuidá-lo naquele momento tão fragilizado do outro.
O argentino apertou fortemente o menor no abraço, com os braços rodeando a cintura fina como ampulheta. Jisung também o mantinha perto de si, com os antebraços sobre os ombros de Minho.
Foi um momento rápido, mas que para eles passou lentamente, calmamente e de uma forma gostosa. Porque Han nunca imaginou que abraçar um homem nu no meio de um lago seria algo de tamanho apreço. Muito menos Lee acreditava que o loiro estava cedendo aquele ato de tamanha compaixão.
O rosto de Minho se desenterrou do pescoço de Han, parecendo travado, buscou pelo rosto do mesmo. Ambos os olhos nos olhos. Com tamanha afeição e certeza. Lee subiu a mão até a mandíbula de Jisung e o puxou para um selar.
Não era como se Jisung já tivesse beijado alguém, nunca havia acontecido nada do tipo em sua vida. Nem os momentos nus, nem os toques, o abraço tão íntimo mesmo que fosse algo de extrema naturalidade, e muito menos o beijo tão quente e aflorado.
Han não se afastou, e não desejava. Fechou os olhos e se entregou, sentindo o carinho do polegar em sua cintura, a mão pousada na lateral do seu pescoço e os lábios rente aos seus em uma movimentação lenta e constante.
Nossa. Como aquilo era bom.
De um momento para o outro as línguas estavam se chocando, em um beijo um pouco perdido na visão de Minho, mas encantador para Han. Imaginava que beijar fosse diferente, mas aquilo era melhor que tocar piano. O deixava em êxtase, ardente e precisando de muito mais.
ㅡ Príncipe…
ㅡ Seu príncipe. Sou seu príncipe ㅡ Han diz, com a respiração desregulada antes de qualquer coisa, os olhos fechados e a testa encostada a de Lee.
ㅡ Meu príncipe… Me deixe continuar com isso, matar minha carne e saciar seus prazeres. Eu lhe sinto. E sei que queres tanto quanto eu… Eu insisto, Han ㅡ Pede com os olhos sedentos. Gritando prazer e necessidade mais que qualquer outra coisa.
ㅡ Sim… Sim, sim.
Um suspiro, uma pequena trombada de narizes e os lábios logo estavam unidos mais uma vez. Minho desceu ambas as suas mãos para a bunda de Jisung, que arfou na língua de Lee com tamanha pressão do aperto dado. Em seguida as mãos que o agarravam tão baixo desceram para suas coxas, as puxando. Han não tardou a cruzar suas pernas sobre a cintura do argentino, sentindo-o enorme sob si.
ㅡ Serei o mais cuidado que eu conseguir, meu príncipe. Meu coração arde e, caralho, meu pau pulsa por você. Sinto-me derretendo ao tocar sua pele tão deleitosa e macia… Eu poderia desfazer-me apenas com seus lábios, mas ainda sim não seria o bastante porque clamo por ti, Hannie.
Jisung empurrou sua pelve contra Minho, esfregando sem nem perceber sua genitália no moreno. Aquele mal linguajar, a forma como ele falava, chamava e clamava, a maneira como ele o apelidava… Céus, queimava por todos os cantos e não imaginava que poderia também estar pedindo por Minho de tal maneira.
ㅡ Gosta de palavras sujas e ao mesmo tempo de elogios, sim? Lembro-me de te ver envergonhado quando o chamei de deus, mas me arrependo porque nem mesmo ele poderia ser tão bom como você… Porque, porra, você é bom demais, é lindo demais, é quente demais… ㅡ O deitou sobre suas roupas agora que voltavam a estar em terra firme.
O sol queimando as costas de Minho enquanto seus cabelos repartidos caiam nas laterais de seu rosto, formando uma sombra para Han abaixo de si. Jisung agarrou o rosto de Lee o puxou novamente para um beijo. Suas pernas foram puxadas e abertas, o fazendo arregalar os olhos e afastar a cabeça.
ㅡ O que…?
ㅡ Pode doer, pode machucar e isso não é culpa minha, mas eu vou fazer da maneira mais dócil que eu conseguir. Quero que você sinta-me, assim como vou lhe sentir… Arranhe-me, me morda, grite e mova-se, mas não me afaste, meu príncipe, não me afaste…
Minho empurrou os cabelos bagunçados de Jisung para trás, os ajeitando para visualizar melhor o príncipe sob si. Sua perna direita se dobrou abaixo da coxa de Han. Sua mão desceu até a genitália e a pincelou entre as bandas do menor, gemendo rouco e baixo enquanto sentia sua glande aparecer e em seguida encaixou no menor. Que não gritou, mas fincou as unhas nos ombros de Lee e desceu arranhando até os braços, onde apertou com força enquanto Minho enfiava-se em si.
As veias do pescoço do russo estavam saltadas e marcadas, mostrando a força que ele mantinha presa na goela para não precisar gritar.
ㅡ Vou colocar o resto… ㅡ Avisou, terminando de empurrar lentamente contra Han, que o apertava e o mandava embora, mas Lee persistia ㅡ Por favor… ㅡ Pede rouco e com os olhos fechados ㅡ Pare de me apertar… Meu Deus! ㅡ Grunhiu. Não imaginando que iria clamar por um Deus que ele não acreditava.
ㅡ Aahh, Minho, isso dói… ㅡ É a única coisa que consegue dizer antes de Lee se movimentar, a dor suavizar e seu corpo finalmente se entregar às movimentações ㅡ A-Ahn… ㅡ Agarra a grama com a mão esquerda e esconde o rosto no pescoço de Minho. Han tenta descontar sua força em algo para não machucar Lee enquanto a outra mão se enterra na nuca do mesmo, puxando-a para um beijo.
O ósculo vem de forma tão necessitada e gulosa que molha as bochechas de Han. As línguas trabalham tão bem de uma forma tão gostosa e insensível que baba escorre. O que Jisung juraria ser a coisa mais nojenta do mundo naquele momento era o que lhe enchia em deleite. Também como o membro grande de Lee se mexendo dentro de si, empurrando as coxas grossas contra sua farta bunda e apertando sua cintura com veracidade.
Han jogou a cabeça para trás, se deixando gemer também, não tão envergonhado por deixar seus gritinhos roucos saírem. Ainda mais quando Lee dedilhou até seu peitoral e apertou-o, espremendo-o como se fossem laranjas…
Tão forte, tão bom.
ㅡ M-Min…Ho… Awhnn!
O maior continuou empurrando, metendo no menor já não mais com tanto cuidado como inicialmente. Minho incendiava, transbordava de prazer e deixava que Jisung sentisse isso também. Lee, apoiado em uma de suas mãos, desceu a outra para o membro de Jisung, que estava molhando e pedindo por atenção, balançando no ar como um pedido de “me toque”. O argentino não tardou, escorregou a mão para a genitália, subindo e descendo, liberando em Han algo que ele não achava que poderia melhorar.
O barulho das coxas de Minho de chocando com a bunda molhada de Han e a mão punhetando o pau farto e tão belo quanto o seu. Esculpido pelos anjos mais pecaminosos que o céu poderia ter.
Lee acabou pensando daquela maneira apenas porque sabia que Jisung acreditava no Deus que todos pareciam acreditar também. Então só poderia ser obra dele alguém tão perfeito como Han. Lindo e belo que era.
O vai e vem durou bons segundos, mesmo que Han estivesse sensível por ser sua primeira vez, ainda era sua primeira vez, então seu corpo não respondia muito bem a necessidade de ejacular, apenas de sentir os prazeres. Que, bom, ele sentia até demais.
ㅡ Aahr, princesa… ㅡ Lee jorra, não deixando de tocar Han para que ele desfrute do prazer no mesmo instante que si. Minho aumenta a velocidade, sentindo o braço latejar e Jisung se esparrama sobre o próprio peito, acertando também a bochecha de Minho, que estava com o rosto baixo, focado no membro dilatando.
ㅡ Do que… Do que me chamou…? ㅡ Mesmo cansado, franziu o cenho e com as mãos apoiadas ao redor do pescoço de Lee, indagou.
ㅡ Desculpa… Príncipe ㅡ Sente-se culpado rapidamente, imaginando que aquele apelido feminino combinaria com o rosto doce de Han, diferente de seu corpo másculo. Porém não imaginando que diria em voz alta.
ㅡ E-Eu gostei. Eu gostei ㅡ Soltou um riso. Não só pelo apelido, mas pelo que eles haviam acabado de fazer. Tinha sido bom. Encantador e confessou que melhor do que havia imaginado inicialmente. O final tinha sido muito, muito mais prazeroso que o começo torturante.
ㅡ Hm? ㅡ Minho sorriu ㅡ Do que exatamente, do apelido ou da foda? ㅡ Subiu as sobrancelhas, desenterrando-se de Jisung para deitar-se de lado, ainda olhando para o mais novo.
ㅡ O seu povo tem um linguajar muito diferente do meu. Não entendo nada quando você diz caralho, porra, foda ou pau… ㅡ Bufa, deixando de olhar para Minho por tamanha vergonha do que fizeram. Nunca tinha acontecido consigo, não sabia exatamente o que fazer e como agir após algo do tipo.
ㅡ A gente acabou de foder. Isso é foda ㅡ Quando disse, Jisung se avermelhou, cruzando os braços como modo de cobrir seu peitoral e levantando uma perna para esconder sua genitália ㅡ Pau é isso que você está escondendo de mim… Hm… Os outros dois foram como xingamentos de prazer, mas existem muitos contextos, meu príncipe.
Minho tocou o maxilar de Jisung, o virando para si. Não disse nada, apenas o deixou um selar.
ㅡ Como foi? ㅡ Tocou a barriga de Han, que através da respiração acelerada subiu e desceu aflorada. Em seguida fez desenhos falsos como forma de carinho.
ㅡ Bom…
ㅡ Apenas bom?
ㅡ Eu não tenho palavras, não achei que… Isso pudesse ser bom de tal maneira entre dois homens… ㅡ Desabafa ㅡ Não pensei que eu seria capaz de algo tão pecaminoso assim. Sobre a grama, com um homem.
ㅡ Comigo.
ㅡ Com você… ㅡ Sorriu sem mostrar os dentes, olhando para o céu coberto por nuvens cinzas ㅡ Eu acho que irá chover novamente, bruxo… E tenho certeza que isso é culpa sua ㅡ Brinca.
ㅡ Sim, tudo isso foi culpa minha e sinta-se grato. Te fiz sentir coisas que uma mulher nunca faria. E nunca vai fazer ㅡ Sobe os dedos pela costela de Han, o tirando alguns risos ㅡ Estou sendo sincero quando digo que gosto de você. Não só como colegas de reino ou por uma noite com você.
Han virou o rosto rapidamente, procurando verdade nós olhos de Lee, e, encontrando.
ㅡ Minho…
ㅡ Bruxo. Seu bruxo.
ㅡ Meu bruxo… O que fez comigo? ㅡ Tocou o rosto de Lee, desacreditado com a vontade de também dizer gostar de Minho, mas se segurando ao máximo para não fazer tal burrada.
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