Retomada
Tomás
O quê eu estou fazendo da minha vida, tudo parece ter virado de cabeça pra baixo e sei que a culpa é minha, somente minha.
Quando tomei a decisão de me afastar de Elisa não imaginava que isso seria minha perdição, seu cheiro, seu gosto estão marcados em minha alma e mesmo que eu negue não sou capaz de viver sem ela.
Passei os piores dias da minha vida, estou dividido entre o ódio por Bento Calazans e o amor de Elisa, mas na batalha entre amor e ódio o amor venceu com glória. Só que quando resolvi me humilhar e pedir o perdão de Elisa ela já tinha ido embora.
Sou mesmo um covarde joguei todas as minhas frustrações em cima da pessoa errada e agora estou pagando um alto preço, e não à um só minuto em que não me arrependo de tê-la afastado de mim.
Fui para a capital com a desculpa de ter que passar na minha médica para ver se estava tudo bem, mas na verdade queria mesmo era uma desculpa para ir até lá e talvez ir vê-la, só não contava de encontrá-la naquela clínica e para minha maior surpresa vi uma certa barriguinha o que me deixou em choque.
Não suportei resolvi ir atrás dela com certeza ela estava em seu apartamento, minha médica e agora amiga Júlia me ofereceu uma carona que eu aceitei prontamente, então esperei ela terminar algumas consultas e também aproveitei para me acalmar e decorar um discurso para pedir o perdão de Elisa e depois ela me levou até lá, pedi a ela que esperasse um pouco afinal de contas não sabia como seria a reação de Elisa ao me ver.
Uma coisa eu tenho certeza não sei e não posso viver sem Elisa ao meu lado e ainda mais agora que ela espera um filho meu, mas infelizmente bem na hora em que eu estava prestes a pedir perdão e provar o quanto fui idiota por tê-la afastado de mim Júlia chega e minha pequena entende tudo errado, quase pus a porta do seu apartamento a baixo e nada de Elisa voltar para me ouvir.
-Me desculpe Tomás, não foi minha intenção atrapalhar se eu soubesse que sua ex era tão ciumenta não teria subido.
-Não foi sua culpa Júlia eu é que pisei na bola e ela tem toda razão para estar chateada comigo.
-Chateada? Ela queria mesmo era nos matar vi isso nos olhos dela, se você quiser posso falar com ela e dizer que entendeu tudo errado, posso tentar consertar essa situação.
-Obrigado mais acho que é melhor não, amanhã volto aqui e falo com ela com calma, tenho certeza que tudo vai se resolver.
-Tudo bem você quem sabe, mas então vamos sair daqui antes que ela fique mais irritada ainda.
****************
Acordei bem cedo e animado, hoje vou colocar minha vida no prumo novamente vou recuperar minha pequena custe o que custar.
Comprei um buquê de rosas sei que ela adora rosas e fui para o seu apartamento, estou parecendo um adolescente e confesso que não sei como ser um homem romântico mas tenho que tentar, muita coisa está em jogo e não vou aceitar um não como resposta.
Toquei a campainha e respirei fundo, esperei e nada, toquei novamente mas ninguém atendeu, será que ela saiu, mais ainda é muito cedo. Não importa o quanto eu tenha que esperar só saio daqui depois que falar com Elisa. Já estava quase desistindo de esperar quando um voz me chama bem ao meu lado.
-Bom dia meu filho - era uma senhorinha com cara de vovó - elas não estão, saíram ainda estava escuro.
-A senhora sabe me dizer pra onde foram - vi que ela ficou um pouco desconfiada mas olhou para as rosas em minhas mãos e sorriu.
-Não sei mas creio que foram para algum hospital aqui por perto.
-Hospital? Como assim hospital? - não estava com um bom pressentimento.
-Você é alguma coisa delas? - ela não estava muito confiante em dizer o que eu queria saber.
-Sim eu sou o namorado de Elisa e pai do filho que ela espera - a verdade não era bem essa mais eu tinha que descobrir o que havia acontecido.
-Ahhhh!!! Então creio que você tem correr meu filho por que hoje de madrugada eu ouvi algumas conversas, eu tenho sono leve sabe depois que ficamos mais velhos né.
-Sim, sim eu entendo mais a senhora dizia que - não queria ser sem educação mais meu coração me dizia que algo de ruim estava acontecendo.
-Ohhhh!!! Claro meu filho me desculpe, como eu dizia ouvi algumas vozes e fiquei preocupada resolvi dar uma olhadinha e vi quando alguns enfermeiros levavam a menina que está grávida e ela estava chorando bastante e parecia sentir dor.
Meu coração chegou a doer e por um instante pensei o pior.
-A senhora por acaso sabe para qual hospital a levaram? - meus olhos se encheram de lágrimas que tratei logo de afastá-las, não posso ser fraco Elisa precisa de mim.
-Infelizmente não sei meu filho mas se você quiser posso..... - saí correndo dali deixando a senhora falando sozinha. Não sei como mas tenho que saber onde Elisa está.
Saí do prédio sem rumo, e me lembrei de Júlia, com certeza ela poderia descobrir para qual hospital a levaram, então liguei para ela.
Não demorou muito ela descobriu em qual hospital Elisa estava e me encaminhei para lá o mais rápido que pude.
Ao chegar no hospital de longe pude ver Helena e para meu desespero ela estava chorando, me aproximei.
-Helena, onde está Elisa? - ao me ver seu rosto mudou de expressão na mesma hora e pude sentir a raiva que ela estava por me ver ali.
-O que você faz aqui - disse praticamente aos berros e veio em minha direção me atacando e dando socos em meu peito - isso tudo é sua culpa, você fez isso com ela seu desgraçado se alguma coisa acontecer a ela ou ao bebê eu vou acabar com você. Saia já daqui ela não quer você por perto.
Tento segurar seus braços, mas ela só parou quando se cansou e foi vencida novamente pelo choro.
Fiquei sem saber o que fazer e também caio no choro.
-Por favor Helena me diga o quê aconteceu. Me deixe ajudar em alguma coisa.
-Quer mesmo ajudar, então saia daqui e suma da vida de Elisa afinal de contas se ela está aqui é por sua causa, já não bastou fazer tudo que você fez, ainda tinha que esfregar outra mulher na cara da minha amiga ela não merecia isso, você como sempre agiu feito um covarde.
-Não Helena, foi tudo um mal entendido a Júlia é só uma amiga e também minha médica, ela só me deu uma carona, eu amo a Elisa e vim pra cá para pedir perdão mas ela entendeu tudo errado eu jamais faria uma coisa dessas com ela por favor acredita em mim e me diz o que está acontecendo.
-Não pense que eu acredito em você mas infelizmente você é o pai e tem o direito de saber, afinal de contas foi depois que te viu que ela começou a passar mal Elisa ficou muito nervosa e no meio da madrugada começou a sentir muitas dores e depois para piorar ela começou a sangrar eu chamei uma ambulância e a trouxe pra cá mas desde que cheguei ninguém mais falou comigo e eu não tenho notícias eu estou com medo Tomás será que aconteceu alguma coisa com Elisa eu nunca vou me perdoar ela era minha responsabilidade eu devia ter tomado conta dela direito.
-Calma Helena tudo vai se resolver a Elisa é forte e tenho certeza que nosso filho também - tinha que tentar acalmá-la, embora eu não estivesse muito diferente dela mas aí para completar ouvi alguém chamando Helena bem atrás de mim e nem precisava me virar para saber de quem se tratava.
-Helena onde está minha filha? - ao ouvir a voz de Bento muitas emoções vieram a tona principalmente ódio, mas agora não era hora e nem momento para isso, tudo o que me importa agora é saber que Elisa e meu bebê estão bem, então tratei logo de engolir meu ódio.
-Senhor Bento, que bom que o senhor chegou - ela correu na direção dele e o abraçou voltando a chorar.
-Como ela está ? Já tem alguma notícia?
-Ainda não sei de nada ninguém me disse nada desde que cheguei aqui.
-Vou procurar saber como ela está. Quem o avisou? - disse apontando em minha direção.
-Nos encontramos por acaso e ele descobriu.
Quando ele olhou em minha direção já fui me preparando para uma discussão.
-É eu descobri por acaso mas agora que sei não pense que vou me afastar de Elisa e de meu filho nada e nem ninguém vai me tirar de perto deles.
-E quem disse que quero que se afaste, é seu filho não é? Sua obrigação é estar aqui ao lado deles é o mínimo que você pode fazer.
Disse isso e se afastou entrando em um corredor. E eu fiquei ali sem entender nada.
Depois de um tempo que pra mim pareceu uma eternidade ele saiu daquele corredor.
-E aí senhor Bento alguma notícia?
-Ainda não Helena, a enfermeira disse que assim que o médico tiver um diagnóstico virá falar connosco, a única coisa que podemos fazer agora é esperar.
Sentei a uma certa distância dos dois e fiquei perdido em pensamentos enquanto eles falavam algo baixinho, ouvi meu nome na certa Helena estava contando como tudo aconteceu.
Se passou quase uma hora de uma espera insuportável até que um homem se aproximou dizendo ser o médico de Elisa.
-Oi sou o doutor Aurélio médico ginecologista de Elisa vocês são da família ?
-Sim doutor eu sou o pai dela, ela é a melhor amiga e ele o pai do bebê, nos diga doutor como está minha filha.
-Ela está bem agora, teve um princípio de aborto mas conseguimos controlar, a gravidez dela é de alto risco e se ela realmente quer ter esse filho terá que seguir minhas instruções a risca e isso significa que além de tomar uma forte medicação ela terá que fazer repouso absoluto e não passar por situações em que a deixe nervosa ou aborrecida.
-E quando nós poderemos vê-la ? - eu tinha que falar com Elisa e pedir perdão por todo sofrimento que causei.
-Agora mesmo, só que ela está dormindo provavelmente só vai acordar daqui a algumas horas.
-Desculpa Tomás mas não acho uma boa idéia você ir falar com ela nesse momento, isso poderá deixa-la ainda mais nervosa.
-O quê? Você não pode me proibir de vê-la Helena.
-Posso sim, ainda mais que ela não quer vê-lo, posso e vou impedir você de chegar perto dela novamente.
-Por favor vocês não podem me impedir de falar com ela eu tenho que falar, tenho que pedir perdão por tudo - eu não posso aceitar que me afastem de Elisa, dessa vez vou lutar não serei um covarde.
-Calma Tomás quem vai decidir isso é minha filha se ela quiser vê-lo ninguém vai impedir, mas por outro lado se ela não querer mais você por perto assim será, afinal você a afastou.
-Tudo que quero é ter a oportunidade de falar com ela - não confio em Bento sei que ele está se fazendo de compreensivo mas não vai perder a oportunidade em me afastar de Elisa e de meu filho.
Eles entraram no quarto e eu não, achei melhor esperar um tempo até ela se sentir melhor mas não vou arredar o pé desse hospital até que Elisa e meu filho se recupere.
Passei o dia todo do lado de fora do quarto de Elisa, ela acordou estava escurecendo e se negou a me ver, insisti mas o médico me convenceu a ir embora alegando que não faria bem a ela uma discussão nesse momento.
Ela recebeu alta depois de dois dias e eu fiquei lá esperando mas ela permaneceu irredutível em sua decisão de não me ver.
Fui ao seu apartamento mas lá também não me deixaram entrar por ordem dela. Estou hospedado em um hotel perto de seu apartamento e todos os dias vou até lá e fico esperando com a esperança de ela mudar de idéia e resolver me ouvir, mas já se passou uma semana e nada.
Acho que estou ficando louco por culpa e preocupação, não gosto de ficar na cidade mas não arredo o pé daqui enquanto Elisa não me perdoar, me sinto culpado por que ela passou mal por causa da minha atitude mas vou reverter essa situação custe o que custar.
Estava no quarto de hotel envolvido em meus pensamentos quando ouço uma batida na porta, corro a atender mas quase caio pra trás ao ver de quem se tratava.
-Precisamos ter uma conversa - entrou como se fosse dono do mundo, esse é o jeito de Bento Calazans sempre querendo mandar em tudo.
-Não sei sobre o quê, afinal de contas você conseguiu o que queira, sua filha não me quer mais na vida dela.
-Está ouvindo o que você está falando, se tem alguém culpado por ela não te querer mais esse alguém é você, não venha agora colocar a culpa da sua covardia em cima de mim. Você a afastou, você colocou a culpa do meu passado e de sua mãe em cima dela.
-Cala a sua boca, não quero que você toque no nome da minha mãe, ela morreu por sua culpa tudo de ruim que aconteceu na vida da minha família foi culpa sua.
-Você não sabe de nada, eu amei a sua mãe como nunca amei ninguém em minha vida ela era tudo pra mim e se nós não ficamos juntos foi por que ela não quis, ela quem tomou a decisão de voltar para o seu pai.
-Mentira!!! - gritei pois falar sobre esse assunto chegava a me sufocar e minha vontade era de socar a cara desse desgraçado até não aguentar mais - eu sei da verdade o Bartolomeu me contou tudo, ele disse que você a abandonou e ela não suportou a dor que você causou e acabou com a própria vida, não adianta negar.
-Sinto muito Tomás mas o Bartolomeu te enganou e eu tenho como provar - estava tão nervoso que não tinha reparado que em suas mãos havia uma pequena caixa que ele estendeu pra mim - são de sua mãe, ela me enviava uma por semana e eu as guardei pra mim era como se eu tivesse um pedacinho dela comigo. Ao contrário do que disse Bartolomeu eu e sua mãe nos amávamos seu avô não quis nosso casamento por eu ser pobre ele obrigou a sua mãe a se casar com seu pai dizendo que se ela não se casasse com ele ia me matar então ela acatou a decisão do seu avô.
-Ai então você sumiu e depois voltou para se vingar.
-Não. Eu voltei por que amava a sua mãe, a fazenda Calazans estava totalmente falida quando eu a comprei, sua mãe era infeliz, e depois de algum tempo nós passamos a ter um caso eu não tinha a esquecido nem ela a mim, quando resolvemos ficar juntos você tinha cinco anos seus irmãos eram maiores, ela disse que levaria você e depois buscaria os outros dois, estava tudo certo mas então o seu pai descobriu que ela ia o abandonar e ameaçou sumir com você e seus irmãos e sua mãe ficou com medo, adiamos por um tempo até que a mãe de Elisa apareceu, ela estava de quase nove meses eu tinha ficado com ela antes de voltar a reencontrar a sua mãe, seu pai descobriu sobre a gravidez e fez questão de contar para a sua mãe então ela disse que era pra eu assumir o meu filho e que esquecesse dela, eu não queria, disse a ela que ia assumir a criança mas que não amava a mãe de Elisa e que queria ficar com ela, mas sua mãe era uma pessoa tão maravilhosa que não quis, eu fui atrás dela várias vezes mais ela estava certa de sua decisão, com isso seu pai passou a fazer da vida de sua mãe um inferno ainda pior do que já era, ela quis se separar mas ele não aceitou e disse que se ela o deixasse ela nunca mais veria você e seus irmãos, ele a ameaçava constantemente eu juro que tentei ajudá-la mas ela não quis me ajuda. O casamento de seus pais sempre foi uma farsa e eu nem cheguei a me casar com a mãe de Elisa ela ficou na fazenda por um tempo mas nós não tinhamos nada, nunca fomos um casal, então assim que Elisa nasceu ela foi embora e levou Elisa, quando ela foi embora voltei a procurar a sua mãe, ela estava magra e doente se via de longe o quanto era infeliz, mas ela permaneceu firme em sua decisão, disse que já era tarde para nós dois, que já era tarde para o nosso amor, uma semana depois fiquei sabendo que ela havia se matado, eu fiquei louco meu mundo se tornou apenas escuridão nunca me perdoei por não tê-la arrancado a força do lado do seu pai, mas já era tarde - Bento começou a chorar e ouvir tudo aquilo também fazia doer o meu coração por tudo que minha mãe havia passado.
-Por que está me contando tudo isso agora, isso não vai mudar o passado.
-Eu sei que não vai mudar o passado mais poderá mudar o futuro, o futuro de minha filha e de meu neto, sei que vocês se amam e eu nunca quis vocês juntos por que isso me fazia lembrar do passado e me lembrava o quanto fui covarde, não cometa o mesmo erro que eu, não desista do amor de vocês, lute pela minha filha.
-É o que tentei fazer mas ela não me deixa nem chegar perto, está com muita raiva e no fundo sei que agi feito um imbecil, não sei mais o que fazer para que ela possa me perdoar.
-E você vai desistir?
-Juro que não queria mas ela permanece irredutível, ela é muito teimosa, chego a pensar que não tem mas jeito.
-Não quero que você desista sei que ela te ama, por isso vou tentar ajudá-los, amanhã na parte da manhã vá até o apartamento de Elisa isso se ainda quiser lutar pelo amor de vocês. Leia as cartas de sua mãe e guarde-as com você - Bento foi embora e eu fiquei ali parado com aquelas cartas na mão sem entender o que aconteceu e sem saber o que ele pretendia com aquilo tudo.
Já era madrugada e eu não conseguia dormir, tudo o que Bento me contou está martelando em minha cabeça, naquele momento não quis ler as cartas de minha mãe mas sei que adiar não irá me ajudar em nada então pego a caixa com as cartas e começo a lê-las.
É incrível que só através dessas cartas passei a conhecer minha mãe, eu era muito pequeno quando ela morreu e as poucas lembranças que tinha dela era de uma mulher infeliz e que estava sempre chorando pelos cantos, mas ao ler estas cartas vejo um lado dela que ela só demonstrou para o Bento o lado de uma mulher completamente apaixonada e cheia de vida que entregou o seu coração a um homem que também a amava.
Tinha carta de todas as épocas desde quando meu avô os separou até o dia em ela não aguentou mais viver ao lado de meu pai que só a humilhava e tirou a própria vida.
Bento e minha mãe realmente se amaram e ao contrário do que Bartolomeu me disse ele quis ficar com ela mas ela por medo de ser afastada de mim e de meus irmãos abriu mão desse amor e sofreu até não suportar mais, em muitas cartas ele dizia que iria buscá-la mas ela não aceitava pois meu pai a ameaçava.
Quando acabei de ler as cartas o dia já estava quase amanhecendo e minha decisão já estava tomada, vou atrás de Elisa e dessa vez ela terá que me ouvir, muita coisa está em jogo e tenho que ter cabeça fria para convencê-la de meu amor.
Tomei um banho e um bom café e fui para o apartamento de Elisa, estou muito confiante e com a esperança renovada dessa vez vai dar certo.
"Vamos torcer para que o nosso cowboy esteja com sorte pois algo me diz que ele realmente vai precisar "
Beijoca a todas.
Se estiverem gostando deem uma estrelinha.
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