Capítulo Bônus - Comemoração dos 500k
Minha nossa pessoal. Nem nos meus sonhos mais otimistas eu pensei que um dia fosse capaz de chegar aqui. Somente saber que eu consegui conquistar o coração de alguns de vocês pelo caminho e fora de serie! E hoje, aqui estamos aqui, completando 500k de leituras e eu passei o dia todo aqui ainda esperando a ficha cair. Foi por isso que eu vim aqui trazer esse bônus pra vocês. Estou revisando o livro e matando a saudade desse casal que eu amo tanto, e para vocês matarem um pouco a saudade (se tiverem) aqui vai esse bônus, escrito com todo o meu amor para agradecer a cada uma dessas leituras. Obrigada a todos que fazem parte desse sonho <3 Sei que vocês não querem ler isso, preferem mesmo o bônus, e pra minha alegria, vai ser inteiramente narrado pelo meu bombeiro lindo e amoroso.
James
O salão de festas estava cheio.
Camila tinha acertado quando resolveu alugar esse local para a festa de aniversário dos gêmeos. E o tema de parque de diversões tinha caído como uma luva. Não era tão infantil e nem adulto demais, minha mulher sempre tinha as melhores ideias. Afinal, os nossos pequenos estavam completando treze anos.
Ela, com a ajuda da minha mãe tinham organizado tudo. A decoração, as barracas típicas de parque de diversão. Nem me pergunte como foi que ela conseguiu arrumar aquela pequena montanha russa. E rodear daquele jeito aquelas mesas.
Não quero nem começar a pensar nisso, mas sei que eventualmente os dois vão começar a caminhar para longe de mim e da Camila. Adoro a dependência que eles ainda tem conosco. Quando eles começarem a caminhar com as suas próprias pernas vai ser um baque.
Olho para os meus dois e eles estão conversando, sorrindo e bebendo refrigerante com os amigos. Eles pareciam estar se divertindo e eu adorava vê-los assim, conversando, se dando bem. Mas não tinha como negar o quanto eles eram companheiros.
Mesmo sendo de sexos diferentes e com personalidades na grande maioria dos casos quase opostas, os dois eram além de irmãos, amigos. E quando resolviam aprontar alguma coisa, eram inseparáveis. Era quase engraçado como os dois se comunicavam sem ao menos abrir a boca. Camila sempre dizia que eles tinham telepatia de irmão gêmeo ou algo do tipo. Não tinha como discordar da minha mulher.
Eu ficava extremamente tranquilo de saber que a Sophia cuidaria do Lucas, assim como ele cuidaria dela. Eles se amavam assim como eu os amava. Mas o meu coração de pai não consegue diferenciar o amor que eu tenho pelos dois, quer dizer, três, não há como esquecer do Miguel, o nosso caçula.
Mesmo a Camila me infernizando por isso, mas eu tenho que admitir que o meu ciúme fala mais alto quando se trata da minha pequena Sophia. A cada dia ela ganhava mais aspectos bem femininos e doces, e assim como a mãe dela, sei que ela ganharia muitos olhares por onde passasse. Que a minha mulher não escute, mas eu vou ter que olhar com mais atenção para esses jovenzinhos de treze anos com os hormônios fervendo numa agitada ebulição.
Tenho é pena se eles ousarem em magoar a minha doce menina.
Com os meus rapazes eu estava um pouco mais tranquilo, pois eu estou sempre ensinando a eles como se tratar com o devido respeito qualquer mulher em suas vidas, quer dizer, não somente as mulheres, como qualquer pessoa que eles conhecerem. Tenho a consciência tranquila por saber que eles tratarão a pessoa que eles amam e escolheram para passar o restante da vida deles com todo o amor e dedicação. Por isso eu tinha medo que a minha Sophia não encontrasse alguém assim. Mesmo ela estando sempre junto dos meninos quando eu falo isso para eles, eu só tinha como torcer para que ela encontrasse alguém que a amasse e respeitasse.
Passo os olhos pelo salão enquanto tomo um gole da minha cerveja e encontro quem eu procurava. Minha mulher conversando com um grupo de outras mães, e sua beleza sempre saltava nos meus olhos. Seus traços mesmo sempre mudando se encaixavam em mim, nessa sua variável perfeição.
Seus cabelos curtos, cheios e lisos voavam timidamente com o vento provindo do ar-condicionado. Seu vestido colorido abraçava a sua cintura um pouco mais robusta e infinitamente deliciosa. Ela passa suas mãos distraidamente pela saia do vestido, evidenciando o seu quadril, que depois do Miguel passou a mexer muito mais com o meu juízo. Seus seios tinham ficado mais fartos e repousavam protegidos em seu decote discreto e contido, mas que para mim ainda era extremamente tentador.
Sei que corro o risco de soar como um adolescente tarado e apaixonado, ou até mesmo como um mentiroso, mas eu ainda sinto o meu coração acelerar quando olho para ela, mas como não me sentir assim? Ela sempre dá um jeito de se reinventar e me fazer um pouco mais apaixonado.
Mesmo com os anos passando, mesmo com os nossos corpos mudando, mesmo com a seriedade da nossa família e responsabilidades nos atingindo, as nossas ideias que muitas vezes são distintas, meu anjo ainda consegue manter o seu coração jovem e o nosso romance ainda bem aceso. Eu tinha tirado a sorte grande com essa mulher incrível.
– Você sabe mesmo como dar uma festa James! – Isaac diz, do meu lado, colocando a sua mão em cima do meu ombro e chacoalhando de leve. – E olha que eu não digo isso para todas as festas de adolescentes de treze anos que eu vou!
– Isso aqui foram sua irmã e mãe que organizaram. Tudo veio da cabeça e esforço delas...
– Entendi, você é só o cara que libera o cartão...
– Tipo isso – digo brincando e olho para ele.
E quero deixar dito aqui que eu estou falando isso de uma forma extremamente positiva e estou ainda ajudando um pouco a situação. Sendo generoso com a situação, parecia que o Zac tinha sido pisoteado por pelos menos três manadas de elefantes enfurecidos. É, acho que finalmente os choros de madrugada alcançaram a vitalidade dele.
– Zac, cunhado, pelo visto a vida de pai está te fazendo um bem danado. Você está radiante cara! – não consigo resistir a brincadeira.
– Estou cansado demais até pra te dar um soco no braço pela piadinha! – ele diz com um sorriso fraco. – Fala sério James, acho que muitas noites a Bela acorda de propósito, só pra me ver assim... Não é cólica, não é fralda suja, não é fome, na real, não sei o que ela quer... Me enlouquecer, só pode. É um horror, eu me sinto um lixo sempre, mas ao mesmo tempo é a melhor coisa que já aconteceu na minha vida.
– Conheço bem esse sentimento meu amigo...
Meus três são tudo para mim. É um sentimento, algo dentro de mim que eu não sei explicar. Lembro como se fosse ontem as primeiras palavras de cada um, os primeiros passos, as implicâncias do Lucas com a Sophia só porque ele tinha perdido um dente de leite primeiro que ela, as primeiras conquistas, todas as vezes que eles caíram, as idas aos hospitais, as noites sem dormir, as preocupações... Ser pai é um trabalho integral e a recompensa é tão plena e infinita que só quem é pai pode saber.
Sinto um pequeno par de mãos encostar na minha perna e já sabia que era o Miguel antes mesmo de olhar. Ele tinha a camisa manchada com molho de cachorro quente. Era uma missão praticamente impossível deixar o Miguel limpo por mais de meia hora.
Ele tinha os olhos cheios de lagrimas não derramadas. Já sabia que vinha confusão por ai.
– O que foi campeão? – digo me abaixando um pouco, pra ficar no mesmo nível do seu olhar.
– Pai! O senhor disse que era pra gente se comportar hoje, mas o Lucas não está! Ele me fez derrubar o meu cachorro quente no chão!
– Mas o que foi que ele fez filho?
– Ele é um chato! – ele reclama e eu seguro uma risada, sei que não deveria rir disso, mas os meus filhos tinham o toque para o drama.
– Filho, que tal você dar um desconto para o Lucas hoje? Afinal é o aniversário dele... Será que você pode fazer isso? Pelo seu pai?
– Hum, é, eu acho que eu posso fazer isso... Mas fique o senhor logo sabendo que no meu aniversário ele vai se ver comigo!
– Certo, no seu aniversário, você é que vai ganhar esse desconto filho – digo e ele sai ainda meio irritado, mas já vai correndo em direção as outras crianças, aposto que não demoraria mais do que cinco minutos pra ele esquecer.
– Acho que eu vou ver se a minha mulher está precisando de alguma coisa. – Zac fala e vai na direção da Bianca.
Falando nisso, eu vou atrás da minha esposa também... Mas antes que eu me mexa, braços enlaçam e apertam a minha cintura. O cheiro dela me acerta como sempre e sorrio.
– Sentiu a minha falta? – a voz dela é sempre tão suave, essa voz tem o poder de espantar os meus piores pesadelos. Ah minha doce Camila...
– Sempre – me viro para abraçá-la melhor e vou logo roubando um beijo discreto dela. Passo os meus braços por sua cintura e a puxo para perto. – Eu já lhe disse o quanto você está linda essa tarde?
– Sim meu amor, você já me disse. E eu já te disse o quanto você está irresistível?
– Ah sim, claro, mas não me canso de ouvir você falar... – ela sorri e me da um beijo em resposta.
– Parece que está tudo indo muito bem não é?
– Sim, mas eu tenho que te dizer que eu estou estranhando que os meninos ainda não começaram uma briga...
– Engano seu, claro que eles já conseguiram brigar, mas eu os controlei, acho que estamos seguros pela tarde...
– O Lucas e o Miguel não dão um tempinho não é?
– Já sabe que os dois sempre vão arrumar um motivo, mas que os dois se amam, da maneira maluca e birrenta dos dois.
– Sim, eu sei bem disso, conheço os nosso pequenos – ela sorri e olha para o Lucas que esta numa roda de amigos conversando.
– Sabe – digo passando os meus dedos por suas costas cobertas pelo tecido. – Olhando eles crescendo rápido assim, e caminhando para longe de nós, me dá uma vontade maluca de ter outro...
– Está maluco bombeiro? Inalou fumaça demais quando estava na ativa na corporação? Olha eu estou falando isso, mas você sabe que eu amo nossos filhos, você sabe que eu os amo. Mas por um acaso você se esqueceu das noite sem dormir, dos choros que não conseguíamos acalmar, das fraldas sujas, por Deus! As fraldas sujas do Miguel! – ela lembra e fecha os olhos, abrindo o mais engraçado dos sorrisos.
– E então que tal fazermos um filho, mas sem o filho? – desço a minha mão pela sua coluna, somente para que ela não tenha dúvidas sobre o que eu quis dizer.
– Ah, agora você tem a minha atenção senhor bombeiro... O que você tem em mente?
Vou me aproximando ainda mais dela, vou falando cada vez mais baixo, com a minha boca cada vez mais colada na pele macia do seu pescoço.
– Podemos ir para a praia, ou então para algum hotel de sua preferência. O lugar é o de menos, só quero que a noite seja regada de amor e sexo... O que você acha?
– Onde eu assino? – ela fica na ponta dos pés e me dá um beijo rápido, quente, discreto e cheio de promessas. Ah ela sempre dá um jeito de me deixar maluco, no melhor sentido da palavra.
– Então assim que encerramos aqui é a nossa vez – digo em seu ouvido, fazendo o seu corpo esquentar e tremer do jeito que eu tanto gosto.
– Vou pedir pra minha mãe ficar com as crianças para ficarmos mais tranquilos... – ela diz baixinho e morde o meu queixo antes de começar a se afastar de mim.
Ah aquela bunda maravilhosa rebolando na minha frente! Não tenho como fazer outra coisa além de olhar e ficar controlando o meu impulso de dar uns bons tapas nela. Terei muito tempo para fazer isso mais tarde, então não é tão difícil assim me controlar.
Mas eu fiquei tão hipnotizado com o rebolado da minha mulher que eu nem percebi que a Sophia estava do meu lado e muito consciente do meu olhar.
– Pai! Eca! O senhor bem que podia disfarçar quando olhasse assim pra mamãe! Isso é meio traumatizante!
– Desculpa princesa, não te vi aí... Mas você quer alguma coisa?
– Deixa pra lá pai.
– Sophia, pode falar!
– Não, pode deixar pra lá, não quero falar com você depois desse olhar todo esquisito pra mamãe!
– Filha, deixa de coisa! Pode me falar o que você queria dizer.
– Bem pai... Assim, é que hoje vai estrear um filme que eu quero muito assistir...
– E a estreia é hoje?
– Sim, e eu queria saber muito se eu posso ir...
– Seu irmão vai? – pergunto, e ela já sabe que eu estou me referindo ao Lucas.
– Não, ele disse que o filme é muito de mulherzinha pra ele, e que não tem jeito no mundo dele ir pra esse filme. Acho que deu pra perceber que ele não gosta muito.
– E então quem vai pra esse cinema?
– Então, assim, não sei se o senhor conhece todos que vão, e um pessoal lá da escola... – e ao falar nisso, a Sophia cora e vira o rosto. Só preciso desses dois sinais para ficar alerta. Aí tem algo... Eu conheço a minha filha.
– E nesse pessoal da escola vai o rapaz que você gosta, correto?
Sophia arregala tanto os olhos que eu penso que eles vão saltar. Se eu estava em dúvida sobre a existência desse rapaz, somente com a reação dela, tive como ter a certeza. Tive que segurar uma risada. Eu e meus filhos com reações sempre exageradas.
– Não vamos só nós dois pai! Vai mais um monte de gente da escola, além do mais a mãe da Su vai e eu prometo que eu não vou chegar tarde em casa e eu ainda nem...
– Calma filha – eu a interrompo. – Respira um pouco, você pode ir pro cinema.
– Posso? – ela pergunta completamente surpresa, soltando um bocado de ar no pulmão, coitada tinha tomado uma grande respiração, devia ter todo um discurso preparado na cabeça.
– Claro que pode filha. Mas você tem que me prometer que não vai esquecer das nossas conversas, tá certo mocinha?
– Prometo pai! – ela me da um sorriso lindo e me abraça bem apertado. – Obrigada pai! Vou zelar pela sua confiança! – sinto o orgulho em sua voz.
– Não se esqueça de avisar a sua mãe que você vai sair, certo?
– Sim pai! – ela se afasta de mim praticamente saltitando. Vejo ela ir na direção das suas amigas e poucos segundos depois, todas as quatro meninas ficam completamente eufóricas e dão gritinhos animadas.
Me junto com outros pais na festa e entro numa conversa sobre o jogo de futebol que teria no próximo final de semana. Tinha aberto a segunda cerveja quando escuto o Lucas me chamar.
– Oi filho.
– Posso falar com o senhor um momento?
– Claro que sim – nos afastamos um pouco dos outros pais. – O que foi filho? Aconteceu alguma coisa? O Miguel foi falar com você? Eu disse pra ele que...
– Não pai, não é nada disso...
– Oh, e o que foi então?
– Er, é sobre uma garota pai...
– Uma garota? – não fico muito surpreso. Se a Sophia já tinha os seus paqueras, já imaginei que o Lucas não seria muito diferente. – E qual é o problema?
– Sim pai. O problema é que eu não consigo falar com ela sem gaguejar umas trinta vezes o meu nome... Não sei mais o que eu faço, eu consigo conversar com outras meninas normalmente, mas a Lis é diferente, não consigo dar nem bom dia pra ela... – diz preocupado.
– Você realmente gosta dessa Lis não é?
– E tinha como eu não gostar pai? Ela é tão linda, tão... – ele suspira.
– Eu entendo filho... – coloco uma mão sobre o seu ombro. – Será que você consegue ser amigo dela antes de qualquer coisa? Você consegue conversar com as suas amigas, não consegue?
– Consigo, mas eu já tentei de tudo pai, a voz não sai direito quando eu tento falar com ela.
– E que tal você falar com ela por mensagens? Mensagem é tranquilo não é filho?
– Sim! Isso pai! O senhor é um gênio! Ou eu que sou burro demais pra pensar na saída mais óbvia! Obrigado! – e ele já vai sacando o celular do bolso e digitando algo, se afastando de mim.
Dou mais uma volta pela festa, socializando com os convidados e rindo das piadas repetidas que os pais insistiam em contar. Até que eu avisto a Camila e ela está me chamando, e pela carinha dela, vem coisa boa por aí. Ela estava entre dois arranjos de flores bem grandes e uma parede, e se não fizéssemos barulho, poderíamos até passar desapercebidos.
– Oi anjo – digo a abraçando.
– Oi – ela diz com o seu tom sedutor. – Eu tenho um presente pra você – e me estende um pequeno pacote embrulhado.
– O que é isso meu anjo? – pergunto apertando entre meus dedos o pequeno e macio pacote de presente.
– Bem – ela encosta sua boca no meu ouvido e fala deliciosamente baixo. – Essa é a minha calcinha.
– Eu vou ter que aguentar o resto da festa imaginando você andando por ai sem calcinha? – a aperto bem próxima a mim. Passo a mão pela bunda dela e descubro que não há nenhum tecido ali. Ainda bem que estávamos num lugar um pouco mais reservado.
– Só pra você ficar no clima querido.
– Ah senhora Rodrigues... Estou sempre no clima... E um dia você vai me matar – sorrio e a beijo com uma certa urgência. Ela geme na minha boca e desce as mãos pelas minhas costas e aperta a minha bunda. Essa mulher tem um fogo infinito! Ah como eu amo!
– Está na hora dos parabéns! – minha mãe grita de algum lugar perto de nós e eu me recomponho. Ponho a minha melhor cara de pai e volto para o meio dos convidados.
O bolo que a Camila tinha encomendado era enorme. Meus filhos vão se aproximando da mesa. E ao ver todos que eu amo ali rodeando aquela mesa colorida sorrio abertamente. Nem acredito como sou sortudo por ter conseguido cultivar essa família. Meus três filhos. Minha mulher. Meus sogros. Minha mãe, e até mesmo novo marido dela. Zac e Bianca.
Olho para a Camila e ela esta olhando para os nossos filhos com um olhar muito provável parecido com o meu. Tínhamos tirado a sorte grande. E a noite ainda estava começando para nós dois...
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