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NOTA DA AUTORA E AGRADECIMENTOS

Ao contrário do que algumas pessoas dizem, por aí, eu tenho boas referências em relação aos militares, que ocuparam uma pequena, mas significativa parcela dentre as recordações da minha infância – e trago comigo momentos maravilhosos. Talvez, os melhores! Desde quando meu avô me levava para passar os sábados no clube dos militares, chamado na época de Círculo Militar, passando pelas colônias de férias. Eu devia ter entre 6 e 8 anos de idade.

O Exército da região em que nasci e cresci organizava - junto às escolas locais - a colônia de férias anual. Eufóricos, nós entrávamos nos ônibus escolares e seguíamos para o quartel. Eu achava o lugar fantástico, assim, tipo, a Disneylândia: enorme, limpo, organizado, com árvores lindas, um monte de brinquedos (que, na verdade, eram os objetos de provas dos soldados - fossos, cordas, redes, barreiras, etc)! Para uma criança como eu, era como estar na Disneylândia.

Os militares preparavam tudo com carinho para receber a criançada e fazer atividades lúdicas, interessantes, divertidas; brincadeiras e campeonatos que ao mesmo tempo nos ensinavam o espírito de equipe e coleguismo entre os estudantes (algo que já não existia mais, nem na minha época). Os militares foram responsáveis por eu ter desenvolvido o gostinho pela aventura.

Eu, uma garota medrosa, acabei me tornando destemida em algumas situações. Lembro de um tenente, ou sargento, que uma vez teve uma conversa comigo sobre o meu medo de tudo. Ele disse que eu era capaz de muito mais do que imaginava, bastava querer. Então, eu mergulhei de cabeça. Deus abençoe este militar por ter sido tão compreensivo com uma criança meio nerd e deprimida, como eu, cujo avô amado tinha recém falecido.

Durante a colônia de férias, nós nos sentíamos seguros dentro do quartel e conhecíamos um pouquinho da rotina militar.  A gente os acompanhava nos horários e nas rotinas. Eles tinham uma espécie de irmandade, em que havia respeito, camaradagem, e muito bom humor. Eles buscavam sempre o lado positivo de tudo.  Eu me sentia cercada de irmãos mais velhos.

Eu os admirava!

Lembro-me de ouvir os soldados conversando entre si, quando não estavam percebendo que eu os escutava. Eles comentavam o quanto ficavam felizes em nos ter por perto. Para eles, assim como para nós, era o melhor período do ano. Eles se tornaram meio que irmãos e pais postiços, nossos mentores e professores. Cuidavam da gente, nos entretinham e nos educavam a um só tempo. Eu costumava me esgueirar pelo alojamento e ficava admirando aquele amplo espaço limpo e simples, onde eles dormiam e conviviam.

Lembro-me que eu sempre recebia um boné do exército, a cada participação na colônia. Fiquei com uma coleção que tomou a gaveta inteira da minha cômoda. Os  soldados sabiam que eu colecionava, e sempre guardavam pra mim. Os bonés representavam os eventos e jogos do quartel. Eles ganhavam os campeonatos, recebiam os bonés, e davam para mim. De modo que eu recebia um boné de cada um deles, como recordação.

Mas o que mais me emocionava era saber que se lembravam da gente quando a colônia de férias acabava. Pois sabiam os nossos nomes no ano seguinte, sempre que voltávamos.

Militares bons e ruins existem, como em qualquer área de atuação humana. Os bons são aqueles que se dedicam a servir e proteger os cidadãos de bem de seu país. Que desejam ver sua nação forte e saudável. Não sei se os militares de hoje possuem o mesmo espírito e a mesma têmpera dos militares que conheci, na infância, só posso torcer para que assim seja.

Quero agradecer por seus serviços prestados e pela paciência em esclarecer algumas dúvidas civis. Meus respeitos a todos que serviram à nação – especialmente, os pracinhas brasileiros que ajudaram a libertar a Itália do jugo dos nazistas.

Meus respeitos ao Grumec, por estar entre os melhores do mundo, ao Comanf e às demais forças especiais que se dedicam ao nosso país.

Optei por não me aprofundar muito em minha pesquisa, porque existem partes do trabalho militar que não convém tornar público. Procurei usar só algumas informações e nem fui fiel ao procedimento, ou ao protocolo de ação direta. Tomei muitas licenças poéticas, ao criar um grupo dentro da Marinha que mistura alguma coisa dos SEALs americanos, e de outras forças especiais brasileiras. Isso foi proposital, a fim de não expor, nem cometer nenhum erro em relação ao que acontece na realidade. Por outro lado, tive que ler muito e pesquisar muito, pra valer, a fim de poder criar coisas que não existem na Marinha, sem divergir dos conceitos e valores defendidos pela entidade.

Como vocês podem perceber, caros leitores, este livro era pra ser uma ficção científica com aventura. Algumas questões tomaram uma dimensão muito maior na história do que o pretendido, inicialmente. Mas quando começo a escrever, geralmente, nunca sei onde vou parar. É como embarcar num trem... Neste caso, eu embarquei num navio. Rsrsrs!

O livro foi esquematizado em 2013. Em 2019, eu reencontrei o arquivo, por acaso, salvo em um de meus emails. Decidi que poderia contar essa história e pus mãos à obra, durante as minhas férias. Só então tive tempo para revisá-lo. As férias duram trinta dias, então, o tempo de revisão foi breve. Espero que tenham uma boa experiência com esta leitura.

É o primeiro livro de ação e aventura que me proponho lançar. Acho que tive algumas inspirações, que merecem ser mencionadas, ao longo da evolução deste projeto:

Lee Child, com o seu Jack Reacher e Bear Grylls, com seu histórico no exército britânico. Grylls tem livros de ação muito legais. Adorei lê-los! De fato, esses dois foram o meu pontapé inicial. Isto é, o que me levou a querer descobrir as respostas para as minhas inúmeras perguntas.

Eu obtive muito material interessante, não apenas para o livro, mas para a vida, por meio do Havok Journal, que é uma comunidade de escritores oriundos do meio militar.  Eles produzem artigos sobre questões psicológicas, motivacionais, e sociais, que envolve os combatentes americanos.

Autores que foram SEALs, na vida real - e escreveram sobre suas experiências, me fizeram ter outra visão sobre os sacrifícios da vida militar... Livros como "Nao há dia fácil" e Não há heróis", de Mark Owen (um cara que defende sua irmandade até debaixo dágua, literalmente!), foi o primeiro autor que li e me impactou. O falecido Chris Kyle, que escreveu sua própria história: "Sniper Americano" (seu livro também me deu o que pensar).

E tem o "exuberante" Howard Wasdin, cuja história de vida me deixou de queixo caído. É o meu autor SEAL preferido....

Vou falar mais deles em "Lua de Fogo."

Também falarei das postagens no Instagram, especialmente de John B Allen, um SEAL retirado que se dedica a ajudar aspirantes e seus colegas veteranos, quando estes fazem a transição entre a vida militar e a vida civil. As pessoas não têm ideia do quanto é difícil para um militar que sai de uma guerra prolongada, com problemas físicos e até emocionais, se ajustar à vida em sociedade - de uma forma diferente, a qual ele está acostumado.

Enfim, houveram outros autores, filmes e reportagens. A pesquisa foi ampla.

Eu já pesquisava sobre guerras mundiais desde os 11 anos. Fiz isso até os 14. Eu queria entender o que motivava as nações a irem à guerra. Pesquisei Gengis Kahn, Alexandre o Grande, Ramsés II, entre outros grandes comandantes em chefe que lideraram tropas, para tentar entender toda a política que estava ao redor de uma deflagração de guerra.

Durante um tempo me detive na participação dos pracinhas na segunda guerra. E vê-los pessoalmente, foi algo que também me impactou. Eu costumava assisti-los, durante o desfile de Sete de Setembro, e me perguntava se eles eram devidamente valorizados, depois de perderem uma perna ou um braço, em decorrência de uma granada, durante a tomada das cidades italianas. Eram só garotos, quando foram enviados... Enviados ao frio europeu e completamente despreparados para aquilo. Mesmo assim, eles não se encolheram e fizeram o que se esperava deles. Até hoje os pracinhas são lembrados na Itália, por conta de sua bravura e coragem. Mas quando eu os vi ao vivo e a cores, já bastante idosos, marchando com um patriotismo de dar inveja... Bem, isso me impactou. O momento dos veteranos era sempre o mais emocionante pra mim, no desfile de Sete de Setembro.

Por causa dos pracinhas, eu escrevi um romance aos 13 anos, cujo original escrito a mão, se perdeu há muito tempo. Lembro vagamente da história que criei, mas lamento que as trezentas e tantas páginas escritas tenham se afogado na minha última enchente. Fazer o quê!

Acho que vou deixar essa estória para Lara desenvolver... Em Lua de Fogo.

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