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Marlboro, vinte.

Marlboro

- Você vai dormir, meu amor. Vai dormir... E quando acordar, estarei bem aqui.

Jeongguk cantarolava com sua voz de anjo para o bebê que ninava em seus braços. Os olhos negros eram fascinados por cada pequeno detalhe daquela criança. Desde os cabelos ralos até a ponta dos pés gordinhos.

Ela não era realmente sua, mas a tinha como um pedaço de si. Pois foi inevitável não se apaixonar por ela no exato momento em que a viu na incubadora. Mexendo pernas e bracinhos. A carinha de joelho era inevitável, mas a amaram do mesmo jeito.

Taehyung chorou. Chorou silenciosamente, sorrindo como um bobo e abraçando Jeongguk como se fosse seu porto seguro.

Areum já tinha seus quatro meses de vida. Agora sua feição era mais bela, nada de carinha de joelho. Os olhos eram grandes e negros como a noite.

Taehyung os comparava com os de Jeongguk.

- Ela dormiu? - Taehyung perguntou ao entrar no quarto. Vendo Jeongguk colocando-a confortavelmente no berço e passando os dedos pela bochecha gordinha em um carinho.

- Uhum. Fácil, fácil.

- Também, com você cantando pra ela. Até eu dormiria fácil. - abraçou o moreno por trás, apoiando o rosto inchado de sono no ombro desnudo. Sentindo o cheiro doce do creme hidratante que usavam.

- Bobo... - resmungou sorrindo. - Volte a dormir, você tem que trabalhar amanhã.

- Amanhã? São quase seis horas, amor. Se eu voltar a dormir, não acordo mais.

Jeongguk se virou para o Kim, não deixando de ter os braços longos envolta de si. O abraçou pelo pescoço e sorriu pequeno ao ver a feição preguiçosa de Taehyung.

- Quer tomar café comigo, então?

- Não tá com sono?

- Não... - mentiu. Sua sorte, é que era sábado. Podia dormir depois que Taehyung saísse até a hora que Areum permitisse, pois Sooyoung trabalhava nos dias em que Jeongguk folgava. E isso foi algo que ele mesmo propôs.

- Você é perfeito, sabia? Eu nem acredito que você é real às vezes. Será que eu tô vivendo um sonho e não sei?

Jeongguk revirou os olhos e sorriu negando. Taehyung parecia ficar a cada dia mais bobo com ele e na concepção do Kim, era até normal. Pois Jeongguk era um cara surreal.

- Para com isso, não é uma boa hora pra me deixar com vergonha.

- Toda hora é hora de te deixar com vergonha. Você fica todo vermelhinho e eu adoro isso. - roçou os narizes, plantando um selinho casto nos lábios do Jeon. - Eu te amo.

Céus!

Jeongguk tinha que se acostumar com aquelas três palavrinhas. Mas era difícil. Pois sempre quando Taehyung as proferia, a voz dele descia alguns tons e enrouquecia. O olhar era terno demais e transmitiam muito mais coisas que aquele simples eu te amo.

- Eu também, amor. Muito.

Fechou os olhos, deixando as testas encostadas e resvalando os dedos na nuca de Taehyung. Os corações sempre batiam forte na presença um do outro e queriam que fosse assim até serem dois velhinhos gagás.

[...]

- Para de incomodar ela, Jimin.

- Eu não tô incomodando, ela que tá rindo.

- Ela recém mamou. Se vomitar, que vomite em ti.

- Areumie pode cagar na minha cara que eu vou aplaudir.

- Urgh... Cara, como tu é nojento.

- Fala sério, Taehyung. É a sua filha.

- E nem por isso eu quero que ela cague na minha cara, seu Zé Mané. - o Kim passou os dedos longos nos fios escuros da cabecinha pequena e beijou depois, sentindo o cheiro bom do shampoo de camomila.

- Tá, tá. Dá ela aqui pra mim. Eu faço ela arrotar e ainda a coloco pra dormir, viu só? Posso ser babá.

- Na minha filha, você não encosta. - esgueirou-se com a bebê em seu colo. Essa que riu gostosamente e levou os dedos gordinhos a boca, os babando enquanto tentava “mordê-los”.

- Deixa disso, cara. Tá comigo, tá com Deus.

- Pessoas que falam isso, normalmente não são confiáveis. - abraçou seu pacotinho mais forte, deixando a mamadeira de lado no banco.

- Vai se foder, Taehyung. Eu sou seu melhor amigo desde que você se descobriu gente.

O Kim revirou os olhos.

Não era que não queria deixar sua filha com Jimin. Só não queria ficar longe dela. Ficar longe dela significava sentir saudades.

Saudades do choro, das risadinhas, do bico sendo atirado no chão a cada cinco minutos, do cheirinho gostoso de bebê que ela tinha, dos bracinhos procurando seus cabelos para puxar... Era um combo de saudades.

- Tá... Mas cuida bem dela, okay? Tipo, bem mesmo. - beijou todo rostinho dela antes de se levantar e a entregar para Jimin. - Ela dorme depois que arrota e só fica confortável em uma cama se abraçar esse ursinho. - vasculhou a bolsa, tirando de lá uma réplica perfeita do Nick de Zootopia. - Ela também sempre mama depois que acorda. É só-

- Eu sei, Taehyung. Eu sei! Agora vai lá buscar o Jeongguk antes que ele pire.

- Qualquer coisa, pode ligar pra mim. A Sooyoung não pode usar o celular no horário de trab-

- Taehyung!

- Okay, okay. Eu já tô indo. - Taehyung deu as costas para sair do parquinho. Mas se virou em menos de segundos e se agachou até estar na altura de sua bebê. - Eu te amo, meu amor. Papai já volta, tá bom? Papai Ggukie vai vir também. - beijou a testa pequena e encarou o Park. - Jimin, qualq-

- Some da minha frente antes que eu te mate.

Ameaçou. E só assim, Taehyung sumiu de sua visão.

Entrou no carro que havia comprado há um mês atrás. Conseguiu vender sua moto e deu de entrada em um carro semi novo, já que agora, tinham Areum e para poder sair com ela, precisavam de um automóvel de quatro rodas e cadeirinha.

Taehyung admitia que era bem mais confortável que sua moto, mas sentia saudades de andar nela com Jeongguk em sua garupa.

E falando em Jeon Jeongguk, o moreno se encontrava prestes a sair de seu trabalho. Combinou com o Kim que tinham de fazer as compras do mês, fora a outra lista de coisas de bebês que também precisavam para sua pimpolha.

Sooyoung não estava mais morando com eles desde que deixou de amamentá-la, o que foi fácil, pois ela quase não tinha leite. Sabia que o casal precisava de espaço mesmo com eles negando.

Voltou a morar com seus pais, pois as condições com eles eram melhor e quando Areum estava consigo, os mais velhos a cuidavam para que pudesse trabalhar normalmente como sempre fez. E só quando chegava a noite, ela tinha tempo para sua pedra preciosa.

Alguns fins de semana também eram dela, pois assim, Jeongguk conseguia dormir até mais tarde e fazer seus trabalhos da faculdade.

Eles sempre conversavam sobre tudo, desde qual lenço umedecido era melhor para o bumbum branquelo até em qual escolinha ela estudaria futuramente.

- Espero que tenha uma explicação plausível para esses quinze minutos de atraso. Tá calor pra caralho, Taehyung.

- Oi, meu bebê. Eu também estava com saudades de você, sabia? Inclusive, eu tô bem. - ironizou, arrancando a pior cara de irritação de Jeongguk.

O moreno tinha suor escorrendo pelo corpo todo, fora a vermelhidão no rosto que agora não se encontrava nada pueril como de costume.

Ele tinha a gravata frouxa no pescoço, os três botões da camiseta social preta estavam abertos e as mangas estavam arregaçadas até os cotovelos marcados por veias e tatuagens.

Taehyung morreria de tesão ali mesmo se não estivesse prestes a ter o pescoço degolado.

- Me erra.

- Desculpa, mô. Mas é difícil ficar longe da Eumie quando tô de folga.

- Perdoado. - disse seco, passando a mão pela testa suada e soltando um gemido de pura satisfação pelo o carro estar com ar ligado. O ambiente geladinho para seu corpo. - Como ela está? Chorou muito?

- Ela só chorou duas vezes hoje. Acho que é por causa dos dentinhos que estão nascendo. - Jeongguk assentiu, olhos fechados e corpo totalmente relaxado no banco do carro.

Taehyung teria um colapso com aquela cena. Faziam dias que não se tocavam direito.

- Taehyung.

- Hm?

- Tá esperando o que pra ligar a merda desse carro? Precisamos ir no mercado, esqueceu?

- A-Ah, sim. Desculpe. - girou a chave na ignição e olhou pelo retrovisor. Olhou Jeongguk mais uma vez e então levou a mão direita até a coxa marcada na calça social. - E o meu beijo, bebê?

- A minha mão vai beijar a sua cara se eu não ver a Areum em uma hora.

Taehyung engoliu seco e retirou sua mão da perna do namorado. Dirigiu silenciosamente até o mercado. Jeongguk retirou a gravata e a jogou no banco de trás. Os dois desceram do carro e rumaram para dentro do mercado após puxarem um carrinho de compras.

As listas que faziam nunca eram o suficiente, pois sempre pegavam mais que o necessário. O Kim se recusou a trocar qualquer outra palavra com Jeongguk, pois não queria irritá-lo ainda mais.

Quando chegaram na casa de Yoongi e Jimin, pois agora eles moravam juntos. Jeongguk saltou do carro, deixando Taehyung para trás comendo poeira.

Ao entrar na residência, viu o mais novo deitado sobre o tapete da sala com Areum já em seu colo. Foi o primeiro sorriso que ele deu desde o momento em que se viram mais cedo.

Alguma coisa estava incomodando Jeongguk.

- Eu senti tanto a sua falta meu amor... - roçou o nariz no dela, arrancando uma risadinha da mesma.

- Ele entrou aqui que nem um furacão.

Jimin disse, ao se aproximar de Taehyung. O Park tinha os braços cruzados e vestia apenas uma bermuda florida.

- Acho que ele precisa disso. - murmurou. - Yoongi já chegou?

- Uhum, tá na cozinha com o Beom.

- Ué, por que ele tá aqui?

- A Chae teve que fazer uma viajem de última hora e os pais dela não estavam em casa. Mais tarde a gente leva ele.

Taehyung apenas assentiu e seguiu Jimin até a cozinha. Aonde Yoongi e Beomgyu dividiam uma tijela de Kimchi frito com arroz.

- E aí, Tae. Como vão as coisas? - Yoongi perguntou ao vê-lo. O Kim sorriu, passando a mão nos fios sedosos de Beomgyu e atraindo a atenção dele.

- Tá tudo bem. Como andam as coisas no trabalho?

- Ah, eu dou aulas particulares agora. Isso está nos ajudando bastante.

- É, ele ganha mais. - Jimin bateu palminhas e beijou a bochecha do noivo.

Isso, noivo.

Não deu nem um ano de namoro e eles já noivaram.

- Interesseiro. - acusou o Kim.

- Se eu fosse interesseiro teria insistido no seu irmão.

- Ei!

- Calma, Yoon. No meu coração só tem lugar pra você. - abraçou o Min pelo pescoço, beijando a nuca branquela do mesmo.

Beomgyu estava entretido demais em comer que nem notou quando Jimin bagunçou os fios castanhos de sua cabecinha e beijou o topo.

- Bom, vou nessa. Tenho que largar a Areum nos pais da Soo.

- É cedo. - disse Yoongi.

- Eu sei, mas o Jeongguk tem aula também.

Dito isso, Taehyung voltou para sala. Sorriu ao ver que a pequena tinha dormindo sobre o peito de Jeongguk. Ele passava a mão pelas costas dela, encarando o rostinho adormecido perto do seu.

Ela tinha facilidade de dormir com Jeongguk.

- Bebê, vamos.

O Jeon apenas assentiu e a colocou devidamente em seus braços. Eles se despediram dos noivos e rumaram até o carro. Jeongguk a colocou no bebê conforto e passou o cinto pelo objeto.

- Já são seis e meia... Acho que não vou na aula hoje.

- Se está cansado, fique em casa. Você é um aluno ótimo.

E novamente, mais um caminho silencioso foi feito até a casa de Sooyoung. E para não acordar a bebê, apenas deixaram beijos castos na testa dela e então a deixaram com os pais da Park.

Jeongguk estava cabisbaixo e agora isso preocupava o Kim.

Eles guardaram as compras ao chegarem em casa e logo depois, o Jeon foi direto para o banho. Taehyung esperou ele sair e então também se banhou.

- Não vai me contar o que tá te incomodando? - perguntou, ao vê-lo fumando na sacada. Jeongguk o olhou, soprando a fumaça para o lado contrário e se virando novamente. Deixando Taehyung a olhar para suas costas nuas.

- Por que acha que algo está me incomodando?

- Você só fuma quando está chateado com alguma coisa.

- Nada ver, eu sempre fumei. - deu de ombros.

- Jeongguk... Seu vício diminuiu e você só tem fumado quando alguma coisa da faculdade ou do trabalho te incomodam. - se aproximou, ficando do lado dele. - E também, não é do seu feitio ser estupidamente grosso comigo. Eu fiz alguma coisa?

- Desculpa, eu não queria ter descontado em você.

- Não vai me contar o que aconteceu? - tocou no queixo pequeno, o fazendo lhe olhar e apagar o cigarro.

- Eu só... Pensei demais hoje e ouvi algumas coisas idiotas.

- E o que foram essas coisas idiotas que te deixaram tão puto?

- Sabe, eu não me dou bem com alguns colegas de trabalho. - fato. Mas odiavam Jeongguk só por ele ter se destacado na empresa por ser um ótimo funcionário. - E na hora do almoço, eles sentaram perto da mesa em que eu estava com a Jiwoo e o Jonghyun. Ficaram fazendo umas piadas preconceituosas sobre gays e essas coisas... Mas o que me deixou mal, foi o fato d'eles falarem sobre filhos e que duas pessoas do mesmo sexo não poderiam reproduzir, que deveria ser proibido gays adotarem uma criança porque segundo eles, nós somos uma aberração e essas merdas de gente idiota que não tem o que fazer da vida.

- Bebê...

- Aí eu lembrei que sou gay. - Jeongguk já tinha os olhos marejados. - Lembrei que nunca vou poder ter um filho com meu DNA e que também não vou poder adotar porque isso é uma puta burocracia.

- Você tem a Eumie.

- Ela não é minha filha, Tae. Não tem meu sangue, não tem nada meu...

- E isso importa? Você ama ela tanto quanto eu. Você cuida dela, faz a mamadeira dela, dá banho, troca fraldas, levanta no meio da noite quando ela chora.

- Eu sei, eu amo ela e não me importo de fazer tudo isso. Se eu tivesse que dar minha vida por ela, eu dava sem nem pensar! Mas é uma sensação horrível, Tae.

- Jeonggukie, você nunca ligou para o que as pessoas falam...

- Falaram do meu ponto fraco, você sempre soube que meu sonho é ter uma família.

- E você tem. - levou as mãos para as bochechas pálidas, notando a falta de rubor nelas. - Eu e Areum somos sua família. Sooyoung, Jimin e Yoongi. E se não estiver boa o suficiente pra você, nós podemos sim ter outro bebê.

- C-Como?

- Barriga de aluguel? - soltou, soprando um riso.

- Aonde vamos arranjar uma? Isso é meio impossível.

- É nada. - Taehyung riu, aproximando seu rosto do de Jeongguk e roubou vários selinhos da boca vermelha. - Já disse que te amo?

- Sim... Na última mensagem que me enviou hoje.

Deixou as mãos descansarem na cintura delgada do Kim, raspando os dedos na pele bronzeada e beijando demoradamente o ombro do parceiro.

- É, eu te amo. - murmurou, fazendo carinho na nuca lisinha. Aproveitando a carícia que ganhava do mais novo enquanto sentia o cheiro docinho dele.

- Acho que nunca vou me acostumar com isso.

Afastou o rosto do ombro de Taehyung, apenas para o olhar nos olhos e sorrir de forma envergonhada.

- Pois trate de se acostumar. Vou sempre deixar claro o quanto eu te amo, Jeongguk. Você, sem dúvidas, foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida.

- E a Eumie?

- Ela também. - afagou a bochecha corada. - Vocês dois são tudo pra mim.

- Caralho... Eu não me arrependo de te amar demais.

- Fico feliz em ouvir isso. - disse sério, olhando para Jeongguk com as sobrancelhas unidas. O Jeon lhe beijou novamente, só que agora, na boca rosada. - O que quer fazer?

- Hmm... - ele se pôs a pensar, mesmo que não precisasse. Era apenas para fazer charminho. Taehyung o apertou em seus braços, levando o rosto para o pescoço clarinho, passando a ponta do nariz por ele. - Amor...

- Sim?

- Que tal nós irmos beber lá no clube?

- Nossa, faz tempo que não vamos lá.

- Vamos?

- Uhum.

[...]

Jeongguk tentava gemer baixo, mas era impossível quando se tinha Kim Taehyung lhe acertando com força. E para piorar, ele agarrava suas bandas com vontade, gemendo rouco contra seu pescoço e jogando palavras sujas contra si.

- I-Isso, amor. Assim... - puxou os fios castanhos do Kim, sentindo a língua travessa molhar seus peitinhos.

- Você continua a mesma putinha necessitada de quatro anos atrás, bebê.

- Eu sei que você gosta.

- Ah, porra... Eu amo. - estapeou a bunda branquela, o fazendo soltar um grito de prazer. - Shh, Ggukie. Não queremos acordar a Eumie.

- E-Ela tem o sono pesado, Tae. - rebolou sobre o colo do marido, em busca do seu ápice, pois estava tão perto. - Continua, amor. Eu tô quase lá.

- Calma. - o Kim pediu, olhando em direção a porta.

- O que foi?

- Acho que ouvi um barulho. - deu tapinhas na coxa de Jeongguk, um pedido mudo para que ele saísse de seu colo.

- Sério?

- Já volto. - beijou os lábios do Jeon e colocou sua cueca. Estava duro ainda, assim como Jeongguk. Que se enrolou no lençol e ficou a encarar as costas arranhadas de Taehyung.

Quando menos esperaram, batidas fracas foram dadas na porta do quarto e logo mais a voz fraca de Areum chamou pelos pais.

- Papai.

- O que foi meu amor, hm? Teve um sonho ruim? - perguntou assim que abriu a porta, vendo a pequena no seu pijama azul de unicórnios, segurando a pelúcia de raposa nos braços. Ele se agachou para ficar na altura dela e passou a mão nos cabelos negros bagunçados. Areum negou com a cabeça para a pergunta de seu pai. - Então, o que aconteceu?

- Por que o papai Ggukie tá gritando? Ele se machucou?

Os dois arregalaram os olhos e não faltou muito para Jeongguk explodir em risadas. Taehyung o repreendeu com o olhar, pois a feição de Areum era de extrema confusão.

- A-Ah, meu bem. A gente só estava brincando. Eu tava fazendo cócegas no seu papai. Por isso ele gritou.

- Não mente pra criança, amor.

- Jeongguk?! - o olhou incrédulo.

- Filha, vem aqui.

Chamou a pequena, que não hesitou em passar por Taehyung e subir na cama de casal. Jeongguk a colocou sentada sobre sua barriga, passando os dedos bonitos pelo rostinho pequeno.

- Posso brincar com vocês? - perguntou inocente, apertando a pelúcia em seus braços.

- Eumie... Está tarde, meu amor. Você tem que dormir porque amanhã cedinho a mamãe Soo vai vir te buscar pra passear.

- Mas, paiê... - manhou, assim como Jeongguk fazia com Taehyung. - Eu não tô com sono, deixa eu brincar com vocês.

- Areum! - o Kim a chamou, sério. - Estamos cansados, filha. Brincamos a tarde inteira com você, não foi o suficiente?

Era fácil convencer Areum, dificilmente ela batia o pé com alguma coisa.

- Tá bom... - deu-se por vencida, olhando para Jeongguk com os olhinhos negros brilhando. - Papai... - cutucou o nariz do Jeon.

- O quê? Fala pra mim.

- Faz leite com mel pra mim?

Taehyung riu baixinho com a cena. Jeongguk era facilmente manipulado por ela.

- Claro que faço, meu anjo. - foi se levantar com ela em seu colo, mas lembrou que nada cobria seu corpo a não ser o lençol. - Amor... Leva ela pro quarto.

Taehyung a levou para o quarto, dando espaço para Jeongguk se vestir. Era quase uma hora da manhã quando Areum dormiu novamente após tomar todo seu leite e ter Jeongguk cantando para si.

- Ser pai é ter quase todas as suas transas interrompidas?

Perguntou ao fechar a porta do quarto, vendo Taehyung sentado sobre a cama enquanto lia um livro. Retirou a camiseta de seu corpo, ficando apenas com a cueca.

- Basicamente. - o Kim deu de ombros, não tirando sua atenção da leitura.

Jeongguk sabia que poderia se excitar rapidinho, pois só de olhar para o marido, sentia seu corpo ferver.

- Amor...

- Hm?

- Não quer terminar o que começamos? - engatinhou sobre a cama, até estar sobre o corpo do Kim. Tirou o livro das mãos ossudas e o olhou nos olhos.  - Eu ainda quero gozar, Taehyungie...

[...]

Jeongguk estava puto e Yoongi não conseguia lhe aturar mais. O moreno só reclamava desde que chegaram na lanchonete que sempre iam quando eram mais novos.

- Eu não aguento mais o Taehyung, hyung. Ele está insuportável, tudo é motivo pra ele encher o saco.

- Pede o divórcio.

- Hyung!

- Tô brincando, cara. Quer dizer... É, é. Brincadeira. - sugou o conteúdo pelo canudo, fazendo um barulhinho chato ao chegar no final. - Enfim, é normal passar por isso em um relacionamento.

- Você e Jimin... Passaram por isso?

- Não? - soprou um riso. - Não temos filhos.

- Ah, que droga! Se nessa idade, ele já implica com ela por querer se maquiar, imagina quando ela for adolescente? Céus...

- Sooyoung não fala nada sobre isso?

- Ela é de boas com isso, o Taehyung que tá chato. Ele acha que ela vai sempre ser o bebê dele.

- E você não?

- Em minha defesa, eu não pego no pé dela por ela fazer coisas de garotas. É normal.

- Dá um tempo pra ele. Taehyung sempre foi muito babão com ela.

O loiro suspirou, passando os dedos por entre os fios e encarando o lado de fora da rua. Seus olhos logo pararam em uma mulher grávida, que estava de mãos dadas com um garotinho do tamanho de Areum.

- Eu e Areum somos sua família. Sooyoung, Jimin e Yoongi. E se não estiver boa o suficiente pra você, nós podemos sim ter outro bebê.

- C-Como?

- Barriga de aluguel? - soltou, soprando um riso.

- Aonde vamos arranjar uma? Isso é meio impossível.

- É nada.

Jeongguk sorriu genuinamente com a lembrança que o acertou em cheio. Yoongi uniu as sobrancelhas diante de tal feição, pois não estava entendendo o motivo daquele sorriso um tanto quanto maléfico.

- Yoon... Hyungie... - cantarolou.

- Não! Não quero saber, não quero fazer parte desse plano seja qual for.

- Acha que Sooyoung aceitaria carregar um filho meu e do Taehyung?

Yoongi se engasgou com o próprio ar e o loiro achou que ele fosse explodir por conta da vermelhidão que subiu pelo seu pescoço até o rosto.

- O q-quê?! Você tá maluco?!

[...]

Taehyung era feito de gato e sapato por ela e nunca sequer reclamou. Amava arrancar cada sorriso de sua pequena. Amava mimar ela e de fazê-la dormir em seus braços enquanto assistiam um desenho qualquer na televisão.

Estava feliz por ter sua família reunida naquele Natal. Estavam em Busan, na casa de praia dos pais de Jeongguk.

Sua mãe, seu padrasto, Woosung e a namorada estavam ali. Jimin e Yoongi também, assim como Sooyoung. Que agora carregava em seu ventre um filho dele e de Jeongguk, o irmãozinho mais novo de Areum, Seojun.

A Park ficou hesitante quando Jeongguk lhe pediu tal coisa. Não sabia se estava preparada novamente para gerar uma criança, ainda mais sabendo que ela de fato, não seria totalmente sua.

Pensou por longas duas semanas e só tomou sua decisão quando perguntou a Areum se ela queria ter um irmão. Ela respondeu prontamente que sim e ainda ficou animada com a hipótese.

Isso fez o coração de Sooyoung se derreter.

A primeira tentativa, deu errado, mas nem por isso desistiram.

E agora, com 23 semanas de gestação, a barriga dela já era visível e não tinha pais mais babões do que Jeongguk e Taehyung.

- Seojun, Seojun... Posso chamar ele de Junnie? - Areum perguntou, enquanto acariciava a barriga de Sooyoung. As duas estavam deitadas na rede. A Park acariciava os fios negros da pequena, olhando para cada pequeno detalhe do rostinho infantil.

Ela tinha seu nariz, assim como os cabelos bem pretos e ondulados nas pontas.

Amava tanto seu pedacinho de céu.

- Claro que pode, meu anjo. - sorriu. - Aliás, cadê seu pai?

- Qual deles? O papai Ggukie saiu com a vovó. Acho que foram no mercado.

- E você não quis ir junto? - a olhou incrédula. Areum amava ir ao supermercado, era louca por compras.

- Ah... É que o papai Ggukie gritou comigo hoje.

- E por que ele fez isso?

- Eu quebrei o copo preferido dele. - disse encabulada, os olhinhos negros se enchendo de lágrimas. - E ele ainda tinha pedido pra eu parar de brincar com o copo.

- Oh, meu amor. Ele não fez por mal, neném.

- E-Ele não ama mais a Eumie, mamãe... - Sooyoung a abraçou quando a mesma desabou no choro. Sorriu por aquilo, mesmo sabendo que era errado.

Só que era engraçado.

Areum sempre foi muito apegada em Jeongguk. Só que ela sempre ficava mais triste quando brigava com ele, porque Taehyung não era de ficar muito tempo sem falar com ela. Ele amolecia rapidinho com as investidas dela, mas Jeongguk, não.

- Ele ama sim, meu anjo. Para de ser bobinha.

Elas ficaram ali. Sooyoung ficou por minutos fazendo carinho nos cabelos dela até a mesma pegar no sono. A posição em que estava não era boa para seu corpo e deu graças a Deus quando Jimin passou por ali.

- Tá na hora do café, Soo. - o Park avisou enquanto pegava Areum nos braços. - Vou colocar ela lá em cima.

- Obrigada, Jiminie. Ah! O Jeongguk já chegou?

- Uhum... Ele tá cozinha com a mãe dele. O Taehyung foi pescar com o Yoongi.

- Bom, preciso falar com ele. Eumie acha que ele não a ama mais. - ambos riram baixo para não acorda-la.

- Acho que isso é a coisa mais impossível de se acontecer.

- É, eu também.

Sooyoung conversou com Jeongguk após deixar com que Jimin levasse sua filha para o quarto. Notando que o loiro estava um pouco amuado, mas não deixando de sorrir para ela.

- Se eu fosse você, conversaria com ela.

- Tá... Eu vou pedir desculpas pra ela, mesmo que tenha sido ela a causadora disso. - fez birra, o que fez Sooyoung gargalhar internamente.

- Nem tu aguenta ficar tanto tempo longe dela, admite. Não vai ser nenhum sacrifício. - ele riu, negando com a cabeça.

- Onde ela está?

- Dormiu chorando no meu colo. Jimin apareceu e levou ela pro quarto.

- Ah... - sua feição logo mudou, Jeongguk ficou mal por saber que fez sua neném chorar. - Ela chorou muito?

- Chegou a soluçar. - mentiu, mas só queria assustá-lo.

Jeongguk arregalou os olhos negros e sumiu da visão de Sooyoung em segundos. Rumou até o quarto aonde a garota estava, empurrando, sem querer, Woosung. Que saía do quarto a frente.

- Calma cara, ela não vai fugir não.

- Se fode. - murmurou, abrindo a porta do quarto.

A menina dormia serenamente, toda esparramada na cama e abraçando com força sua raposa. Jeongguk sorriu por vê-la ali e então se aproximou em passos calmos, ficando ao lado dela, ocupando o espaço vago.

- Filha... Desculpa, tá? Não era minha intenção machucar meu bebê. - passou os dedos pela bochecha corada, afastando uma mecha que estava caída sobre o rostinho amassado no travesseiro. - Eu te amo muito, nunca vou deixar de ter amar, entendeu? Nunca pense essas coisas, você vai sempre ser minha princesinha.

Beijou a testa dela, respirando fundo para poder sentir o cheirinho do shampoo floral que ela usava. Tirou a tiara da cabecinha dela, pois sabia que mais tarde ela reclamaria de dor atrás das orelhas.

Taehyung abriu a porta com cautela, pois Sooyoung tinha avisado que Jeongguk estava com Areum no quarto quando chegou. Pescar não era difícil, mas exigia certa paciência. A qual, Min Yoongi, tinha de sobra.

- O que os amores da minha vida estão fazendo? - perguntou baixo, para não assustá-los. Não sabia que Areum estava dormindo.

- Shh, vem aqui. - chamou em sussurros.

- Por que o rostinho dela tá inchado?

- Ah... Ela chorou. - disse sem jeito, sentindo os dedos longos de Taehyung passarem por entre seus fios loiros.

- O que aconteceu?

Sentou-se de lado nas coxas de Jeongguk, deixando com que ele enterrasse o rosto em seu pescoço. Sendo abraçado com certa força pela cintura.

- Ela achou que eu não amava mais ela, vê se pode uma coisa dessas? - riu.

- Ela é bem sentimental.

- Igualzinha a você, amor. - Taehyung puxou de leve as madeixas do Jeon, o repreendendo. - Olha que eu gosto.

- Por Deus... Sossega esse fogo, bebê.

Eles riram baixo e decidiram sair do quarto. Não queriam acordar Areum, pois sabiam que ela ficava toda molenga se não dormisse o suficiente.

O resto da tarde se passou com calma.

Os casais mais novos foram a praia antes de escurecer, pois queriam ver o pôr do Sol. Sooyoung ficou em casa com os mais velhos, já que Areum ainda dormia e ela não estava nenhum pouco afim de ter areia entre seus dedos e cabelos.

Faltavam seis dias para o Ano Novo e dessa vez, decidiram passar todos juntos.

- Acha que ele vai ser parecido comigo? - Jeongguk perguntou ao se sentarem na areia da praia, pouco se importando com suas roupas.

- Ele vai ter seu narizinho e dentinhos.

- Você odeia seu filho e nem esconde. - brincou.

- Para, seu bobo. Você sabe que eu amo cada detalhe seu e que seu nariz e esses dentes de coelhos são seu charme. Foi por isso que me fisgou tão rápido.

- Fisguei, é?

Sorriu malicioso, cutucando o Kim nas costelas.

- É por isso que estamos juntos até hoje. - soltou com um ar de superioridade, levantando os ombros. O Jeon riu baixinho.

Podiam ouvir as vozes de Woosung, Seulbi, Jimin e de Yoongi de longe. Eles riam de alguma coisa e jogavam a água do mar uns nos outros.

Taehyung voltou a olhar para Jeongguk.

Ele tinha a feição bem mais marcante que a de anos atrás.

Os cabelos que antes eram tão escuros quanto seus olhos redondos, estavam loiros como foram os de Jimin uma vez.

E aquela cor o deixava ainda mais atraente, não lhe dando mais brecha para boiolar por ele.

Os lábios sempre tão vermelhos quanto um morango, o inferior maior que o superior. Sempre tão bom beijá-los e puxá-los por entre os dentes, fazendo com que os grunhidos baixos escapassem pela boquinha suculenta.

Sempre se perdia em cada parte de Jeongguk.

- Vai me secar demais? - soltou, jocoso. Mas não tirando sua atenção do mar.

- Pelo resto da minha vida se possível for.

- Taehyung... - manhou, voltando sua atenção para o moreno ao seu lado. O Kim tinha o lábio inferior por entre os dentes e o olhar mais felino do que nunca.

- Fala, bebê.

- Lembra quando eu te pedi em namoro bem aqui?

Ele assentiu, levando a mão para o rosto de seu marido e olhando para a aliança prata com pedrinhas que enfeitavam o anelar da mão esquerda dele. Acariciou a bochecha rubra e desceu o polegar até o lábio cheinho do mais novo.

- E dois anos depois, eu te pedi em casamento bem aqui.

- Eu chorei depois que você dormiu. - admitiu. - Não parecia real. Nada parece real quando se trata de você, mas de um jeito bom, sabe? Olhar pra você dormindo do meu lado, a aliança nos nossos dedos... Era um sonho meu se realizando de novo.

- Bebê... Você têm mais algum sonho?

Jeongguk negou, aproximando seu rosto do de Taehyung e o beijando com vontade. Levou a mão para a nuca bronzeada, puxando os fios escuros por entre os dentes enquanto sentia sua cintura ser apertada com força.

Não era nada malicioso, mas tinham necessidade daqueles toques.

O mais velho foi o primeiro a se afastar, deixando beijos pela boca vermelha e sugando o lábio inferior dele.

- Já estão todos realizados, não preciso de mais nada.

[FIM]

Então é aqui que eu me despeço de vocês.

Obrigada por cada um que me acompanhou e espero que tenham gostado dessa história tanto quanto eu.

Bom... Nos vemos por aí <33

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