Nossa história.
BRUNNA POV
Vi Ludmilla sair do quarto batendo o pé. Miley, assim como eu, continuou imóvel. Eu sabia que coisa boa isso não ia dar, mas já era tarde pra impedir Ludmilla de qualquer coisa. Eu estava um pouco apavorada com tudo que tinha visto. Nunca tinha visto Ludmilla tão agressiva e com tanta raiva. Por um instante achei que ela fosse matar Miley.
- Temos que ir atrás dela. — Miley pegou na minha mão e me puxou.
- Meu Deus. Como a Cara conseguiu fotos intimas minhas? — Era pra ser um pensamento, mas falei em voz alta enquanto Miley me puxava para o elevador. Eu estava um pouco distraída e atordoada. Não conseguia pensar direito.
- Eu não sei, Brunna. Só sei que temos que achar Ludmilla antes que ela ache a Cara. — Miley falou e eu a encarei. Só então voltei a realidade e percebi que Ludmilla não estava ali.
- Onde Ludmilla foi? — Perguntei e Miley franziu a testa.
- Você tá bem? — Perguntou, ignorando minha pergunta. Ela parecia aflita e preocupada. Estava inquieta e olhava o tempo todo para os números que iam abaixando do 6° ao 5° andar. Encarei o rosto de Miley e por um momento senti pena dela. A culpa não era toda dela, ela não merecia toda a surra que tomou. Cara merecia. Só então me lembrei das últimas palavras de Ludmilla.. "Eu definitivamente vou matar a Cara". Fui tomada por um pânico. Que diabos Ludmilla iria fazer com a Cara?
- Minha nossa senhora! Temos que achar Ludmilla. Ela vai fazer uma besteira! — Falei apertando várias vezes o botão para o primeiro andar do hotel.
- Até que fim acordou pra vida! — Miley falou e a porta se abriu. Ela me puxou pelo braço e saímos do elevador. Olhamos de um lado para o outro, e nada. Olhamos para a frente do hotel e vimos um tumulto. Tinha mais ou menos 30 pessoas do lado de fora em uma rodinha. Muitos paparazzis tinham seus flashes ligados na direção do tumulto. Algumas pessoas gritavam e outras riam. Olhei para Miley e ela olhava aquilo com os olhos arregalados.
- O que foi?
- Acho que sua namorada tá dando um showzinho ali. — Ela disse e arregalei os olhos. - Venha. — me puxou mais uma vez e eu a segui.
Passamos pela porta e metade das pessoas nos cercaram. Miley me puxou para que não ficasse presa no meio do povo, mas era quase impossível. Passamos no meio do povo e só então pude ver o que prendiam a atenção deles. Ludmilla estava ajoelhada no chão. Cara estava deitada de bruços. Ludmilla segurava ela pelos cabelos e direcionava seu rosto para uma poça que mais parecia uma vala. Eu não estava acreditando no que estava presenciando.
- FALA! — Ludmilla gritou. - Quem tirou aquelas fotos pra você?
- Não te interessa! — Cara falou e Ludmilla ameaçou afundar o rosto dela naquela água imunda. - Tá bom! Tá bom! Foi um funcionário do hotel. — Cara falou e Ludmilla soltou uma risada irônica. Todos tinham suas câmeras ligadas e suas bocas abertas. Ludmilla definitivamente tinha perdido a paciência. Eu não podia acreditar que ela estava faxendo aquilo em público.
- Admita que você armou tudo isso. Admita que sente inveja do meu amor pela Brunna. Admita que você é infeliz e quer que todo mundo seja também. Fala pra todo mundo ouvir que você tentou me ferrar, mas eu que te ferrei. — Ludmilla falou e vi Cara começar a chorar. Ludmilla segurava os cabelos dela com firmeza e por um momento senti pena. Ludmilla estava pegando pesado. Não que Cara também não estivesse, mas Ludmilla sabia mesmo deixar uma pessoa mal e eu sentia medo desse lado dela.
- Só me deixe ir embora, Ludmilla. — Cara praticamente suplicou chorando. Tomei a decisão de tirar Ludmilla dali, mas fui impedida por Miley.
- Ela merece isso, Brunna. Se não passar por isso nunca vai te deixar em paz. Cara é doente! — Miley falou e suspirei. Ludmilla era outra doente. Eu não era uma pessoa má, e mesmo com tudo que Cara havia feito, eu nunca teria coragem de humilha-la de tal forma.
- Eu quero que você fale pra todo mundo ouvir que é tudo culpa sua. Que você armou pra cima de mim e por isso todos estão me chamando de corna na internet. — Ludmilla falou e puxou o cabelo de Cara com mais força.
- Eu armei pra você. Eu que postei a foto. A culpa é minha! — Cara admitiu e todos que estavam ali começaram a gritar. Alguns riam e xingavam Cara. Olhei para Miley e ela sorria batendo palmas. Olhei séria para ela e ela parou.
- Ludmilla, chega! — Falei e tentei puxar seu braço, mas ela se esquivou voltando sua atenção a Cara.
- Você foi humilhada publicamente, do mesmo jeito que eu fui. — Ludmilla começou e Cara a encarou. Aquele olhar me deu medo, ela tinha ódio nele, mas isso não pareceu intimidar Ludmilla. - Não mexa comigo, querida. Eu sei ser muito má. — Ela se levantou e puxou Cara pelos cabelos. — Você queria fama, certo? Eu te dei fama. Todo mundo vai falar de você agora. Talvez ganhe um prêmio de otária do ano ou a mais humilhada de todos os tempos. — Ludmilla falou e todos riram. Cara acertou um tapa tão forte no rosto de Ludmilla que a fez virar o rosto. Ela me encarou e fechou os olhos. Eu já sabia o que iria vir em seguida. Ludmilla se virou e segurou o pescoço de Cara. Arrastou ela até uma parede e a encostou lá, e agora apertava seu pescoço com força. Por Deus, o que Ludmilla estava fazendo? Estava fora de controle e todos estavam vendo aquilo. Duas atrizes brigando.
As pessoas gritavam e gravavam tudo. Isso iria se tornar a notícia do ano. Eu estava apavorada. A essa altura eu já estava bem distante das duas, a multidão toda se aproximou e eu não conseguia passar. Consegui ver de longe e vi o rosto de Cara muito vermelho. Ela tentava respirar, mas Ludmilla parecia colocar toda sua força ali. Vi que Miley estava bem perto das duas, porém sorria animada e gravava tudo com o celular.
Me enfiei no meio da multidão e empurrei todo mundo que estava na minha frente. Algumas pessoas percebiam que era eu e me davam passagem. Finalmente sai do meio da multidão e puxei Ludmilla com toda força que tinha, mas ela não saiu do lugar. Cara segurava a mão de Ludmilla e vi que estava lutando para afasta-la, o que estava mantendo-a consciente ainda. Me coloquei no meio das duas e empurrei Ludmilla com força. Ela me vendo ali, soltou o pescoço de Cara que caiu sentada no chão.
- CHEGA! O que é isso? Você ficou maluca? Você não é assim, Ludmilla. Você quer mata-la? — Gritei sem disfarçar o pânico que me tomava.
Ludmilla estava ofegante, vermelha e suada. As pessoas rodearam Ludmilla tentando falar alguma coisa. Ela tentou fugir da multidão e correu de volta para o hotel. Miley não estava mais ali também. Só tinha algumas pessoas e claro, Cara ainda estava ali no chão. Ela passava a mão no pescoço e chorava. Sem pensar muito bem, estendi a mão para ajuda-la a levantar. Cara esquivou o rosto e eu sorri. Ela achou mesmo que eu iria lhe acertar um murro.
- Vamos, levanta daí. — Falei e ela segurou minha mão me olhando desconfiada. - Perdoe Ludmilla por isso, ela só estava nervosa.
- Eu sei. Eu só conheço esse lado dela e não estou surpresa. Ela ficou assim por minha causa. Você tem sorte de conhecer o lado bom dela, você deve ser muito importante mesmo. — Cara disse e tentou arrumar sua roupa e prendeu seus cabelos em um coque. Eu não sabia o que dizer a ela. Na verdade não tinha muito o que dizer, ela estava certa.
- Desculpe. Eu preciso entrar. — Falei e tentei andar, mas ela me segurou. Meu coração acelerou automaticamente.
- Você é uma boa pessoa, Brunna. Espero por Deus que Ludmilla nunca solte as suas feras interiores com você. — Cara falava baixo, como se não quisesse que as pessoas ouvissem. Cerrei o cenho e franzi a testa. Não podia acreditar no que estava ouvindo. Esse dia estava uma loucura.
- Obrigado?
- Eu não vou fazer nada com você. Sinta-se livre de mim. — Ela falou e respirei aliviada. Era uma coisa boa, pelo menos. - Mas Ludmilla não vai se livrar mim. Ainda vou perturba-la. Mas vou deixar vocês duas em paz. E me desculpe por tudo. — Falou e sem esperar por respostas, saiu dali.
Depois de tentar atender algumas das pessoas que estavam ali, voltei para o hotel. Entrei no quarto e Miley conversava com Ludmilla. Ela estava séria olhando para o celular na mão da Miley, que sorria animada. As duas estavam vendo o vídeo de Ludmilla enforcando a Cara.
- Vem ver, Bru. — Miley falou e Ludmilla me encarou séria.
- Não quero ver isso. — Falei e Miley revirou os olhos. - Você devia ter ajudado, Miley. Não ficar filmando.
- Eu queria ajudar, mas Demi não curte garota violenta.
- Não estou falando de ajudar a bater. E eu também não gosto de garota violenta. — Falei e as duas tiraram os olhos do celular para me encarar.
- Uhh.. Acho que o clima vai ficar pesado aqui. Fui! — Miley falou e saiu do quarto. Cruzei os braços e encarei Ludmilla de frente para cama.
- Olha, eu..
- Que atitude foi aquela? — A interrompi. - Nem parecia que era você. Fiquei assustada.
- Me desculpa, tá? Só queria dar uma lição nela pra ela deixar a gente em paz. — Ela falou segurando minhas mãos e me puxando delicadamente para sentar na cama com ela. - Eu não sou violenta assim. Só quando fico com muita raiva mesmo. E não se preocupe, nunca vou tocar um dedo em você pra te agredir.
- Com certeza não. Acho que sei dar mata leão. — Falei e ela sorriu. - Acho que vamos ter paz agora.
- Não sei não. Cara parecia estar com muito raiva.
- Ela me pediu desculpa. Disse que vai deixar a gente em paz. — Falei e Ludmilla arregalou os olhos. - Mas ela disse que vai te perturbar. — Ludmilla revirou os olhos.
- Normal. Desde que ela não mexa com você e nem com nosso relacionamento. Tá ótimo. — Ela disse e me abraçou. Enfiou o rosto no meu pescoço beijando o local me deixando instantaneamente arrepiada. - Você tem um cheiro maravilhoso, sabia? — Lambeu meu pescoço. - Só de sentir ele eu fico toda acesa.
- Você parece que é movida a sentir prazer. — Falei um pouco ofegante, sentindo a mão de Ludmilla apertar minha coxa com força.
- Aham.. - Mordeu e chupou meu pescoço. - Você me deixa muito excitada. — Ela sussurrou no meu ouvido e eu gemi baixo. Desceu seus lábios e beijou meu colo e passou uma das mãos no meu seio.
- Você está suada e com cheiro de vala. — Falei sorrindo e ela parou com as carícias para me encarar. - Vá tomar um banho ou nada feito.
- Tá me rejeitando? — Ela perguntou, com um sorrisinho esquisito no rosto.
- Você tá com cheiro de suor. Quero você limpinha. — Falei e ela se levantou. Ficou parada na minha frente me encarando com as mãos na cintura.
- Não gosta de suor?
- Não. Nem um pouco. - Respondi.
- Seria uma pena se uma menina toda suada começasse a te agarrar, não é? — Perguntou e arregalei os olhos.
- Não! — Falei, tentando fugir, mas era tarde demais. Ludmilla ficou por cima de mim segurando meus pulsos e passando seu pescoço suado no meu rosto. Em outras situações eu ficaria com nojo, mas o cheiro dela ainda estava ali, e eu amava o cheiro dela.
- Isso é pra você aprender a me amar até quando eu estiver fedendo! — Ela disse e eu ri. A porta do quarto se abriu e vi Demi e Miley entrarem.
- Escuta essa.. — Miley disse animada. Ludmilla saiu de cima de mim e se sentou na cama. - Demi estava me esperando no meu quarto, nua. — eu e Ludmilla rimos. - Não, não, não.. A melhor parte... Eu chupei ela, e não ardeu minha boca cortada.
- Miley.. — Demi falou lhe dando um tapa. - Sem detalhes. — Demi se aproximou e me abraçou forte. - Só passei para dar um Oi.
- Já ta indo? — Ludmilla perguntou quando Demi lhe deu um beijo no rosto.
- Sim. Vou me apresentar na final do X Factor hoje.
- É. Eu fiquei sabendo. Eu ia até marcar da gente se ver. Mas aconteceu tanta coisa, sabe.. — Falei e Demi acariciou meu rosto.
- Fiquei sabendo. Vocês duas estão faladas demais.
- Vamos tentar ser mais discretas a partir de hoje. As coisas não estavam muito a nosso favor. Mas vamos tentar ficar em paz agora. — Ludmilla falou e Miley sentou em seu colo.
- Eu sou sua fã, Lud. Me desculpe por tudo. — Miley disse e Demi tinha um sorrisinho bobo no rosto. Estava claramente caidinha por ela.
- Que isso, Miley. Já te desculpei. — Ludmilla disse abraçando Miley.
- Tadinha da minha criança. Está com a cara toda ferrada. — Demi falou acariciando o rosto de Miley, que fez cara de cachorro sem dono.
- É. Pois é. Tenho que me desculpar por isso também. — Ludmilla falou.
-Vem. Vou cuidar desses ferimentos e de você. — Demi disse puxando Miley em direção a porta. Ludmilla e eu rimos quando Miley nos olhou com um sorriso safado.
- As duas são fofas. — Falei e Ludmilla sorriu se deitando de novo na cama. Me deitei ao lado dela e ficamos as duas olhando para o teto por um tempo. As coisas pareciam bem e isso era até estranho, mas eu estava feliz.
- Sabe no que eu estava pensando esses dias? — Ludmilla falou e eu a encarei.
- No que?
- Em bebês. Eu queria ter um filho com você. — Falou tão simplesmente que até soltei uma risada.
- Temos a Jas.
- Eu sei. Mas ela é minha filha com a Megan. Quero uma filha com você. Que tenha traços seus e que eu possa me apaixonar por ela todos os dias ao perceber isso. Séria incrível se ela tivesse seus olhos castanhos ou sua boca carnuda. Ou sei lá, o formato do seu rosto. Qualquer coisa. — Ela pareceu ter se animado demais do nada e se virou rapidamente de lado na cama sorrindo pra mim. - Não seria incrível?
- Ahmm.. Seria.. Mas acho que tá cedo...
- Brunna... — Ela me interrompeu. - Já estamos juntas a um tempo. Tem tempo pra isso agora?
- Amor, Jas é pequena ainda. Eu sou cantora, você é atriz. Vida corrida. Ficar grávida só atrasaria tudo. Você não devia estar pensando ter filhos tão cedo, não agora. — Falei e ela arqueou a sobrancelha.
- A gente dá um jeito. Eu quero que você grávida! — Ela praticamente afirmou e arregalei os olhos. - Seria um sonho te ver grávida e eu ia ficar tão feliz em cuidar de você e sair do meio da noite pra comprar alguma coisa estranha que te dê vontade de comer. — Ela falava de forma inocente e encarava o teto com um sorriso no rosto, como se estivesse imaginando a cena. - E não seria um problema. A Beyoncé até gravou clipe grávida. Claro que teríamos que ter muito cuidado nos shows..
- Ludmilla...
- Sim.
- Você já está planejando tudo, mas nem sabe se eu quero isso. — Falei e ela me encarou.
- Vamos fazer uma família, Bru. Eu quero me casar com você e quero ter filhos. Eu tenho certeza de que te amo..
- Eu não sei se quero me casar agora. Tenho 18 anos, Ludmilla. — Falei e ela respirou fundo se sentando na cama. Ela agora estava séria e me senti mal por despedaçar seus planos.
- Não precisamos nos casar agora. Mas eu sei que vou passar o resto da minha vida com você, e sei que você quer isso também. Quero ficar com você pra sempre. E sei que pra sempre é muito tempo, mas não me importo nem um pouco de passar ao teu lado. Você só tem que começar aceitando as minhas propostas. Temos que começar a nossa história juntas. Sei que pode parecer que estou indo rápido demais, mas eu não me importo. Só quero que aceite isso, só para ser um começo. Eu quero muito, Bru. — Ludmilla dizia e engoli seco. - Isso tem que ser uma decisão de nós duas. O que você acha? Vamos ter um bebê? Aí
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