– Meu Deus James, não sei nem o que te dizer... – falei me sentindo tocada pela sua história. James enxuga as minhas lágrimas que nem eu sabia que tinha.

– Parece que saiu um enorme peso das minhas costas. Obrigado por me escutar meu anjo.

– Obrigada digo eu por compartilhar a sua história comigo.

– Sempre meu anjo. E pela sua paciência também.

– Fico tão feliz que mesmo depois tudo isso que você passou, ainda tem espaço para mim nesse coração. Você é um homem maravilhoso James. Agradeço todos os dias por você estar na minha vida.

– Você me ensinou a amar de novo. Nunca serei capaz de retribuir o favor.

– Eu te amo James. Você me retribui todo dia. Não esquece.

– Não esqueço nunca. Te amo também meu anjo. Vem, vamos voltar, acho que as pessoas já devem estar se perguntando onde estamos.

Segurei a sua mão e voltamos para o jardim. Todos conversavam alegremente e logo James e eu entramos na conversa. Sua família era adorável, suas tias e tios muito simpáticos. Conheci também os pais da Marina. Fiquei sem entender como uma pessoa tão desagradável pode ser da mesma família que a dona Manuella e do seu Moacir. Eles eram tão simpáticos, tão amáveis, que ela só poderia ser adotada para não puxar o seu jeito.

Nem percebi quando o Sol começou a se por. Nos despedimos de todos e fomos os primeiros a sair de lá. Antes de sair da casa da mãe do James, resolvi fazer uma surpresa para o James. Fui até o banheiro e retirei a minha calcinha. A coloquei na minha bolsa e saí do banheiro como se nada tivesse acontecido. Andamos de mãos dadas até o carro de James e quando chegamos lá ele me deixa entre a porta do carro e ele, e me dá um beijo que me faz ficar com as pernas bambas. Pulei em seu pescoço e enlacei as minhas pernas ao redor da sua cintura.

– Amor, estamos no meio da rua, e ainda está um pouco claro – James me fala e eu fico consciente do ambiente. Desço do seu corpo, mas continuo com as mãos no seu pescoço.

– E quem manda me beijar assim? Amor você fica lindo todo arrumadinho assim. E tive que me controlar o dia todo. Estou muito tensa, e preciso de você.

– Adoro quando você fala assim – e sua boca avança na minha novamente, e dessa vez suas mãos percorrem o meu corpo e alcançam a minha bunda. Ele passa a mão discretamente por debaixo do meu vestindo e me dá um beliscão de leve na minha bunda.

– Você passou o almoço todo sem calcinha minha tarada?

– Claro que não amor, tirei agora, pra te fazer uma surpresa.

– Ainda bem, que se você tivesse sem calcinha o aloco todo, ia ter que te chamar de ninfomaníaca.

– Não exagera amor. É só esse meu tesão por você que não acaba.

– E nem eu quero que acabe, vamos para casa, vou tentar apagar esse fogo todo.

Entramos no carro e dez quarteirões nunca demoraram tanto para passar. Quando entramos no elevador, esse parecia que estava demorando de propósito. Estava ficando inquieta na espera. Ficamos cada um num canto do elevador para não sair faíscas. A porta do elevador se abre e James abre a porta do apartamento. Mal ele fecha a porta e eu já estou pendurada nele.

Ele coloca dois dedos na minha intimidade sem cerimônia e morde meu pescoço.

– Você é insaciável meu anjo. Minhas preces foram atendidas quando ele colocou na minha vida uma mulher tão tarada quanto eu.

– Amor, menos papo e mais nudez.

– Claro – ele me encosta na parede a fim de apoiar minhas costas para facilitar a retirada do meu vestido. Com as pernas ainda enlaçadas na cintura dele, James retira meu vestido e eu fico completamente nua a frente dele. Ele morde o lábio inferior e me dá um sorriso de canto de boca. – Sem sutiã hein? Gostei.

– Você está vestido demais pro meu gosto – desci da sua cintura e puxei a sua camisa para fora. Seu peitoral definido apareceu e aquelas entradinhas dele me fizeram quase salivar. Obrigada Santo Antônio esse homem é uma maravilha por dentro e por fora!

Puxei o cós da sua calça na minha direção e beijei-o com urgência. Depois afastei nossos quadris somente o suficiente para que eu conseguisse alcançar o botão da sua bermuda. Desfiz rapidamente e puxei sua bermuda para o chão. Aquela estátua grega bem dotada na minha frente, sorrindo para mim. Compensou todos os canalhas que eu já conheci na minha vida.

– Eu te amo James Rodrigues.

– Eu te amo Camila Martins.

Ele passa longos minutos perdidos nos meus olhos e eu nos dele. Nos comunicávamos sem palavras, nossos laços cresciam pelo silencia. Nossas almas se entendiam. James me pega nos braços e me leva para a sua cama. Nos acariciamos a noite inteira e nos amamos sem pressa.

Acordo sentindo a falta do corpo quente de James ao meu lado. Abro lentamente os olhos e não tem nem sinal dele aqui. O seu lado da cama tem seu cheiro e eu rolo para lá. Fecho os olhos e absorvo aquele cheiro. Olho seu despertador e vejo que são onze da manhã. Abro totalmente os olhos e dou um pulo da cama. Okay, dormi demais.

Vou em direção ao banheiro e faço o que tinha que fazer. Tomo um banho, lavo meus cabelos, com o shampu dele mesmo, escovo os dentes e me sinto descansada e feliz. Não encontro minhas roupas em lugar nenhum, então pego uma cueca boxer do James e coloco uma camiseta dele. Saio do quarto e vou a procura dele. Sinto um cheiro divino vindo da cozinha e sinto meu olfato até encontrar James na cozinha, arrumando a mesa, vestindo uma calça de dormir.

– Finalmente você acordou anjo...

– Você acordou faz muito tempo?

– Ah, acho que só desde as nove da manhã. Estou preparando nosso almoço.

– O cheiro está tomando de conta do apartamento, o que quer que seja, deve estar delicioso.

– Você está do jeito que deixa qualquer um louco – James caminha na minha direção e me dá um beijo bem demorado. Se afasta rapidamente e vai mexer em alguma panela no fogão. – Estou fazendo escondidinho de carne. Espero que você goste.

– Hum, adoro escondidinho – dei um pulo e sentei no balcão da cozinha, observando seus movimentos na cozinha. Ele parecia bem tranqüilo e vez por outra quando passava por mim, me dava um selinho rápido e continuava seu caminho.

Meio dia em ponto ele coloca a travessa com o escondidinho no forno. Ele procura alguma coisa em um armário e volta alguns momentos depois segurando duas taças vazias e uma garrafa de vinho na mão.

– Aceita?

– Ai amor, não sei se deveria, eu ainda não comi nada...

– Huuum, interessante. Agora eu insisto, toma uma taça comigo.

– Você quer me deixar bêbada é?

– Claro.

– Eu só fico se você se aproveitar de mim.

– Você não precisa ficar bêbada para eu me aproveitar você.

– Então você está esperando o que?

James avança na minha boca e praticamente me põe deitada no balcão. Sinto algumas coisas nas minhas costas, mas nem me incomodo de levantar e ver o que era. James colocou a mão por baixo da minha camisa e começou a acariciar meus seios. Ele torcia suavemente meu mamilo o que me fazia arfar.

Nossas carícias foram interrompidas por um barulho de despertador, e James saiu de cima de mim e me ajudou a levantar. Ele estava com a respiração um pouco irregular, mas mesmo assim falou.

– Nosso almoço está pronto. E a sobremesa também.

– Vamos almoçar, depois nos esbaldamos na sobremesa.

A mesa já estava posta e almoçamos tranquilamente. James disse que só tinha que resolver algumas coisas do trabalho, para termos o resto de tarde livre. Ele estava fazendo algumas ligações enquanto eu olhava meu e-mail no notbook dele. Eu estava quase saindo quando recebo um novo.

Era anônimo. Meu coração se apertou e eu fiquei receosa de abrir. Tentei continuar normal. Respirei fundo algumas vezes e abri.

"Tsc, Tsc...

Uma moça tão bonita fazendo gestos tão feios na rua... Tudo bem que eu fiquei com ciúmes do James por ele ser o alvo desse ataque tão sedutor.

James não te merece. Você vai pertencer somente a mim.

Mas eu estou acompanhando seus passos. Eu vejo cada movimento seu. Sei com quem você fala. E você me conhece. Estou chegando mais perto. Beijo."

Um calafrio sinistro percorreu a minha espinha. As ameaças tinham voltado. Não podia ficar de braços cruzados agora. James vem correndo na minha direção e percebo que a minha tentativa de ficar calma foi ralo abaixo. Mas esse e-mail estava falando do James também. Teria que mostrar para ele.

– Meu anjo, aconteceu alguma coisa? Você está branca.

– Amor, vem vá, preciso te mostrar uma coisa – procurei o primeiro e-mail que tinha recebido e mostrei a ele. James não ficou muito feliz em olhar a minha foto junto com o Júlio.

– Quem é esse cara?

– Esse é o Júlio, lembra? Mas o que me incomodou foi a mensagem.

Mostrei o corpo da mensagem pro James e seu maxilar se apertou um pouco. Ele ficou analisando as palavras, tentando encontrar alguma coisa que pudesse entregar quem quer que tenha escrito.

– Você falou com a polícia sobre isso.

– Não meu amor, eu estava começando a pensar que tinha sido uma brincadeira de mal gosto de alguma pessoa que eu conheço, mas eu recebi um outro hoje.

– Hoje?

– É, acabei de receber um novo e-mail.

– Cadê meu anjo? – mostrei o novo e-mail pra ele e agora o rosto de James perdeu um pouco da cor também. – Temos que mostrar isso para a polícia.

– Concordo James. Eu fiquei realmente preocupada.

– Olha, tem arquivos anexados.

– Tem, eu ia abrir, mas você falou comigo antes.

– Deixa eu ver o que tem aqui.

James clica no link e abrem diversas fotos nossas em frente a casa da sua mãe. Em grande maioria delas eu estava com as pernas enlaçadas na cintura do James e nos beijávamos apaixonadamente. Um gosto ácido tomou de conta da minha boca.

– Isso é muito sério Camila, temos que procurar a polícia.

– E eu vou. Esse último e-mail me deu calafrios.

– Vou colocar a empresa de segurança lá da empresa para investigar isso. Quero resolver isso logo.

– Tudo bem amor.

James pega seu celular e disca alguns números, o escuto explicar a história algumas vezes para alguém. Ele estava nervoso e eu não tiro a sua razão. Também fiquei inquieta com a situação. James pega o computador e repassa o e-mail para alguns endereços. Depois senta num sofá que tinha ali no escritório e aperta os olhos com força.

– James meu amor, não fica assim, tenho certeza que agora vamos descobrir quem é que está mandando isso para mim...

– Eu espero meu anjo, eu espero.

Sentei em seu colo e ficamos ali por muito tempo. Eu não sabia o que ia acontecer daqui para frente, mas de uma coisa eu tinha certeza. Eu não ia deixar o James sair da minha vida novamente. Adormeci calmamente em seus braços.

Acordei sentindo uma dor de cabeça enorme. Estava deitava na cama de James completamente sozinha. Olhei para os lados e não vi sinal de James. Me levantei e segui uma melodia triste que parecia vir da sala.

Andei pelo corredor e encontrei a origem da melodia. Um pequeno carrossel tocava notas tristes de piano. Ah, lá estava ele. James. Corri na sua direção e ele estava de olhos fechados. Tentei acordá-lo suavemente.

– James, meu amor, acorda, vem pra cama... – falei sussurrando no seu ouvido.

Não houve resposta. Mexi de leve em seu ombro e nada dele acordar. Nossa, como ele tem um sono pesado...

– James, acorda – ele não se mexia. Comecei a sacudir o seu corpo com um pouco mais de força. Senti seu corpo enrijecer, e ele estava frio.

– Ele não vai acordar – uma voz sombria fala do outro lado da sala. Olho para lá e só consigo ver uma figura alta e negra. Não há distinção de nenhuma feição. Somente a escuridão.

– Quem está aí? – perguntei já me tremendo toda de medo.

– Você sabe quem sou eu...

– Já pode parar com esse joguinho. Mostre-se.

– Assim ia ficar muito fácil. Você vai ter que adivinhar...

– Olha aqui cara, eu realmente não quero brincar desse joguinho doentio. Eu entendi que você sabe onde eu moro, o que eu faço, mas isso tem que parar.

– Mas agora que eu estou começando. Ainda vou fazer muitas coisas com você Camila, e você ainda vai ser minha.

– Escuta, e escuta bem. Você é louco? Primeiro, que eu estou namorando sério com o James e eu não o trairia. E segundo, ameaçar quem você quer conquistar, seguindo, mandando e-mails sinistros? Isso está muito errado...

– Você que não reconhece meu amor por você.

– Isso não é amor, isso é doença! E nem mostrar o rosto você mostra...

– Quero manter minha identidade em segredo até que você esteja pronta para receber o meu amor.

– Cara, você está se escutando? Tem noção o quão louco você está soando? Porque você não mostra logo quem é você, acaba logo com isso...

– Já disse, você tem que estar pronta pra receber o meu amor.

– Mentira! Você é algum tipo de foragido ou alguma coisa assim?

– Não, eu já te disse, eu estou perto de você...

– Isso eu já percebi né? Você está aqui na sala falando comigo e desperdiçando meu tempo. Afinal o que você quer?

– Você.

– E você vai me machucar e amedrontar para conseguir?

– Isso também vale para machucar as pessoas que você ama... – senti um aperto no coração e voltei a olhar para o James. Seu corpo estava do mesmo modo que eu tinha deixado. Aquilo estava muito estranho.

Levanto o seu rosto e tento abrir seus olhos. Mas estão duros e frios demais para obedecer meu comando. Examino seu corpo e é então que meu coração é arrancado.

Um corte profundo na altura do seu abdômen parte James praticamente ao meio. Meus olhos se arregalam e logo eles estão cheios de lágrimas. Meu corpo fica mole e eu caio ao lado do seu corpo, que agora finalmente percebo que está sem vida. Não podia ser, nós acabamos de nos acertar. As coisas começavam a melhorar.

Lágrimas descem descontroladamente em meu rosto. James. Meu querido James. Meu amor. Minha vida. Me lembro da presença que ainda está na sala e grito a todos pulmões.

– VOCÊ QUE FEZ ISSO?

– Sim – sua resposta era seca e eu quase pude ouvir o sorriso em sua voz.

– Você é um desalmado... Como você pôde fazer isso com ele? Ele nunca fez nada de mal pra ninguém...

– Ele me fez mal, ele tinha o que eu não poderia ter.

– E agora que não vai ter mesmo, nem que eu morra, nunca vou ficar com você...

– Você não pode afirmar isso se não sabe quem eu sou...

– Mas eu vou descobrir, e vai ser agora – levantei do chão, com a força da fúria correndo nas minhas veias. Procurei em todos os cantos mas não achei sinal da voz misteriosa. Até que sinto um vento frio e vejo que a janela está aberta. A fecho, com o coração despedaçado demais para continuar a procurar.

Olho para o sofá e vejo o corpo frio e imóvel do James no sofá. Corro na sua direção e seguro seu corpo colado ao meu, desejando que o calor do meu corpo passasse para o seu, desejando que a minha vida fluísse para dentro do seu corpo.

– Não James, não. Volta. Volta pra mim. Seu lugar é aqui comigo. Não sei o que eu vou fazer da minha vida sem você. A culpa é minha. Eu que deveria estar no seu lugar. James acorda, por favor, acorda. Acorda. Acorda. Acorda.

– Acorda – a voz de James agora é perceptível e eu desperto daquele maldito pesadelo.

Ao ver que James estava do meu lado, que estava bem, inteiro e respirando, pulei no seu pescoço. Novas lágrimas se formaram nos meus olhos, só que agora eram de felicidade. Respirava aliviada, mas mal conseguia formular uma frase e beijei todo o rosto de James. Logo seu rosto estava molhado com as minhas lágrimas e eu não conseguia largá-lo.

– James, eu tive um pesadelo, ele foi tão real, tão cruel... – falei agora controlando as minhas lágrimas.

– Eu sei meu amor, mas eu estou aqui agora. E eu não vou a lugar nenhum.

– Me promete James, me promete – eu sei que ele prometendo não ia adiantar de muita coisa, porque se o cara que está mandando os e-mails for só metade do psicopata que ele era no meu sonho, nós íamos ter sérios problemas...

– Eu te prometo meu anjo. Agora vem aqui. Deixa eu te abraçar.

Me aconcheguei no seu abraço e tentei pegar no sono. Só consegui dormir quando o dia já estava amanhecendo e James não saiu do meu lado por nenhum momento. Precisava descobrir quem era esse perseguidor. Tenho a impressão que esses pesadelos vão ser mais constantes.

Como prometido, capítulo novo, uhuuuuul \o/ Espero que tenham gostado desse. Geeente e esses e-mails hein?? Foi muita maldade esse sonho?? ;XX 6000 leituras ;OOOOO Muito obrigada por tudo isso. Vocês são os melhores leitores do muuundo <3 Novo capítulo saí sexta feixa ;D E se gostaram, não se esqueçam de votar e comentar. Beijos lindas e lindos, até sexta ;*