Marlboro, quatro.
Marlboro
— Têm cervejas lá?
— Olha pra minha cara de quem bebe cerveja, hyung.
— Verdade... Você só toma bebida barata beirando a cachaça. — Jeongguk revirou olhos, não evitando de soprar uma risadinha.
Estava no momento, em uma conveniência perto de casa com Yoongi. Jimin havia aparecido no seu apartamento logo depois do Min e pediu para conversar a sós com Taehyung, o que era estranho. Mas nenhum dos dois que haviam sobrado, quiseram se meter.
— Pega alguns doces, faz tempo que não como. — pediu e deu as costas para o mais velho, saindo da loja.
Pegou o cigarro de cima do muro que havia deixado, e terminou de tragá-lo. Lembrou que seu maço estava praticamente acabando e então, terminou de fumar rapidamente e voltou para loja, vendo que Yoongi já passava suas compras.
Sabia que tinha de largar desse vício, a tosse seca que tinha quase todas as noites o incomodava e o ar parecia faltar nos pulmões quando ela era incessante. Não gostava dessa consequência.
— Mais alguma coisa? — a moça do caixa perguntou, a voz revirada em puro tédio.
— Um Marlboro Double Mix, por favor.
— Só tenho o de melancia, Gold e Red.
— Gold.
— Vai morrer desse jeito, garoto.
— Que hipócrita da sua parte, hyung. — ambos riram negando e logo já estavam perto do apartamento do mais novo.
Yoongi chutava algumas pedrinhas no caminho, enquanto a aragem da noite repousava sobre suas cabeças. Estavam submersos no silêncio e isso não os incomodava nenhum pouco. Contando que o bairro também, era pacato.
— Acho legal essa sua aproximação do Taehyung.
— Ele é... Bem grudento. — suspirou, soprando um riso, lembrando que não tinha sossego do azulado desde que se conheceram. Olhou para o céu escuro, cutucando a cutícula do dedo enquanto mantinha as mãos sobre o bolso da calça do pijama.
As garrafas dentro da sacola tintilavam uma contra a outra, por conta da caminhada e do jeito desleixado de Yoongi balançar as sacolas: — Jimin disse que ele e Woosung brigam frequentemente.
— Ele comentou sobre o irmão sempre tentar intervir sobre o futuro dele. — deu de ombros, vendo que já tinham chegado na fachada do prédio. As luzes, por mais claras que fossem, ainda deixava a fachada do local extremamente sombria e abandonada. E isso, dava arrepios em qualquer pessoa que passasse por ali. Haviam vários boatos aterrorizantes sobre o lugar, mas o Jeon se negava a acreditar em tais barbaridades.
[...]
Taehyung brincava com o cigarro entre os dentes, enquanto tinha os olhos fixados na imagem pueril do mais novo entre eles, devorando o último pedaço de pizza.
Jimin e Yoongi riam de alguma coisa que ele não tinha sequer prestado atenção, ainda mais por se dar pelas vozes já embolada dos dois, bêbados ali naquela sala minúscula do apartamento de Jeongguk.
— Acho que está na hora de irmos.
Yoongi levantou aos tropeços, tentando se equilibrar por ter uma garrafa de soju pela metade em mãos. Jimin se levantou em seguida e apoiou-se no ficante. Ambos com as bochechas quentes e rubras pelo álcool.
— Tae, você quer uma carona pra casa? — ofereceu, esquecendo que estava de a pé e que teria de chamar por um táxi ou Uber.
Jungkook o olhou, como se dissesse tudo bem você ficar aqui, eu não me importo. E ele deu graças a Deus, porque não queria voltar para casa e ter que olhar para cara de Woosung tão cedo. Voltou o olhar para o casal que já estavam na porta e se aproximou dos dois.
— Vou ficar por aqui, se cuidem. — ele deixou um beijo na cabeça de Jimin, arrancando um olhar torto e enciumado do Min, o que fora engraçado na visão dele.
Trancou a porta quando ambos sumiram pelo corredor, cantando uma música embolada. Suspirou, olhando os movimentos leves de Jeon enquanto pegava a caixa de pizza do chão e mais umas garrafas, levando tudo para a cozinha pequena.
— Você... Tá bem? — perguntou, percebendo que o mais velho ainda estava parado no mesmo lugar. O Kim o olhou como se não tivesse o entendido e balançou a cabeça, se desfazendo dos pensamentos que lhe rondavam.
— Tô sim. Eu só... — bocejou em meio a espreguiçada que estava dando, fazendo seus ossos estalarem. — Estou cansado.
Sorriu tênue, se aproximando do Jeon. Tocou o queixo dele, arrancando um riso pequeno do mesmo. Se encantando ao ver as ruguinhas envolta do nariz rechonchudo, assim como os dentes proeminentes que o faziam parecer um coelhinho, aparecer.
— Hm, tudo bem dormirmos na mesma cama? O sofá é horrível e eu não tenho cobertas suficientes pra colocar no chão — o que de fato, era a pura realidade do garoto. Só tinha dois cobertores e alguns lençóis, morava sozinho então não se preocupava muito com essas coisas de enxoval.
— Eu não me importo.
Deu de ombros e sorriu. Jeongguk apagou as luzes da sala e cozinha, foi em direção ao banheiro para se aliviar e escovar os dentes. Depois de feito, correu para o quarto, encontrando Taehyung debruçado sobre a janela enquanto fumava seu cigarro fedorento.
Era uma cena e tanto. Ele estava sem o casaco que vestia outrem, deixando à mostra os braços bronzeados e cobertos por tatuagens assim como ele. Mas parecia que em Taehyung, elas se destacavam bem mais e isso o deixava mil vezes atraente.
Balançou a cabeça, expulsando os pensamentos. Não queria ver Taehyung de outra forma se não fosse como um amigo, era tudo muito recente e não queria ir de cabeça em outro relacionamento, e também... Não sabia se o Kim sentia ao menos, nem que fosse, um pingo de atração pelo moreno.
Saiu de seus pensamentos ao ouvir a risada escandalosa do rapaz, uniu as sobrancelhas em confusão e se aproximou dele, pois o mesmo ria enquanto olhava algo na rua.
— Não quero que contamine seus lindos olhos, Jeonggukie. Fica aí. — pediu, se virando para o mesmo. Havia notado a aproximação dele e não queria que ele visse tamanha barbaridade.
— Eu quero rir também.
— Não, você não quer. — negou, fechando a janela e balançando a cabeça para tirar a imagem de um casal transando no beco de sua mente. — Vamos dormir.
— Não vai mesmo me contar? — olhou incrédulo para o vocalista, vendo-o negar novamente e se atirar em sua cama. Logo na parte em que mais gostava de dormir.
Jeongguk se deitou todo irritadinho no colchão macio, balançando os pés e pegando a coberta com certa brutalidade. Taehyung o achou fofo e queria apertar as bochechas gordinhas até elas ficarem vermelhas, mas se conteve e apenas se virou para o lado do garoto. Jeon revirou os olhos e virou-se para o lado contrário, não querendo cair de amores pela beleza exuberante do azulado.
— Yah! Jeonggukie... — chamou manhoso, com a voz deveras grossa, soltando um risinho ao ouvir o bufar do moreno.
— Só fala comigo se for me contar o que viu.
— Tinha duas pessoas transando lá em baixo, feliz?!
— Com nojinho. — fez careta e se virou para Taehyung, ficando a centímetros do rosto dele já que o mesmo estava próximo demais.
Porém, não se afastaram, continuaram olhando um nos olhos do outro. O mais velho vendo o sorrisinho com dentes salientes crescer nos lábios rosados.
— Ah... Vai dizer que não transa? — ralhou, sorrateiro. Vendo os olhinhos do rapaz revirarem de um jeito tímido.
— Não em um beco, hyung.
— Mas o proibido é mais gostoso, Jeonggukie.
[...]
Não queria abrir os olhos, pois o sono estava tão gostosinho e sentir aquele aperto na cintura o fazia se sentir mais confortável. O nariz coçou por conta da cabeleira escura que roçava ali, mas o cheirinho de mel era tão bom que não se prestava em afastar-se.
Coçou os olhos com a mão livre, vendo que a outra se encontrava nas costas de Jeongguk, enquanto o mesmo dormia sereno em seu peito. Não sabia como ou em que momento ele havia se aconchegado ali, mas não se importou. Pois gostou da sensação de dormir abraçado com o mais novo.
Tentou sair dali com calma, não queria acordar o moreninho, vendo que ele dormia confortavelmente bem.
Quando se pôs de pé, passou as mãos pelo rosto, aliviado. Notando que ele não tinha acordado. O viu puxar o travesseiro que antes dormia e abraçá-lo com força. Sorriu com isso e foi em direção ao banheiro.
Se aliviou na concentração em ouvir o xixi saíndo e depois mais, se lavou. Escovando os dentes com o próprio dedo e creme dental.
— Toma jeito, Taehyung. — sussurrou para si mesmo enquanto via sua imagem refletida no espelho do banheiro. Ajeitou os cabelos bagunçados com os dedos mesmo e deu tapinhas em suas bochechas.
Ao sair do banheiro, foi logo atrás do celular que tinha deixado dentro do bolso da jaqueta. Sentou na poltrona, esperando que o aparelho eletrônico ligasse. Tinha chamadas perdidas de sua mãe e Jimin, mas as ignorou completamente e prestou atenção no horário. Já se passavam das 10h da manhã e se preocupou pelo mais novo. Sabia que o rapaz trabalhava, mas não sabia seus horários.
Respirou fundo e se levantou, indo em direção ao quarto, aproximou-se da cama e se agachou em frente ao Jeon. Contornou o nariz dele com o indicador e passou a cutucar a bochecha. Ele fez uma careta e afastou a mão de Taehyung. O maior sorriu com o ato e jogou a franja que caia sobre a testa franzida, para trás. Não conteve sua vontade e deixou um beijinho sobre a pele.
Ela era macia e parecia que o cheiro do shampoo dele ficava impregnado em cada parte de Jeongguk.
Saiu com cautela do apartamento, não iria acordá-lo pois ficou com certo receio, ele ficava tão bonito dormindo.
Taehyung [10:17]: Você fica a coisa mais fofa enquanto dorme.
[...]
O mais novo sorriu, negando com a cabeça quando leu a mensagem. Se martirizando por ter dormido demais e não ter se despedido do Kim.
— Ei coração, ele é só um amigo! — repreendeu a si mesmo quando o tolo órgão que o fazia viver, acelerou as batidas.
Se levantou com preguiça ainda em seu corpo, pois dormir era bom e ainda mais se estivesse com braços quentes rodeando seu corpo. Sabia que o fez foi errado, mas sentia falta de dormir abraçado com alguém, pois... Tinha Yeonjun antes.
Afastou os pensamentos que envolviam o ex e fez suas higienes no banheiro, vendo que o creme dental estava fora do lugar e sem a tampa, mostrando que Taehyung era um pouco desorganizado.
Colocou um café a passar e foi arrumando o cômodo da cozinha, logo passando pela sala e quando viu, o apartamento estava limpinho e cheirando a Pinho Sol. Ele sorriu satisfeito e um pouco cansado, fazia tempos que não limpava o cafofo em que vivia e agora sentia vergonha de ter trazido Taehyung para sua casa enquanto a mesma estava virada em um lixão.
Tomou do café que havia passado e se atirou na poltrona. A música no estilo Indie Rock, emanava de seu quarto, já que tinha colocado na televisão. Fechou os olhos aproveitando o momento, mas não durou muito já que sua campainha com um som deveras estranho, tocou.
Largou a xícara na bancada que fazia divisão entre a sala e cozinha, indo em passos calmos até a porta. Sentiu o peito apertar, mas não deu bola e a abriu, já que estava destrancada desde que Taehyung tinha saído.
— O quê...? — murmurou para si mesmo quando viu a figura de Choi Yeonjun ali, bem na sua frente. Em frente ao seu apartamento e sorrindo da maneira mais doce que podia, o sorriso o qual fazia Jeongguk desmoronar sempre que via. — O que está fazendo aqui?
— Eu vim buscar as roupas que esqueci aqui... Claro, se tu ainda não colocou fogo nelas. — ele brincou. O sorriso que deu fez seus olhos se fecharem, a imagem pueril que tinha lhe encantava ainda e isso o deixava triste, pois o mais novo ainda tinha controle sobre seus sentimentos.
— Sabe que eu nunca faria isso. — disse, sério. Temendo gaguejar e estragar sua pose.
Deu espaço para o garoto entrar, vendo que ele olhava tudo minuciosamente, lembrando dos ótimos momentos em que passou com o mais velho ali naquele apartamento.
Sempre vinha da escola nos dias de folga de Jeongguk, para o apartamento dele. Passavam a tarde juntos, entre brincadeiras e beijos, entre briguinhas bobas e um sexo prá lá de bom. Muitas vezes o Jeon o ajudara em suas tarefas e a inteligência do namorado era algo que o atraía em demasia.
— Tem ido na sua mãe? — perguntou.
— Fui na semana passada depois do serviço. — voltou a pegar a xícara que deixara na bancada e sorveu um bom gole do líquido. O Choi assentiu com a cabeça e sentou-se sobre a poltrona.
— Seu pai está melhor da coluna? Lembro que ele disse que o médico tinha receitado uns remédios para ele.
Sim, Yeonjun gostava da família do Jeon. Eles o acolheram como um filho quando sua própria família o tratou diferente quando se assumiu gay. E também, ainda gostava de Jeongguk, porém, não o amava mais como antes.
— Ele começou a fazer Pilates depois de muita insistência da mãe. — soprou um riso contra a borda da xícara, lembrado que o pai era cabeça dura assim como ele e se negava a fazer tais exercícios.
— Isso é bom... — sorriu, olhando o Jeon. Que fraquejou ao ter os olhos brilhantes em si. — Posso pegar minhas roupas? — ele levantou e apontou para o quarto. Jeongguk assentiu com a cabeça e foi logo atrás, percebendo só agora, a mochila nas costas dele.
A mochila que Jeongguk havia dado de presente para ele em seu último aniversário.
Quando o mais novo disse que iria embora, o moreno tentou uma última vez. O olhar de Yeonjun era questionador sobre si, enquanto a palma da mão queimava no pulso branquinho. Ele não podia negar que seu ex era atraente e que o excitava nos míseros toques. Mesmo que não o amasse mais, era impossível olhar para Jeongguk e não ter vontade de sentar nele pelo menos uma última vez.
E então, ele cedeu para aqueles olhos brilhantes e boca macia. Se entregou uma última vez para o Jeon e quando foi embora, riu incrédulo de si mesmo. Porque sabia que o outro ainda o amava e tinha feito errado em brincar com o coração do mesmo.
[...]
— Foi estranho, hyung. — balançou a cabeça enquanto levava a latinha de refrigerante para os lábios. Estava em uma lanchonete com Yoongi, depois que o mesmo lhe ligou por volta das 18h da tarde, para irem comer algo juntos. — Só que... Eu sinto que ainda amo ele.
— Tá... Tu transou com seu ex, e diz que foi estranho. Mas ainda diz que ama ele. O único estranho aqui é você, Jeongguk. — riu do garoto, percebendo que ele mantinha a mesma feição catatônica desde que se encontraram.
Tudo estava diferente. Os beijos de Yeonjun não eram mais os mesmos, os toques dele que antes o acendia de imediato, demorou para surtir efeito em seu corpo. O jeito que ele se contorcia de prazer em baixo de si, não era mais visto da mesma forma maravilhada de antes. Até a pele dele havia esfriado.
— Eu não sei mais o que fazer agora, hyung.
— Não é como se depois disso vocês fossem voltar, então só relaxa e pensa que tirou o atraso. Claro, seria melhor se fosse com outra pessoa, né. — chupou o canudinho e tamborilou os dedos ossudos na mesa.
— Sabe que não curto isso.
— Caralho, moleque. É só sexo casual, o que tem demais nisso?
— Eu só não me imagino fazendo isso. — cruzou os braços e deu de ombros, olhando para a rua movimentada do lado de fora do ambiente em que estavam.
— Vai esperar se apaixonar por outra pessoa pra poder foder?! — o olhou. — Sabe que depois de foder, tu pode acabar fodendo seus sentimentos também, bobão.
— A gente pode falar sobre outra coisa?! Sei lá, sobre a economia do país, ou sobre as geleiras que estão derretendo, o que eu acho que é mentira, mas enfim. — argumentou.
Não gostava de falar sobre sua vida sexual, ainda mais no estado em que se encontrava agora.
[...]
O teto de seu quarto parecia o melhor ponto para se encarar enquanto seus ouvidos eram bombardeados pela guitarra alta de Woosung, e por mais que gostasse das músicas, isso estava o irritando.
Estava se segurando para não sair do quarto em passos pesados e quebrar o instrumento na cabeça do Kim mais velho. Não se falavam desde a noite passada e por mais que amasse o irmão, sabia que ele estava errado e não iria se desculpar por algo que não tinha falado.
Gradativamente, o som foi baixando e logo só era possível ouvir as dedilhações vindas do outro cômodo. Se virou na cama, abraçando o travesseiro e deixando uma almofada entre as pernas.
Seus pensamentos viajaram quando fechou os olhos. Viu Jeongguk ali, do jeito inocente de sempre, mas que sabia ser sedutor quando menos esperava.
Sorriu por lembrar da cena de mais cedo, ele dormindo em seu peitoral com um biquinho nos lábios. E droga...! Ele se imaginou beijando a boca carnuda e a tomando para si de um jeito afoito. Foi impossível não sentir o baixo ventre contrair com aquilo. Abriu os olhos e se viu incrédulo quando seu pau deu sinais de excitação.
Por Deus... Só tinha pensando em como seria beijar Jeongguk e tinha ganhado aquilo?
Riu de si mesmo e se virou de barriga pra cima. Tapou a visão com o braço esquerdo e se pôs a pensar em outras coisas que não lhe deixassem excitado. Mas era impossível quando sua mente lhe pregava peças e o fazia imaginar o moreno sentando sobre seu colo, o provocando com uma troca de olhares e sorrisos maliciosos nada discretos.
— Eu. Não. Vou. Fazer. Isso. — repreendeu a si mesmo, pausadamente. Mas já era tarde demais quando a mão direita desceu sobre o tronco desnudo e apertou por cima dos panos, o pau duro.
Um gemido rouco escapou dos lábios rosados, que outrora eram castigados pelos dentes. A mão continuou ali, fazendo pressão enquanto o quadril se remexia em busca de mais contato. Quando estava prestes a tacar o foda-se e bater uma pensando no mais novo, o celular tocou, assustando-o.
Não sabia se amaldiçoava até a última geração de Jimin ou se agradecia por não ter cometido aquela tentação com a imagem de Jeongguk em sua cabeça.
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