Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Marlboro, quinze.

Marlboro

Jeongguk lambuzava os dedinhos de leite condensado enquanto assistia uma série qualquer na Netflix. A pipoca já estava no fim e ele apenas passava o dedo nos lugares aonde tinham o doce, balançando o pé que estava para fora do sofá, mantendo sua concentração nas cenas.

Aquele doce enjoava seu paladar rapidamente, por isso, à sua disposição, havia um litro de refrigerante na mesa de centro da sala de Taehyung.

Sim, Taehyung.

Era o dia de sua folga e por isso, teve a ideia de ir ver o mais velho. Se arrumou rapidamente depois de tomar um banho e saiu em disparada para quase o outro lado de Seul. Quando chegou no bairro bonito, teve ideia de passar no mercadinho e comprar alguns mimos para o Kim.

Sorria como uma criança enquanto caminhava em direção ao prédio de Taehyung. Com sacolas nas mãos e sua mochila com roupas para que pudesse passar a noite ali e ir trabalhar na manhã seguinte.

- Gente filha da puta, tomara que vocês queimem no inferno. Seus salafrários! - praguejou, com a boca cheia de pipoca, irritado pelos acontecimentos da série que assistia.

O moreno nem percebeu as horas passarem, estava tão concentrado naquele seriado e no que comia, que nem notou quando Taehyung abriu a porta, o olhando surpreso, pois não esperava vê-lo ali.

- É assim que sou recebido na minha própria casa?

Jeongguk saltou do sofá e arregalou os olhos ao ouvir a voz dele. Levou a mão ao peito e massageou o lugar. Tinha se assutado mesmo e seu coração estava a mil. Taehyung riu baixo, negando com a cabeça e cruzando os braços após colocar a mochila sobre o sofá.

- Você me assustou, merda. - soprou manhoso e se aproximou do Kim fazendo corpo mole. O mais velho passou a língua por entre os dentes, cerrando os olhos e se inclinando minimamente para frente.

- Estava fazendo algo de errado, Jeonggukie?

- Nem você acredita.

- Tá... O que é isso na sua boca? Parece... Porra?! - ainda tinha resquícios de leite condensado na boca de Jeongguk e o garoto apenas revirou os olhos com aquilo, limpando a boca com as costas da mão e dando a língua para ele depois

- É leite condensado, hyung. Da onde eu iria tirar porra?

Taehyung achou melhor ficar quieto, não era uma boa hora para brincar com aquilo. Deu de ombros e desviou sua atenção para a televisão, vendo Seo Yeji atuando.

God is a woman!

- Hm... Que série é essa? - uniu as sobrancelhas e voltou a olhar para o moreninho à sua frente, que lhe olhava dos pés a cabeça. Pois Jeongguk adorava quando o Kim estava com a roupa do serviço. Um tremendo gostoso.

- Acho que é Save Me, se não me engano. Tô só no ódio com isso aí.

- E por que, meu amorzinho? É tão ruim assim? - levou a mão grande para a bochecha do garoto, deslizando o polegar na pele macia e descendo até os lábios grudentos pelo doce.

- Pelo contrário, é muito boa. Só que a personalidade dos personagens é de dar nojo.

Taehyung sorriu fraco, notando o quão adorável Jeongguk ficava brabinho daquele jeito. O bico nos lábios, as sobrancelhas unidas e os braços cruzados. Parecia até uma criança birrenta.

- Você fica tão fofo assim, bebê.

- Nossa, Taehyung. Vai se foder, vai. - mandou e saiu do enlaço dele, voltando para o sofá, tomando um bom gole do refrigerante. O Kim riu baixo e se jogou do lado dele, querendo tomar a atenção só para si nem que fosse um pouco. Pois até agora, não tinha ganhado nem um beijinho do seu moreno.

- Jeongguk... - chamou, mas o rapaz fez questão de lhe ignorar. - Ggukie. - mais uma vez. - Jeonggukie. - e outra. - Amor. - Jeongguk o olhou de soslaio, mas ignorou. - Porra, bebê. Me dá um pouco de atenção, você não me deu nem um beijo desde que eu cheguei.

Soltou, todo cheio de manha, fazendo Jeongguk rir e finalmente o olhar. Ele pausou a cena e se virou totalmente para Taehyung. Os cabelos escuros e ondulados nas pontas caindo sobre os olhos cintilantes que lhe encaravam com afeto e a boca rosada curvada em um quase bico. Lindo demais para que o Jeon aguentasse.

- Claro, você disse que tinha porra na minha boca. - soltou, baixo. Fingindo ter ficado afetado com aquilo.

- E eu já não te beijei depois de ter gozado na sua boca?

- Taehyung!

O Kim riu gostosamente ao ver a carinha indignada dele. Ganhou um soco no peito, mas longe de ser forte para machucá-lo. Jeongguk cruzou os braços mais uma vez e virou o rosto, um tanto envergonhado por lembrar disso.

- Aí, aí, garoto. Vem aqui, vem. Eu não me importo. - o puxou pelo braço e mesmo que Jeongguk estivesse brabinho, não rejeitou. Deixou que suas pernas ficassem por cima das coxas de Taehyung, sentindo o braço dele lhe puxar pela cintura até que seus corpos estivessem próximos o suficiente para sentir aquele calor gostoso.

- Mas era doce, hyung...

- Eu sei, amor. Só estava brincando. - deslizou os dedos pela coxa direita dele, sentindo a pele leitosa se arrepiar com o toque. Jeongguk fechou os olhos e encostou os narizes, sentindo a respiração quente do outro bater contra seu rosto, junto do hálito com cheiro forte de café.

- Hoje eu programei uma noite só nossa.

- É? - ele assentiu, ouvindo um risinho do Kim. - E o que você programou?

- Nós podemos pedir comida pelo aplicativo e assistir alguma coisa. Comprei seu sorvete preferido e aquelas balinhas azedas que você gosta. Beijos e mais beijos.

- Assim você me destrói, bebê. - ofegou, sentindo quando Jeongguk soltou um riso mudo.

- Mas primeiro, você tem que tomar um banho. - se separou para o olhar.

- Tá me chamando de fedorento?

- Não, amor. É só pra você ficar mais confortável.

- Tá... E olha só, quer parar de enrolar e me beijar de uma vez? Ou eu vou ter que implorar?

- Implora.

- O quê?!

- Implora, Tae... - manhou.

- Me beija logo, bebê. Seu homem não aguenta mais de saudade de você.

Seu homem... Jeongguk arregalou os olhinhos negros e engoliu a saliva que se acumulou rapidamente em sua garganta. Queria que Taehyung repetisse aquilo, mais tinha medo dele dizer que foi apenas por impulso.

Por isso, não esperou mais.

Grudou os lábios após o puxar pela nuca, sentindo quando ele sorriu contra sua boca e voltou a lhe beijar com fome. Não era nada apressado ou agressivo. Era apenas as duas línguas se enrolando uma na outra, degustando o sabor do doce e amargo de cada um.

Taehyung não parou de deslizar seus dedos pela coxa nua, subindo a outra mão que estava na cintura fina até o pescoço, deslizando o polegar sobre a mandíbula afiada enquanto Jeongguk tinha as duas mãos suas bochechas.

Ele sentia o estômago revirar com mais força depois daquilo, mesmo que isso sempre acontecesse quando se beijavam. Ele tinha certeza de que gostava muito de Taehyung, pois alguns sentimentos eram até mais fortes dos quais tivera por Yeonjun algum dia.

Puxou o lábio cheio por entre os lábios, sorvendo o gosto doce do leite condensado da boquinha vermelha. Jeongguk ofegou, pressionado mais alguns beijos na boca de Taehyung, apertando bem os olhos e saboreando mais daquele momento.

- Não quer ir tomar banho comigo? - tornou a perguntar, fazendo Jeongguk rir antes de se afastar.

- Já tomei banho em casa.

- Mas, bebê-

- Nem adianta. Vai logo tomar banho, vai. - o empurrou, para que o mais velho levantasse e a contragosto, ele levantou. Deu dois passos em direção ao banheiro, mas parou. Se virou para o Jeon e se inclinou, ficando com o rosto bem próximo ao dele.

- Só mais um beijinho. - pediu, beijando a bochecha de Jeongguk demoradamente. O garoto riu, revirando os olhos e então voltou sua atenção para a televisão, temendo passar mais raiva do que já estava passando.

[...]

O céu se tornou estrelado mesmo depois da chuva que cairá pela tarde.

Jeongguk respirou fundo, sentindo a garganta arder de leve por conta da fumaça do cigarro. Bateu o polegar no filtro, vendo o amontoado de cinzas se dissipar prédio abaixo.

Estava na pequena sacada de Taehyung, esperando ele terminar de se arrumar para que pudessem pedir algo para comer e olhar algum filme na Netflix.

Apagou o cigarro no parapeito e o jogou, terminando de assoprar lentamente a fumaça. Sentiu dois braços circulando sua cintura e se arrepiou ao ter o nariz gelado do Kim em sua nuca, rodeando a pele quente e aspirando o cheiro gostoso dela.

- Parece que eu estou em casa. - Taehyung soprou, rouco. Bem perto da orelha de Jeongguk. O queixo se apoiou no ombro do garoto e ele entrelaçou seus dedos com os do Kim, sabendo do encaixe perfeito que eles tinham.

- Mas você está em casa, Tae.

- Eu sei... Mas, com você aqui, parece ter mais cara de lar. O seu cheiro me trás uma sensação tão boa de conforto... - admitiu, se impressionando consigo mesmo e tentando seguir os conselhos de Jimin. Não tinha nada a perder, pois também sentia que com Jeongguk tudo seria diferente porque... Era simplismente, Jeon Jeongguk ali.

- Eu também me sinto assim. - desfez o entrelaço dos dedos e se virou para Taehyung, quase morrendo de amores por ver ele de cabelo molhado e rosto limpinho. - É estranho quando você não tá lá em casa, fica tudo vazio que chega a ser desesperador às vezes. - abaixou a cabeça, vendo a mão de Taehyung caçar a sua, para poder ter contato. - Sempre anseio pelo dia em que vou te ver de novo.

- O tempo passa tão devagar quando sei que vou te ver. Parece até uma piada de mal gosto. - ambos riram juntos, se perdendo no olhar um do outro.

Quando achariam que iriam ter aquela conversa? Bom, nunca. Taehyung não esperava gostar tanto assim de Jeongguk. E Jeongguk não esperava que Taehyung fosse dizer coisas desse tipo algum dia, pois ele sempre deixou tão claro seus pensamentos sobre relacionamentos...

- Acha que devemos morar juntos?

Perguntou, jocoso. Pois sabia que estava indo longe demais com aquilo. Não esperava que Taehyung aceitasse algo assim, mas tinha aquele pequeno fio de esperança o segurando.

- Você... Viria morar comigo? - agora foi sério, Taehyung disse sério. Dava para perceber na expressão dele, no tom de voz, nos dedos apertando os seus como se dissesse: aceite, por favor.

Mas, Jeongguk teve medo.

- Está falando sério? Taehyung... Você disse que-

- Eu sei, eu lembro das coisas que te falei. Mas... Não é como se fossemos nos casar ou algo assim, não é? - soltou, incerto. Com um sorriso temeroso nos lábios.

- É, não é como se tivéssemos um relacionamento sério.

Recolheu a mão, causando um enorme aperto no peito de Taehyung.

Jeongguk não queria impôr que tivessem algo, de jeito algum. Mas, gostava de Taehyung. Gostava tanto dele que faria qualquer coisa por ele, sendo uma dessas, morar com ele mesmo tendo o lance que tinham. Sabendo que a qualquer hora, tudo poderia desmoronar.

Porque assim, dormiria e acordaria todos os dias ao lado dele. Iria trabalhar sabendo que quando fosse para casa, iria vê-lo. Não iria ter que esperar dias para que pudessem se ver ou folgas para poderem passar o dia juntos.

Como diria seu pai: você tem o queijo e a faca na mão, meu filho. É simples.

- Ei... - chamou, de maneira doce, deixando as duas palmas sobre as bochechas rubras. Levantando o olhar do rostinho que tinha voltado a olhar para o chão. - O que houve, bebê?

Bebê. Amava ter Taehyung lhe chamando assim, era tão diferente quando saía da boca dele. Lhe fazia sorrir por dentro, todo bobo. Queria ir saltitante até ele e o abraçar até que fossem um só. Provaria a Newton que dois corpos ocupam sim o mesmo espaço.

Porém, queria chorar também.

- E-eu... Eu não quero sair machucado disso, Tae.

Os olhos redondos se encheram de lágrimas e elas deslizaram grossas por suas bochechas sem que precisasse piscar. Elas morreram nos dedos de Taehyung, que engoliu em seco ao ouvir aquilo.

- O que quer dizer com isso? - se aproximou do outro, sentindo a quentura do corpo dele contra o seu mesmo que não estivessem colados.

Jeongguk fungou e sorriu. O rosto vermelho sorrindo em meio a lágrimas que não paravam de cair.

- Gosto de você, Taehyung. Eu gosto tanto que não me importo de passar por isso mesmo sabendo que nunca iremos avançar no que temos. - acariciou um lado do rosto dele, olhando para cada detalhe. Os olhos singulares que estavam quase arregalados, o nariz bonito com a pintinha na ponta, os lábios finos e rosados que estavam semiabertos. Kim Taehyung era tão lindo que isso lhe tirava todo o ar que restava em seus pulmões intoxicados.

- Bebê... Não fala assim. Eu nunca seria capaz de te machucar.

Puxou o rapaz para seus braços, o apertando contra seu corpo e sentindo os braços dele envolver sua cintura. Jeongguk enterrou o rosto choroso no pescoço de Taehyung, se acalmando a medida que inalava o cheiro dele, sentindo o coração do outro bater rapidamente contra seu peito.

- Não quero me arrepender de ter te emprestado meu isqueiro. - brincou.

- Jeongguk... - riu, baixo. Passando os dedos por entre os fios lisos bem pretinhos. - Vou fazer com que você não se arrependa, prometo.

- Posso confiar em você, Tae?

Se afastou do aperto bom para poder olhar no rosto dele. Taehyung respirou fundo, frisou os lábios e fechou os olhos. Nunca iria machucar Jeongguk, se estava dando aquele passo, era porque sabia bem o que estava fazendo.

- Pode, meu amor. - olhou nos olhos bonitos, vendo eles sorrirem junto com a boca. - Eu também gosto muito de ti, Jeongguk. E eu não estaria fazendo isso se não soubesse o que significa meu coração batendo tão rápido sempre que te vejo.

[...]

- VOCÊ O QUÊ?!

- Fala mais baixo, seu merda. - Jeongguk chamou atenção de Yoongi, o empurrando pelo ombro.

- Eu ouvi direito mesmo? Você vai morar com o Taehyung?

- Exatamente isso, chegamos a conclusão que ficar longe um do outro é tortura... - disse, um pouco desgostoso, jogando a batatinha frita de volta com as outras.

- Tu não parece muito feliz com isso. Posso saber o por quê?

- Não é que não esteja feliz, hyung. Eu só... Porra! Eu só queria saber o que temos! Queria que ele me pedisse em namoro, sei lá!

Tsc, tsc, tsc.

- Rótulos são só rótulos, moleque. Isso não difere no que sentem um pelo outro.

- Eu sei, Yoon. Mas, poxa. Pensa comigo - olhou para o mais velho, vendo ele concordar enquanto chupava o canudo de seu suco. -, nós estamos dando um passo muito grande que é ir morar juntos. Não estamos fazendo isso por causa de contas, de dividir a conta da água e da luz porque não conseguimos nos manter. Não! Estamos fazendo isso porque-

- Estão apaixonados, gostou? Ou algo bem maior, estão sendo emocionados demais.

- O que faria se estivesse no meu lugar?

- Nada, ué. Jimin mora com os pais e eu também. - deu de ombros, fazendo pouco caso do assunto.

- Hyung, me ajuda. Por favor. - pegou na mão pálida, a segurando com as suas mãos como se sua vida dependesse disso. - Ele disse que não vai me machucar, disse que gosta de mim também... Eu vi nos olhos dele que ele estava falando a verdade. Sabe o que é sentir o coração dele bater como louco contra o meu peito?

- Sei bem como é, Gguk. E cara, não vou te julgar pois se eu tivesse uma maneira de poder fazer o mesmo com o Jimin, eu faria. Mas a questão é outra. Você vai ter que parar de esperar algum avanço do lado dele em relação ao que vocês têm.

Jeongguk suspirou e assentiu com a cabeça. Não valia a pena se desgastar com aquilo, tinha que aceitar que Taehyung também poderia estar se sentindo inseguro com algo. Não poderia simplesmente o pressionar para que tivessem alguma coisa.

Mas, porra! Ter ele falando aquele dia que era o seu homem... Imagina poder chamá-lo de namorado ou quem sabe um dia, de marido? Jeongguk seria um homem feito.

- Eu vou... - suspirou. - Apenas deixar que o tempo acerte tudo.

- Isso aí. Mas e o seu apartamento, como as coisas vão ficar?

- Você sabe que eu não tenho muita coisa lá a não ser minhas roupas e a cama. Aquelas tralhas vieram de brinde. - pegou o suco de Yoongi e bebeu também, o mais velho nem notou.

- Vê se me convida pra ir lá, tá bom?

- Claro que sim, acha que o Taehyung fica longe do Jimin? Ontem mesmo ele me disse que o Park tava lá, enchendo o saco dele.

- Ótimo! Te ajudo com a mudança. - disse, se levantando e arrumando a calça. - Vou ir agora, o trabalho me chama. - sorriu todo feliz e se despediu de Jeongguk.

O garoto viu seu hyung sumir de suas vistas e então, suspirou mais uma vez, bagunçando seus cabelos e chiando baixinho.

Se quisesse que tudo desse certo, não poderia criar expectativas.

[...]

- Não vai sentir falta daqui?

Já tinha dois dias que havia se mudado para a casa de Taehyung, e não poderia estar mais feliz que isso. Dormir e acordar dois dias seguidos com o Kim ao seu lado, era como estar em um dos seus melhores sonhos.

- Sei lá... Foi aqui que eu aprendi a me virar sozinho e comecei uma vida independente. - apoiou o queixo sobre a mão que estava no topo do cabo da vassoura. Deveriam entregar o apartamento limpo ao dono, mesmo que aquele lugar fosse um muquifo que só. - Mas acho que não vou sentir falta não.

- Já contou pros seus pais?

Ele se abaixou com a pázinha para recolher o lixo de Jeongguk, colocando tudo na sacola de plástico depois.

- Não faz diferença. - deu de ombros, terminando de empurrar o pouco de sujeira para a pá novamente. - Eles nunca vieram me visitar mesmo.

- Sério? - Taehyung ergueu o olhar e então se levantou. Deixou a pázinha no chão e arrumou as roupas sobre o corpo.

- Uhum, sempre deram desculpas para não virem aqui. Aí eu ia pra lá, o que é bem melhor já que tem tudo.

- Entendi. - assentiu. - Acho que já terminamos aqui...

Olharam ao redor e sorriram satisfeitos.

Ainda tinha móveis ali. A poltrona velha e o sofá ruim ficariam para o próximo morador. A cozinha caindo aos pedaços também e o fogão antigo de sua mãe junto da geladeira. Não iriam precisar deles.

Apenas levou sua cama que era melhor que a de solteiro de Taehyung. Sua televisão para colocar no quarto deles, a cômoda que tinha comprado e o espelho enorme, que colocaram na sala.

- Então isso é um adeus. - Jeongguk se curvou no meio da sala, arrancando risos de Taehyung. - Até nunca mais!

- Adeus janela de fumantes, agora temos uma sacada.

- Adeus mofo, não vou sentir saudades.

Os dois riram juntos e se prepararam para sair. Taehyung puxou Jeongguk pelo pulso, fazendo os peitos se chocarem. Ele sorriu ladino e tirou uma mecha de franja que estava tapando os olhinhos negros.

- Podemos dar um último showzinho aqui? - passeou a língua travessa por entre os dentes, apertando a cintura do garoto.

O Jeon assentiu com a cabeça e circulou os braços envolta do pescoço do mais velho. Quando Taehyung se aproximou para beijar aquela boquinha com vontade, a campainha ruidosa tocou e eles reviram os olhos com isso, praguejando quem quer que fosse.

Jeongguk abriu a porta com a cara mais desgostosa do mundo, mas ela sumiu, dando lugar para uma faceta apavorada com o que via em sua frente.

- Yeonjun... O q-que aconteceu com você?

Taehyung uniu as sobrancelhas ao ouvir aquele nome e viu quando Jeongguk cambaleou para trás por conta do peso de Yeonjun contra seu corpo.

- Hyung, ele me... Bateu. - disse, choroso. Sendo carregado pelo mais velho até o sofá. O Kim não sabia o que fazer, apenas olhava a cena como um mero telespectador.

Yeonjun tinha um olho roxo e inchado. O corte da sua bochecha já tinha o sangue seco e seu pescoço estava vermelho, como se alguém tivesse o enforcado.

- Ele quem, Yeon? Foi seu pai? Vocês brigaram de novo? - Jeongguk perguntou, aflito. Não sabia o que fazer. Seu coração doía com a imagem à sua frente. Tinha um imenso carinho pelo garoto e o ver assim, lhe destroçava.

- N-não. Foi o Soobin.

- O quê?! Por que ele fez isso? - segurou o rosto machucado em suas mãos, vendo o estrago na pele que sempre fora bem cuidada. - Temos que denunciar ele.

- Não vai adiantar, hyung. Nós somos homens, vão dizer que é normal.

Jeongguk negou, mas sabia que era verdade.

- E por que ele bateu em você, hein?

- Ele pegou meu celular e viu algumas conversas minhas com outras pessoas. Ele é ciumenta demais e possessivo, foi-

- Mas isso não dá o direito dele encostar um dedo sequer em você! Que porra de garoto nojento!

Era odioso saber que ainda existiam pessoas assim. De má índole, que acham que podem fazer o que quiser com outras pessoas. Nada te dá o direito de machucar alguém, seja verbalmente ou fisicamente.

Isso, sem dúvidas, te faz um ser humano asqueroso.

- E nós não temos nada sério, hyung. Apenas ficávamos sem compromisso algum... Ele pirou, me bateu e me chamou de coisas horríveis.

Taehyung, assim como Jeongguk, não sabia o que fazer. Por que ele tinha ido para o apartamento de Jeongguk? Ele tinha uma casa, não tinha?

Porra, não queria parecer insensível. Mas, logo agora que estava tudo dando certo para os dois?

- Garoto, acho melhor nós irmos na delegacia e prestar queixa. - se pronunciou, chamando atenção dos dois. - Cadê seus pais?

- Ah, não. Por favor, não envolva eles. Eles já não aceitam bem o fato de eu gostar de garotos e não vão ajudar em nada se souberem disso.

Disse, cabisbaixo. O que era de fato, verdade. Era capaz de seus pais dizerem que foi bem feito e lhe darem as costas.

- Certo... Então você lava seu rosto, nós vamos para delegacia e depois te largamos em casa.

- Não! Casa não. Ele pode ir me procurar lá. Eu só saí da casa dele depois de jogar um... Vaso nele.

Jeongguk olhou para Taehyung. Olhos arregalados e temerosos. O Kim não queria se sentir daquele jeito por causa do ex-namorado de Jeongguk, mas era inevitável. Aquilo queimou na boca de seu estômago e ele respirou fundo para não se deixar levar pelo sentimento ruim.

- Ele é um psicopata ou o quê? Por que se envolveu com ele?

- Eu não sabia que ele seria assim, hyung. Não estava escrito na testa dele que ele é louco.

- Okay... E aonde você planeja ficar? - o Kim se aproximou e o olhou de cima.

- Vim pra cá porque sabia que o Jeongguk poderia me ajudar. - olhou para o ex, pedindo mudamente por um abrigo temporário.

- Yeon... Eu não moro mais aqui. Me mudei faz dois dias. - disse, com pesar. Acariciando as mãos machucadas do mais novo.

Taehyung respirou fundo mais uma vez, querendo não se arrepender do que iria fazer. Ainda era um ser humano e tinha empatia pelas pessoas, com Yeonjun não iria ser diferente só porque ele era o ex-namorado do homem que gostava e que agora, morava junto de consigo.

Viu o desespero nos olhos de Jeongguk e odiou, porque não gostava de ver ele assim, afetado.

- Você pode ir lá pra casa, Yeonjun. Eu e Jeongguk vamos te ajudar, okay?

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro