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Capítulo 39 - Acontecimentos Internos, Parte I

Abro meus olhos e sinto ainda minha cabeça doer. Estou me sentindo presa e quando olho para as minhas mãos e pés, vejo que eu estou amarrada em uma cama. Me sinto atordoada e desesperada. Uma cadeira vazia na minha frente. Um armário afastado. Que quarto é esse que eu estou?

– Finalmente você acordou – Ian fala, entrando no quarto. – Já estava ficando preocupado com o seu sono, mas acho que você deveria estar cansada...

– Ian, me solta... O que você pensa que está fazendo?

– Conversando com você, não posso?

– Não! O que foi isso Ian, eu não entendo, você que estava mandando aquelas ameaças, mas porque?

– Isso não é meio óbvio Camila? Porque eu te amo.

– Ian, isso não é amor, isso é loucura. Você não pode... Você tem o seu irmão, a sua família. O que eles vão pensar quando descobrirem?

– Eles não vão descobrir, então você pode se acostumar com a idéia de passar os resto dos seus dias comigo...

– E como você pretende fazer isso? Você vai me manter amarrada aqui contra a minha vontade?

– No começo sim, mas eu sei que com os anos você vai acabar gostando de mim...

Como isso pode estar acontecendo... O Ian? Eu nunca em um milhão de anos ia pensar que o irmão mais novo do meu namorado era louco. Isso não pode ser verdade, isso só pode ser um pesadelo, um pesadelo bem maluco...

Mas o que ele me falou ficou preso na minha mente, será que ele tinha planejado isso tão bem que não iam me encontrar? E eu tenho certeza que o James nunca ia desconfiar do irmão dele. Ninguém pensou nele como suspeito... Merda! Mas eu vou ter que dar um jeito de sumir daqui. Eu texto de leve as amarras nos meus pulsos e tornozelos, mas estão bem firmes.

– Ian, se você realmente gosta de mim. Se realmente você me ama, você não deveria ficar feliz por eu estar feliz? Ou pelo menos tentar?

– Camila, eu segurei esse sentimento por anos já. Já está na hora de colocar ele para fora e eu sei que você depois vai concordar comigo. Sei que vamos ser felizes juntos.

– Mas eu amo o seu irmão.

O rosto dele fica vermelho. Okay, lembrar de não fazer raiva ao irmão louco do meu namorado, dizendo o quanto eu amo o irmão dele e quero que fiquemos juntos. Não enquanto eu estou amarrada e completamente a mercê da loucura dele.

– Isso vai mudar – ele fala entre dentes.

– Ian, você não quer fazer isso – sinto meus olhos se encherem de lágrimas e mordo a minha bochecha para não chorar...

– Ei – ele se aproxima de mim, e colhe uma lágrima solitária que escorre pelo meu rosto. – Não fica assim Camila, vai passar rápido, e quando você der por si, você vai estar completamente apaixonada por mim.

– Por favor, não me toque. Ian, eu não quero isso. Por favor, me deixe ir – eu estou entregue as minhas lágrimas, e me sinto muito mal, fico doente por imaginar o James descobrindo tudo aquilo, as ações do seu próprio irmão, sangue do sangue dele... Isso ia ser demais para ele. James não merece sofrer assim...

Meu coração começa a se dividir, parte de mim quer que James me encontre, que me leve embora dali, para que possamos ser felizes. A minha outra metade pede para que ele nunca me encontre, para que ele não passe pelo baque de receber essa notícia,que ele não saiba que foi o irmão dele que estava atormentando as nossas vidas.

– Vou esperar o seu tempo. Mas você vai ter que agüentar o meu toque ocasionalmente, afinal, você vai ter que tomar banho e se trocar, e eu ainda não confio de você fazer isso sozinha.

– Mas e a Bianca Ian? Porque você estava com ela? Porque parecia tão apaixonado?

– Ah, a sua amiga foi um ótimo passatempo e uma bela fonte de informação. Ficou bem mais fácil vigiar a sua vida perto dela. Instalar câmeras no apartamento. E já como o James é meu irmão, meu acesso ao apartamento dele também era muito fácil...

– Você tem tudo planejado não é...

– Com certeza Camila, quando se passa mais de dois anos gostando de uma mesma pessoa, você acaba fazendo planos para ela, e você está no meio dos meus – Ian senta na cadeira em frente da cama e aponta para o resto do quarto.

Ao prestar atenção aos detalhes do quarto percebo que ele é todo decorado. O armário está entre aberto e consigo ver algumas roupas dentro. Uma porta perto do armário, e vejo um pequeno vaso sanitário, então ali deve ser o banheiro. Uma televisão colocada na parede em frente a minha cama.

Alguns botões ao lado da minha cama. As paredes cobertas com fotos minhas, fotos minhas com o Luís, fotos minhas com o Fernando, com a Bianca, James, meus pais, todos os meus amigos, e eu sozinha em algumas delas. Realmente ele vinha me perseguindo há muito tempo.

– Porque você simplesmente não falou comigo Ian? Porque simplesmente não conversou comigo, pelo tempo que eu olho aqui, tenho certeza que eu tive solteira em diversos momentos.

– Porque eu ainda não estava pronto. Como eu posso dizer, eu tenho certas, urgências... E eu queria controlar todas, antes de me comprometer com você...

– Isso não faz o menor sentido, que urgências?

– Você verá mais tarde, mas agora eu tenho que resolver algumas coisas. Esses botões têm tudo o que você precisa. Se precisar ir no banheiro, aperte esse botão roxo, que eu venho o mais rápido que puder, tudo bem? Os outros são televisão, ar-condicionado, essas coisas – ele levanta da cadeira e tenta depositar um selinho nos meus lábios, reviro a cabeça umas dez vezes, até que ele se cansa, segura o meu rosto com firmeza e se aproxima de mim.

Seus lábios encostaram nos meus e eu só senti repulsa. A boca do meu estômago se contraiu de um jeito que por pouco eu não vomito.

– Até daqui a pouco, quando voltar, trago o almoço – Ian se despede de mim e deixa o quarto.

Me deixando sozinha com o meu sofrimento. Fecho os olhos e aperto os curativos das minhas mãos, rezando para que a dor pudesse me despertar. As lágrimas nascem novamente em meus olhos e eu não posso e nem quero fazer nada para cessá-las. Elas caem do meu rosto e molham o corpete, lágrimas escorrem por entre os meus seios, e eu penso que nesse momento eu posso morrer de saudade de todos.

Não tenho mais lágrimas em mim. Chorei por horas seguidas e me sentia fraca, constantemente eu remexia minhas mãos e tornozelos, eu já sentia uma dor aguda ali, e vi a vermelhidão tomar de conta de onde as amarras me seguravam.

Descobri que a cama que eu estava se dobrava de um jeito que eu consegui ficar sentada, de maneira confortável. Os botões da cama ajustavam a inclinação da cama, ligavam e desligavam as coisas por ali. Descobri mais ou menos como tudo funcionava. Tinha um pouco de mobilidade com os braços, as algemas estavam presas por correntes grossas, mas me permitiam alcançar os botões.

Mas não consegui assistir televisão, não consegui me concentrar em nada dali, eu só conseguia pensar no James, e no quanto eu gostaria de vê-lo de novo. No quanto eu gostaria que isso nunca tivesse acontecido e que Ian fosse a pessoa que eu pensava que ele era.

Os minutos passam e eu só não perdi completamente a noção do tempo pois a televisão tinha relógio, o que me fez acompanhar as horas. Mas elas não passavam. Só tinham se passado duas horas que eu estava amarrada aquela cama e eu já sentia como se estivesse ali por dói dias inteiros.

Ian entra no quarto carregando um prato de comida. Era uma hora da tarde, e eu encontrei um canal de áudio na televisão que tocava músicas instrumentais, e elas me acalmavam um pouco, e por não saber ao certo quando terminavam ou começavam me ajudou a esquecer do tempo. Meu estômago me traiu e se contrai de fome, fazendo um barulho alto.

– Ora, ora, ainda bem que você está com fome. Eu mesmo que fiz.

Ele estende o prato com arroz, carne e batatas na minha frente. Realmente eu estou com fome, mas não quero comer nada que ele me ofereça. Ele pega um daqueles suportes de madeira altos, e coloca na minha frente. Arruma meu almoço ali em cima e olha para mim, esperando um agradecimento, ou sei lá o quê...

– E se você colocou alguma coisa aí dentro? – falo virando o rosto, tentando não chorar mais uma vez.

– E para quê eu ia ter o trabalho de colocar alguma coisa aí dentro Camila? Já te disse, não tenho interesse de te machucar. Se eu quisesse, não seria muito mais fácil ter deixado o lustre cair sobre você? Ou simplesmente enfiado uma bala no meio da sua cabeça? – eu arregalo os olhos – Okay, talvez eu tenha me expressado um pouco mal, mas saiba que a sua comida não tem nada, vê? – ele pega uma garfada com um pouco de cada coisa e coloca dentro da boca dele, mastiga e engole tudo. – Vê? Sem problemas...

– Mas Ian...

– Claro já ia esquecendo de uma coisa... – ele retira uma chave que está pendurada num cordão dele e vai para detrás da minha cama. Depois de ouvir um farfalhar de alguma coisa, minhas mãos ficam mais soltas. Mas ainda estão presas pela mesma corrente, mas agora eu posso movimentá-las melhor. – Para você conseguir comer melhor.

Agora eu consigo alcançar tudo o que está na bandeja. E por alguns momentos penso em pegar essa faca de carne e arremessá-la no Ian, mas e mesmo se eu conseguisse acertá-lo, e depois eu ia fazer o quê? Eu ainda não consigo movimentar os meus pés, e ainda estou completamente presa.

Descarto essa idéia por enquanto e como calada. Afinal, nunca se sabe quando vou precisar de energia... Então preciso me manter forte.

Eu ainda estava comendo quando vejo que o Ian recebe uma ligação.

– Só um momento querida, preciso atender essa chamada – ele coloca um pano na minha boca, o que me impossibilitou de falar, ou fazer qualquer barulho, apertou a corrente atrás de mim, e eu me vi completamente imóvel na cama. Ele ia atender na minha frente.

– Fala maninho – Ian fala, colocando a ligação no viva-voz.

– Ian, que bom falar com você mano, como você está? – a voz de James soa cansada do outro lado e eu não consigo frear as lágrimas.

– Vou indo James, e você?

– Péssimo mano, a Camila... Ela foi... Mano, eu não consegui fazer nada...

Queria poder gritar para James, falar que eu estava aqui, e que eu gostaria de vê-lo novamente, mas isso não ia acontecer. Tentei tirar a mordaça que Ian tinha colocado, mas todo meu esforço foi em vão, eu tinha que ficar aqui e continuar a escutar sua voz quebrada.

– Como assim James? As ameaças? Finalmente o cara conseguiu?

– Conseguiu mano... Eu não sei o que vou fazer sem ela mano. Se você souber de alguma coisa...        Qualquer coisa...

– Você será o primeiro a saber James.

– Obrigado Ian.

– Se cuida mano. Vou ver o que eu posso fazer.

Silêncio.

Como uma pessoa pode ser assim? Como pode mentir para o irmão? Ele nos enganou muito bem. E agora, a única coisa que eu posso fazer é rezar para que tudo fique bem.

– Está vendo como eu não sou malvado? Até te deixei escutar a voz do meu irmão... – Ian fala, mas eu não consigo fazer outra coisa, a não ser chorar.

Ele retira os pratos e talheres da mesa improvisada e os leva embora, me deixando sozinha, com a última lembrança do James. Uma voz triste e cansada. Mas me recuso a lembrar dele assim. Eu procuro uma boa lembrança dele e me atenho à ela. Ian pode até ter me afastado dele, mas não vai afastar as minhas boas lembranças dele.

Volto a escutar o som triste do piano e me deixo fluir pelas notas. Até que o som da porta se abrindo na minha frente me faz abrir os olhos e me deparar com a ruiva nojenta na minha frente. Ela está vendada e tinha um sorriso bobo nos lábios. Ian sussurra alguma coisa em seu ouvido e ela fica ali, parada, de olhos vendados.

– O que ela faz aqui? – pergunto.

– Você vai ver Camila. Mas temo que só ver – Ian me amordaça novamente. Dá um sorriso e volta a se aproximar da ruiva.

Ele retira a venda dos olhos da Marina e ela me olha com a mesma descrença.

– O que ela faz aqui? – ela repete a minha pergunta. – E o que ela faz amordaçada?

– Shiiiiiiiish, você pergunta demais Marina... Só sinta.

Ian começa a passar suas mãos por cima do corpo dela. E peça por peça ele vai retirando a roupa da Marina, eu desvio o olhar, mas a cama não me permite que eu os retire totalmente do meu campo de visão. Antes de fechar os olhos vejo de relance Ian retirar a sua roupa também.

Não consigo tapar os ouvidos, então escuto somente os gemidos altos da Marina e o choque dos corpos dos dois. Porque ele estava fazendo aquilo? Nem sei quanto tempo eu passei olhando para o outro lado, cantando uma música feliz na minha mente, tentando não olhar para a cena que devia estar se desenrolando na minha frente.

O barulho das peles se encontrando foram se intensificando, junto com os gemidos dos dois.

– Camila... – Ian geme alto meu nome e é nesse momento que eu abro os olhos, e olho para a minha frente.

Marina também tem os olhos abertos e olha para Ian, com um rosto completamente ofendido.

– Como é que é Ian? – Marina fala e tudo o que eu vejo na minha frente, parece estar acontecendo em câmera lenta.

Uma lâmina pequena e brilhante na mão do Ian. Ele encostou quase que suavemente na barriga da Marina e deslizou de um lado a outro, abrindo um enorme corte profundo no estômago dela. Marina estava com olhos atônitos que nem os meus. O sangue começou a escorrer livremente do seu estômago.

Ela tinha o mesmo corte que o James tinha em meus pesadelos. Que coincidência mais sinistra.

Mas isso tinha realmente acontecido, Ian tinha acabado de matar a Marina na minha frente? Porque? Eu tremia de medo. E um frio me percorreu. O corpo nu da Marina agora estava estirado no chão, imóvel, ela não fez um som, ela não gritou, ou pelo menos não escutei nada.

Me arrepiei completamente. Então era disso que o Ian era capaz. Matar uma pessoa, a sangue frio. Uma pessoa que confiava nele. O medo tomou conta de mim. E eu nesse momento não sabia o que pensar.

– Essa é a minha urgência Camila – Ian fala, mexendo no sangue escorrido no chão. – Por isso que eu não falei com você antes. Eu necessito disso, mas não posso com você...

Ele vem se aproximando de mim, coberto de sangue, nu, e eu nunca me senti tão aterrorizada quanto me senti agora. Ele passa os dedos vermelhos pelo me rosto e corpo, me sujando de sangue também.

– Você é tão linda Camila, mas eu nunca poderia fazer isso com você...

Meus olhos estão ficando embaçados, e eu olho para cima, tentando conter as lágrimas que nascem em meus olhos.

– Ei não fica assim, está tudo bem.

Ian se aproxima mais ainda de mim, e me dá um abraço, me sujando mais ainda com o sangue da Marina. Que ainda está caída ao chão, com os cabelos desgrenhados e os olhos mortos. Eu não consigo gritar, eu não faço um som. Estou completamente paralisada.

– Nossa, acho que te sujei toda – Ian desfaz do abraço e olha para o meu corpo. Braços, pernas e corpete estão manchados de sangue. – Acho que vamos ter que tomar um banho.

Pára de falar normal assim! Você acabou de matar alguém na minha frente! MATOU!

Ele busca no monte de roupas dele a chave em questão, ele afrouxa minhas correntes um pouco, liberando até um pouco as que prendem dos meus pés. Ian volta alguns minutos depois com balde cheio de água, e uma esponja.

– Pode tomar seu banho aqui se quiser, te dou privacidade, depois eu volto para limpar essa bagunça. Tudo o que você vai precisar está aqui – Me entrega uma bolsa transparente que ficou manchada de sangue também e saiu de dentro do quarto.

Precisava retirar aquele sangue de mim, mas fazer aquilo enquanto a dona dele estava a poucos metros de mim, foi loucura. Eu tremia demais. Mas me desfiz do corpete ensanguentado. Joguei longe.

Fiquei de costas para a Marina e me esfreguei com força. Meus braços ficaram um pouco avermelhados. E eu estava de calcinha no chão, chorando feito uma criança, quando o sangue escorreu para perto de mim. Isso não pode estar acontecendo. Tudo bem que eu tive minhas desavenças com ela, mas ela não merecia isso.

Encarei meu medo e olhei para o corpo. Me estiquei o máximo que consegui e fiquei a poucos metros dela. Meus joelhos se ensoparam de sangue, mas não me importei muito.

– Desculpa Marina. Eu sei não gostava de você, e não vai ser a sua morte que vai te transformar em uma santa, mas você não merecia ir assim. Sinto muito. Sinto muito mesmo.

As minhas palavras para a ruiva fria não foram as melhores, mas foram as que eu consegui dizer. Voltei para perto da cama, e fiz o melhor que pude para limpar todo o vermelho dali. Sentei num canto perto da cama. E fiquei ali, olhando para a Marina.

Me assusto e me encolho mais no canto quando escuto a porta sendo aberta, e eu vejo um Ian limpo e sorridente na minha frente.

– Trouxe isso para você – ele me estende um vestido azul fino, mas não tem como colocá-lo sem tirar essas correntes. – Eu Já te ajudo a colocá-lo. Tenho só que me livrar disso... – ele aponta para o corpo da Marina e eu escondo meus olhos nos joelhos e me abraço em minhas pernas, na esperança de não precisar mais estar ali. Vou para um lugar feliz na minha mente até que me tiram de lá, apertando meu ombro.

– Pronto – Ian fala, e eu quase que grito de susto. – Calma, sou só eu. Tudo pronto e limpo. Que tal agora você levantar para poder se vestir?

Não aceito a mão dele estendida para mim, mas levanto mesmo assim. Tento me cobrir como posso, mas minha calcinha não me auxilia muito.

– Para você se vestir, você tem que prometer que vai se comportar. Promete?

– Sim – eu falo cruzando os braços. E nem se eu quisesse iria fazer alguma coisa hoje. Estou abalada, e sabendo do que ele é capaz,  tenho que pensar melhor nos meus passos.

– Boa menina.

Ele desfaz as amarras das correntes das mãos, uma por vez, e passando a alça do vestido por elas. Mas eu já estou vestida, amarrada e assustada novamente.

– Estou pensando em pedir uma pizza para jantarmos, o que acha?

– T-t-tudo bem...

– Você tem alguma preferência de sabor? Claro que eu sei que tem... Só estou brincando. Vou telefonar para a pizzaria, e volto já. Cerca de dez minutos depois Ian volta. Ele senta ao meu lado na cama, coloca o braço por cima do meu ombro e liga a televisão.

Ele passa os canais e comenta algumas coisas sobre eles, ele realmente pensa que aquela situação é normal. Ele está agindo como se eu quisesse ficar ali, como se fôssemos um casal normal, assistindo televisão em uma noite de sábado, quando estão com preguiça demais para sair. Eu não falava nada. Tentava sorrir de vez em quando para que ele não ficasse chateado comigo.

Ele comentava alguma coisa sobre um programa animal, quando escuto a campainha tocar.

– Deve ser o entregador. Venho já – Ian me dá um selinho e sai para pegar a pizza.

Mas estranho, ele está demorando mais do que eu imaginava.

Escuto um barulho de coisas caindo lá algum lugar lá de cima do apartamento. E eu fico em estado de alerta máximo. Eu estava a ponto de quebrar a qualquer momento.

– Camila Martins? – uma voz grita. Ela está um pouco abafada, mas ainda consigo discernir. Ela está me chamando?

– Camila Martins? – a voz agora está mais nítida e a esperança ardeu em mim.

– Aqui! – grito com toda força que tenho.

Tudo fica em um silêncio ensurdecedor por alguns segundos, para depois a porta ser derrubada por dois policiais. Meus olhos se encheram de lágrimas pela milionésima vez, mas pela primeira vez hoje, era de pura felicidade.

– A senhorita está bem? – um dos policiais se aproximam de mim, e me analisa.

– Sim, por favor, me tirem daqui.

– A senhorita sabe onde estão as chaves que a libertam.

– No cordão dele...

O policial se vira para o outro que fazia a cobertura do perímetro, e esse saiu. Quando voltou, tinha a chave em mãos, e quando meus pulsos e tornozelos foram liberados, eu queria sair correndo dali, mas sabia que ainda teria que responder algumas perguntas.

– Posso por favor sair desse lugar? Não suporto mais ficar aqui... – falo com os olhos cheios de água. O policial concorda e me instrui a descer e esperar o resto da equipe no térreo.

Apresso meus passos e saio logo dali. Ao passar pela sala, vejo o Ian, sendo algemado e falando alguma coisa com alguém. Nesse momento, os rostos não passam de um borrão, e eu precisava sair dali, estava me sentindo presa e precisava sair dali.

O elevador estava no andar, então eu o apanho e aperto o botão do térreo. Nesse momento, tudo que eu consigo pensar é em como eu vou um dia poder falar sobre isso com o James, como é que eu vou poder explicar tudo aquilo para ele? Será que um dia ele vai conseguir acreditar e aceitar?

As portas do elevador se abriram e um policial ainda me acompanhava. Uma brisa gelada da noite me abraçou e ela nunca me pareceu tão quente. Tanta coisa tinha acontecido comigo e em tão pouco tempo...

Ao erguer o meu olhar, eu encontro o olhar que eu tanto gostaria de ver.

James estava ali a poucos metros de mim, encostado no carro, enrolado em seu casaco.

Assim que me viu correu para os meus braços, e minhas emoções dividas voltaram. Também vi minha amiga, meu irmão e a mãe de James.

Acho que quando eles descobrirem quem está por trás de tudo isso ai ser muito difícil.

Ian estava completamente presente na vida daquelas pessoas e como cada vai reagir a notícia é uma caixinha de surpresas. Acho que o melhor que posso fazer é tentar preparar todos para a notícia, mas eu não faço a menor idéia de como posso fazer isso.

E James já está na minha frente e minha mente deu um nó.

Boa noite pessoal ;D Sim, esse e o último capítulo serão divididos em partes, acho que fica menos cansativos para vocês e para mim também ;D Mas não se preocupem, a segunda parte já está escrita e no processo de digitalização, amanhã teremos a segunda parte, e melhor ainda, narrada pelo James ;D

Quem mais ficou chocada e passada na manteiga com os acontecimentos? :O

Me esperem que amanhã temos a reação de todos e vamos ver no que vai dar esse história ;D

Beijos e até amanhã lindezas do meu coração ;***

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