Achei que fosse o frio a bater a minha porta, estava escuro e abafado, à dias que não punha o pé a porta, mas os gritos disseram o contrário a voz era inconfundível mas sem entender às suas intenções fui abrir a porta, pra talvez levar de volta os pedaços partidos do meu coração e guarda lós comigo.

Ao ver os seus olhos, o olhar dela soava diferente, estava de pijama sem fôlego e de pés nus "bem que morava pelo quarteirão mais não justificava" e pulou pra mim como se estivesse pulando de galho em galho, subindo beijou a minha boca, paralisei por segundos o cérebro ficou sem ação belisque e estalei os meus dedos achando que era a minha imaginação senti a dor  que a vida trás, deixei simplesmente que tudo acontecesse, não vou mentir gostaria de recriar cada momento.

Deitada no meu peito ela disse coisas que nunca imaginei ouvir dela, fez me sentir completo. Ficamos do lado um do outro durante o dia, durante a noite, durante o tempo que demos aos nossos sentimentos.

Como o amar é promessa, prometemos coisas que não poderíamos cumprir, prometi dar o mundo e ela o céu, ficamos bebados de paixão de tanto provar no cálice dum e do outro.

Na manhã seguinte após o café da manhã, restaram só escolhas do que séria de nós adiante.

Ela tinha uma escolha, entre o amor de uma vida ou o amor da sua vida.
Então foi-se embora e não olhou pra trás, aquela noite de certeza marcou as nossas vidas, ficou bem claro que uma vida só não chega.