Marlboro

Eram nove e meia da manhã quando Taehyung estacionou sua moto na frente do prédio de Jeongguk e sorriu alegre. Esperou tanto pela terça-feira para ver seu moreninho, que a saudade já nem cabia mais no peito e ele tampouco estranhou tais sentimentos.

Apenas os deixou ali, sem questionar e nem pestanejar. Tinha se acostumado com a presença do Jeon.

Subiu pelo elevador, ansioso.

Segurava uma sacola ecológica em um dos braços, aonde continha o café da manhã deles. Não tinha avisado a Jeongguk que iria cedo da manhã no apartamento dele, nem ele tinha isso em mente quando acordou mais cedo que o de costume e se arrumou rapidamente para ir de encontro ao garoto.

Abriu a porta com tamanha cautela e a fechou, tirou os sapatos e ficou descalço mesmo, apenas com suas meias coloridas que tinha ganhado de Jimin no aniversário passado. Largou a sacola em cima da mesa e então rumou para o quarto escuro do garoto.

Notando pela pouca claridade que adentravam pelas frestas da janela, que o corpo dele tomava conta de quase todo colchão.

Ele dormia de outra maneira quando estava sozinho, totalmente atirado e praticamente desprovido de coberta, já que essa estava sobre a metade de seu corpo e metade no chão.

Taehyung sorriu, negando enquanto tampava o corpo que vestia apenas uma camiseta grande e cueca preta até os ombros. A bochecha era amassada pelo travesseiro e os cabelos pretinhos lisos se esparramavam no lençol branco. Jeongguk tinha um bico nos lábios semiabertos, deixando a respiração serena escapar por ali.

- Parece um bebê... - comentou consigo mesmo, se ajoelhando ao lado dele e tocando com leveza o rosto quentinho e oleoso. Levou alguns fios de cabelo para o lado, afim de ver melhor o rosto dormente. Jeongguk mastigou a baba e o Kim sorriu novamente, achando-o fofo e o comparando com um gatinho. - Ei, Príncipe... Hora de acordar.

Chamou, baixo. Acariciando a bochecha cheinha e beijando a ponta do nariz dele. Jeongguk se remexeu e antes mesmo de abrir os olhos, sorriu. Os lábios secos grudando e deixando bem á mostra os dentes proeminentes.

Taehyung se derreteu só com aquilo.

- Hmm... - resmungou, ao se espreguiçar e então, coçou os olhos. Bocejou e abriu as pálpebras, tendo a visão mal iluminada do Kim ao seu lado. Sorrindo enquanto olhava cada feição sua com doçura. - Eu tava com saudades, Tae.

Disse com a voz rouquinha de sono, espichando os braços em direção ao mais velho e o puxando para perto, fazendo com que Taehyung ficasse por cima de seu corpo, o mantendo naquele abraço forte cheirando a aconchego. Foram dias desejando ver o Kim decentemente.

- Deus do céu, foram só quatro dias.

- Os quatro dias mais solitários da minha vida.

- Nossa, como ele é dengoso. - acusou, com o rosto enterrado no pescoço cheiroso, matando a saudade daquele corpo molinho com cheiro de perfume doce.

- Vem morar comigo, e eu te digo se esperava ou não.

- Isso é jogo baixo... - afastou o rosto da pele branquinha e o olhou. Jeongguk sorria todo bobinho enquanto mantinha os braços ao redor de seu pescoço. Taehyung equilibrava o peso com um dos cotovelos sobre a cama, e a mão livre, tomou rumo para a lateral do rosto amassado, acariciando a bochecha quente com o polegar. - Agora que eu vou morar sozinho, te deixo aparecer por lá de vez em quando.

- De vez em quando, é? - soltou, incrédulo. Brincando com a sobrancelha arqueada e passando a língua entre os dentes.

- Sim, de vez em quando.

Beijou os lábios do garoto abaixo de si, deixando o estalo do selinho ecoar pelo quarto, não se importando com o bafo matinal dele. Até gostava, era Jeongguk, não tinha como não gostar.

- Nossa, Taehyung. Saí da minha casa. - fez manha, tentando empurrar o mais velho de cima de si. Taehyung riu e o abraçou mais forte, começando a encher o rosto de beijinhos. - Para, tô magoado agora.

- Aí, Príncipe... Eu tava brincando.

- Príncipe? - arregalou os olhinhos, se sentindo bobo como aquele novo apelido.

- Sim, sim. Meu príncipe.

Por Deus, Jeongguk foi ao céu e voltou. O que aconteceu com Taehyung? Claro, já estava acostumado com ele lhe chamando de bebê, mas era só isso. Mas, do nada, ele toca um “meu príncipe” e fica por isso mesmo?

O coração era fraco e o mais novo sabia disso desde que viu Taehyung naquele clube. E a medida que foram se conhecendo mais, saindo mais, se relacionando mais e se entregando mais, o coração já não era mais forte. Derretia com cada mínima coisa que Taehyung falava ou fazia

- Taehyung-

Antes mesmo que pudesse terminar a frase, os lábios de Taehyung se grudaram nos seus, iniciando um beijo lento e gostosinho, o qual ele só se entregou e deixou levar. Afinal, receber um beijo de bom dia era bem melhor do que ficar tagarelando à toa.

Matando a saudade daquela boca, daquela língua contra a sua, das mãos em seu corpo lhe apertando contra ele... Ah, beijar Taehyung era tão bom. Ainda mais quando ele fazia tudo com calma, se entregando a cada encostada de língua e ofego deleitoso.

Jeongguk deixou um gemidinho escapar quando Taehyung se ajeitou no meio de suas pernas, retirando o cobertor de cima de seu corpo e os encostando sem nenhuma barreira a não ser as roupas do Kim, já que o moreno se encontrava apenas de cueca e camisetão.

A comum ereção matinal foi apertada pelo corpo contra o seu, o que era até bom diante da situação em que se encontravam. E Taehyung não parecia se importar com ela ali, pois gostava de sentir cada mínima parte de Jeongguk.

- Porra, eu senti tanto a tua falta, bebê. - confessou, largando a boca vermelhinha e descendo os beijos lânguidos pelo queixo e pescoço dele, sentindo o gostinho da pele leitosa.

- Foram só quatro dias, amor.

Amor. Já não era a primeira vez que Jeongguk lhe chamava assim.

Usou as palavras que ele havia dito antes, o que ocasionou um riso soprado contra sua pele, arrepiando ainda mais cada parte de seu corpo que recém tinha sido despertado de um sono da melhor forma possível.

- Que tal eu te fazer gozar agora pra recompensar esses quatro dias, hm? - mexeu o quadril contra o do Jeon, sentindo o membro duro do garoto abaixo do seu e sorrindo da maneira mais suja que podia.

- Você não existe, h-hyung.

- Vai negar?

- Não...

[...]

Depois de tomarem banho juntos, já que a brincadeira se prolongou mais do que deveria, os rapazes comeram seus donuts nada saudáveis junto dos sucos docinhos que o mais velho tinha comprado também.

Jeongguk vestia roupas simples, um conjunto de moletom cinza que o deixava ainda mais bonito na percepção de Taehyung. Na verdade, ele estava sempre bonito e isso era inegável, não tinha como competir com tamanha beleza daquele moreno de pele alva.

Quando chegaram em frente ao novo apartamento do Kim, foi impossível para Jeongguk não pular como uma criança feliz. Parecia que ele tinha chegado em sua nova casa e isso deixava Taehyung ainda mais bobo por ele. O que lhe fez imaginar em como seria morar com o Jeon.

Dormir e acordar todos os dias ao lado dele, sentir os beijos doces e sem malícia do garoto em qualquer horário, ouvir o ronquinho baixo em seu pescoço junto da respiração quente e serena. Rir de qualquer coisa que ele faça seja por ser engraçado ou porque ele agiu de maneira fofa... Eram tantas as coisas que se passaram em sua mente naquele momento, que teve até medo de si próprio.

- Uau... É muito bonito, Taehyung.

Não sabia o que tinha de bonito ali, tudo o que enxergava era Jeongguk e seus olhos brilhantes, isso sim era bonito.

- Ainda faltam algumas coisas. - disse, fechando a porta, notando como o lugar era bem claro e arejado pela manhã. - Talvez eu traga meu quarto ainda essa semana. Minha mãe disse que vai me ajudar com a sala.

- Um sofá de canto ficaria legal aqui.

- Jura? - o moreno assentiu, com um sorrisinho nos lábios. - E que cor?

- Preto ou cinza, pra combinar com as paredes.

Taehyung sorriu e se aproximou do corpo de mesma estatura que a sua, abraçando ele por trás e deixando seu queixo descansar no ombro dele. O cheiro de sabonete e shampoo adentrando suas narinas e fazendo com que seus olhos se fechassem para aproveitar mais do contato.

- Então depois do almoço nós poderíamos ir na loja escolher, pode ser?

- Sério?! - se virou para o moreno com um sorriso pra lá de brilhante.

Uma coisa que o Kim não sabia, era que Jeongguk adorava fazer compras. Só não podia muito por conta de seu salário, não ganhava muito e então ele tinha de priorizar muitas coisas.

Gás, água, luz, comida, aluguel... Higiene pessoal, as prestações da televisão, internet e mais umas regalias que podia cobrir. Fora isso, não lhe sobrava quase um centavo no final do mês.

- Uhum. - beijou o nariz grandinho dele e se afastou, olhando para as orbes negras e se perdendo nelas por breves segundos. - Sobre o de vez em quando... - começou, trazendo o assunto de mais cedo á tona. Jeongguk uniu as sobrancelhas, achou que aquilo era apenas brincadeiras dele. - Eu tava só brincando, bebê. Pode vir aqui a hora que quiser, okay? - tocou o queixo pequeno, vendo um sorrisinho moldar os lábios vermelhos. - Vou amar chegar do serviço e te ver atirado aqui nas terças-feiras.

- Fala isso como se eu fosse um folgado.

Resmungou com um biquinho e o empurrou pelo ombro de maneira fraca, não pondo força alguma no ato. O Kim revirou os olhos com a manha dele e o abraçou apertado, deixando seus braços presos.

- Poxa, bebê. Eu ia gostar, tá bom? Chega de Kim Taehyung invadindo seu apartamento, agora é hora de invadir o meu. - brincou.

- Daqui a pouco eu vou considerar vir morar aqui, hein.

- Tá... Eu admito que iria gostar bastante também.

[...]

Festa de criança. O que tinha de bom nisso?

Bom, o nome já diz: festa de criança.

Ou seja, doces, doces, brincadeiras, gritos, choradeira, crianças, doces, crianças e mais doces. Era isso o que festa de criança tinha de bom, os doces.

Era sábado, aniversário de dois aninhos de Beomgyu e era mais que óbvio que Min Yoongi não iria deixar de convidar seus amigos, principalmente Jeongguk, esse que praticamente, viu seu sobrinho nascer. Mas, com isso e de sobra, veio Jimin e Taehyung, o que também era perfeito pois aqueles dois amavam crianças e o que não faltava na família Min, eram crianças.

- Eu só tô dizendo que- CARALHO SAYURI NÃO MEXE AI! - Yoongi saiu correndo em direção a garotinha de cabelos pretos que brincava com seu teclado. Ela era filha de uma das primas do branquelo.

- O hyung com criança é um desastre, ele só cuida bem do Beom. - Jeongguk disse, enquanto devorava uns docinhos, se deliciando com eles como se não os comesse há séculos.

- Imagina vocês dois casados e com pirralhos correndo na volta de vocês?

Os olhos de Taehyung brilharam só de pensar naquilo, era doido para ser tio e se Woosung não lhe permitisse esse feito, cobraria do Park.

- Por que a gente? Eu hein...

- Ah, fala sério, Jimin. - o mais novo disse de boca cheia. Atraindo atenção dos outros dois. - Tá na cara que você é doidinho pra casar com o hyung e ter uns dois pirralhos com ele.

- Óbvio! Adoção é bem fácil, nada burocrático. - ironizou.

- Quem corre pelo o que quer, não se cansa. Meu pai sempre me disse isso.

- Falando em seu pai, bebê. Aqueles dois entrando lá, não são seus pais?

Jeongguk se esquivou para poder olhar para onde o Kim apontava e quando viu seus progenitores ali, um sorriso enorme se estampou nos lábios com resquícios de doce e ele se levantou de supetão para correr até eles como uma criança. Porém, foi puxado de volta pelo mais velho.

- O que foi, Tae? - soltou, como uma criança impedida e bateu o pé. Jimin riu com cena e desviou o olhar para poder ver se Yoongi já estava voltando.

- Calma, vem aqui.

Se levantou, ficando na mesma altura que a dele e limpando a boquinha que estava suja de doce. Fez como no dia da confeitaria, passou o dedão sobre os lábios e logo os levou até a própria boca, sentindo o gosto doce no paladar e vendo a careta que o mais novo fez.

- Urgh... Que bizarrice é essa?

- Queria que eu te lambesse? - ele negou e Taehyung revirou os olhos. Beijou a boquinha vermelha e sorriu. - Vai lá, Príncipe. - deu dois tapinhas na bunda marcada pela jeans e sentou-se novamente, vendo Jeongguk sumir de sua visão todo saltitante.

Nem parecia um adulto.

- Vocês estão a cada dia mais doces, Taehyung. Cuidado com a diabetes, parceiro. - comentou, cruzando as pernas entrelaçando os dedos sob o joelho.

Taehyung o olhou e desfez o sorriso em seus lábios, engolindo a saliva que pareceu descer rasgando pela garganta.

- Eu tô com medo, Jimin. - soltou, sério. Entrando naquele assunto em um momento um tanto quanto  inadequado.

Estavam em uma festa, deveriam aproveitar para encher suas barrigas de doces e brincar com os pequenos mesmo que por pouco tempo. Não era hora de colocar seus demônios para fora.

- Tae... Não tem por que ter medo. Já viu o jeito que esse garoto te olha? Porra! Parece que milhares de fogos de artifícios explodem dentro daqueles olhos apaixonados. - o Park se levantou e sentou na cadeira que antes Jeongguk ocupava. Se virou bem para o melhor amigo e pegou na mão dele, fazendo um carinho enquanto olhava bem fundo dos olhos amendoados, tentando passar certeza em tudo que falava, pois era o que via. - Ele é uma boa pessoa, meu anjo. E pelo visto gosta muito de ti, na verdade, está estampado na cara dele o quanto ele gosta de ti e se eu fosse tu, eu olharia pro lado agora. - Taehyung olhou e viu quando o moreno apontou para si e sorriu, abanando junto de seus pais. O coração de Taehyung bateu forte dentro do peito e ele sentiu o estômago gelar. - Olha o jeito que ele sorri pra você, Taehyung. Na moral, se joga. Se tudo der errado, eu vou estar aqui pra ti.

Ele abanou de volta e sorriu.

Não podia temer, se tudo desse errado, pelo menos ele tentou. É melhor tentar do que viver na incerteza e Taehyung faria isso de agora em diante.

- Eu vou ir lá falar com eles adequadamente. - se soltou do Park e levantou. Jimin o olhou orgulhoso e sorriu quando sentiu os lábios do maior em sua testa, deixando seu carinho e agradecimento ali, naquele simples ato.

- Vou procurar o Yoon. - disse, se levantando e tomando a direção contrária do amigo.

Taehyung caminhou em passos confiantes até Jeongguk e o abraçou por trás quando chegou perto. O moreno sobressaltou pelo susto repentino, mas sorriu ao notar quem era. O cheiro do perfume forte misturado com cigarros, o corpo que se encaixava perfeitamente no seu... Taehyung.

- Ia me abandonar lá com o Jimin, é?

- Nossa, que draminha. - se remexeu naquele abraço, arregalando os olhos quando seus pais voltaram atenção para os dois. Os mais velhos cerraram os olhos e sorriram logo mais, eles já tinham notado a química daqueles dois, mas não falaram nada sobre.

Taehyung os cumprimentou de maneira correta e ganhou uma longa conversa com os pais do moreno, o que não era nada desconfortável para ele. Jeongguk permaneceu naquele abraço, apenas seguindo o fluxo da conversa e ouvindo a voz rouca e simpática de Taehyung em seu ouvido.

Era difícil manter a sanidade com ele bem ali atrás de si. Roçando o corpo no seu quase que inconscientemente e falando de forma grave em seu ouvido, soltando risinhos soprados e arrepiando seus pelinhos da nuca.

- ... Na próxima nós vamos, sim. Né, bebê?

- Ah! Sim, vamos. - ele sorriu forçadamente, pois tinha parado de prestar atenção no que eles falavam quando sentiu certa coisa lhe cutucar nas nádegas.

Iam aonde?

E quando ele foi se virar para Taehyung e perguntar o que estava acontecendo, apenas viu o mais velho se curvando minimamente para seus pais e então foi puxado pelo braço em direção a casa dos Min.

Subiram as escadas com pressa e Taehyung agradeceu pela porta do quarto de Yoongi estar aberta, mostrando que não tinha ninguém ali e que eles poderiam se trancar lá dentro. Jeongguk tampouco contestou, só seguiu o ritmo pois saberia aonde aquilo daria.

Yoongi que lhe perdoasse.

- Por que não me disse que seus pais tinham uma casa em Busan? - ele perguntou, sério, trancando a porta. A mão ainda fechada no pulso do Jeon, exercendo pouca força no aperto, apenas o mantendo ali.

- Estavam falando sobre isso?

Uniu as sobrancelhas e foi puxado até a cama que conhecia bem. Taehyung sentou-se na ponta e lhe fez sentar em seu colo, as mãos subindo pelas coxas esmagadas na jeans e parando na cintura fina, que era marcada pela camiseta social que usava.

- Sim... Estava ocupado demais se esfregando em mim que nem nos ouviu? - soltou, ladino. Apertando os dedos na pele coberta e passeando a língua entre os dentes.

Jeongguk soprou um riso incrédulo, era muita cara de pau mesmo. Era ele quem estava se esfregando no seu corpo sem nenhum pudor ou receio de que alguém os vissem daquele jeito.

- Era tu que tava se esfregando em mim, Taehyung!

- Você não reclamou, bebê. Achei que tava tudo bem. - Jeongguk o socou no ombro bem de leve, arrancando uma risada do moreno abaixo de si. Taehyung passeava as mãos grandes em seu corpo, deixando apertos gostosos por onde passava, começando a lhe excitar também.

Tinha dias que não transavam.

- Safado. Na frente dos meus pais, Taehyung. Tu não tem nem vergonha nessa carinha, né? - apertou os dedos nas bochechas dele, fazendo um bico se formar nos lábios rosados.

Se não estivessem quentes e loucos para tocar o foda-se em tudo, teria achado a cena fofa.

- Não tenho culpa se o filho deles é gostoso pra caralho e tem essa raba grande implorando por mim. - apertou a bunda do garoto com gosto, fazendo os corpos se encaixarem. Taehyung arfou por ter ele posicionado bem em cima de seu pau, começando a rebolar fraco para lhe provocar.

- Gosta dela?

- Amo. - reforçou. - Ainda mais quando ela tá engolindo o meu pau.

O ventre do moreno contraiu com as palavras do Kim, e ele sorriu se aproximando do rosto dele. Respirações quentes batendo uma contra a outra, as mãos de Taehyung apertando sua carne enquanto lhe olhava desejoso.

- Achei que gostasse de ver minha boca engolindo seu pau, hyung. - rebolou, arteiro. Puxando os fios da nuca do mais velho com certa força, o fazendo pender a cabeça para trás, deixando o pescoço de pele dourada bem visível para si.

Começou a beijar aquela área com a língua, chupando a pele para dentro de sua boca e a marcando. Taehyung fechou os olhos com força e apertou as coxas que lhe esmagavam.

- Ah... Isso é outra coisa que eu também amo, bebê. - Jeongguk sorriu se afastando e teve o queixo tomado pelos dedos longos do Kim, ficando cara a cara com ele. A outra mão do mais velho deslizou os dedos por sua face, ele o olhando da maneira mais perversa que tinha, o que fazia seu corpo todo implorar para ser fodido ali mesmo. - Sabe o que eu ia amar, agora?

- O quê?

- Ter você rebolando gostoso em mim. - passou a ponta da língua nos lábios vermelhos, sentindo novamente o gosto doce da boca que amava beijar. Jeongguk fez o mesmo consigo, ambos brincando com a língua um do outro. - Faz seu hyung gozar só com isso, Príncipe. Hm?

Jeongguk brilhou os olhinhos negros e o puxou para um beijo. As línguas famintas se enrolando uma na outra enquanto ele tratava de rebolar no Kim, ondulando o quadril com força medida para não machucá-lo, também sentindo seu pau doer dentro da calça.

Estavam loucos um pelo outro e ainda no quarto de seu melhor amigo em uma festa de criança. O quão descontrolados eram?

- Taehyung, que ódio de ti... - murmurou contra a boca dele, arrancando um riso do mais velho. Taehyung puxou a camiseta de dentro das calças, subindo as mãos pelo corpo quente, apertando a pele entre os dedos e indo em direção aos mamilos durinhos do Jeon.

- É? E por quê?

Chupou a língua molinha dele, deixando os estalos ecoarem pelo cômodo. Jeongguk o empurrou pelo peitoral, o fazendo ficar deitado na cama. Cabelos negros e ondulados esparramados sobre a coberta cinza, peito subindo e descendo com rapidez enquanto aquele sorriso cafajeste moldava os lábios inchados.

- Você me tira do sério. - colocou as mãos na cintura do mais velho, ganhando apoio para poder rebolar sobre ele. Os dois paus cobertos se friccionando daquele modo gostoso e mais tentador.

Taehyung tinha a visão perfeita de Jeongguk naquele instante e poderia chegar ao ápice só de ver aquele rostinho revestido de prazer enquanto apertava os olhinhos com força e mordia o lábio inferior para não gemer alto.

- Isso amor, continua assim. Você é tão gostoso e bom pra mim...

- Sou? - curvou o corpo, levando a palma livre para o pescoço de Taehyung, a fechando em um aperto fraco. - O quanto eu sou bom pra você, hm? - sussurrou. Deixando que a respiração pesada batesse contra a boca semiaberta do Kim, que procurava por ar.

- A vida inteira, J-Jeonggkie.

Voltou com as mãos para a cintura dele, apertando a carne e o ajudando a não parar. Estavam mais perto do nunca e foi só Taehyung mover o próprio quadril para cima, que Jeongguk gemeu manhoso e gozou. Taehyung veio no mesmo instante também, aquele gemido foi o estopim dele.

O corpo molinho caiu sobre o do Kim, e ele sorriu mediante ao torpor do orgasmo. Taehyung passou os braços pelo corpo dele e o apertou, sentindo o coração dele em disparada contra seu peito. E com certeza, não estava diferente.

- Droga... Minhas pernas estão doendo. - resmungou, se remexendo e tirando suas pernas que estavam envolta do quadril do mais velho, ficando apenas com o tronco sobre o dele.

Taehyung riu baixo e selou o topo da cabeça do Jeon.

- Nós temos que voltar pra lá antes que venham atrás da gente.

- É, você não pensou muito nisso quando me arrastou pra cá. - disse, baixo. Praticamente sonolento e isso fez Taehyung arregalar os olhos.

- Nada de dormir, mocinho.

- Hmm. - resmungou, aconchegando o rosto na curvatura do pescoço do Kim.

- Vamos nos limpar e voltar pra lá, anda, levanta.

Com muito custo, Jeongguk se levantou. Os dois se limparam no banheiro e então desceram as escadas de mãos dadas como se não tivessem feito nada.

Dois caras de pau.