n o v e n t a e s e i s
[ analovesboo no 8tracks: playlist drunk again ♡ ]
[noventa e seis] "muito boa noite, daqui fala do serviço de televisão da sky"
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[ d a i s y ]
O meu marido esfrega o meu braço direito, com o objetivo de o aquecer, e puxa-me um pouco mais para ele, enquanto caminhamos até ao seu - ou, agora, nosso, tendo em conta que o meu foi roubado - carro.
Assim que chegamos ao mesmo, ele apressa-se a enfiar a sua cabeça dentro da mala e a retirar um casaco de fato de treino seu da mesma, que estava lá sempre, juntamente com umas calças confortáveis e uma T-shirt, para se precisássemos de vestir algo. Todas essas peças de roupa pertencem ao Harry, para podermos ambos usá-las, já que as minhas roupas ficam minúsculas no seu corpo.
O cara-de-camelo não se limita a entregar-me o casaco: ajuda-me a vesti-lo e abraça o meu corpo por trás, para tentar aquecer-me mais um pouco, de uma forma tão carinhosa que me faz derreter.
"Melhor?" Questiona, assim que me encara.
Não estava muito frio, mas estava frio para Miami; e eu não estava habituada.
Puxo as mangas de modo a cobrirem as minhas mãos por completo; assinto, com um sorriso fechado mas bem genuíno. Ver o quanto o Harry se preocupa comigo deixa-me tão feliz, tendo em conta que eu me preocupo com ele mais do que o Kanye West se preocupa com ele mesmo.
[ desculpem, DESCULPEM AHAHAH eu não odeio o kanye nem nada disso, mas achei que este era o momento perfeito para escrever isto xD ]
Observo o meu marido a quase colocar o seu braço à minha volta novamente; no entrando ele acaba por agarrar uma das minhas mãos e eu não consigo não gargalhar com a sua expressão. Pergunto-lhe o porquê daquilo e ele afirma que não seria muito seguro atravessarmos a rua abraçados, a meio da noite. Concordo, sem deixar de abanar a cabeça em divertimento.
Assim que nos encontramos mais próximos da praia, o Harry salta um pequeno muro que se encontra a separar o passeio da areia. Sento-me no mesmo e deixo-me cair à sua beira, acabando sentada no chão.
Oiço as suas gargalhadas e não consigo evitar sorrir. Uma mão é-me estendida e eu logo a recuso, fazendo beicinho.
"Eu consigo levantar-me sozinha." Resmungo, fingindo-me de zangada, ainda sentada na areia - que, na verdade, estava a entrar em sítios de onde devia ficar bem afastada.
"Chata, oh meu Deus! Deixa-me ajudar-te!" Ele retorque, exibindo os seus dentes que, na verdade, estão um pouco sujos devido a toda a comida que pedimos no restaurante. Mas, hey, não me estou a queixar! - os meus devem estar muito piores.
Pouso a minha mão sobre a sua e, por muito que tente ignorar os arrepios causados por estar a sentir a sua pele contra a minha, eu não consigo. Nunca consegui e tenho um pequeno pressentimento que nunca o conseguirei.
Quando ele se prepara para me levar para a sua beira, eu puxo-o para mim e ele acaba por cair ao meu lado na areia. Apresso-me a levantar-me; coloco um dos meus pés por cima do seu peito e as minhas mãos nas minhas ancas, de forma brincalhona.
"Eu odeio-te!" As suas palavras são acompanhadas por alguns risos.
"Também te amo, marido." Não consigo evitar copiar a sua forma de discurso.
Desta vez, sou eu a ser puxada para baixo: caio mesmo em cima do meu marido e logo me coloco confortável, pousando as minhas mãos no seu peito e a minha cabeça por cima das mesmas, com um sorriso brincalhão nos lábios.
O cara-de-camelo vira-nos no chão, ficando por cima de mim. Uma das suas mãos desliza, gentilmente, pelo meu tronco e depois por uma das minhas pernas, acabando por retirar o sapato do meu pé; e os seus olhos não abandonam os meus nem por uns segundos durante os seus movimentos. Observo-o curiosamente e, quando lhe ia perguntar o porquê daquilo, ele começa a fazer cócegas no meu pé, fazendo-me contorcer imediatamente, às gargalhadas.
Berro o seu nome, sabendo que não consigo aguentar com cócegas naquele local por muito tempo. "A minha roupa interior vai ficar completamente molhada, se continuares; e, acredita em mim, isso não é um bom sinal: vou fazer xixi nas cuecas!" Digo, bem rapidamente, no pequeno espaço de tempo que ele me dá para lhe dar uma boa razão pela qual deve parar.
O Harry rapidamente se desfaz em gargalhadas e deixa-se cair ao meu lado. "Okay, okay. Bem jogado."
Depois de algum tempo a provocarmo-nos um ao outro, enquanto as nossas gargalhadas provavelmente são ouvidas no nosso prédio, decidimos descalçarmo-nos e concretizarmos o nosso objetivo: passear pela praia, em vez de simplesmente ficarmos deitados na areia, a aumentar o tempo que vamos precisar de estar debaixo do chuveiro para a retirarmos de todos os cantos dos nossos corpos.
"Sinto-me estranha a andar de mãos dadas contigo." Admito, observando as nossas mãos recentemente entrelaçadas.
"Porquê?" Ele questiona e eu subo o meu olhar até ele, encontrando-o com uma expressão preocupada.
"Não!" Apresso-me a exclamar, acariciando a sua mão com o meu polegar. "Não estranho de ser constrangedor ou algo assim! Apenas... Estranho. Mas é bom. É muito bom, na verdade. E é por isso que é estranho."
Apesar de a luz não ser muita, consigo aperceber-me de que ele revira os olhos, de forma brincalhona. "Agora em português, por favor."
"Nós nunca fomos muito carinhosos um com o outro e tu sabes disso; principalmente eu, que era um pouco violenta, antes de começarmos uma relação a sério." Não consigo conter algumas gargalhadas.
"Queres dizer... Antes de começarmos a fazer sofá?" Pergunta, subindo e descendo as suas sobrancelhas.
"Eu continuava um pouco violenta, mesmo depois disso." Abano a cabeça em divertimento. "E, tecnicamente, a nossa relação não começou bem nessa altura: foi mais tarde."
O meu marido para de caminhar e vira-se para mim, com uma expressão um pouco chocada, mas também brincalhona, no rosto. "Tu não me consideravas teu namorado/marido a sério, mesmo depois de termos perdido a virgindade juntos?"
"Não podes ficar zangado por isso... Nós eramos uma espécie de amigos coloridos, nessa altura, se não contarmos com o facto de estarmos casados." Gargalho, empurrando-o um pouco para o lado com a mão que ainda se encontra na sua.
"Oh... Mas tu ficaste zangada porque achavas que eu achava que éramos amigos coloridos, nessa altura." Harry resmunga, aproveitando para me empurrar também, com um sorriso a prender-lhe o canto dos lábios. "Para tua informação, eu considero-te minha namorada desde que nos conhecemos." Brinca.
"Aw, isso é tão querido!" Elogio e deixo a minha cabeça cair no seu ombro.
As nossas mãos separam-se lentamente e eu sou envolvida por um dos seus braços, que me aconchega a ele. Decidimos continuar a nossa pequena caminhada.
"Não podemos chegar muito tarde a casa... Temos trabalho amanhã e eu ainda quero tomar banho, antes de vermos aquele filme que me prometeste!" Relembro, deixando um pequeno beijo no seu queixo.
"Ugh... Trabalho..." Ele suspira e eu apresso-me a perguntar-lhe se algo de errado se passa, devido ao seu tom. "Achas que posso falar contigo sobre algo?"
Assinto, observando o seu rosto atentamente, e ambos paramos de andar novamente. "É claro. Sobre tudo o que precisares."
"Eu acho que vou vender a padaria." Confessa e, sinceramente, eu não fico muito surpreendida.
Ele tem andado cansado por ter de organizar tudo no seu pequeno negócio e tem-se queixado várias vezes de que o lucro que a padaria lhe dá ser mínimo. No entanto, não evito perguntar-lhe o porquê daquilo, para perceber se há mais alguma razão para ele se querer ver livre do espaço.
"Eu era novo e estúpido quando a comecei, (agora continuo estúpido, mas sou mais velho); achava piada à padaria onde costumava ajudar... Mas eu já não sou feliz a fazer disso o meu emprego... Só penso em voltar para casa, durante o dia inteiro! Provavelmente isso acontece porque sei que te tenho em casa e ambos sabemos que eu não aguento muito tempo sem ti... Mas eu quero tentar algo novo. Alguns meses chego a ter prejuízo, depois de dar os salários aos rapazes, e, agora que o nosso pequeno vem para casa, isso não pode acontecer." O cara-de-camelo respira fundo e eu aproveito para falar, na sua pequena pausa:
"Se for por causa do dinheiro, Harry... Tu sabes que eu não me importo de tentar arranjar outro trabalho; não me importo de o fazer por vocês." Confesso, mas ele logo abana a cabeça negativamente.
"Não é apenas por causa do dinheiro, mas tu sabes que isso também é importante." Uma das suas mãos desliza até ao fundo das minhas costas e puxa-me um pouco mais para si. "Eu quero que tu e o Elliot tenham tudo o que precisam e que ainda nos seja possível comprar alguns caprichos, de vez em quando; e eu estou disposto a arranjar quantos trabalhos sejam precisos para isso, desde que ainda tenha tempo para chegar a casa e embrulhar-te nos meus braços, enquanto oiço como correu o teu dia."
E é nesta parte que eu derreto completamente nos seus braços e me misturo com a areia.
Subo uma das minhas mãos até ao seu rosto e acaricio a sua bochecha com o meu polegar. "Por muito piroso que isto soe... Se te faz feliz, faz-me feliz." Reconheço e aproveito para deixar um beijinho bem rápido nos seus lábios, o que o faz sorrir. "Se não estás feliz com a padaria... eBay, aqui vamos nós."
Logo o oiço gargalhar e não consigo conter o sorriso que ocupa o meu rosto inteiro. Ele esmaga os seus lábios contra os meus, o que faz com que alguns risos me escapem.
Os seus braços apertam-me mais contra si e rodeio o seu pescoço com os meus braços. Subo as minhas pernas e rodeio a sua cintura com as mesmas.
"Espero que saibas que não é saudável para mim ter-te ao meu colo, quando estás num vestido." Ele murmura, contra mim, e ambos não tentamos sequer conter uma pequena gargalhada.
"Parece que vamos ter de voltar para casa mais cedo, então, estou a ver..." Aponto, com um sorriso no canto dos lábios.
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"Eu já vou ter contigo!" Harry exclama, com um sorriso, enquanto espreita pela porta da sala.
Assinto, sem conseguir deixar de morder o meu lábio para me parar de sorrir; mas acabo por falhar completamente nessa tarefa, assim que o cara-de-camelo me puxa pela cintura e cola os seus lábios aos meus.
Quando nos afastamos, observo-o a ir até ao móvel onde se encontram os nossos DVDs e a retirar o meu filme preferido do mesmo. Aceno-lhe e começo o meu caminho até ao nosso quarto, para ir buscar roupa interior para ambos nós.
"Voltamos a vestir as mesmas roupas, para parecermos um casal chique a ver televisão?" Questiono, elevando um pouco a minha voz para ele me conseguir ouvir bem.
"SIM!"
Levo a nossa roupa interior até à casa de banho e dispo-me, deixando o meu vestido pendurado num cabide. Entro no polibã e apresso-me a regular a água.
Apenas alguns segundos depois, oiço o meu marido entrar na divisão e consigo vê-lo despir-se, através da porta transparente do chuveiro.
"Sinto-me uma tarada, a ver-te despires-te." Confesso e logo vejo um sorriso tomar o seu rosto.
"Tu vês-me a despir-me todos os dias: tu és uma tarada!"
"É justo." Não consigo conter uma gargalhada.
Depois de os seus boxers voarem para a beira da minha roupa interior, o Harry aproxima-se do chuveiro e, assim que a porta é aberta, eu sou agarrada pela cintura e encostada à parede. Pouso as minhas mãos no fundo das suas costas e colo os meus lábios ao seu pescoço.
"A água está boa." Confessa, esticando um pouco o seu pescoço e fechando os seus olhos. "Boa para tirarmos a areia do corpo, não achas?"
Afasto-me um pouco, pressionando os meus lábios numa linha, e observo os seus olhos. "Apenas para tirar a areia?" Questiono, pousando uma das minhas mãos nos seus abdominais estranhamente bem definidos, tendo em conta todo o exercício que ele não faz.
Ele assente, torturando o seu lábio inferior com os seus dentes.
"Estás a recusar-me, indiretamente?" Faço beicinho, descendo um pouco a minha mão.
"Estou a esforçar-me imenso para fazê-lo." Confessa e pousa uma das suas mãos na parede, perto do meu rosto; abana a cabeça negativamente, num gesto adorável, e fecha os olhos. "Concentra-te, Harry! Tu consegues fazer isto. Imagina que a Daisy é a tua avó."
Não consigo conter as minhas gargalhadas e logo agarro as suas bochechas. "Oh, meu menino! Tens comido bem? Tens de me cortar esse cabelo; pareces um sem abrigo!"
Os seus olhos abrem-se e ele volta a abanar a cabeça, desta vez, em divertimento. Geme em descontentamento e esconde o seu rosto no meu pescoço, por uns segundos.
"Porque é que tens de ser tão gira, mesmo sendo a minha avó?" Pergunta, fazendo-me questionar a minha existência, os meus princípios de vida e tudo aquilo em que acredito.
"Porque é que tens de ser tão adorável, mesmo quando fazes as perguntas mais absurdas que alguma vez alguém podia fazer?"
"Adorável?" O meu marido murmura, bem perto do meu ouvido. "Eu estou completamente nu, mesmo à tua frente, debaixo de um chuveiro, e completamente preparado para fazer sofá contigo e tu achas que eu sou adorável?"
Engulo em seco. Antes de ter tempo para dizer algo, os meus lábios são atacados pelos seus.
As minhas pernas entrelaçam-se na sua cintura e não é preciso muito tempo para ambos começarmos a perder o fôlego.
Mas é claro que o meu toque de telemóvel teve de nos ajudar a ganhar o fôlego de novo.
Suspiro, gemo e esperneio (mentalmente, esta última parte) em descontentamento e o Harry acompanha-me nessas duas primeiras ações (e, se bem o conheço, na terceira também).
"Vai lavando o cabelo. Isto é Deus a dizer que nos está a observar e que não devíamos estar a fazer isto." Respiro fundo, abanando a cabeça.
O chuveiro é desligado e eu agarro o meu telemóvel, atendendo a chamada e colocando-a em altifalante.
"Muito boa noite, daqui fala do serviço de televisão da Sky. Gostaria de lhe fazer um pequeno questionário sobre a sua satisfação como nossa cliente. Acha que lhe posso roubar alguns minutinhos?"
Reviro os olhos automaticamente. Desligo a chamada e atiro o meu telemóvel para fora do polibã, voltando a unir, um pouco atrapalhadamente, os meus lábios com os do meu marido, que teve uma reação bem parecida com a minha.
E o telemóvel do Harry começa a tocar.
Devido a ainda estar em modo mãos-livres, por termos saído do carro há pouco tempo, um comando por voz basta para atender a chamada, depois de ambos grunhirmos.
"Muito boa noite, daqui fala do serviço de televisão da Sky-"
Assim que a primeira palavra é ouvida, o meu camelo alcança o seu telemóvel e desliga-o o mais rápido possível.
"A minha pila não aguenta isto!" Ele resmunga, agarrando o seu próprio cabelo, e volta a pousar o seu olhar em mim.
"Okay, alguém está contra nós, hoje." Reconheço, suspirando, bem frustrada.
"Amanhã. Amanhã, quando viermos do trabalho. Vamos fazer amor até termos de voltar a ir para o trabalho." Sugere e eu apresso-me a responder-lhe com um grande aceno de cabeça.
"Ótima ideia!" Elevo os meus braços. "Merecemos isso. Já lá vai... Talvez uma semana, desde a última vez. Portámo-nos mesmo muito bem."
"Agora... Basta... Acabarmos de tomar banho sem olharmos um para o outro e tudo vai ficar bem."
Assinto. Ambos respiramos fundo, ao mesmo tempo, e tentamos cumprir essa tarefa.
Com muito esforço, voltamos para a nossa sala e colocamos o filme a passar, enquanto nos posicionamos confortavelmente no sofá. O Harry acaba deitado de barriga para baixo e eu deito-me de igual modo, em cima dele.
"Depois de tudo aquilo... As tuas mamas estão esmagadas contra as minhas costas... Nenhum homem merece esta tortura." Ele resmunga e vira o seu rosto um pouco mais para mim.
Deixo um pequeno beijo no seu nariz e ele sorri, preguiçosamente.
"Ugh... Vem cá, minha estúpida." Murmura, fazendo-me sorrir também.
Apenas depois de o Shrek estar preparado para o seu jantar à luz da vela feita da cera das suas maravilhosas orelhas é que decidimos voltar à primeira posição que tentámos: eu deitada na ponta do sofá, quase a cair, e o Harry na parte mais de dentro, aconchegado a mim.
"Agora quem tem mamas esmagadas contra as costas sou eu... Nenhuma mulher merece esta tortura!" Resmungo, num tom de brincadeira, e sinto-o esconder o seu rosto no meu pescoço.
"Vai-te foder. O teu rabo está na minha pila e eu não me estou a queixar." Retorque, com algumas gargalhadas.
"Para de falar sobre a tua pila e deixa-me ouvir o meu herói, okay?"
***
BOA NOITE!!!!!1!!!!
... daqui fala do serviço de televisão da sky
(btw, a sky é mesmo um serviço de televisão inglês xD não sei se o usam nos estados, mas sei que é um dos maiores serviços na inglaterra xD se não o usarem... imaginem que sim T-T)
desculpem se o capítulo tiver algum erro :( ainda não o revi bem :(
a hashtag é a mesma, já sabem o que fazer xp #WeWantBabyEmily ♡
ok vote & comment if you liked
amo-vos e até ao próximo capítulo
ps: ATÉ AMANHÃ!!!!!111!!!!
pps: já agora, o que pediram ao pai natal? ^-^
ppps: para as meninas que perguntaram: sim, vai haver uma 3ª temporada ^-^
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