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11 - Quente

Lucas estava na terceira long neck quando Ana entrou no bar. Ele já tinha revirado uma porção de batatas que esfriava sobre a mesa, dada a ansiedade que o fazia olhar constantemente para a entrada do local. Agora, ela caminhava em sua direção de forma leve, o cabelo solto em cascatas acariciava as costas morenas, e a saia jeans curta que deixava ver as pernas bem torneadas o fez desistir de vez do petisco. Quando ela se acomodou na mesa, ele prendeu a respiração.

– Você quer comer algo? – perguntou apressado, tentando a todo custo conter a reação involuntária do próprio corpo.

Ana riu da ironia da pergunta. "Se eu quero comer algo ou alguém?"

Pelo sorriso zombeteiro, ele sacou sua linha de pensamento, mas não continuou a brincadeira. "Pois é, bem-vindo de volta à quinta-série..."

– Não estou com fome, obrigada. Mas aceito uma cerveja.

– Uma cerveja, então... – ele sinalizou para o garçom.

Lucas aguardou até que Ana fosse servida. Quando ela abriu a cerveja e ergueu a garrafa para um brinde com um sorriso mais aberto do que de costume - como se isso fosse possível - ele teve uma espécie de câimbra erótica.

– Pelo seu sucesso no surfe ontem – ela exclamou.

– Aos meus dois segundos em pé na prancha... – sua voz saiu meio boba, e ele engoliu a cerveja quase que de uma vez a fim de recobrar a dignidade.

– Dois segundos é bastante tempo! Você precisa ter mais paciência consigo mesmo.

– Ok, ok. Pelo menos foi divertido. E você é ótima, por sinal.

– Foi divertido mesmo... você também é ótimo. – "E lindo, e delicioso..."

Lucas engoliu a vontade de dizer o quanto ela parecia ser ótima em muitas coisas. Olhando para ela agora, mais uma vez se surpreendeu em como demorou para assumir o quanto a achava atraente... e sensual. Talvez tivesse reprimido a impressão por hábito de profissão ou por ter saído há tão pouco tempo de uma relação tão conturbada. Agora, não havia como negar que o sorriso o atingira logo de cara, e os lábios carnudos, que ele provara mais cedo, o atraíam agora de maneira irresistível, principalmente quando ela os curvava em sorrisos como neste momento e o tempo todo.

– Quando a gente pode tentar de novo? – ela perguntou, alheia aos pensamentos dele.

– Tentar o quê?

– Surfar, Lucas. No que você está pensando?

– No beijo.

Ana sentiu o coração dar um pulo. Ele olhava para ela de um jeito tão penetrante que ela se sentiu nua, e se envergonhou por desejar de fato estar nua sob a inspeção daquelas íris tão cristalinas.

Lucas, por outro lado, percebeu que apenas três cervejas já foram suficientes para derreter seu filtro. Não conseguia parar de olhar para os lábios dela, e para o pescoço, e o busto..."Cara... fica na tua, idiota! Se controla!"

– Por que me beijou? – ela criou coragem para perguntar.

– Não tem um porquê. Foi impulso, ou inevitável... Não sei. Você tem uma boca muito atraente, e não para de sorrir!

– Você devia tentar mais – e lhe lançou um sorriso matador.

– Beijar? – Ele não conseguia tirar os olhos dos lábios dela.

– Não, Lucas! Sorrir! Você sorri muito pouco! – Com isso, finalmente ele tirou os olhos da boca e a fitou. Ela não sabia o que a provocava mais, ele a engolindo com o olhar, ou a encarando desse jeito.

Lucas abriu um sorriso. Ok, definitivamente o sorriso conseguiu ganhar a batalha. Ana ficou encantada com a forma como as íris dele adquiriram um novo brilho, as linhas de expressão entre as sobrancelhas praticamente desapareceram, dando lugar a outras sutis ao lado dos lábios e dos olhos, e uma covinha discreta que ela não tinha visto ainda surgiu. Os olhos ficaram com aquela curvinha fofa parecida com desenho animado, e ela suspirou com o impacto do quadro todo. Lucas era fodidamente bonito!

– Prefiro beijar a sorrir – ele completou. A voz dele estava cada vez mais rouca.

– Foi bom – ela respondeu e abaixou a cabeça, subitamente interessada no rótulo da garrafa – o beijo. Eu gostei muito.

– Eu também gostei. – "Tenho certeza de que 'gostar' não é a palavra que eu usaria, mas ok. Preciso voltar a pensar, cacete!"

Eles permaneceram em silêncio, o que pela primeira vez entre eles era constrangedor. Ana terminou a cerveja e se levantou. Não devia ter ido até ali, estava mais uma vez sendo imprudente. Estava cavando confusão e sabia disso.

– Obrigada, não sou muito de beber. Vou voltar para a pousada, tudo bem?

– Não, ainda não! – Ele segurou a mão dela contra a mesa – fica um pouco mais. Por favor. Você acabou de chegar e... eu gosto da sua companhia. Muito.

– Mesmo se eu for uma stalker que gosta de espiar homens desacordados e sem roupa? – Ana brincou, com um sorriso sugestivo nos lábios.

– Principalmente por isso.

Ela sentiu o rosto enrubescer num misto de timidez e ansiedade, e o calor da mão que cobria a sua subiu por seu braço, escorreu pelo corpo e se concentrou entre suas pernas.

Ela não era boba, sabia o caminho que estavam trilhando, desde quando o vira nadando, passando pelas aulas de surfe até o beijo. Com um risinho sem graça, sentou-se pressionando uma coxa na outra e aceitou mais uma cerveja, pois sabia que precisaria tomar uma decisão, e inevitavelmente a escolha já tinha sido feita.

– Mas a gente pode tentar de novo. – Lucas voltou ao assunto, matreiro.

– Tentar o quê?

– Surfar, ué. No que você está pensando?

O jeito zombeteiro dele deixou Ana ainda mais acalorada. Era uma faceta nova e irresistível. Percebeu que a mão dele ainda repousava sobre a sua, e o polegar acariciava lentamente a ponta dos seus dedos. O olhar dele não desviava dela um segundo, e temeu que ele percebesse o tremor de expectativa que percorria seu corpo e provavelmente se refletia em sua mão sob a palma quente e firme.

– Lucas...

Ele levou a ponta dos seus dedos até os lábios e os beijou de modo delicado, depois depositou outro beijo na palma de sua mão. Foi como um choque quente que se espalhou tal qual um relâmpago no céu. Ela se perguntou como chegaram a isso tão rápido, e de onde isso, seja lá o que fosse, surgira.

– Ana...?

– Não sei se isso é uma boa ideia...

– O quê... Surfar?

Ela bebeu a cerveja de uma vez, puxou a mão e se levantou. Ele chamou o garçom e acertou a conta, e ambos deixaram o bar em silêncio. Tudo isso aconteceu muito rapidamente, como se ambos tivessem entrado num acordo mudo de que não suportavam mais esperar.

No caminho entre o bar e a pousada, ela caminhava um pouco mais à frente dele, como quem queria fugir e ao mesmo tempo ser capturada. Ele seguia atrás com os olhos nos quadris e nas pernas dela, completamente enfeitiçado.

– Gostou do bar? – ela perguntou, tentando disfarçar a ansiedade.

Ele não respondeu. Estavam a poucos metros da pousada, então passou por ela e parou de repente.

– O que foi? – ela esperou, intrigada.

Ele deu dois passos, a segurou pelos ombros e a empurrou em direção ao vão entre duas casas. A iluminação do poste não chegava a clarear o pequeno beco onde ele a pressionou contra um muro.

Ela arfou quando ele espalmou as duas mãos contra a parede, uma de cada lado de seu rosto, enjaulando-a como se tivesse medo de que ela tentasse fugir. Ele respirava pesado, o rosto a centímetros de distância, e era possível sentir a eletricidade que ele emanava.

Mesmo surpresa, ela não ofereceu resistência. Ele capturou seu olhar e ela encarou de volta os olhos brilhantes e intensos, indagando internamente qual seria o tipo de material que, quando em combustão, provocava uma chama verde. "Quer dizer que o fogo no rabo agora é verde? Você está perdida mesmo..."

Lucas chegou mais perto e passou a língua por seus lábios, como se estivesse experimentando o calor, a textura e o sabor. Ela sentiu como se ele estivesse lambendo outro lugar, e o calor que se espalhou por seu corpo foi tão intenso que ela chegou a se constranger com a própria reação. E então, pela segunda vez no mesmo dia, ele se apossou de sua boca.

O beijo foi impaciente, molhado e urgente. Ela correspondeu de imediato, assumindo que estava esperando o dia todo para beijá-lo novamente.

Ana já beijara muitas bocas antes - ok, não tantas bocas assim - mas um número suficiente para saber quando um beijo era bom, razoável ou ruim, o suficiente para saber que línguas nem sempre se encaixavam perfeitamente, ou que a troca de salivas podia não ser tão agradável.

O suficiente para saber que o beijo de Lucas era bom pra porra!

Deixando um gosto de saudade nos lábios de Ana, Lucas moveu a boca para o pescoço, fazendo o caminho com a língua até perto da orelha, e passou a mordiscar a pele arrepiada perto da nuca. Ana sentia que estava derretendo como uma vela acesa. "Deus, que língua gostosa..."

– O que você está fazendo comigo, Ana? – ele sussurrou enquanto lhe mordiscava o lóbulo. Ela chegou a tremer com a sensação do ar quente entrando em sua orelha.

– Hummm... – Ela faria a mesma pergunta a ele se soubesse onde fora parar a voz.

– Você tem um cheiro tão gostoso... Não consigo parar de querer tocar em você... – ele continuou murmurando, agora com a boca no ombro onde a blusa fora afastada para que ele pudesse sentir a pele morena.

Ana percebeu um leve tremor nas mãos que espalmavam suas costas cobertas pela miniblusa apertada que, até então, ela nem tinha consciência de que era tão grossa. Sentiu também o quadril dele de encontro ao seu, e a evidência do desejo dele fez evaporar toda sua inibição.

– Então toca... – ela pegou uma das mãos dele e a colocou sobre um dos seios. Não queria pensar em mais nada agora, só queria sentir, sentir a boca, a mão, ele todo.

– Você está me deixando louco, Ana... – Ele gemeu baixo e começou a acariciar o bico do seio com o polegar, percebendo ali uma saliência diferente.

– Lucas...

A falta do sutiã mandou sua capacidade de pensar, que já era ínfima, para um universo paralelo. Ele acariciava a auréola por cima da roupa e mantinha a boca no pescoço esguio, e ficou intrigado com algo que parecia preso no bico do seio.

– O que é iss...? – Ana o calou roubando outro beijo.

Ele correspondeu, abrasado. Havia muito ainda a ser tocado, explorado, então ele escorregou a mão espalmada pela lateral do seio, desceu lentamente pela cintura, passou pelo quadril e deslizou acariciando a coxa até a barra da saia, para então insinuar os dedos por baixo do jeans surrado.

– Lucas... Aqui não.

– Em outro lugar, então?

Era um convite claro. Ana percebeu pela respiração dele o quanto ele estava excitado, e entendeu que não havia a menor possibilidade de recusá-lo agora, não apenas por ele, mas por ela, que já se sentia uma gelatina no sol e não queria parar por nada no mundo.

– Vamos sair daqui... – ela segurou a mão dele e ambos caminharam apressados para a pousada. Afoitos e arfantes, entraram com os corpos praticamente colados um no outro.

– Ana?

Antônio se materializou no hall usando um moletom esquisito e com uma escova de dentes na mão. Ana se desvencilhou de Lucas como se tivesse se queimado. O momento foi suficiente para esfriar os ânimos, não como um balde de água fria, mas como uma bacia de gelos em cubo jogados do segundo andar direto sobre suas cabeças. Lucas não poderia descrever o quanto o momento lhe causou uma dor para lá de inconveniente.

– Oi pai. Saí para comer algo. Nosso hóspede queria conhecer algum restaurante por perto... – ela sabia que estava se explicando demais e ficou envergonhada por isso.

– Comer algo, ah...? — Ela corou com a pergunta — Ok, não precisa me explicar. Faça o que quiser.

A resposta de Antônio foi cortante, e Lucas percebeu no mesmo instante como isso magoou Ana. Era certo que não estavam fazendo nada de errado, mas não deu para esconder o ar de julgamento nas palavras do patriarca. Lucas não sabia nada a respeito da relação entre pai e filha, mas entendia o suficiente sobre frases que mandavam partir enquanto obrigavam a ficar.

De repente um alerta soou na cabeça de Lucas. Qual seria a idade dela? Ele ficara tão alucinado com ela que se esqueceu de investigar o assunto. Isso explicaria a reação dela ao pai, ainda que parecesse tão solta e irreverente, talvez fosse jovem demais. "Você só pode estar de brincadeira! Jovem demais? Isso é um problema agora?" "Sim, é um problema se ela for menor de idade, seu idiota!"

Lucas quase podia ouvir um neurônio discutindo com outro tentando decidir se ele estava fazendo merda ou não.

– Eu vou me retirar. Com licença e... – ele olhou diretamente para Ana. O olhar a atingiu como um lamento ou uma promessa – obrigado pela indicação e pela cerveja. Boa noite.

Ele pensou em como foi difícil ser cordial num momento em que tudo o que ele queria era o exato oposto. Ele não queria educação, modos ou qualquer traquejo social. Ele queria mandar tudo pro inferno e rasgar as roupas dela para saber por que o seio dela tinha aquela saliência diferente e, o resto...

Bom, o resto era o que ele não ia ter agora. Talvez quando a coisa esfriasse e o efeito do álcool passasse, ambos assumissem que tudo não passara de uma péssima ideia.

Chateado, para dizer o mínimo, seguiu em direção às escadas dividido entre ficar com Ana e se esconder. A frustração pelo desejo contido e o mal-estar com o pai dela o fizeram se sentir péssimo. Entrou no quarto, tirou as roupas e se deitou só de cueca. O clima variava entre quente e menos quente, mas era sempre quente.

E ele estava em chamas.

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