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Da felicidade ao pesadelo

                   Elisa

   Acordo num sobressalto, meus olhos custam a se acostumar com a pouca claridade que ilumina o lugar onde estou, a princípio penso que estava novamente tendo um dos meus tão conhecidos pesadelos mas ao tentar me mexer sinto dores por todo o corpo, e a realidade caí em mim como uma pedra, uma lágrima caí quase que instantaneamente, não é pesadelo e mais uma vez me deixo ser guiada pela escuridão que se tornou meus dias e noites.

   Sinto algo frio tocando em meu rosto e isso faz com que eu abra os olhos novamente, me deparo com aquele olhar tão parecido com o de Tomás e ao mesmo tempo tão diferente, a mesma cor e o mesmo formato mas ao contrário do meu cowboy esse olhar só demonstra ódio e desprezo por mim é tanto ódio que chego a sentir náuseas quando ele se aproxima.

   -Vejo que minha querida cunhadinha já acordou, como está se sentindo hoje?  Espero que esteja faminta pois trouxe o seu café da manhã    -   tenho tanto pavor de Bartolomeu que só de ouvir a sua voz começo a tremer e uma ânsia de vômito chega tão forte que tenho que fazer o maior esforço para não vomitar em cima dele   -   calma minha querida sabe muito bem que eu não mordo    -   ele se aproxima ainda mais e toca meus cabelos tento me esquivar mas estou toda amarrada àquela cama e quando ele chega mais perto e tenta cheirar meus cabelos não suporto e cuspo na sua cara, o tapa veio com tanta força que pensei ter quebrado meu rosto    -   sua vadia imprestável, acha mesmo que está em condições de me isnobar, você não tem idéia do que sou capaz, mas pode ficar tranquila já já vai descobrir e por ter se comportado mal vai ficar sem comer nada hoje.

   Saiu dando uma gargalhada que mais parecia do próprio diabo trancou a porta e mais uma vez a escuridão tomou conta desse lugar fétido.

   Não sei ao certo quantos dias se passaram desde que fui sequestrada, estou ao que parece numa espécie de porão e não vejo a luz do sol desde aquele dia.....

   "Eu estava vivendo um sonho, finalmente poderia ficar ao lado de Tomás para sempre, embora não pudesse contar com minha família ao meu lado nesse momento tenho a esperança de que com o passar do tempo meu pai acabe aceitando minha escolha.

   Assim que fiquei pronta quis ficar um momento sozinha estava muito nervosa afinal era o dia do meu casamento, me olhei no espelho e gostei muito do que vi, meu vestido era simples mas quando eu o vi na loja soube que era exatamente aquele que eu queria era branco tomara que caia com pequenas pérolas enfeitando a parte de cima, e sua saia longa com apenas alguns bordados na barra, eu mesma fiz minha maquiagem e arrumei meu cabelo com uma trança de lado e enfeitei com pequenas flores e optei por um pequeno véu, sei que Tomás ia gostar do meu visual, estava tão feliz que perdi a noção do tempo e só quando ouvi alguém batendo na porta percebi que tinha demorado muito, mas quando abri a porta e vi o Beto levei um susto ele nunca fez nada contra mim mas não me sentia a vontade em sua presença e Tomás sabia disso pois também não se dava muito bem com ele.

   -Oi   -   disse ele com um olhar gélido   -   Tomás pediu que eu levasse você até os estábulos, acho que tem uma surpresa   -   não fazia sentido justo o Beto vir me buscar, um sentimento estranho me invadiu e eu não consegui disfarçar meu desconforto diante dele.

   -Surpresa? Acho estranho uma surpresa logo agora por que já estou um pouco atrasada, você pode pedir ao Valter para vir até aqui preciso falar com ele   -   me virei de costas e fingi procurar algo dentro de uma gaveta.

   -Bem que Bartolomeu me disse que você não seria fácil de ludibriar, sorte que sempre tenho um plano B.

   Ao ouvir o nome de Bartolomeu paralisei por um instante e tudo que me veio a cabeça é que tinha que fugir e pedir por socorro mas ele foi mais rápido e quando me virei ele já estava perto demais e vi na sua mão um pano e rapidamente ele pôs em minha boca tentei gritar e me debati o máximo que pude, derrubei varias coisas no chão enquanto tentava me soltar dos seus braços mas aos poucos fui sentindo minhas forças me abandonarem e antes que eu apagasse de vez me veio a imagem de Tomás me esperando para o nosso casamento então a escuridão me venceu.

   Quando acordei já estava aqui, amarrada à essa cama e nesse lugar que não tenho a menor idéia de onde fica, o medo me consumia e me deixava apavorada, mas quando eu reconheci a sombra que me abservava a uma curta distância o desespero me tomou por completo, comecei a me debater e gritar por socorro enquanto ele ria com a maior satisfação por me ver daquele jeito. 

   -Calma princesa não adianta você gritar porque dessa vez ninguém vai te salvar e espero que goste das acomodações e da companhia pois vamos passar um bom tempo juntos."

   Depois disso, tudo ficou cada vez pior, acho que deve ter uns três ou quatro dias que estou aqui embora pra mim pareça uma eternidade, falei com Tomás somente no dia em que Bartolomeu me trouxe pra cá, depois não vi nem falei com ninguém além de Bartolomeu, minha refeição é nada além de uma sopa horrorosa que sempre que cai no meu estômago volta imediatamente, estou muito fraca e cada dia que passa minha esperança de ser resgatada diminui.

   Estou me sentindo completamente esgotada, não sei se pelo cheiro horrível que emana desse lugar meus enjoos estão cada vez mais frequentes, não vejo ninguém além daquele ser desprezível do Bartolomeu somente no primeiro dia foi que ouvi algumas conversas e até uma discussão depois disso o silêncio é quebrado somente quando aquele monstro vem até aqui e solta suas gargalhadas grotescas de contentamento em me ver cada vez mais abatida.

   Sou arrancada dos meus devaneios por sua voz estúpida a me xingar.

   -É sua vadia miserável tudo está para acabar, amanhã seu querido paizinho vai me entregar o dinheiro e outras coisinhas mais e minha vingança vai se completar quando eu ver o poderoso Bento Calazans se rastejar e implorar por sua vida ai sim poderei me considerar um homem vingado.

   -Eu só queria entender o motivo de tanto ódio entre você e meu pai, você fala o tempo todo em vingança mas vingar o quê, se é por você ter sido preso foge logo e some de nossas vidas nos deixe em paz.

   -Ha, ha, ha!!! Você não sabe de nada sua imprestável   -   veio se aproximando e eu me encolho toda, pois sempre que ele se aproxima tenta me tocar e isso me enoja   -   seu pai é um desgraçado e um assassino mas eu não quero adiantar nada da sórdida vida do seu pai, amanhã quando seu pai se encontrar aqui com você pode deixar que eu vou contar toda a história e aí vai conhecer a verdadeira face de Bento Calazans.

   -Por favor me deixa ir   -   imploro por minha vida e penso em todas as pessoas que amo e as lágrimas caem   -    eu posso pedir o dinheiro a meu pai e você segue com sua vida sem machucar e nem ferir ninguém.

   -Você ainda não entendeu que não é por dinheiro né? Eu quero você e seu pai mortos, quero ver seu pai implorando de joelhos por sua vida   -   ele se aproximou ainda mais e me encarou, pude ver em seus olhos a verdadeira face de um demônio e senti que eu não sairia viva daquele lugar   -   a princípio pensei em poupá-la afinal você poderia me trazer alguma diversão tenho que admitir que o tonto do meu irmão tem bom gosto, mas quando me lembro que você foi a causadora de tudo, que foi por sua culpa que a minha vida foi destruída sinto vontade de acabar com tudo antes da hora   -
ele soltou as cordas que me amarravam e levou as mãos em meu pescoço e apertou, o ar começou a faltar em meus pulmões e pensei que meu fim havia chegado.

   Fechei meus olhos esperando pelo pior pois minhas forças não me permitiam mais lutar, mas derrepente ele para, eu abro os meus olhos e busco encher meus pulmões com ar novamente mas o vejo tirar uma arma da sua cintura e noto que sua expressão muda, ouço um barulho de uma porta sendo quebrada e vejo Tomás invadir aquele lugar feito um louco, Bartolomeu agi rápido e me usa como escudo e coloca a arma em minha cabeça.

   -Larga ela seu desgraçado   -   meu coração dispara não sei se de alegria por ver Tomás ou se desespero por temer por sua vida, tento gritar seu nome mas a voz não sai.

   -Ora, ora, ora, não é que eu subestimei meu irmão caçula eu poderia apostar que você não se lembrava mais desse lugar mas pelo visto não esqueceu dos momentos que passamos aqui.

   -Por favor Bartolomeu deixa Elisa sair daqui e vamos resolver as coisas entre eu e você, não tem mais ninguém além de nós o seu comparsa está desmaiado então não tem porque isso continuar.

   A cada segundo que passava eu ficava mais apavorada era visível o descontrole de Bartolomeu e sinto que a qualquer momento ele pode perder a cabeça completamente, olho para o meu cowboy e vejo em seu olhar que ele também tem medo.

   -Você não entende, eu tenho que vingar, eu prometi ao nosso pai e a culpa de tudo é dela, foi por culpa dela que tudo aconteceu.

   -Não meu irmão, essa é a Elisa minha mulher ela não tem culpa de nada, você está muito confuso solte-a e vamos conversar só eu e você nós dois podemos resolver tudo.

   Tomás foi dizendo essas palavras e se aproximando cada vez mais, por um instante senti  que as palavras de Tomás pudessem fazê-lo mudar de idéia mas no momento seguinte ele perde a razão novamente grita com Tomás e aperta ainda mais a arma em minha cabeça.

   -Pode ir parando por aí se não eu mato essa vadia agora mesmo   -   Tomás congela no mesmo instante    -   você não sabe de nada seu imbecil, você nunca soube de nada, mas hoje eu vou te contar e tenho certeza que assim que souber de tudo também vai passar a odiar os Calazans como eu, a fazenda Calazans era do nosso avô materno, na época era fazenda Renascer o Bento era pião lá e se apaixonou por nossa mãe nosso avô não aceitou esse romance e o mandou embora e ele sumiu por alguns anos, depois nosso avô fez com que nossa mãe casasse com o nosso pai, com o passar do tempo a fazenda foi se atolando em dívidas e foi a leilão não sei como aquele desgraçado conseguiu comprar mas comprou e expulsou a nossa família de lá nosso avô já tinha morrido, e nós fomos morar num barraco caindo aos pedaços na cidade, mas ele não ficou satisfeito em só expulsar nossa família, para completar ele seduziu a nossa mãe e a convenceu a abandonar o pai, ela não pensou duas vezes  estava enfeitiçada por ele arrumou a mala e disse para o pai que ia embora nem eu e nem o Inácio quis ir com ela preferimos ficar com o pai mas você era pequeno então foi com ela, o pai ficou doido tentou impedir mas ela já tinha decidido, só que ela não contava que aquele desgraçado ia abandoná-la   -   ouvir aquela história era terrível e a cada palavra sentia que Bartolomeu se descontrolava mais e mais   -   ele marcou de buscá-la na saída da cidade mas não apareceu ela foi caminhando até a Calazans mas quando chegou lá descobriu que aquele miserável havia viajado com a esposa em lua de mel, ele se casou com a mãe dessa aqui no mesmo dia em que combinou de fugir com a nossa mãe, ele se casou porque ela estava grávida dessa aqui e não se importou com a desgraça de nossa mãe ela teve que voltar pra casa e aguentar a vergonha pois a cidade inteira sabia que ela tinha abandonado nosso pai para ficar com aquele desgraçado e ela não aguentou, ela não suportou.

   Busquei o olhar de Tomás e vi muita dor e sofri por ele pois me doía também saber que meu pai foi capaz de fazer tanto mal a família de Tomás.

   -Eu sei que a mãe sofreu e que você sofreu também, mas a Elisa não teve culpa se tem alguém a ser culpado é o Bento então solte ela e vamos resolver tudo com ele.

   -Não, de jeito nenhum, ela tem culpa, foi por culpa dela que ele abandonou a nossa mãe, foi por culpa dela que da primeira vez que eu quis vingar não deu certo afinal você se apaixonou por ela e estragou tudo, ela sempre esteve no nosso caminho e ela tem que pagar.

   Ele gritava descontroladamente e por uma fração de segundos tirou a arma da minha cabeça foi o que Tomás precisava para voar pra cima dele me jogando no chão, começaram a lutar, Tomás tentava a todo custo tirar a arma da sua mão e eu ali parada sem conseguir fazer nada vendo a vida do meu amor sendo arriscada por minha causa até que em um certo momento vejo Bartolomeu dizer algo bem próximo ao ouvido de Tomás que não consigo ouvir, vejo ele paralisar então ouço um disparo e tudo vira um caos, vejo vários policiais invadirem o lugar ouço mais disparos e eu ali não chão assistindo tudo em câmera lenta como num filme de terror, sinto braços fortes me envolvendo e dizendo que tudo ia ficar bem reconheço a voz do Valter e apago.

    "Quanta revelação"
   Vamos torcer para o nosso casal finalmente se reencontrar.
   Beijoca a todas.
  

  

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