q u a t r o
[quatro] "peter?"
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[ d a i s y ]
"Levas o teu casaco?" Pergunto ao meu marido, depois de desligar a televisão que nos fez companhia, durante a tarde inteira, numa maratona de Friends.
Ele nega, levantando-se do nosso sofá e abraçando-se ao meu corpo, preguiçosamente. "Acho que não vai estar frio para precisar de o levar." Confessa e deixa um pequeno beijo no meu ombro.
"Ótimo!" Exclamo e empurro o meu indicador contra os seus lábios, que se preparavam para se juntar aos meus (algo que, provavelmente, iria borratar o meu batom e as minha hormonas de grávida não me davam paciência suficiente para arranjá-lo). "Então, eu levo o meu casaco para depois te poder emprestá-lo."
Consigo ver um sorriso rasgar o seu rosto, antes de ele o enterrar no meu pescoço, e não consigo evitar sorrir também.
"Tu tens sempre de me contrariar, não tens?" Resmunga e aproveita para me embrulhar nos seus braços, de uma forma extremamente querida.
"Não te contrariei; apenas te contei o que estava a planear fazer." Riposto, com uma pequena gargalhada.
[ okay nota super rápida xD (lembrei-me disto por causa do "contei o que (...)"
no outro dia, eu estava a dizer a uma amiga minha "já te conto" e era algo sobre um amigo nosso chamado couto e eu fiquei tipo "não, espera, já te coUto"
isto provavelmente é super irrelevante para vocês, principalmente por estar aqui no meio, mas nós rimo-nos imenso e LABSIANSOABSKAO DESCULPEM CONTINUEM ]
"Estás a contrariar-me novamente." Retorque, afastando o seu rosto o suficiente para nos conseguirmos encarar, e mostra-me uma expressão brincalhona. "Quero pegar em ti ao colo e levar-te para o quarto, para ires buscar o casaco, mas tenho medo de magoar." Admite e os seus lábios formam um pequeno beicinho.
"Já não me consegues pegar ao colo." Abano a cabeça. "Eu já engordei alguns quilos!"
"Consigo sim!" Exclama, num tom ofendido, e, em apenas alguns segundos, um dos seus braços está a segurar as minhas costas e o outro está na dobra dos meus joelhos.
"Quantas vezes é que já te disse para não pegares em mim assim, parvo? Assustas-me!" Reclamo, dando um pequeno murro no seu ombro, sem conseguir conter um abano de cabeça.
O Harry finge começar a chorar e volta a pousar-me no chão. Acabo por gargalhar um pouco e ele logo me repreende por estar a gozar com ele, quando ele está, supostamente, a chorar.
"Se acontecer algo ao Peter, por me pegares ao colo assim, a culpa é tua." Informo e cruzo os braços contra o meu peito.
"Peter?" Questiona, depois de colocar de lado a sua choradeira falsa, e deixa os seus olhos encontrarem-se com os meus. "Esse nome... Nem é... Má ideia." Afirma, reticente e quase dolorosamente, como se lhe custasse admitir que tive uma boa ideia - e, provavelmente, é mesmo assim que ele se sente.
"Sabes que não lhe podemos chamar 'Emily', se for um menino... Por isso, pensei em Peter." Confesso, vendo um sorriso tomar o seu rosto e sendo puxada carinhosamente pela cintura.
"Isso é racista!" Resmunga, fazendo uma voz fininha, a tentar imitar-me. "Os nomes não têm de ser destinados a um sexo!"
Reviro os olhos, de forma brincalhona, e bato-lhe levemente no braço. "O nome é diferente!" Deslizo uma das minhas mãos pelo mesmo e agarro uma das suas, encaminhando-o até ao nosso quarto.
"Bem... De qualquer das maneiras, vai ser uma menina."
Paro no meio do corredor, viro-me para trás e mostro-lhe um olhar ameaçador. "É o nosso aniversário. Não estragues tudo."
"Da última vez que disseste que eu tinha estragado tudo, eu acabei a declarar-me a ti. E fizemos sofá. E foi... Ótimo." Relembra-me, com um sorriso de lado.
Tento discutir com ele, mas não consigo controlar os meus lábios, sendo que estes são levados por um sorriso, assim que essa noite volta à minha memória. Elevo o meu indicador, mas acabo por desistir e volto a baixá-lo. "Tenho de concordar."
Ele mordisca o seu lábio inferior por cerca de dois segundos, antes de me roubar um beijo nos lábios e de ir a saltitar para o quarto, alegremente, como uma autêntica criança.
Abano a cabeça em divertimento e acaricio o nosso bebé, enquanto observo a minha criança.
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"Foi o ponto alto da nossa relação!" O meu marido exclama e ambos gargalhamos um pouco mais alto do que seria aceitável para o restaurante onde nos encontramos.
Sinto a minha mão ser acariciada pela sua; ele pára um pouco e olha para mim com uma certa adoração. Vejo o seu corpo inclinar-se um pouco para a frente e faço o mesmo, tocando os nossos lábios levemente. Puxo o seu lábio inferior, levemente, entre os meus dentes, e consigo senti-lo sorrir, assim que voltamos a juntar os nossos lábios propriamente.
Normalmente, beijarmo-nos no meio de um restaurante cheio de pessoas não seria algo que faríamos (apesar de sermos, muito provavelmente, o casal mais nojento de sempre), mas, hey! É o nosso aniversário!
"Sabes que momento é que eu adoraria reviver?" Questiono, brincando um pouco com a sua mão, depois de, infelizmente, nos separarmos e nos voltarmos a sentar nas nossas cadeiras.
"Hm..." Harry começa, com uma expressão concentrada. "O nosso casamento?"
"Também." Assinto. "Mas esse já vamos reviver, daqui a exatamente um ano." Relembro, sem conseguir deixar de mostrar o meu entusiasmo.
"Não imaginas o quão bem sabe ouvir-te falar sobre o nosso casamento. Sonhei com isto toda a minha vida!" Ele brinca um pouco e acabamos por soltar algumas gargalhadas.
"Ainda não respondeste à minha pergunta." Aponto e deixo um pequeno beijo na sua mão - mão essa que tem feito aumentar o meu batimento cardíaco a cada segundo em que está junta à minha.
"A nossa primeira vez?" Pergunta, alcançando a minha outra mão.
"Hm... Também. Mas eu não me importaria de repetir qualquer vez que tenhamos feito sofá." Admito, com um sorriso brincalhão, fazendo-o rir. "Mas estava a referir-me especificamente ao nosso primeiro encontro! Adorei mesmo que fizeste. Foi muito querido teres escolhido a nossa casa, para podermos estar mais à vontade."
"Eu só queria engravidar-te. Agora que já consegui, já te posso trazer a restaurantes." Brinca, piscando-me o olho.
Abano a cabeça em divertimento, sem conseguir conter o meu sorriso.
"Quando vamos dar uso à prenda das nossas mães?" Questiono, assim que me lembro do panfleto que recebemos das nossas mães, há uns dias atrás, e que nos foi pedido apenas para ser aberto hoje.
Elas explicaram que o panfleto seria apenas para vermos se gostamos do aspeto de um hotel e, quando quisermos ir passar lá alguns dias, elas estão dispostas a pagá-los. ("Com o ambiente daquele hotel... De certeza que vocês vão fazer truca-truca. E quantos mais netos, melhor!": foi o argumento da minha mãe, quando lhe disse que não queríamos que elas continuassem a gastar tanto dinheiro connosco.)
"Quando achares melhor. Eu marco férias para os dias em que ficarmos lá."
"Hm..." Começo, mordiscando o meu lábio por alguns segundos, antes de retomar o meu raciocínio em voz alta: "E se fôssemos um pouco depois de a Emily nascer? Eu não quero viajar com ela enquanto ela for muito pequena e, por essa altura, já devemos ter o Elliot em casa... Por isso, talvez os pudéssemos deixar em casa dos nossos pais?" Sugiro e não consigo evitar voltar a enterrar os meus dentes no meu lábio inferior, por mais alguns segundos. "Para... Aproveitarmos."
O Harry percebe a que me estou a referir - o que é um pouco estranho, tendo em conta o quão burro ele é - e, com um aceno de cabeça, deixa um sorriso um pouco maroto tomar o seu rosto. "Hm. Bem pensado."
"Também podemos aproveitar enquanto eu estou grávida, é claro... Mas temos de ter um pouco mais de cuidado e-"
"Não digas mais nada. Essa ideia é ótima." Corta-me, depois de subir um dos seus indicadores. "Estou ansioso por ter um pouco de tempo a sós com a minha baby mama, já que tenho de te partilhar sempre com a nossa chatinha, por enquanto." Confessa, de forma brincalhona.
"Vai custar um pouco deixar de ter a barriga grande." Admito, fazendo beicinho. "Já estou a ficar habituada e já estávamos a tornar-nos ginastas profissionais!"
"Por falar em barriga... Já te disse que tu e a Emily ficam extremamente queridas nesse vestido?" Pergunta, com um sorriso carinhoso, e eu observo, brevemente, o meu vestido destinado para grávidas com um padrão floral colorido. "Estás quase bonita!"
"Não eras tu se não dissesses isso." Abano a cabeça em divertimento e acabo por deixar algumas gargalhadas escapar. "Acho que vou à casa de banho. A sobremesa nunca mais chega!"
O meu marido assente, com um ar um pouco entusiasmado demais devido ao que eu estava prestes a fazer. Ignorei a sua reação, sabendo que ele era demasiado estúpido para eu conseguir conhecer todas as suas reações estúpidas, mesmo depois de o conhecer há anos.
Faço como lhe indiquei que faria e, assim que estou a lavar as mãos, pronta para sair da casa de banho, paro um pouco a olhar-me ao espelho. Mais especificamente, a olhar a minha barriga.
... Será mesmo uma menina?
Tento lembrar-me das superstições sobre a posição do bebé e do tamanho da barriga, sem conseguir colocar de lado a esperança que tenho para que seja um menino e para que eu consiga ganhar ao Harry na maior aposta que alguma vez fizemos e, provavelmente, alguma vez iremos fazer.
Acaricio o Emily, lentamente, e caminho de volta para o local onde me encontrava sentada à frente do cara-de-camelo. Apercebo-me de que ele se encontra a falar com um empregado, mas suponho que seja apenas por a nossa sobremesa estar a demorar mais do que era esperado.
Empurro algum do meu cabelo para trás de uma das minhas orelhas, quando me sento novamente na minha cadeira, e sou surpreendida pela mão do Harry, que segura a minha quase imediatamente.
"Passa-se alguma coisa?" Questiono, devido ao seu gesto tão repentino. Sim, encontrávamo-nos com as mãos entrelaçadas, antes de eu me levantar, mas isso acabou por acontecer naturalmente e, desta vez, ele quase me arrancou o braço. Ainda assim, os arrepios, que eu supunha que já seriam familiares nesta fase da nossa relação, surpreendem-me mais uma vez - tal como fazem sempre que as nossas peles se tocam, mesmo que seja muito brevemente.
Todos os candeeiros do restaurante são desligados e, assim que isso acontece, eu não consigo evitar agarrar a mão do meu marido com um pouco de força, por uns segundos. Apenas existe uma pequena coisa iluminada na divisão.
E essa pequena coisa era um cupcake, com uma vela por cima. E estava a vir na nossa direção.
A famosa canção dos parabéns começa a ser ouvida e a ser cantada por empregados e mesmo por alguns clientes; e rapidamente me apercebo de que isto foi obra do cara-de-camelo.
Não consigo conter o meu sorriso, durante toda a viagem do cupcake até à nossa mesa.
É claro que não evito resmungar baixinho com o meu marido por fazer isto, enquanto observo os seus olhos iluminados pela vela à nossa frente: "Combinámos que iria ser apenas um dia simples: que não íamos comprar grandes prendas nem fazer surpresas! Tu és louco!"
"Sou louco por ti." Murmura-me, antes de enterrar os seus dentes no seu lábio inferior, ambos para tentar reprimir o sorriso que era demasiado óbvio e à espera de uma reação da minha parte.
Abano a cabeça em divertimento, com um enorme sorriso nos meus lábios. Levanto-me, contorno a mesa e sento-me no colo do rapaz anteriormente à minha frente, com ambas as minhas pernas para o mesmo lado das suas e com um dos meus braços a rodear os seus ombros.
Contamos até três e sopramos a vela em conjunto, beijando os lábios um do outro levemente, logo a seguir.
"Feliz aniversário." Sussurro, perto dos seus lábios, e as palavras são-me retornadas.
Começamos um beijo mais longo e acabamos por nos entusiasmar um pouco demais (e por envolver todo o restaurante connosco, pois imensas pessoas começam a bater palmas!).
Assim que temos de nos afastar, devido à estúpida necessidade que todos os humanos partilham de respirar, abraçamo-nos com alguma força.
"Obrigado pelo ano mais incrível da minha vida." Harry diz, perto do meu ouvido.
Com um sorriso tão grande quanto o seu e depois de tirar um pouco de tempo para voltar a olhá-lo nos olhos, reformulo a sua frase, para tentar dar algum ênfase ao enorme impacto que o nosso casamento acidental realmente teve na minha vida: "Obrigada por teres feito este o ano mais incrível da minha vida."
***
okay, se vocês já são leitoras há algum tempo lembram-se do peter xp
para quem não sabe o porquê desse nome ou não se lembra, há alguns meses atrás, sempre que falavam em gémeos ou assim, falavam sempre na emily e no peter... e eu não sei porquê :o
emily foi obviamente por causa da claire ter começado com isso, mas houve alguma leitora que começou com o peter e imensas meninas começaram a dizer que se iria chamar peter também! eu achei tão querido e tão engraçado """combinarem entre vocês""" o nome e não podia deixar isto de lado xp
já lhe chamavam assim antes de a daisy e o harry pensarem em joe e ainda dá para ver isso nos comentários da 1ª temporada xp eu acabo a rir sempre que os leio, porque acho mesmo engraçado ter ficado isso do peter até eles decidirem que ia ficar joe xp (mas eles já disseram que não queriam joe, para quem não se lembra xp)
e não se preocupem! eu não estou a planear fazer nada à emily xp ele/ela está a salvo na barriguinha da daisy... é só mesmo para vocês continuarem a usar a tag MUAHAHAHHAHA #WeWantBabyEmily ♡
ok vote & comment if you liked
amo-vos e até ao próximo capítulo
ps: DEIXEM-ME SÓ... falar sobre a nova música dos the 1975! ugh eu estou tão entusiasmada para o novo álbum que até dói D:
a love me é incrível; a ugh! foi logo para as minhas músicas preferidas; e agora a the sound tem estado em repeat desde que saiu! ESTOU TÃO ENTUSIASMADA PARA OS VER AO VIVO OMG! AINDA NÃO ACREDITO DDD:
pps: já agora, o título faz-me lembrar o petyr (o little finger) de game of thrones xp eu tenho uma relação amor-ódio com essa série omg xp eu amo-a demasiado e, por causa disso, fico tão afetada quando acontece algo de mal! por favor, digam-me que não sou a única D:
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