Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Marlboro, seis.

Marlboro

O frio no estômago conseguia ser mais tenebroso do que o vento forte do inverno. Os corpos cobertos por roupas pesadas caminhavam encolhidos pela pequena rua do bairro de Jeongguk, afim de se estabelecerem em uma conveniência e comerem até se sentirem satisfeitos.

Fizeram um acordo para si próprios: não falariam sobre o beijo e muito menos sobre a noite na casa do Kim.

Seguiriam normais com aquilo, para não deixar abalar a amizade que estavam construindo e seus sentimentos.

— Foi legal ontem, por que não cantou?

Trouxe a noite passada à tona, querendo puxar algum assunto para esvair aquele silêncio incômodo. Taehyung vibrou por dentro ao ouvir a voz mansa e curiosa do Jeon, enquanto empurrava a porta de vidro da loja para que pudessem entrar.

— Não estava muito afim de deixar mais pessoas apaixonadas por mim. — brincou e riu de si mesmo, sabendo bem que não tinha subido naquele palco, apenas para beber e conversar com Jeongguk. O que não deu muito certo, já que mais beberam do que trocaram palavras.

Que bom que sabe disso. Pensou, meneando a cabeça, uma clara mania de quando pensava em algo ou tirava conclusões.

-— Que cara convencido. — soprou, se pondo ao lado do Kim e buscando um sabor único de lámen, percebendo que o mais velho já deixava a água quente escorrer para dentro do seu pote.

— Ah, fala sério, Jeonggukie.

Jeonggukie. Não sabia desde quando começou a se abalar pelo tom que o azulado usava sempre que manhava em seu nome. Era sempre um choque.

— Tá bom, vou te deixar acreditar nisso. Quer beber algo?

Taehyung assentiu, misturando o macarrão instantâneo com seus palitinhos de bambu. Jeongguk deixou sua comida na mesa e foi em direção aos refrigeradores, tirando de lá duas latinhas de cerveja.

— Alcoólatra. — zombou, tendo uma latinha para si. O mais novo negou com um sorrisinho pequeno e sentou-se ao lado do Kim. Percebendo o vapor sair deu lámen já misturado.

— Você...?

— Uhum. — já sabia do que ele iria falar, então apenas concordou. A boca cheia de miojo e um pouco de molho escorrendo pelo canto dos lábios.

— Meu Deus, hyung. Parece um bebê.

Resmungou e quando se deu conta, estava passando o dedão sobre o canto dos lábios do mais velho, para limpar antes que o molho escorresse mais. Taehyung arregalou os olhos e Jungkook pigarreou, se virando para frente e tratando de comer sua comida antes que esfriasse.

As bochechas queimando de vergonha pela impulsividade.

— M-Mais respeito comigo, ainda sou seu hyung.

De maneira alguma pareceu sério, já que sua gaguejada estragou tudo. Abriu a latinha de cerveja e sorveu um bom gole, apenas escutando o barulhinho que Jeongguk fazia enquanto comia.

Terminaram suas refeições no mais puro silêncio e isso já estava os incomodando. Não queriam que o clima pesasse depois daquele acontecido, mas pesou e não estava sendo nenhum pouco legal para os dois.

Viu quando Taehyung tirou a carteira do bolso e junto veio suas chaves. O Stitch estava ali, pendurado sobre o molho e isso fez com que o Jeon sorrisse um tanto bobo por aquilo.

— Eu pago. — disse, se levantando e atraindo o olhar do mais velho. — Quer mais alguma coisa?

— Vamos rachar.

— Ontem tu pagou as bebidas, deixa que eu cuido disso. — bagunçou os fios azulados de Taehyung, vendo o biquinho crescer nos lábios avermelhados e inchados por conta da pimenta do molho do miojo.

— Que moleque chato. — resmungou, levantando-se e levando os restos até a lixeira.

Mirou as costas de Jeongguk, se perdendo na nuca branquinha e exposta. Lembrou da pinta que havia em seu pescoço, e ela era uma tentação que só. Na verdade, só aquele pescoço levava Taehyung ao delírio.

Tinha de se precaver mais.

Negou várias vezes para esvair aqueles pensamentos. Não podia se entregar nisso, se não se ferraria mais do que já estava.

— Chocolate para um bombomzinho. — olhou para o lado, vendo a mão do mais novo esticada para si enquanto lhe oferecia uma barrinha de chocolate. Ele sorriu sem notar e a pegou, olhando para o garoto em seguida.

— Como assim “bombomzinho”?

— Você é um bombomzinho, uai.

Mordeu o lábio em meio a um sorriso e saiu da conveniência, sendo seguido por Taehyung. Que rasgava o pacotinho do chocolate e já dava a primeira mordida.

— Quando chegou a essa conclusão? — insistiu.

— Deixa eu ver... — pensou. — Desde que você foi até o meu trabalho apenas para me convidar pra ir no Clube.

— Ainda se lembra disso? — o olhou surpreso, com metade do chocolate na boca. Jeongguk assentiu, fechando os olhos e saboreou do pedaço de cacau misturado com mais substâncias, derreter em seu paladar. — Bombomzinho é meio antiquado... — resmungou.

— Vai se foder, Taehyung. Não te dou mais apelidos. — fingiu ficar irritado e apertou o passo, deixando que o Kim o seguisse de forma afobada e implorando por desculpas. Ele riu baixo com aquilo e só parou, quando já se encontravam em frente ao seu prédio.

— Ggukie... Me desculpa, eu não quis ofender seu apelido.

Pelo frio, o Kim tinhas as mãos dentro dos bolsos e o capuz sobre a cabeça. O nariz estava avermelhado e as bochechas também. Não tinha como não achar aquilo fofo e se derreter aos poucos. Ainda mais pela voz chorosa que ele usava.

— Só desculpo se passar a noite aqui. — logo, não sabia se arrependia-se ou não. Já que o silêncio do mais velho pairou sobre o lugar, enquanto olhava para Jeongguk com as sobrancelhas unidas. — Está muito frio pra você voltar pra casa... E p-pode fazer mal pra ti e ainda é perigoso por ser noite.

Jogou a desculpa mais esfarrapada que tinha, pedindo aos céus para que Taehyung aceitasse sem lhe fazer mais perguntas.

— O que você não pede sorrindo, que eu não faço chorando?! — negou, abraçando o moreno de lado, se pondo a caminhar com ele assim até que chegassem no elevador velho que os levariam até o apartamento 201.

Jeongguk sentiu o coração acelerar as batidas. A proximidade o deixou afoito e percebeu quando soltou a respiração pelos lábios. Negou mentalmente e apenas deixou-se ser levado pelo mais velho.

O cheiro do perfume de Taehyung era forte e lhe inebriava os sentidos. Fez de tudo para não lembrar sobre o beijo, mas era impossível porque parecia sentir a boca contra sua e a língua deslizando com calma e vontade pela cavidade.

Encostando as costas na parede do elevador, ele respirou fundo, chamando atenção do Kim. Que lhe olhou de forma um tanto preocupada, sem pronunciar uma palavra sequer.

— Foi... Cansativo hoje. — sorriu fraco. Não era como se não cansasse de trabalhar na lanchonete. Ela era famosa entre os estudantes, então estava sempre na correria com os pedidos. Mas não fora esse o motivo de seu suspiro.

— Hm, entendo.

Soprou, fazendo o mesmo que ele. Porém, não desviando o olhar do rostinho leitoso e pueril. Passou a língua por entre os dentes e um sorriso presunçoso se abriu quando notou a inquietação no olhar de Jeongguk e as bochechas ganhando um tom rosado.

Ele estava com vergonha por ser encarado daquele jeito?

— Já pode parar, não?

— Parar com o quê?

— De me olhar assim...

— Assim como, Jeongguk?

O moreno não respondeu, as portas do elevador se abriram e ele foi o primeiro a sair daquele cubículo que já estava lhe sufocando. Tirou as chaves do bolso com certa pressa e abriu a porta, deixando-a escancarada já que Taehyung não estava em seu encalço.

Jogou a mochila no sofá e retirou a jaqueta, dando o mesmo fim da mochila. Bagunçou os cabelos e foi em direção a cozinha. Preparou o pó do café na cafeteira que sua mãe havia lhe dado e deixou passando. Respirou fundo mais uma vez e se escorou sobre a bancada da pia. Vendo que Taehyung fechava a porta com calma, enquanto um sorrisinho ainda brincava naqueles lábios.

Precisava de uma boa xícara de café forte e de seu cigarro.

Não sabia o que sentia.

Aqueles sintomas eram reconhecidos por si, e isso não era nada bom.

— Quer café?

Perguntou baixo quando o Kim apareceu em sua frente com os braços cruzados, agora livre da jaqueta que antes usava, deixando a mostra o suéter verde junto da calça escura que realçava as coxas roliças.

— Pode ser.

Deu de ombros, puxando a cadeira que ficava na ponta da mesa de quatro lugares e sentou-se. Não deixando de avaliar as feições de Jeongguk.

Um tanto encabulado com aquilo tudo, pegou o celular do bolso da calça, prestando atenção nas suas notificações e arregalando muito bem os olhos quando o nome de Yeonjun brilhou na tela.

Yeonjun [20:32]: Estou passando aí para pegar o meu moletom.

Engoliu seco quando percebeu que tinha passado bons minutos desde que aquela mensagem havia sido enviada e quando foi digitar, a campainha com aquele som estranho tocou.

Viu Taehyung franzir o cenho e olhar diretamente para a porta.

— Droga...! — praguejou baixo, saindo de seu lugar. Abriu a porta e viu que o mais novo estava ocupado demais em seu celular, o segurando rente a orelha. Sentiu o próprio vibrar, vendo que ele lhe ligava.

Yeonjun sorriu ao ver Jeongguk, fechando os olhos com a ação.

— Oi, Guk.

Merda de sorriso bonito que ele tinha, mas nem isso, fora capaz de lhe tirar o chão como antes fazia.

Seu maior receio era de Taehyung conhecer ele e nem ao menos sabia o motivo. Só não queria que o encontro entre eles ocorresse de jeito nenhum. Mas agora, não dava para evitar nem se quisesse.

— Não vai convidar ele para entrar, Guk?

Tinha levado tempo demais naquilo que nem percebeu que não havia cumprimentado o garoto de volta, e tampouco, viu que Taehyung já estava ao seu lado.

— E-Entra, Yeon. — sorriu sem jeito, queimando o Kim com o olhar em seguida. Ele deu de ombros e se encostou na parede, como quem não queria nada.

— Quem é ele?

— É o Taehyung, meu a-

— Namorado. — ditou, sério. Se aproximando do mais novo entre eles. Jeongguk não sabia como reagir diante daquilo e sua boca pareceu secar como o inferno. Nem para desmentir ele serviu. — E você, quem é?

Cínico.

Namorado? Não fazia nem uma semana que tinham ficado juntos e ele já tinha arrumado um namorado? Tsc.

De todo jeito, não quis pensar muito naquilo. Jeongguk era adulto e sabia muito bem o que fazia de sua vida. Não poderia ele, ter sido a causa de uma traição, não é?

Não queria pensar que o Jeongguk que amou um dia, seria capaz de trair alguém. Ele não era assim. E repudiava quem fazia coisas do tipo.

— Creio que o Guk, já falou sobre mim. Sou o Yeonjun.

— Ah, sim! Ele falou de você. Muito prazer em conhecê-lo.

Jeongguk queria que o chão fosse areia para poder enterrar sua cabeça ali e nunca mais sair. Como avestruzes fazem, certo? Seria Jeon Jeongguk o avestruz.

Até onde ele iria com aquilo tudo?

— Yeon. — chamou, novamente pelo apelido, não notando a carranca que Taehyung esbanjou por conta daquilo. — Vou pegar seu moletom e aí você já pode ir.

Saiu correndo em direção ao quarto, contando até mil para que não enlouquecesse de vez. Abriu a gaveta de sua cômoda e tirou de lá o moletom cheiroso por conta do perfume impregnado ali.

— Desculpa por incomodar de novo. — pediu, quando teve o moletom alcançado. Jeongguk meneou a cabeça, como se não fosse nada e viu Taehyung escancarar a porta de sua casa, com o sorriso mais falso que tinha. — Vou nessa.

Sorriu uma última vez e sumiu pelo corredor.

Taehyung fechou a porta com certa força, ganhando um Jeongguk de olhos arregalados em repreensão e mãos sobre a cintura.

Parecia sua mãe quando estava braba, esperando uma explicação.

— Qual é o seu problema, Taehyung?

Queria estar irritado, mas não conseguia.

— O que eu fiz, Guk?

Jogou o pelido dado pelo Choi. O tom extremamente irônico. Ele que estava irritado e não sabia a razão. Talvez soubesse, mas não queria aceitar de fato. Aquilo era demais para ele.

— Para de me chamar assim. — avançou os passos na direção do mais velho, ficando a centímetros do corpo esguio.

— Por que está irritado, Jeongguk?

— Esse é o problema, eu não estou irritado Taehyung. Por que fez aquilo?

O coração dos dois batiam forte, esmagando as costelas com tamanha pressão. Parecia difícil até respirar direito.

O Kim tinha a postura relaxada e nenhum pouco afetada, mas por dentro, era como se lava pura corresse por suas veias ao ver aquele tal de Yeonjun no apartamento de Jeongguk, esbanjando sorrisos inocentes e apelidos.

E Jeongguk, estava tenso. Sabia que tremia e sentia suas pernas tremerem. Talvez a áurea que Taehyung esbanjava o deixou assim.

— Eu- desculpa, tá?! Só queria ver a reação do moleque. — falou, desencostando-se da porta e saindo de perto do moreno. Era perigoso ficar muito perto dele, sabia disso e teria de evitar se caso quisesse continuar com a amizade. — Ele foi um idiota por terminar contigo, não sabe o homem que perdeu.

Não se deu conta de que aquelas palavras pudessem afetar o Jeon. De uma forma boa, claro. Que talvez, inflasse o ego dele e o fizesse pensar em várias coisas relacionadas a Kim Taehyung.

Parou rente a pia e puxou duas xícaras do escorredor de louças. Serviu uma boa quantidade do líquido escuro nas duas canecas e parou, sentindo dois braços apertarem sua cintura.

O peito de Jeongguk colou nas costas de Taehyung, e ele sentiu o coração acelerado do homem. A barriga gelou ao ter a respiração quente e acelerada em sua nuca, arrepiando-se quando os lábios geladinhos tocaram a pele morna em beijos estalados várias vezes.

Por Deus! Iria enlouquecer com apenas aquilo se ele continuasse.

— Jeong-

— Desculpa, hyung. — pediu, manso.

Fechou os olhos e deixou a cabeça pender sobre o ombro de Taehyung. Soltou todo o ar preso em seus pulmões, envolvendo suas mãos nos braços do mais velho, sentindo a pele arrepiar com o contato.

— Tá tudo bem, Ggukie.

Céus... Amava quando era chamado assim por Taehyung. Unicamente por ele.

— Mesmo? — virou o corpo, ficando de frente para o azulado. Encostando os corpos, se deliciando com o calor que percorria suas veias.

Taehyung sorriu, assentindo com a cabeça.

Beijou a ponta do nariz de Jeongguk, vendo quando ele fechou os olhos e passou a castigar o lábio inferior com os dentes proeminentes. Subiu mais um pouco e selou a testa dele, sentindo seu suéter ser esmagados pelos dedos rosados.

O que era mais um beijo com inocência e carinho, depois do qual tinham trocado naquele dia?

Nada.

[...]

Não entendia por que se sentia bobo ao ver o moreno concentrado na televisão, enquanto mordia a ponta do dedo e tinha os olhos bem fixos na tela. Rindo de vez em quando ou resmungando sem se dar conta.

Taehyung não sabia se Deus, ou qualquer outra divindade existia, mas fazia questão de agradecer por ter colocado Jeongguk em sua vida. Por mais que o que tivessem fosse apenas amizade.

Nunca fora uma pessoa grudenta, nem mesmo com Jimin que era seu melhor amigo desde a adolescência. Mas... Tinha algo em Jeongguk que despertava tudo isso em Taehyung. Desde ser meloso e a ter certo ataque de ciúmes.

Tipo quando ele disse que havia ficado com Yeonjun por uma “última vez”. Quem é que faz esse tipo de coisa depois de terminar um relacionamento?

Estão se baseando em: alô ex-amor?

— Tae... Tá frio, fecha essa janela. — pediu, manhoso e sem o olhar.

O Kim estava fumando, tendo o corpo apoiado na cômoda que ficava ao lado da janela. Sorriu negando e tragou o filtro pela última vez, atirou a bituca no beco e fechou a janela.

Foi até o banheiro e lavou as mãos. Já tinha tomado banho e usava as roupas velhas de Jeongguk, que tinham o cheiro de amaciante e mais o perfume dele. Ficaram largas em si, já que era mais magro que o garoto e mesmo que Jeon não estivesse acima do peso, ele usava roupas com números maiores.

Era a segunda vez que dormia ali e agora usava as roupas dele, isso era tão típico de namorados...

— Não acha que parecemos namorados?

Saiu do banheiro perguntando em voz alta. O que estava deitado na cama, se sentou sobre ela, encostando as costas na parede. Já que sua cama era uma king size e normalmente elas não tinham cabeceira.

— Por que acha isso? — perguntou, puxando a coberta até o pescoço, vendo Taehyung dar a volta e sentar ao seu lado, embolando os pés na coberta.

— Nós andamos demais juntos e é a segunda vez que eu durmo aqui e agora uso suas roupas. — e já nos beijamos. Completou, mentalmente.

Jeongguk pensou um pouco, a ideia não era nada ruim e talvez ter Kim Taehyung como namorado fosse um paraíso.

— Namoraria comigo?

Queria estrangular Jeongguk por ser tão... Jeongguk. Teria como dizer não para aquele rostinho perfeito? Nossa, nem se quisesse.

Com o silêncio do mais velho, que lhe encarava com os habituais olhos arregaldos. Ele deslizou sobre o colchão e deitou a cabeça nas coxas de Taehyung. Se ajeitou ali, como um gatinho em busca de conforto para dormir e então voltou a olhar para a televisão.

O Kim olhou para baixo, levando a mão para acariciar os cabelos escuros. Tocou os fios e desceu para as bochechas, resvalou os dedos na pele e sentiu os lábios do mais novo espichar em um sorriso pequeno.

Brincou com a orelha cheia de piercings, sentindo a mão de Jeongguk acariciando-lhe a coxa.

— Não está com sono?

— Um pouquinho.

— Por que não dorme?

— Não quero parar de sentir teu carinho.

Taehyung sorriu, satisfeito até demais com aquela resposta.

— Mas você tem que acordar cedo amanhã, Jeongguk.

Apertou o lóbulo da orelha dele em repreensão, sentindo o moreno se remexer, ficando de barriga para cima e lhe olhando com os olhinhos apertados. A boca entreaberta, deixando os dentes salientes à mostra enquanto a língua brincava lá dentro.

— Um beijo e eu durmo.

— Eu acho que-

Ele sentou de supetão, ficando a centímetros do rosto de Taehyung. Sentindo o ar pesado com odor de cigarro bater contra seu rosto. Queria mais que tudo sentir a boca do azulado novamente, nem que fosse por míseros segundos, iria arriscar.

— Não é como se tivéssemos um lance, hyung. Isso não precisa afetar nossa ami-

O tempo em que tinha de terminar a frase e dizer que só estava carente, se foi quando o mais velho lhe fez deitar a cabeça entre os travesseiros. Subindo no corpo do mais novo por debaixo das cobertas e ficando entre as coxas grossas que apertaram seu quadril.

— Promete que não vai afetar nossa amizade?

Já estava pouco se fodendo para aquilo. Ela já estava afetada desde que dormiram juntos pela primeira vez e o beijo que tiveram só afetou mais ainda. Se tivesse que rolar mais alguma coisa entre eles, não iriam mais se segurar.

Pelo menos Jeongguk, pensava assim.

— Uhum...

Os olhos arregalados fizeram Taehyung soprar um riso e Jeongguk achou que já estava com os sentimentos ferrados naquela altura, vendo que tinha tudo aquilo bem em cima de si. Prensando seu corpo contra o colchão e com aquele sorriso cafajeste que era capaz de esquentar todo seu corpo.

O Kim aproximou os rostos, deixando que os narizes se encostassem naquele beijinho de esquimó. Se deleitou com a respiração pesada de Jeongguk batendo contra a sua e então roçou os lábios espaçados um no outro, se provocando com a maciez deles e do corpo abaixo do seu se remexendo.

A língua ansiosa do moreno serpenteou o lábio superior de Taehyung e o puxou em uma sucção. O mais velho subiu a mão gélida sobre o tronco coberto de Jeongguk, encostando na parte da pele que estava desnuda por causa da camiseta que subiu, sentindo os pelos eriçarem sobre sua palma e a língua adentrar sua cavidade em um beijo lento.

Ofegou ao ter os cabelos da nuca sendo puxados e Jeongguk se gemeu satisfeito com aquilo, quase sorrindo entre o beijo. Queria jogá-lo naquela cama e sentar sobre as coxas roliças, queria sentir as mãos grandes lhe apalpando sem nenhum pudor. Mas sabia que aquilo seria demais entre eles.

Taehyung cravou as unhas na cintura de Jeongguk, sentindo quando ele remexeu o quadril, instigando sua excitação. Querendo lhe deixar mais vulnerável.

Afastou-se devagar, sentindo o ar quente soprar contra sua boca, deixando que um fio de saliva os conectassem. O que não durou muito tempo, pois Jeongguk o puxou novamente, tornando o beijo mais afoito e quente.

— Hm... J-Jeonggkie-

— Hyung, não para. — pediu em um fio de voz, chupando a língua para dentro de sua boca.

Taehyung revirou os olhos.

Não poderia se entregar àquilo. Ao corpo abaixo do seu e as mãos lhe apertando com vontade contra si. Sentia o membro duro contra o lado de seu quadril, a calça de tecido liso que ele usava deixava tudo mais aparente.

Queria dar prazer a Jeongguk, mas algo em sua cabeça apitava que nem um alarme de incêndio, dizendo que tinham de prezar a amizade pois ele era instável.

E se Jeongguk quisesse algo sério depois? E se acabasse se apaixonado por ele, o que iria dizer? Ah, me desculpe. Eu não curto relacionamentos sérios.

Patético.

Ao poucos, foi tornando o beijo mais lento. Controlando os próprios instintos e os do mais novo. Passou a desgrudar as bocas e a deixar selares demorados sobre os lábios macios e avermelhados do garoto.

Miou quando os dedos de Jeongguk massagearam sua nuca e lhe fez cafuné. Beijou os lábios mais uma vez, demorando no ato. Com medo de abrir os olhos e se perder na imensidão dos olhos de Jeongguk.

— Agora — respirou fundo, roçando as bocas uma na outra. —, você dorme.

Sussurrou, contra os lábios dele. Saiu de cima do corpo abaixo do seu e suspirou pesado quando se sentou sobre a cama. Seguiu rumo ao banheiro, deixando Jeongguk para trás. Perdido em seus pensamentos, com um sorriso satisfeito nos lábios e com uma puta ereção no meio das pernas.

Se levantou após negar com a cabeça e abriu a bendita janela. Procurou o maço em cima da cômoda e tirou um cigarro dali. Acendeu o filtro e tragou.

O coração foi se recuperando nos minutos que veio, o sorriso foi diminuindo e Taehyung voltou ao quarto.

Ele deitou sobre a cama e ficou olhando a figura esbelta do moreno enquanto terminava de fumar. Jeongguk piscou para ele e o mesmo se virou para o outro lado, com vergonha.

— Boa noite, Tae hyung.

Desejou, não demorando a fechar a janela e voltar para a cama.

[...]

— Eu acho que estou gostando do Taehyung, hyung.

— O QUÊ?!

— Já nos beijamos duas vezes e-

— Se beijaram duas vezes e tu só me conta depois que fez isso pela segunda vez?! Que tipo de amigo é você?

— Prestou atenção na primeira coisa que eu te disse? — perguntou, irritado. Arrancando o saco de salgadinhos das mãos do Min.

Estavam na pracinha que tinha mais a frente da casa de Yoongi. Era um bom lugar para se estar quando queria esfriar a cabeça ou só passar o tempo com alguém.

— Isso a gente já sabia. — confessou, lambendo os dedos.

— A gente...?

— Jimin e eu apostamos. Em menos de dois meses, vocês já estariam caidinhos um pelo outro, e não é que deu certo?

— E se for só eu, o “caidinho” por ele?

— Aí a gente arranca as bolas dele e faz ele comer, simples. — deu de ombros.

— Urgh... Hyung, você é nojento.

— Ah, para. Ninguém mexe com meu irmãozinho. — abraçou o mais novo de lado, bagunçando os fios escuros do mesmo. Jeongguk riu alto, tentando se soltar do aperto do Min e o empurrou com força, fazendo o mesmo cair de bunda no chão. — Moleque atrevido.

— Vamos, vamos. Tá ficando frio e eu quero jantar na sua casa.

Ele levantou do banco e puxou Yoongi pelo braço. Praticamente arrastando o branquelo até em casa, doido para comer das maravilhas que a senhora Min cozinhava.

— Eu nem te convidei.

— Sua mãe, sim. Então cala boca e vamos.

Seguiram entre corridas, empurrões e risadas. Pareciam duas crianças travessas soltas pelas ruas, brincando como se não o fizessem há tempos.

Ao chegarem na casa do mais velho, foram recebidos pelo patriarca da família. Que tinha Beomgyu em seu o colo, o netinho. Filho da irmã mais velha de Yoongi, Chaerin.

— Por que não me avisaram que o meu nenê viria hoje? — ele correu até o pai e se ajoelhou ao lado da poltrona, arrancando risos do pequeno.

Quem visse, se encantaria. Min Yoongi bobo por alguém que não fosse Park Jimin e nem Min Holly.

— Sua irmã veio de última hora e... Oi Jeongguk, quanto tempo, não? — ele deixou que Yoongi pegasse o pequeno no colo e se levantou, indo cumprimentar o Jeon com um abraço.

— Fazia tempos que eu não vinha, Sr. Min. Emagreceu, foi?

— Ah... Esses dias eu não tenho estado muito bem da visícula, tive que cortar muitas coisas. — massageou a barriga, como um bom velho. — E seus pais, como estão?

— Estão bem. — sorriu, vendo que Yoongi tinha sumido da sala.

Depois de minutos que mais pareciam horas, a Sra. Min apareceu na sala e os chamou para o jantar. Yoongi desceu as escadas sem o pequeno, com certeza havia o colocado parar dormir.

— Esse Jeongguk, cada dia mais bonito. E o namorado? — Chaerin perguntou, depois que todos estavam comendo, tentando puxar assunto com o mais novo.

— Eu terminei com Yeonjun já faz um tempo.

Disse normalmente, aquilo já não lhe afetava mais.

— Mas aposto que já tem outro na jogada. Um garoto tão bonito e gentil assim solteiro? Bem capaz.

— Taehyung, mamãe. Taehyung.

— Hyung! — olhou furioso para o mesmo.

— Ah, qual é. É questão de tempo até vocês namorarem.

Sim, se ao menos Taehyung gostasse de ter relacionamentos sérios.

— Taehyung...? Aquele rapaz que apareceu aqui uma vez com aquele seu amigo de cabelo laranja?

O mais velho perguntou, olhando diretamente para o Min. Que pareceu ter retesado quando ouviu a menção ao Park.

— Amigo? Seus pais não sabem-

As mãos ágeis do esverdeado voaram para a boca de Jeongguk, e ele quis rir ao ver todos de olhos arregalados. Porém, curiosos e não com medo.

— Eu sabia que vocês estavam juntos! Por que não nos contou, Yoon? Eu ainda sou sua irmã! Moleque desnaturado.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro