^ nem sequer é preciso dizer-vos quem é que é o rapazinho na multimédia, pois não? ^

[ analovesboo no 8tracks: playlist drunk again ♡ ]

[setenta e quatro] "achas que eu continuo apaixonado por ti?"

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[ d a i s y ]

[ a l g u n s d i a s d e p o i s ]

O meu telemóvel a vibrar por baixo da minha almofada acorda-me e eu apresso-me a desligar o alarme que eu preparei previamente. Lenta e cuidadosamente, saio da cama que partilho com o Harry e, em bicos de pés, encaminho-me para a cozinha, onde vou buscar o chantilly ao frigorífico. Volto ao quarto, da mesma forma que saí, e aproximo-me do meu marido, que dorme calmamente, mesmo com uma das suas mãos abertas.

Não acredito que ele é burro o suficiente para adormecer assim no último dia de março, sabendo que eu estava a preparar algo para o dia de hoje!

O mais silenciosamente que consigo, encho a sua mão de chantilly. Assim que me preparo para distribuir a substância também pelo seu cabelo, sou agarrada pela cintura e deitada na cama, logo recebendo a enorme quantidade, que acabara de colocar na pele do Harry, no meu rosto.

Gemo em frustração e em derrota e deixo a minha cabeça enterrar-se na almofada por baixo de mim. O meu marido gargalha triunfantemente e retira o frasco da minha mão.

"Não, não, não! Mais não!" Apresso-me a pedir, sem conseguir conter uma gargalhada.

Ele ignora-me completamente e coloca, novamente, chantilly na sua mão e logo o espalha pelo meu pescoço e pelo meu cabelo.

"Harry!" Resmungo, tentando escapar. As suas pernas encontram-se uma de cada lado da minha cintura e eu praticamente não me consigo mexer.

"Costumas adormecer sempre aconchegada a mim e hoje dormiste afastada: já sabia que estavas a preparar alguma!"

"Harryyyyyyyy..." Faço beicinho, tentando que ele não espalhasse mais chantilly pelo meu corpo.

"Dayday..." Ele retorque e logo nos olhamos, com uma expressão estranha no rosto.

"Não... Me chames isso. É estranho." Não consigo conter uma pequena gargalhada.

"Tens razão." Ele gargalha. "Soava melhor na minha cabeça."

Puxo o seu corpo um pouco mais para baixo, esfregando o meu rosto no seu, e ele geme, espalhando mais chantilly pelo meu rosto logo a seguir. Assim que ele se distrai um pouco, viro-nos na cama e logo esfrego o meu rosto no seu pescoço, fazendo-o gargalhar.

Um miar baixo é ouvido e consigo ver a Mia perto da nossa cama, preparada para subir para a mesma. Ajudo-a, pegando no seu pequeno corpo, e pouso-a à nossa beira. Ela é rápida a ir até ao Harry e lamber algum do chantilly na sua cara.

"Oh... Não sabia que agora tínhamos outra cadelinha." Ele gargalha, acariciando o seu pêlo.

"Outra?" Pergunto, confusa.

"Sim, já te temos a ti." O meu marido gargalha, voltando a atacar-me com o chantilly.

Numa tentativa de escapar, acabo por cair no chão e o Harry não hesita em começar a rir de mim.

"Estás bem? Bateste em algum local?" Ele questiona, com uma expressão um pouco preocupada, ainda entre risos.

Abano a cabeça em divertimento. "Estou bem."

"Lembraste do que me fizeste no ano passado?" O cara-de-camelo pergunta, assim que me volto a deitar ao seu lado, e embrulha-me nos seus braços.

"Como podia esquecer-me?" Gargalho, deitando a minha cabeça no seu peito, o que logo o faz ficar com chantilly no mesmo. "Tu foste estúpido o suficiente para me deixares passar a noite em tua casa no dia anterior ao primeiro de abril!"

"Tu apareceste à minha porta a dizeres que a tua mãe achava que andavas nas drogas e que te tinha expulsado de casa! Apesar de não ser uma história muito credível, eu não podia dizer que não!" Ele resmunga, deixando um pequeno beijo na minha nuca. "E, para além do mais, eu estava completamente apaixonado por ti. Era impossível eu negar-te uma noite no meu apartamento."

"Estavas? Já não estás?" Questiono, subindo o meu olhar até ao seu, com um sorriso brincalhão.

"O quê? Achas que eu continuo apaixonado por ti? Uma pessoa horrível que come manteiga de amendoim à minha frente, mesmo sabendo que eu sou alérgico? Uma pessoa que come manteiga às colheres?" Ele brinca, subindo o meu queixo com uma das suas mãos e deixando um pequeno beijo nos meus lábios, algo que rapidamente faz o meu batimento cardíaco acelerar.

"Tens de admitir que foi bom. Eu não estava a planear fazer algo tão grande, mas tu passaste a noite inteira a apalpar-me as mamas."

"Eu não sabia que o estava a fazer! Estava a dormir! Tu é que quiseste dormir comigo!"

"Tu é que és não tens hospitalidade nenhuma e querias que eu ficasse a dormir no sofá!"

"É claro que sim. Admite que querias dormir à minha beira." Ele sorri, subindo e descendo as suas sobrancelhas.

Pressiono os meus lábios numa linda, por alguns segundos, e escondo o meu rosto no seu pescoço, logo a seguir. "Está calado."

Ele gargalha e aconchega-me mais a ele. A Mia sobe para cima de mim e coloca-se em cima do peito do meu marido, fazendo com que ambos lhe fizéssemos algumas carícias.

"Ainda estou zangado contigo pelo que aconteceu nesse dia."

As memórias do que aconteceu há exatamente um ano atrás voltam aos meus pensamentos.

Observo o camelo deitado ao meu lado, por uns segundos, antes de me levantar e caminhar até à sua cozinha. Sem ele se aperceber, coloquei um frasco de chantilly, que trouxe na minha mochila para o caso de ele não ter nenhum, no seu frigorífico, ontem.

No entanto... Ele passou a noite inteira com as suas mãos nas minhas maminhas. E acho que ele merece um pequeno castigo por isso.

Agarro a minha carteira e, apenas alguns minutos depois, já me encontro de volta ao apartamento do Harry, com mais vinte frascos de chantilly. Encaminho-me até ao quarto do cara-de-camelo, levando todos os frascos comigo, e pouso-os à entrada.

Começo por delinear o seu corpo, ao deixar chantilly na sua cama, à sua volta, e, a seguir, trato de encher o resto da cama com a substância branca. Rapidamente me apercebo de que a maior parte dos frascos que comprei ainda se encontram vazios e não demoro muito tempo a imaginar um destino para eles.

Digamos que o chão do quarto do Harry parecia estar coberto por neve, assim que acabei...

Não sabendo o que fazer para o acordar, devido a não poder aproximar-me da cama, decido ligar para o seu telemóvel. A música "Wannabe" das Spice Girls começa a tocar, quase instantaneamente, e o rapaz deitado na cama geme, esticando-se até ao seu telemóvel. O seu braço fica apenas a milímetros de tocar no chantilly, mas consegue escapar... Até o Harry deixar o seu braço cair bruscamente no colchão.

Ele acorda, atrapalhadamente, e, depois de uns segundos a analisar o seu quarto, o seu olhar zangado pousa-se em mim. Penso em fugir, mas prefiro andar à porrada com o cara-de-camelo do que perder as suas quedas, ao tentar sair do seu quarto.

"Eu vou apanhar-te e vou foder-te." Ele resmunga, colocando-se em pé na sua cama, enquanto tenta desviar-se de todo o chantilly.

Observo-o, um pouco confusa com a sua escolha de palavras.

"Foder-te no sentido de te lixar, estúpida!" Harry apressa-se a explicitar.

Atentamente, vejo-o preparar-se para saltar por cima de todo o chantilly e afasto-me um pouco da porta, preparada para fugir, se ele conseguisse cumprir o que estava a planear.

Muito felizmente para mim, ele não consegue saltar sobre tudo o que espalhei pelo chão e escorrega, mesmo perto do local onde me encontro, caindo para trás. Não consigo conter as minhas gargalhadas, mas elas rapidamente diminuem, assim que sou puxada até ao chão, caindo mesmo por cima do cara-de-camelo achantillyzado.

Ele é rápido a colocar-se por cima de mim e a pegar no chantilly à nossa volta e espalhá-lo pelo meu rosto e pelos meus cabelos. Gemo, colocando-me por cima dele, e vingo-me, fazendo exatamente o que ele me fez com ele.

Pelo menos durante uns bons dois, talvez três, minutos, ficamos apenas a rebolar no chão do seu quarto, eu tentando ficar por cima dele e vice-versa. Quando o Harry finalmente decidiu desistir, ambas as nossas respirações já se encontravam pesadas e aceleradas.

Respiro fundo, tentando recuperar o meu fôlego, e deixo o meu rosto descansar no pescoço, por uns momentos. O cara-de-camelo pousa as suas mãos nas minhas costas cobertas, tanto com uma camisola de pijama, como com chantilly, e também respira fundo.

Assim que volto a elevar o meu rosto, os meus olhos encontram-se com os olhos do cara-de-camelo, agora ainda mais achantillyzado, quase imediatamente. Desço o meu olhar, instintivamente, até aos seus lábios entreabertos, mas rapidamente me forço a voltar a olhar os seus olhos.

Ambos os nossos peitos subem e descem, bem visivelmente, e, por alguns segundos - talvez até mesmo minutos - nenhum de nós se atreve a desviar o olhar.

"Eu quero lá saber se somos inimigos mortais por nenhuma razão aparente. Eu preciso de ti. Agora." Harry murmura; o meu queixo parecia cair mais a cada uma das suas palavras e... Sinceramente? Eu também queria lá saber.

Abano a cabeça negativamente, não sabendo exatamente a razão de o fazer (mas, provavelmente, num gesto de desilusão comigo mesma por ceder ao cara-de-camelo), e baixo o meu rosto, lentamente, até ao seu. Os meus lábios, também entreabertos, roçam-se nos seus e um sorriso aparece no rosto do Harry. Não consigo evitar fazer o mesmo (por muito que tente) e deixo um pequeno beijo no canto dos seus lábios, enquanto as suas mãos deslizam, carinhosamente, pelas minhas costas.

Quando me preparo para unir os nossos lábios propriamente, o som da campainha faz-me afastar do Harry imediatamente, acabando no meio do chantilly que ainda se encontrava no chão.

Ambos forçamos sorrisos um para o outro. Ele arrasta-se pelo chão, até à entrada do seu quarto, e eu faço o mesmo, sendo ajudada a levantar por uma das suas mãos. Agradeço-lhe, envergonhadamente, e tento retirar algum chantilly do meu rosto.

O Harry agarra os seus boxers e ajusta-os, desconfortavelmente. Um pequeno alto é visível e eu não consigo evitar corar ao aperceber-me disso.

Fico à espera do cara-de-camelo no seu corredor e, assim que oiço a porta ser aberta, a voz da minha mãe logo preenche os meus ouvidos.

"Olá, querido! Estás a fazer uma festa de espuma?" Ela faz uma pequena pausa e eu tenho quase a certeza de que o Harry a aproveita para coçar a parte de trás do seu pescoço, envergonhadamente. "Sabes onde está a Daisy? Ela não dormiu em casa e queria saber se ela morreu ou se decidiu fugir do país... Ou se se casou contigo e decidiu vir viver para aqui."

Decido que é uma boa deixa para entrar, caminhando até ao hall de entrada. "Olá, mãe."

"Oh, olha para ti! Estás tão bonita!" Ela exclama, entusiasmadamente. "Passaste a noite em casa do teu futuro marido, ambos estão cobertos em chantilly e ele está teso! Isto é melhor do que o Natal!"

"Eu..." O Harry começa, muito provavelmente à procura de um buraco onde se esconder. Mesmo que o odeie, não me importava nada de partilhar esse buraco com ele, apenas para poder escapar aos comentários impróprios da minha mãe. "Eu não..."

"Querido, eu já vi muitas ereções durante a minha vida. E não precisas de ter vergonha disso: o Oakley costumava tê-las a toda a hora, quando tinha a tua idade!"

"EW, EW, EW, MÃE!" Apresso-me a exclamar, tapando as minhas orelhas. "Já sabes que eu não estou morta, podes ir embora."

"Admite que foi bom!" Solto uma pequena gargalhada, fazendo cócegas, brevemente, no estômago do Harry.

"O quase-beijo que estavas desesperada por me dar? Foi ótimo." Ele gargalha, afastando as minhas mãos, para eu não conseguir fazer-lhe cócegas. A Mia trata dessa tarefa por mim, assim que começa a caminhar em cima do peito do meu marido.

"A minha ideia com o chantilly!" Protesto, sem conseguir conter o meu sorriso.

"Okay, talvez..." Ele revira os olhos, de forma brincalhona. "Sabes o que também seria bom?"

Encaro-o, com uma expressão curiosa.

"Se tivesse mesmo acontecido algo entre nós..." Um sorriso tarado toma os lábios do meu marido e uma das suas mãos desce até ao meu rabo.

"Continuo a achar que quem está grávido és tu. Não dizias que as grávidas ficam com mais desejos de fazerem amor?"

Ele encolhe os ombros. "Talvez." Uma pequena gargalhada escapa-lhe.

"Anda cá, minha barriguda." Gargalho, esticando os meus lábios.

O Harry abana a cabeça em divertimento e pega no pequeno corpo da Mia, pousando-a no chão. Logo a seguir, o meu corpo é deitado na cama e ele deita-se por cima de mim, esfregando o seu rosto, ainda um pouco coberto com chantilly, no meu pescoço. Não consigo conter as minhas gargalhadas, sentindo uns pequenos pêlos roçarem na minha pele.

"Eu amo-te, minha idiota." Ele sorri, deixando um pequeno beijo no meu queixo.

"Desculpa?" Paro-o imediatamente, pousando uma das minhas mãos no seu peito. "Idiota?"

"Desculpa, tens razão. Eu amo-te, minha estúpida." Harry abana a cabeça em divertimento novamente e os nossos rostos voltam a aproximar-se.

Um sorriso é rápido a ocupar o meu rosto. "Muito melhor."

***

okay eu disse-vos que estava a começar a fazer uma coisa que não tenho feito ultimamente e isso é...

colocar capítulos pequeninos mas mais regularmente! YAY! (isto são boas notícias ou más ahah? xp)

basicamente, no próximo capítulo eles vão começar a aventura deles no coachella e apetecia-me escrever capítulos pequenos xp vou publicar, pelo menos, um por dia e vou começar daqui a dois/três dias, porque quero tentar adiantar um pouco mais os capítulos xp

alguns deles são minúsculos (como os primeiros capítulos da primeira temporada) e outros são pequenos xp isto vai ser apenas enquanto eles estão no coachella, depois acho que vai voltar ao "normal" (mais ou menos ao mesmo tamanho dos que tenho escrito ultimamente)

não se esqueçam de mandar os vossos one-shots de haisy para o meu mail ([email protected]) ♡

podem dar uma vista de olhos na história "Simplesmente Eniras" da @s_isabell? ♡

a hashtag é a mesma, já sabem o que fazer xp #WeWantBabyEmily ♡

ok vote & comment if you liked

amo-vos e até ao próximo capítulo

ps: eu nunca vos contei, mas requer muita concentração e precisão para fazer o que eu faço com os títulos aqui (pôr as letras separadas)

pps: gostam do meu novo icon? u.u eu não tenho vida absolutamente nenhuma e fi-lo ontem, juntamente com o luke pinguim ahah xp