Capítulo 28 - Chave
Olá meus amores, antes de mais nada, vim aqui divulgar um grupo no facebook que eu fiz pra divulgar o livro. Aí está o link https://www.facebook.com/groups/798917070160801/ Vamos entrar todo mundo e fazer a autora desse livro ainda mais feliz do que ela já está ;D E sem mais delongas, o novo capítulo. ;D
James resmungava alguma coisa dormindo e se mexia nervosamente. Abro meus olhos e vejo seu corpo reluzindo por causa de uma fina camada de suor que começava a cobrir a sua pele. Em um de seus movimentos ele me puxa para ele e eu quase coloco meus pulmões pra fora de tanta força que ele me apertou.
– Você não vai levar ela de mim, você não pode... Camila... Volta. Camila...
– Eu não vou a lugar nenhum – falei em seu ouvido, tentando fazer com que ele se acalmasse.
Seu abraço ficou mais apertados, começou a machucar um pouco. Acho que vou tentar acordá-lo. Olho no relógio da cabeceira e vejo que são três e quinze da manhã. Se eu acordá-lo agora ele ainda vai conseguir dormir um pouco antes de ter que levantar para irmos a delegacia.
– James amor, acorda – seus gritos começaram a se intensificar, me deixando completamente agoniada. Ele gritava meu nome, falava sem parar, como uma ladainha. Não conseguia segurar nele, pois ele me tinha aprisionado em seus braços. Tinha que tirá-lo daquela agonia.
Tentei tirar meus braços de seu corpo, mas quanto mais eu tentava sair, mais apertado ficava seu abraço. Tentei arrumar um jeito de mordiscar seu peito levemente, mas na posição que eu me encontrava e seu peitoral definido, não consegui pegar a sua carne.
– Acorda! Acorda James! ACORDA! – foi então que James abriu os olhos e minhas duas piscinas estavam cheias d'água. Mordi o interior da minha bochecha para não chorar também. Engoli em seco pra tentar desfazer o nó que se formou na minha garganta.
– Camila – James fala com uma voz falha e enterra seu nariz em meu cabelo, inala profundamente e fica assim por alguns minutos.
– Calma meu amor, foi apenas um sonho, eu estou aqui, eu estou bem, eu estou com você – falo e queria poder abraçá-lo agora, mas meus braços não se mexiam ainda. Então somente fiquei ali, me deixando ser abraçada.
– Eu pensei que... – ele não conseguiu completar a frase. Se o sonho que ele teve foi tão ruim quanto o meu, eu sabia exatamente como ele estava se sentindo no momento.
– Eu sei meu amor, sei bem como é a sensação, mas vai passar, fica calmo.
– Eu me sinto tão impotente, sinto como se as minhas mãos tivessem atadas, enquanto esse cara faz o que quer de nós, quase como se nós fôssemos as suas marionetes...
– De mãos atadas estou eu meu amor, literalmente – brinquei um pouco com ele, e mexi meus ombros, mostrando que ele me tinha em seu aperto.
Ele se afastou um pouco e me liberou de do aperto. Respirei com um pouco mais de facilidade, mas senti falta do seu corpo tão próximo do meu, tão próximos como um só.
– Desculpa anjo.
– Tudo bem James, gosto de estar aprisionada por você – falei e tentei seduzir ele. Precisava tirar a sua cabeça do pesadelo.
– Ah é? – ele fala e levanta aquela sobrancelha que derruba a minha calcinha.
James desliza seu imenso corpo sobre o meu e eu seguro uma risada. Não sei bem o porque deu estar rindo, mas ficou muito difícil segurar o riso.
– Você está rindo do quê? – ele fala e começa a levar as minhas mãos acima da minha cabeça, e com um pequeno lenço ele as ata juntas. Segura facilmente meus pulsos com uma só mão. Imediatamente paro de rir. Agora era a vez dele de abrir um sorriso.
– Não sei James.
– Tenho alguns pensamentos que eu quero tirar da minha mente, você vai me ajudar a não pensar em mais nada, somente nesse seu corpo maravilhoso?
– Sim. Eu te ajudo a esquecer.
– E não posso esquecer que você é linda por dentro também – James fala e planta um beijo no meu coração. Como ele consegue ser tão tarado e tão fofo ao mesmo tempo?
– E o que eu posso fazer pra te ajudar a esquecer?
– Só fala comigo enquanto eu te beijo inteira, preciso apagar as lembranças frias do meu sonho com esse seu corpo quente – ele fala beijando meus seios por cima do sutiã.
– James, James, James – gemi, me entregando totalmente a ele.
– Isso, desse jeitinho mesmo – ele puxa rapidamente minha calcinha para o lado e me penetra de uma vez. Doeu um pouco, ele é grande e pra colocar tudo assim de uma vez sem antes avisar, teve que ser um pouco na brutalidade.
– Doeu? – ele perguntou me olhando com aquele céu preocupado e foi como eu não sentisse mais nada.
– Não meu amor, foi só o susto. Você é um rapaz bem avantajado e sabe disso.
– Desculpa, era pra ter avisado, mas é que...
– Menos papo e mais ação, vem cá e me dá logo um beijo – apertei seu corpo mais próximo do meu com as pernas, já que meus braços estavam muito bem presos.
James agora me beijava com urgência, como se a vida dele dependesse disso e eu somente o acompanhava, minha língua dançando no ritmo da sua. Até que ele parou o beijo e começou a bater contra meus quadris com muita força.
Estava ficando constrangida com o seu olhar. Era muito mais intenso. O que quer que ele tenha sonhado, ainda o estava assombrando. Seu rosto estava molhado de suor e ele continuava no mesmo ritmo, implacável. Não busquei meu orgasmo, se James conseguisse espantar os fantasmas da sua cabeça, eu iria ficar mais do que satisfeita.
Seu olhar nunca deixou o meu, e quando eu começava a sentir os primeiros apertos do meu orgasmo, James começa a gemer o quanto me ama no meu ouvido e acelera ainda mais o ritmo.
Senti uma sensação quente me preencher e nem me importei de não ter gozado. O olhar de alívio do rosto de James compensou tudo. Ele caiu ao meu lado, muito ofegante, de olhos fechados. Nem dois minutos depois, James dormia calmamente ao meu lado. Tinha um sorriso nos lábios.
Me levantei e fui até o banheiro me lavar. Quando passei em frente ao espelho me senti mais mulher, me sentia bem comigo. Meu corpo, minhas curvas um pouco fora do padrão. E eu devia tudo aquilo ao James. Ele me amava do jeito que eu era. Voltei pro meu quarto e James ainda estava na mesma posição que eu tinha deixado ele.
Vesti uma camisa dele e me deitei ao seu lado, me aninhando em seu peito. Rezando para que os meus pesadelos e os dele nunca se tornassem realidade.
Acordei com James mordendo levemente meus seios por cima de sua camisa. Quando vê que estou acordada, ele morde um pouquinho mais forte, me fazendo soltar um pequeno gemido.
– Bom dia tarado!
– Bom dia meu anjo.
– Acordou no jeito não foi?
– Veja você mesma – ele guia a minha mão para a sua cueca e sinto aquele volume de dar água na boca.
– Huuuum, mas porque você acordou tarado hoje? Você não me teve hoje de madrugada?
– Tive, mas já faz muito tempo, já estou com saudade. Você não quer? – ele me olha com uma carinha inocente. Ai ai, quem não conhece que te compre James!
– E essa carinha inocente?
– Você prefere essa? – suas feições mudam e agora eu me sinto uma presa no ponto de ser abatida.
Perco a minha fala e é tudo o que James quer. Ele avança na minha boca e me rouba um beijo de mexer com a estrutura da minha calcinha se eu tivesse usando uma. James serpenteia uma mão por debaixo da camisa e sorri em meu pescoço quando percebe que eu não estou usando nenhuma calcinha.
– Bom meu anjo, eu sei que eu fui muito indelicado ontem te deixando na vontade, então hoje eu quero te recompensar, te dando mais orgasmos do que você pode contar... – sua respiração quente já estava a centímetros da minha entrada e eu já estava revirando os olhos de tanto tesão.
Quando James promete alguma coisa, com certeza ele cumpre. Perdi as contas de quantas vezes me agarrei ao travesseiro e gemi coisas sem sentido. Minha cabeça estava nas nuvens e eu queria adiar ao máximo o momento que eu voltaria a realidade.
Mas ela tinha que chegar.
Coloquei uma calça jeans e uma camiseta folgada e segui com o James para a delegacia. Estava muito preocupada. Queria que aquele pesadelo acabasse logo. E ainda tenho que me preocupar com o Zac chegando amanhã.
A viagem foi feita em silêncio. Meu computador estava no meu colo. Espero que com esses dados eles consigam pegar a pessoa que estava por trás disso. Subimos no elevador em silêncio e sentamos em uma pequena salinha enquanto esperamos o delegado.
James assumiu a dianteira na conversa com o delegado. Eu só concordava casualmente e falava alguma informação perdida. A conversa foi bem longa. E por incrível que pareça, bem animadora. Estávamos quase saindo da sala do delegado, quando ele lembrou de algo.
– Ah senhorita Martins, eu tenho algo para a senhora.
– Para mim? – perguntei confusa e voltei a me sentar na cadeira.
– Sim, o senhor Luís Alexander deixou algo para a senhorita. Conhece?
– Luís? O que ele deixou para mim?
– Não sei bem dizer senhorita, ele deixou lá na recepção, estava no bolso dele quando ele veio se entregar...
– Ele se entregou? – James pergunta um pouco espantado.
– Sim, ele veio aqui a alguns dias atrás e contou toda a história. Ele está esperando o julgamento aqui na delegacia.
– Bem feito – James fala e eu consigo sentir a raiva na sua fala.
Bem isso tira o Luís da minha lista de suspeitos desses e-mails, não tem como ele mandar isso daqui.
– Então isso quer dizer que ele não está mais na sua lista de suspeitos para essa perseguição não é senhor delegado? – perguntei, querendo saber mais algum suspeito da lista.
– Sim senhorita Martins, ao teria como ele passar e-mails para a senhorita daqui, mas ainda não descartamos totalmente ele. Pode ser que ele tenha cúmplices do lado de fora.
Não sei porque, mas minha mente foi imediatamente para a Marina. Que James nem sonhe que eu desconfio muito da sua ex. Preciso depois encontrar um jeito de tirar aquela mulher da minha cola.
– Obrigada delegado.
– Sim obrigado senhor. Qualquer novidade, pode me contatar, não importa o horário.
– Tudo bem senhor Rodrigues. Então, seu pacote está lá na recepção.
Descemos pelo elevador e James parecia um pouco irritado ainda com a situação. Perguntei para a moça que estava sentada na recepção e ela me entregou um pequeno envelope branco. Não quis abrir o conteúdo ali. Iria esperar até chegar em casa. Somente coloquei dentro da minha bolsa e saí do edifício.
Fomos para a casa dele. James tinha que fazer algumas ligações de negócios e achava muito incômodo ter que fazer lá de casa. E assim que entramos na casa dele, ele pediu licença e foi para o escritório.
Não achei tão ruim, pois queria ver o que o Luís tinha deixado para mim. Sentei no tapete da sala e fui procurar na minha bolsa o envelope. Abri rapidamente e vi que ali dentro tinha uma chave e um bilhete. Não entendi o que era aquilo, então fui ler o bilhete. A letra tremida de Luís era inconfundível.
"Camila, desculpe ter que fazer isso por esse meio, mas foi o único meio que me deu coragem. Essa chave é a chave do nosso apartamento. Quer dizer, do nosso antigo apartamento, que era o meu apartamento de solidão.
Não posso mais ficar com ele e nada me faria mais feliz do que saber que o devolvi pra você. Ele sempre foi seu por direito maior. Eu que fui muito orgulhoso pra admitir. Não sei se você o quer, se vai dar pra outra pessoa, vender, trocar, alugar, etc, não me importo. Só tinha que devolvê-lo para você. Mudei ele totalmente pro seu nome já, acho que daqui alguns dias os papéis vão chegar para você assinar.
Muito obrigado por me escutar naquele dia, sério mesmo, você não sabe como meu espírito ficou mais leve depois daquela conversa. Um peso enorme saiu das minhas costas. Eu sei que algum dia nesse seu coração generoso você vai encontrar a bondade para me perdoar. Você sempre foi uma pessoa bondosa e sempre viu todos os lados da história.
Você é única e eu deixei você ir, por um deslize de caráter. Mas esse tal de James aí parece que te trata como você merece. Ainda não posso fingir que gosto do seu namoradinho aí, mas se ele te faz feliz é o que importa. Não que você um dia vá acreditar, mas eu realmente me importo com você e quero que você seja muito feliz.
Não quero prolongar muito essa carta, tenho muita coisa ainda a te falar, mas tenho a consciência que já é tarde demais. Sei dos meus erros, e estou tentando corrigir o máximo que eu puder.
Então espero que James te faça muito feliz, coisa que eu não soube fazer. Se ele tiver um décimo da felicidade que eu tive com você, sei que ele vai ser o homem mais feliz do mundo.
Não sei quando vai sair o resultado do meu julgamento, mas não tenho esperanças pra ele, sei do que fiz e tenho a certeza que não vou conseguir escapar dessa. Nem sei se quero. Te desejo toda a felicidade do mundo Camila. Te amo, Luís."
Cacete! Não sabia que ele ainda se sentia assim. Olhei para a chave prateada na minha mão e vi tanto sentimento dele por trás. Coloquei a chave e o bilhete em cima da mesa e me sentei no sofá. Fiquei pensando em suas palavras. Ele então tinha tido uma atitude decente no fim das contas.
Eu poderia dar a chave do apartamento ao Zac, acho que ele não tinha lugar pra ficar e assim eu não teria que me livrar do apartamento. Zac, claro! Eu poderia colocar ele pra morar com a Bianca. Eles já se conheciam e eu ficaria mais tranquila com a minha amiga se ela tivesse um cara morando com ela!
Depois eu resolveria o que eu faria com aquele apartamento! Não vou nem comentar esse apartamento com o Zac senão é capaz dele querer ir morar nele, sem nem saber da Bianca. Pronto, está resolvido! Levantei do sofá e fui atrás do James, ele estava demorando muito.
Bati na porta do seu escritório e não escutei nada em resposta. Abri a porta devagar e para minha surpresa James estava adormecido na cadeira do escritório. Sorri com a cena. Tão lindo meu amor, e sua carinha de preocupado tinha ido embora e ele dormia calmamente.
Fui até o quarto dele – ops, quer dizer, nosso quarto – e peguei um cobertor pra ele. Cobri seu corpo e fui até o interruptor para apagar a luz.
– Camila? – sua voz me prende ao chão.
– Oi meu amor, te acordei? Desculpa.
– Não bebê, não estava totalmente adormecido não. Desculpe, acho que demorei demais aqui e nem vi as horas passando. Você deve estar morrendo de fome não é? – o ronco que a minha barriga deu não escondeu meu estado.
– É, acho que estou sim.
– Vem, vamos ver o que tem na geladeira para comermos – James segurou a minha mão e fomos para a cozinha.
Ele retirou algumas travessas de vidro da geladeira e colocou algumas no microondas. Comemos lasanha e um arroz à grega deliciosos.
– Hum amor, estava uma delícia, foi você que fez? – perguntei acariciando minha barriga cheia.
– Só a lasanha, o arroz foi minha mãe.
– Além de bombeiro, empresário, ainda é cozinheiro – dei um beijo em sua bochecha e me sentei em seu colo.
– Não se esqueça de tarado – ele fala, querendo deslizar seus dedos em mim.
– Como é que eu posso me esquecer se você faz questão de lembrar todo segundo?
– Acho bom mesmo – ele me pega no colo e me leva até a sala. Me deposita no sofá e se depara com a chave e o bilhete. – Foi isso que o Luís te deu?
– Sim, pode ler se quiser – mal terminei de falar a frase e James já corria os olhos pelo bilhete. Suspirou algumas vezes, e pelo tanto que demorou a sua leitura, diria que ele leu pelo menos umas duas vezes seu conteúdo.
– E você vai fazer o que em relação ao apartamento? – James fala, e não parecia chateado.
– Não sei ainda meu amor, eu estava pensando em deixar o Zac morar lá, mas agora eu tive uma idéia melhor de colocar ele pra morar com a Bianca, ia ficar bem mais tranquila, sabendo que Bianca está dormindo com uma pessoa conhecida. Aí, agora eu não sei mais o que eu vou fazer em relação a esse apartamento.
– Você deveria alugar então...
– Claro que eu vou alugar.
– AH fico bem mais tranqüilo então.
– E porque essa preocupação toda?
– Anjo, sei lá, você poderia querer o apartamento pra você, morar lá, sei lá...
– E deixar de ter você como o meu cozinheiro tarado? Nada disso meu amor, eu não iria morar naquele apartamento nem que fosse a minha última opção. Só tenho lembranças ruins nele e agora eu quero ter só momentos felizes com você aqui.
– Que bom anjo, por um momento eu fiquei preocupado que você fosse morar lá.
– Deixa de besteira James, não te troco por apartamento nenhum.
– Vem cá – ele colou a sua boca na minha e, me deitando completamente no sofá retirou completamente minhas roupas.
– Você não cansa nunca? – perguntei rindo.
– Lógico que não meu anjo. Você me deixa com vontade o tempo todo. Nunca parece que é o suficiente.
– Quero que você continue pensando assim quando eu tiver velhinha, mole e caída.
– Só se você ainda me amar até todos os meus dentes e cabelos caírem.
– Vou te amar sempre seu bobo.
– Sim, seu bobo.
– Meu bobo. Te amo.
– Te amo meu anjo.
Passamos o resto da tarde e o começo da noite assistindo filmes e nos acariciando no sofá. Mal posso esperar para que o Zac chegue e eu possa vir morar de vez com o James. Adormeci no sofá e James me leva para sua cama, em seus braços, e meu último pensamento antes de cair sono profundo é como eu gostaria de ficar assim para sempre.
Era quarta feira a noite e eu estava saindo do trabalho para buscar meu irmãozinho no aeroporto. Estava morrendo de saudades dele. James ia vir comigo, mas ele ficou preso em alguma reunião de última hora e não pode vir.
O trânsito estava bem calmo e cheguei no aeroporto com bastante tempo de sobra. Enquanto passeava por lá, minha barriga começou a reclamar. Droga! Deveria ter almoçado melhor, mas vou esperar meu maninho pra comer alguma coisa, com certeza ele deve vir com fome.
Sentei nos banquinhos de espera e fiquei folheando uma revista para passar o tempo. Estava distraída lendo uma matéria sobre como deixar o bumbum definido quando sinto meu celular avisar uma mensagem.
"Não vá se esquecer do seu irmão. Dou uma passada na sua casa mais tarde. Já está na hora. Te amo, James"
Aiiin que lindo. Ainda bem que ele me lembrou, mesmo estando na reunião ele ainda pensa em mim. Olhei no relógio e vi que o horário do vôo dele estava chegando. Fui me informar no balcão de informações e a moça me disse que o vôo estava no horário certo, e que ia chegar na hora prevista.
Peguei a folha de papel que tinha colocado dentro da minha bolsa e escrevi CABEÇÃO bem grande com uma caneta vermelha. Fui para o portão de desembarque e fiquei esperando pacientemente meu irmãozinho sair, segurando a plaquinha. Até que o avisto.
Eita, acho que agora não vou poder mais chamar ele de irmãozinho. A Austrália tinha feito muito bem pra ele. Zac estava mais alto, mais bronzeado e perdeu a cara de menino amarelo que ele tinha. Abriu seu enorme sorriso com covinhas e veio me dar um abraço. Torceu o nariz quando viu a plaquinha improvisada, mas mesmo assim me tirou do chão e me rodou algumas vezes no ar.
– Amarelinha, que bom te ver coisa da minha saudade. Esse trabalho te fez bem, você está até amarelo queimado...
– Deixa de besteira cabeção. Eu posso dizer o mesmo. O que você estava comendo lá na Austrália? Você tá enorme de lindo.
– Prefiro não comentar.
– Ai Zac, eca! Sou sua irmã, não quero saber disso nem por indireta...
– E eu não te falei nada... Mas cadê o namoradinho misterioso, pensei que ele vinha também.
– E vinha mesmo, mas ele teve que resolver algumas coisas no trabalho e acabou que nem deu certo ele vir.
– Ah bom. Vem cá de novo. Estava morrendo de saudade dessa sua cor feia e dessa sua cara amassada.
– Nossa Zac, não fazem nem dez minutos que eu estou com você, e eu já quero te mandar de volta no mesmo avião.
– Manda nada, sei que você me ama.
– Amo mesmo cabeça. E eu sei que você também.
– Éééé, até que você é legalzinha...
– Rum, sei viu seu chato? – bati meu ombro nele. – Só por isso vou te despachar lá na casa da mamãe e do papai...
– Nãão, melhor maninha do mundo. Que é linda e que vai me deixar num hotel. Porque não estou muito afim de ficar lá em casa.
– Vou fazer melhor mano. Estava pensando, já como vou morar com o James, você poderia me fazer o imenso favor de ir morar lá em casa com a Bianca. Eu ia ficar tããão feliz. O que me diz?
– Ah, a Bianca é maneira. Ela não se incomoda? Ia ser uma mão na roda enquanto eu procuro outro lugar pra mim...
– Claro que não, ela até curtiu a idéia, disse que ia se sentir mais segura com um cara por perto...
– Então pronto. Bianca acabou de ganhar um novo colega de apartamento.
– Ótimo então. Você quer ir comer alguma coisa? Estou morrendo de fome...
– Não precisa nem perguntar duas vezes.
– Vamos então num restaurante lá perto de casa. Você vai adorar.
Comi e ri na refeição com o meu irmão como há muito tempo não fazia. Ia dar tudo certo dele morar com a Bia, e eu ia poder ver meu maninho agora com mais freqüência. Estava sorridente quando recebo uma mensagem do James.
"Anjo, não vou passar aí na sua casa hoje não. A Josy sumiu. Depois falo com você, desculpa."
Oh não! Onde será que se meteu aquela pequena fofurinha? Será que aconteceu alguma coisa? Não importa. Vou somente deixar meu irmão em casa e acomodar ele e depois vou pro James. Tenho que estar lá, nem que seja só para apoiar mesmo.
E aí, gostaram? 15k de leituras e 2k de votos *-----* Obrigada meus amores por todo esse carinho ^^ Não se esqueçam de entrar lá no grupo do face okaay? Se gostaram, não se esqueçam de votar e deixar um recadinho aqui. Beijos e até o próximo capítulo ;*
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