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Marlboro, sete.

Marlboro

Estava estranho.

Aquilo era com todas as suas forças, estranho.

O corpo abaixo de si, se remexendo em pura excitação e ansiedade, não parecia o mesmo de meses atrás. Não lhe tirava o fôlego como antes, não lhe excitava tão rápido assim e os gemidos que saíam da boca avermelhada e borrada pelo batom, não pareciam ser o suficiente para lhe fazer gozar.

Queria que fosse outra pessoa ali. Outro corpo, mais musculoso. Outra pele, cheirosa, macia e com menos melanina que a sua. Outra boca, com gosto de cigarros e balas de iogurte.

Não, não iria admitir isso. Foderia aquela garota como sempre fez, e esvaziaria sua mente apenas pensando no próprio prazer.

[...]

Já faziam quase três dias que o contato entre Jeongguk e Taehyung, parecia estar com interferência. Não se viram desde que o mais velho tinha posado no apartamento do Jeon, as poucas palavras que trocavam por mensagens eram simples, sem muito interesse.

Ou, apenas queriam fingir o desinteresse.

Jeon se jogou na cama após ter atirado seus coturnos no meio da casa. Mirou o teto, respirando fundo e mastigando a bala doce que estava em sua boca.

Comia tantas delas que jurava já estar pré-diabético.

Sexta-feira havia chegado calma, sem nada em mente para fazer e muito menos algum convite inusitado de seus amigos. Mas... Não durou muito. O celular vibrou no bolso do moletom e ele o pegou com preguiça.

— Não sabe mandar mensagens, não?

Eu poderia te xingar agora, mas quero te fazer um convite. — a voz tediosa de Yoongi soou grossa e o mais novo murmurou um “hum”. — Que tal uma baladinha hoje?

— Só a gente?

Não. Quem deu ideia foi o Woosung e aí o Jimin me convidou.

— E como sempre... Você quer me arrastar para os lugares. — revirou os olhos. — Olha, hyung. Não tô muito afim de sair ho-

Fiquei sabendo que o Taehyung também vai. — disse, como quem não queria nada. Sabendo que aquilo atiçaria Jungkook e o faria mudar de ideia.

— Passe aqui para me buscar, okay?

Ele soltou apressado, se sentando no colchão. Yoongi riu alto, concordando com ele e desligou o celular depois de combinar o horário com o mais novo.

[...]

Bonito era pouco para descrever Jeongguk.

Alto, moreno e forte. Não um forte berrante com músculos monstruosos, mas sim, na medida certa para fazer qualquer um babar naquele corpo modelado e para gritar que ele era um puta homem gostoso.

Mesmo que fosse frio lá fora, não deixou de usar roupas que valorizassem seu corpo.

Causando com a calça jeans preta que realçava suas coxas fartas e a bunda durinha. A blusa também era escura, mangas compridas e gola alta, colada em cada músculo seu. Deixando bem à mostra o quão perfeito aquele corpo era, na medida certa para enlouquecer qualquer um.

Inclusive, um certo Kim aí.

— Duas de absinto, por favor. — pediu ao barman quando saiu do meio da multidão aglomerada. Que se esfregavam um nos outros, ao som da música.

Sentou-se na banqueta livre e girou nela, deixando as costas apoiadas no balcão. Observando cada corpo ali, tentando achar a sua razão de ter saído tão eufórico de casa.

E o viu.

Sorrindo, com uma garrafa de Heineken na mão enquanto a outra, estava na cintura de uma mulher qualquer a qual ele teve o desprazer de ver se aproximando do rosto do Kim e segurando na nuca do mesmo.

Revirou os olhos com aquilo, se sentindo um pouco incomodado. Voltou-se para o balcão, vendo as duas doses postas ali, lhe chamando para beber delas e ter uma noite animada sem se deixar afetar com tudo aquilo.

O teor alcoólico dela era bem alto e era daquelas duas doses que precisava. O deixaria mais solto, sem se importar com muita coisa.

— Jeon, Jeon... — olhou para o lado ao escutar a voz em negação de Jimin. — Pega leve.

— Só foi uma até agora, relaxa. — sorriu fraco, batucando os dedos no copinho da segunda dose. — Cadê o hyung?

— Foi no banheiro.

O Park jogou os fios laranjas para trás. A cor estava mais vibrante e combinava muito com o rapaz ao seu lado. Jimin era bonito e muito atraente. Ele e Yoongi combinavam juntos.

— Não vai beber nada? — perguntou, tomando um gole de sua bebida.

— É a vez do Yoongi beber e eu ficar sóbrio.

Eles riram juntos e o mais velho pediu por uma cerveja, que era para Yoongi. E uma sem álcool para ele.

— Nenhum pouco? — insistiu.

— Você sabe o que acontece com um Min Yoongi bêbado, não?

Concordou.

— Mas não precisa extrapolar, hyung.

— Prefiro assim. Pelo menos posso aproveitar e lembrar de tudo quando formos para casa. — ele sorriu ladino e o Jeon entendeu na hora ao que ele estava se referindo.

Passaram um tempo ali até o Min chegar. Voltaram para pista, Jeongguk já se sentindo mais no clima de balançar bem o corpo e se esfregar nos amigos.

A música vibrava em seus ouvidos e ele não se importava de fechar os olhos e apenas se deixar levar pela batida.

Uma mão firme encostou no lado de sua cintura e a respiração um tanto descompassada soprou em seus fios. Virou-se para trás, afim de ver quem era a pessoa. Sorrindo ao notar que era o Kim mais velho, mesmo que no fundo quisesse esbarrar com Taehyung e dançar com ele a noite toda.

— Deve estar muito bêbado para ter feito isso. — disse, se aproximando mais. Ele era pouco centímetros mais baixo que si, mas nada que interferisse em alguma coisa.

— Bebi pouco, pode acreditar. Mas por que acha isso?

Jungkook sorriu, passando os braços pelo pescoço do Kim. Encarando as íris escuras e profundas, que brilhavam por conta do álcool e se encantando pelas bochechas vermelhas.

— Você mal fala comigo quando nos vemos.

— Talvez eu seja tímido... — soprou. A diversão brincava em seus lábios e o cheiro forte de uísque saía dali. — Na verdade, você tá sempre com o meu irmão. Aí eu não tenho muitas oportunidades.

Ele deu de ombros, descendo a mão pela lombar do mais novo. O trazendo para mais perto e esquentando os corpos.

Desde que tinha visto o Jeon pela primeira vez, teve vontade de chegar no mesmo e o arrastar para o banheiro do Clube. O achava atraente e muito bonito. Daria de tudo para dar uma foda bem dada ao moreno.

E agora... Não perderia tempo, ele estava ali em sua frente. Bem próximo e envolvido. Taehyung não estava por perto, então era a hora perfeita para tentar algo.

— Oh... Entendi.

O Jeon concordou e voltou a dançar. Só que agora, colado ao corpo do Kim. Testando movimentos provocantes e firmes.

A falta de uma boa transa lhe fazia ficar mais eufórico diante esse tipo de situação. E se bebesse... Contribuía para soltar seu lado lascivo.

Woosung era bonito. Sempre achou isso desde que tinha o conhecido, mas era óbvio que não superava Taehyung e ele estava se martirizando nesse exato momento, por estar pensando no pau no cu que estava de agarramento com outra pessoa e que não falava direito consigo há dias.

Queria extravasar e agradecia por estar alterado, podendo colocar a culpa na bebida caso fizesse algo que se arrependesse.

Virou de costas, sentindo as mãos firmes em seu quadril enquanto balançava a bunda contra a pélvis de Woosung. A cada investida que dava, era um suspiro pesado em sua nuca e uma apertada gostosa em seu corpo.

Tocou o foda-se quando sentiu os dedos do mais velho abaixarem a gola de sua blusa e a boca molhada dele começar a deixar beijos languidos ali, movendo a cabeça mais para o lado, afim de deixar o pescoço mais acessível para a boca molhada.

Jeongguk virou totalmente o corpo para o Kim e atacou a boca rosada, com gosto de uísque e saliva. As línguas brigando por mais espaço, a saliva deixando tudo mais molhado e os dentes prendendo as carnes macias entre eles.

Ao longe, sentado sobre um sofá afastado do centro, onde as pessoas pareciam o usar para se devorarem. Taehyung observava a cena, rindo descrente daquilo.

Nunca achou que Woosung teria aquele tipo de atitude, e ele também nunca havia comentado consigo sobre ter interesse no mais novo. Mas, sobre Jeongguk, ele já duvidava desde a vez em que perguntou sobre a idade do irmão.

Não estava surpreso, mas algo o incomodou quando o viu descer a mão pelo corpo do rapaz e apertar a nádega durinha com vontade. Vendo o Jeon jogar a cabeça para trás e ter o pescoço devorado pelo seu hyung.

Droga... Era só se afastar do moreno que até seu irmão caía matando? Mas quem não, né? Era Jeongguk. Um garoto lindo, amável e estupidamente atraente. Não tinha como negar.

[...]

Gozou.

Gozou como não fazia há muito tempo e aquilo lhe fez revirar os olhos de tamanho prazer.

A próstata ainda era surrada pelos movimentos bruscos de Woosung dentro de si, que estava alcançando seu limite e gozando dentro da camisinha enquanto o cuzinho do Jeon ainda lhe apertava.

Se jogaram na cama. As respirações pesadas e os sorrisos satisfeitos nos lábios.

Estavam em um motel próximo à boate. Não aguentaram todo o tesão que surgiu no meio daquela pegação e então se mandaram do lugar barulhento e cheio de pessoas.

— Não acredito que deixei passar todo esse tempo.

O Kim disse, voltando para a cama depois de jogar a camisinha fora. O corpo esbelto suado e cheio de vergões.

Jeongguk suspirou com a cena.

— Essa poderia ter sido a nossa vigésima foda, se tivesse chegado em mim antes. — soltou divertido, se virando para o de mechas platinadas.

Woosung prendeu o lábio inferior entre os dentes, se deliciando com a visão que era Jeongguk ao seu lado. Nu, suado e todo marcado. Os cabelos escuros grudando na testa e as gotas deslizando por seu pescoço.

— Chegaremos na vigésima? — perguntou, insinuante. Não perdendo tempo de subir no corpo do outro e se pôr no meio das pernas grossas.

— Quem sabe...

Ia o puxar para um beijo, quando algum celular começou a tocar. O mais velho revirou os olhos e saiu de cima dele.

— Oi, Jae. O que houve? — sentou na cama, bagunçando os cabelos.

Jeongguk ficou olhando as costas do Kim, marcadas por suas unhas curtas e tatuagens. Os ombros com chupões e a nuca. Sorriu diante daquilo, olhando para o teto. Notando só agora, o espelho em cima de si. Refletindo sua imagem acabada pós foda.

Não prestou atenção no assunto do Kim. Estava perdido demais em pensamentos que só voltou ao normal, quando teve o corpo de Woosung novamente em cima do seu.

— Aconteceu algo? — perguntou, mexendo nos fios de cabelo dele.

— Sim. Vamos ter que ir agora, tudo bem? — ele assentiu, unindo as sobrancelhas.

Se levantou junto do Kim e vestiram suas roupas. Não teve nem tempo de se lavar, ainda bem que tinha gozado no lençol.

— O que aconteceu, Woosung? — ao perceber que estavam voltando para boate, perguntou. Já que não tinha tido uma resposta dele anteriormente.

— Dojoon se meteu em briga e parece que Taehyung foi defender ele. Algo assim, não ouvi direito.

O corpo tremeu e o coração acelerou. Taehyung...

Era só se afastar e aquilo acontecia?

Correu para alcançar o Kim e fizeram a volta na boate. Tinha duas viaturas paradas ali e algumas pessoas na volta. Reconheceu a cabeleira de Yoongi e foi apressado até o mais velho.

Quando parou ao lado dele. Viu os policiais colocarem dois caras algemados para dentro da viatura e ouviu os gritos de Taehyung.

— Me solta, caralho! Eu não fiz nada! Meter uma garrafa no cu desses caras é o mínimo.

A visão do azulado sendo levado junto, lhe deixou triste e com vontade de correr até ele. Mas não o fez, já que Woosung tinha o feito.

— Hyung...?

— Aonde você tinha se metido, moleque? — só agora, o Min tinha o notado ali.

— Eu estava com o Woosung. Que merda aconteceu aqui?

— Uns caras estavam causando confusão e ainda tentaram abusar de umas garotas. Dojoon foi intervir e quando vi tava todo mundo se socando. — explicou e logo mais, Jimin correu até eles. — Não faço ideia de quem chamou a polícia.

— Foi umas garotas. — o alaranjado disse, um pouco ofegante. — Vão levar eles para delegacia. Parece que não é primeira vez que aqueles caras fazem isso e ainda, estão metidos com tráfico.

— E por que estão levando o Taehyung junto?

— Parece que ele desacatou alguns policiais. — eles riram baixo, achando cômico. — Mas é só pra dar susto.

[...]

Já se passavam das quatro da manhã. Estavam todos na casa dos Kim, depois de saírem da delegacia. Nada fora registrado contra os dois, pois estavam apenas defendendo alguém e ainda contribuíram para prender aqueles homens nojentos.

Nenhuma palavra fora trocada por Jeongguk e Taehyung. E muito menos agora seria, pois o Kim tinha notado as marcas no corpo do irmão e no do Jeon. O cheiro de Jeongguk estava impregnado em Woosung e ele sentiu isso quando o mesmo chegou na porta da boate enquanto era levado para fora dela por dois policiais.

— Pelo que disseram, eles serão julgados. Já que só agora conseguiram os prender.

— Eram fugitivos... O barman me contou. — Jaehyeong disse, enquanto bebia de uma garrafinha d'água.

— Fofoqueiro. Você sempre saí dos lugares sabendo das coisas.

Hajoon apontou e riu em seguida. O clima estava descontraído. Exceto por Jimin e Yoongi em um canto, parecendo um casal apaixonado que não se desgrudava por nada. Presos na própria bolha.

Jeongguk viu Taehyung se levantar de onde estava sentado, indo em direção a cozinha enquanto pressionava a bolsa de gelo na bochecha.

Um pouco relutante, ele o seguiu. Não queria continuar com aquele clima entre eles, estava chato e agora o Kim estava até machucado. O que lhe preocupava.

— Tae... Você tá bem?

A voz mansa lhe fez virar imediatamente para si. O Kim engoliu seco, teria que lidar com ele justo agora?

— Tô.

Foi tudo o que respondeu. Não queria ser grosso, mas também não queria bancar o idiota bobo de sempre. Ainda mais depois das coisas que presenciou, mesmo sabendo que não deveria se sentir afetado por aquilo.

Era infantil demais.

— Senta aqui, eu te ajudo com os curativos.

— Não precisa, eu me viro sozinho. — foi extremamente seco. Mas mesmo assim, o mais novo não desistiria.

— Para de ser idiota, caralho. — apertou o passo até ele e o puxou até a mesa. O fazendo se escorar rente a madeira. — Tem alguma caixinha de primeiros socorros ou o quê?

— No banheiro. — soltou a bolsa em cima da mesa. — Tá tudo na gaveta do armário da pia.

O mais novo assentiu e correu até o cômodo. Achou tudo que precisaria e voltou apressado para cozinha, atraindo os olhares curiosos dos rapazes na sala.

— Se doer, me avisa, tá? — os olhos de jabuticabas lhe olharam com certo receio., temerosos.

Ele estava fofo assim. Preocupado consigo e lhe cuidando.

— Só... Faz logo. — murmurou, um tanto impaciente. Sentindo a mão macia do garoto lhe tocar o queixo com suavidade e passar a gaze com soro fisiológico nos machucados.

— Para de ser grosso comigo, não te fiz nada. — o biquinho nos lábios, as sobrancelhas unidas e a testa franzida, era um claro sinal de irritação.

Taehyung ficou quieto, apenas observando as feições de Jeongguk. Sentindo os toques leves dele e o cuidado que tinha para consigo.

Droga.

[...]

Taehyung [18:36]: Oi, Gguk.

Vamos comer algo?

Tinha uma hora desde que as mensagens chegaram em seu celular, mas só viu depois que fora liberado para ir pra casa. Ficou contente e eufórico pelo o que viria a seguir.

Tinha dias que não se falavam desde o ocorrido na boate e ver o nome do mais velho ali, estampado em sua tela lhe convidando para jantarem juntos, foi algo que deixou os olhinhos brilhando em ansiedade enquanto um sorriso crescia em seus lábios.

— Que carinha é essa?

— Ah... Hoseok. — coçou a nuca. — Não é nada muito importante.

— Qual é, olha esse sorriso de bobo apaixonado. Vai me dizer que não é nada mesmo?

Jeongguk apenas sorriu, negou e jogou a alça da mochila sobre os ombros. O Jung estreitou os olhos e voltou para a cozinha, pois ainda não era hora de meter o pé pra casa.

Jeongguk [19:40] : Oi, hyung. Pode ser.

Aonde vamos? E que horas?

Ele passou pela cozinha e acenou para seus colegas. No caixa, estava sua chefe e ela apenas o olhou, sorrindo fraco. Ele acenou com a cabeça e saiu do estabelecimento.

Dando de cara com um Taehyung fardado de preto, sentado sobre a moto e com o celular diante do rosto.

Cacete, era uma visão perfeita. Parecia estar em filme porque aquilo começou a passar em câmera lenta, ainda mais quando ele jogou os cabelos negros para trás e passava a língua por entre os lábios.

Espera... Cabelo preto?

Mesmo amando o azul que adornava os fios macios – pois já tinha encostado neles –, viu que independente da cor, Taehyung ficaria lindo.

Muito lindo.

— Eu... Nossa, uau! Você tá lindo.

Foi exatamente assim que chamou atenção do mais velho, não poupando o rosto surpreso e completamente deslumbrado com aquela figura.

— Sério? — ele sorriu, saindo de cima da moto e puxando a mochila que estava sobre o ombro do Jeon. Jeongguk assentiu, ainda meio abobalhado e engoliu a saliva acumulada em sua boca. — Obrigado, Ggukie.

— Então... O que é isso tudo?

Taehyung soprou um risinho e levantou o banco para guardar a mochila dele e pegar o outro capacete. Alcançou para o Jeon e o ajudou colocar.

— Te conto enquanto comemos. — piscou, voltando para a moto e colocando o capacete sobre os fios escuros. Céus... Jeongguk morreria com aquilo tudo antes de dar netos para sua mãe.

Subiu na garupa, colando o peito e as coxas grossas em Taehyung. Circulou a cintura fardada e notou as letras amarelas nas costas. Segurança.

O Kim engoliu seco ao ter aqueles braços envolta de si, tentando não se concentrar muito naquelas coxas e peito com o coração acelerado. Ligou a moto e arrancou com tudo daquele lugar, tentando focar na estrada e não no garoto agarrado no seu corpo.

Em pouco minutos, chegou no lugar desejado. Não era um lugar caro, não tinha condições para aquilo e nem se tivesse, iria.

— Burguer King...? — o Jeon soltou ladino, enquanto descia e tirava o capacete, deixando-o sobre o antebraço.

— Não gosta daqui?

— Não! Eu adoro, estava com vontade de comer algo assim faz tempos.

— Hm, acertei em cheio. — sorriu, quase fechando os olhos e deixando as bochechas infladas. Eles caminharam lado a lado até o estabelecimento, sentando-se em uma mesa afastada e que ficava próxima dos refrigerantes.

Depois de decidirem o que iriam comer, o mais velho se levantou, indo em direção ao caixa para fazer os pedidos. Pagou do próprio dinheiro e voltou com a ficha de chamada.

— Então... Pode ir me contando.

— O que achou dessa roupa? — perguntou, um tanto animado. O moreno lhe olhou receoso.

— Ela é maneira. — e te faz parecer um puta gostoso, que até fetiche com ela eu tenho agora. Nunca diria aquilo em voz alta nem que lhe pagassem.

— Meu cabelo?

— Você deve ficar bem com qualquer cor. — um biquinho moldou seus lábios quando deixou o rosto sobre a mão. Batucando os dedos pálidos nas bochechas quentes.

— Tive que pintar por conta do emprego.

— Emprego?!

— Uhum... Semana passada fiz uma entrevista. Pensei que não ia dar certo, não coloquei muita fé. Porque sempre que me empolgo, dá tudo errado. — agora, ele é quem tinha um biquinho nos lábios. — E cá estamos nós. Sou o mais novo segurança do aeroporto de Incheon, gatinho.

— Meu Deus, Tae! Que coisa maravilhosa, caralho! — sim, estava super feliz pelo – agora –, moreno. Ele queria chorar de felicidade ao ver os olhos negros de Taehyung brilhar em empolgação.

— Valeu, Ggukie. — segurou a mão quente do mais novo, resvalando o dedão sobre o dorso rosado, em um carinho singelo. Mantendo os olhos nos dele que pareciam sorrir para si.

Um apito de chamada os tirou da bolha e ambos olharam para o painel, vendo que a senha deles piscava lá. Jeongguk foi quem levantou e pegou seus lanches.

— Eles te deram uma arma? — perguntou, curioso. Desembrulhando seu hambúrguer.

— Por enquanto é de choque. — deu de ombros. — Preciso de um porte pra posse e fazer treinamentos para pegar uma de verdade. Mas espero que não seja preciso, não curto muito me submeter a essas coisas.

— Hoje foi seu primeiro dia?

— Terceiro. — corrigiu. O olhar afetado de Jeongguk – por não ter contado sobre o emprego –, pairou sobre ele. — Desculpa... Eu fiquei bem desligado nessa última semana.

— Tudo bem. — suspirou. — E seus horários?

— É 12/36. Um dia sim e um dia não. Mesmo com feriados, se eu tiver de trabalhar na páscoa, vou ter que ir.

A boca estava cheia, mantendo as bochechas infladas. O Ketchup escorreu pelo canto e ele passou a língua ali, se deliciando com o sabor.

— Amanhã você não trabalha, então?

— Ainda bem, vou poder cantar no Clube. — sorriu mínimo.

Ambos comiam em silêncio, não estragariam a refeição que estavam tendo juntos depois daquela semana conturbada entre eles.

Taehyung queria perguntar sobre a relação de Jeongguk com seu irmão, isso lhe atormentava desde o dia em que os viu juntos na boate e nem Woosung que era seu irmão, havia lhe contado algo.

Eram unidos desde pequenos.

Mas agora não parecia ser a mesma coisa.

Suspirou cansado ao desligar a moto e descer da mesma. Retirou o capacete e viu Jeongguk brigar para tirar o seu. Segurou as mãos do moreno e as afastou, com um simples clique, soltou a cordinha e retirou o objeto.

— Acho que eu nunca vou aprender a mexer nessa coisa. — murmurou.

— É fácil. — subiu o banco e retirou a mochila dele de lá, guardando o capacete extra. Seguiram até o elevador, o Kim não tinha planos de ficar ali. Só queria levá-lo até a porta de seu apartamento e ver aquele sorriso uma última vez naquela noite.

Por mais que fosse tentador dormir ao lado dele e acordar com a bela visão da boquinha entreaberta e os cabelos bagunçados... O bafinho matinal que nem parecia ser incômodo para si.

— Quer... Entrar?

E droga! Ele pediu com aqueles olhinhos brilhantes enquanto brincava nervosamente com os dedos. Por Deus, queria ser forte e dizer que não. Mentir que estava cansado e que só queria sua cama.

— Acho melhor não. — entregou a mochila do moreno, quando enfim pararam em frente do apartamento 201.

— Por quê?

O porquê nem ele conseguia entender, mas colocaria na sua mente de uma vez por todas que não poderia mais se aproximar do mais novo daquele jeito. Era para serem só amigos e era isso que iriam ser.

Além de que, ele tinha ficado com seu irmão mais velho. E pelo jeito que apareceram naquele dia de madrugada na boate, era notável que não tinham ficado apenas nos beijos e pensar nisso agora, o deixou irritado. O sangue borbulhando dentro das veias, o fazendo travar a mandíbula.

— O que acontece depois que eu entrar, hm?

Explodiu. Não da forma que continha surtos, gritos ou tapas. Mas de um jeito grosseiro, soando desdenhoso.

— Como assim, Taehyung?

Riu mudamente, passando a língua por entre os dentes, olhando para o teto com as luzes fracas daquele corredor. O que diria? Jogaria na cara dele tudo o que estava sentindo ou pensando? Óbvio que não, o machucaria com toda certeza do mundo e não queria aquilo.

Pensar em que poderia uma dia magoar Jeongguk, lhe partia o coração.

— Sei lá, acontece algo e aí você se afasta de mim por dias? Mesmo dizendo que não teria certa importância?

— O quê?! Taehyung... Quem se afastou foi você. Quem fugiu como o diabo foge da cruz, foi você. — apontou para o peito dele, irritado com aquela acusação.

Ficou em silêncio, apenas observando o rosto rubro do Jeon. Que segurava a alça da mochila com força e lhe queimava com o olhar.

Queria perguntar, tinha de perguntar ou enlouqueceria.

— Por que ficou com meu irmão?

— Por que eu quis? Sou solteiro e nada me impede. — soltou, cínico. Lembrando de quando viu Taehyung e a mulher dançando bem juntos naquela pista.

Não podiam se cobrar, eram apenas amigos.

Amigos.

Suspirou. E se ele tivesse gostado e quisesse mais? O que faria se visse aquele garoto entrando em um relacionamento com seu irmão. Sabendo que uma das metas de Woosung era ter uma família e a dele, apenas viver um dia após o outro sem se importar com muita coisa?

Ficava zonzo só de pensar.

— Vai ficar quieto assim? Fala alguma coisa, Taehyung!

O moreno soltou, impaciente. Se incomodando com aquele silêncio e a falta de palavras do Kim, que apenas o olhava como se tivesse se perdido em seu rosto.

— Boa noite. Nós... Nos falamos outra hora.

— Não! Eu quero falar agora, me diz o que tá acontecendo. — pediu, segurando o pulso do outro quando ele lhe deu as costas, pronto para ir embora e voltar só Deus sabe-se quando.

— Jeongguk... Por favor. — olhou para trás.

— Fica e conversa comigo, sabe que pode me contar tudo. — não... Não podia lhe contar tudo, acabaria o assustando e talvez se afastariam mais. Não queria mais isso, só queria o ter por perto mesmo que de longe.

— Amanhã nós conversamos melhor, Gguk.

Se aproximou o suficiente para beijar a bochecha quente dele, demorando no ato e ouvindo um estalo quando separou a boca da pele macia. Sentido o cheiro do shampoo doce que usava e da fragrância fraca de seu perfume.

Taehyung [20:54]: Jimin, está em casa?

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