As vozes em minha cabeça me dizem que estou errada, enchem minha paciência e criam ideias intrusivas em mim

Entre elas se esconde a minha; baixa, calma e medrosa. É entretanto a voz que eu deveria ouvir, buscar seguir em meio ao caos que me impulsiona a desistir
Então me diga por que é tão difícil confrontar essas maldições que botam-me em um rótulo e gritam a plenos pulmões: essa sim és tu!
Quando deveria olhar para frente e decidir por mim mesma quem sou eu sem que mais ninguém interferisse nisso
Elas se dedicaram em tornar-me quebrada, moldaram a ideia de que sou fraca, frágil, inútil e maldosa na minha cabeça
Mas nunca foi sobre a droga da sociedade berrando em meu ouvido e dizendo quem eu sou
Sempre foi sobre a droga da visão que eu quero de mim mesma para sobreviver a porra dessa hostilidade que nós chamamos de vida.

Dinazarda