006
001 — A nova missão do Bill é reconquistar a Cassey. Desejo boa sorte para ele.
002 — Meta de 22 comentários para o próximo capítulo!
Cassiopeia Tonks
Não há nada que eu possa fazer
O mapa que me guia até você
Que segue, que segue, que segue
EU ME SENTIA MAIS TRANQUILA DE LEVAR ARTY para a sede da Ordem agora que todo mundo já sabia a verdade, não havia mais sentido em deixar ele com meus pais naqueles momentos.
— Boa noite.
Arty deu um sorriso brilhante para Molly e correu na direção da mulher, me fazendo suspirar baixinho. Os dois em poucos encontros já tinham criado uma conexão enorme, fazendo eu me sentir culpada por não ter deixado isso acontecer antes.
— Oi, meu lindo — Molly disse, o pegando no colo.
Cumprimentei as pessoas e após ter certeza que meu filho estava entretido com a avó, subi as escadas para ver quem era a pessoa que precisava de cuidados. Sirius Black estava no corredor, me esperando, com um sorriso tranquilo no rosto.
— E aí?
— Boa noite, Sirius — murmurei lhe dando um rápido abraço — Quem precisa da minha ajuda hoje?
Ele passou a mão pelos cabelos, sua expressão se tornando nervosa.
— Alguém que você vai ficar tentada a não curar — Sirius resmungou, então desviou o olhar — Bill se machucou em uma pequena missão para a Ordem.
Revirei os olhos e passei por ele sem dizer mais nada, abri a porta do quarto e dei de cara com William Weasley sentado na beira da cama enquanto tentava curar a si mesmo, ele estava sem camisa e por um momento fiquei sem ar.
O tempo tinha feito bem para ele.
— É melhor você parar o que estava fazendo antes que piore a situação.
Bill me encarou surpreso, ele congelou no lugar, como uma criança pega fazendo algo que não devia.
— Oi, Cassey.
Larguei minha maleta em cima da cama e me sentei ao lado dele, analisando de perto o ferimento. Não parecia tão grave, mas ainda era algo para se preocupar.
— Como conseguiu fazer isso?
Ele forçou um sorriso.
— Você não vai querer saber, acredite em mim.
Foquei em curar seu ferimento, não demorou muito e logo já estava muito melhor. Fiz um curativo básico e levantei, ficando de frente para Bill, que me encarava com uma expressão estranha.
— Preciso fazer o discurso "Por favor, tome cuidado porque agora você tem um filho"?
Bill suspirou e fechou os olhos, parecendo se sentir culpado, o que era exatamente a minha intenção.
— Eu sei que agora tenho um filho, alguém por quem voltar para casa... Só que você não sabe o que eles estavam fazendo aquelas crianças, um deles tinha a idade do Arty e...
— E chegou perto demais de casa?
— Sim.
Ele segurou minha cintura e apoiou a cabeça contra a minha barriga, Bill parecia terrivelmente vulnerável naquele momento, eu entendi o que ele estava sentindo então fiz carinho em seu cabelo.
— Quando temos filhos, nossa percepção do mundo muda. Quando vemos uma criança em uma situação ruim, sempre vamos pensar "e se fosse meu filho?".
O aperto dos seus braços ao meu redor se tornou mais forte.
— Obrigado.
Olhei para ele, seus olhos estavam fechados e por um segundo, pareceu o Bill adolescente pelo qual eu era apaixonada.
— Pelo quê?
— Por tudo.
Coloquei as mãos em seu rosto, fazendo ele me encarar.
— Eu tenho uma ideia de como fazer você se sentir melhor agora — murmurei, acariciando suas bochechas — Vem comigo.
Ele nem sequer questionou, apenas levantou e vestiu uma camiseta preta. Bill me seguiu para fora do quarto, nós dois descemos as escadas e fomos recebidos pelo som da gargalhada de Arty.
— Filho, vem cá dar oi para o tio Bill.
Os olhos do meu filho imediatamente focaram no homem ruivo que estava atrás de mim, sua expressão se iluminou e ele levantou do tapete, correndo na direção de Bill. O ruivo se abaixou e pegou o filho no colo, o abraçando apertado enquanto relaxava.
— Ei, baixinho...
— Eu trouxe o presente que você me deu para a gente brincar!
A expressão no rosto de Bill suavizou.
— Sério?
— Sim!
Bill foi até o tapete com Arty e os dois se sentaram ali, meu filho mostrou o brinquedo e logo os dois começaram a brincar juntos. Era óbvio que mesmo em tão pouco tempo, os dois já amavam um ao outro.
Molly parou ao meu lado, com uma expressão conhecedora no rosto.
— Quando você vai contar para ele?
— Agora é muito cedo, Molly — murmurei, ainda olhando para os dois — Bill precisa se acostumar mais com a situação.
Ela me encarou.
— Bill ou você?
Não respondi.
"Ouço sua voz enquanto durmo
É difícil resistir a tentação
Pois algo estranho veio até mim"
— SÉRIO, VOCÊ DEVERIA CUIDAR, É fácil demais entrar na sua sala — Bill resmungou quando entrei na sala, dando de cara com ele — E se alguém com más intenções entrasse?
Fiz uma careta enquanto fechava a porta, eu ainda ia xingar aquela recepcionista.
— Eu tenho certeza que deixei claro que não queria você entrando na minha sala sem avisar — resmunguei, sentando na minha cadeira — O que está fazendo aqui, afinal?
Bill abriu a sacola que carregava e começou a tirar dali um prato de comida mexicana, uma das minhas favoritas. O cheiro estava divino, ele sorriu feliz.
— Você precisa se alimentar direito e eu queria uma companhia para o almoço. Juntei o útil ao agradável.
Revirei os olhos.
— Idiota.
Mesmo assim, peguei um dos tacos e comecei a comer, o gosto era tão divino quanto o cheiro.
— Estou trabalhando no projeto "Por favor, volte a ser minha melhor amiga". Como estou indo na evolução desse projeto?
O encarei, estreitando os olhos.
— Não vou te perdoar apenas porque você me trouxe comida.
— Mas é um bom passo, não é?
Suspirei dramaticamente, na maioria das vezes Bill não era alguém que desistia fácil, o que podia ser uma droga.
— Temos um filho juntos, então não acho que vou conseguir me livrar de você.
O sorriso dele cresceu.
— Nós temos um filho completamente perfeito e maravilhoso — ele sussurrou, então suspirou — Eu sou muito sortudo, não sou?
Acabei revirando os olhos novamente.
— Fruto de uma noite envolvendo sexo de despedida onde eu nem sabia que era uma despedida.
Ele se encolheu, o sorriso morrendo por um segundo.
— Nunca falamos sobre aquela noite... Eu era apaixonado por você, demorei muito para reunir coragem para pedir para que você fosse ao baile comigo — Bill admitiu, desviando o olhar — Eu tinha uma paixão desde os quinze.
O encarei surpresa, eu tinha passado anos querendo ouvir aquilo.
— Eu também era apaixonada por você — murmurei, olhando para a minha comida — Se a gente tivesse sentado e conversado, talvez as coisas teriam sido diferentes.
Bill pegou minha mão em cima da mesa, fazendo carinho na mesma.
— Não podemos mais mudar o passado, mas podemos fazer diferente no futuro. Então, se em algum momento você perceber que ainda tem sentimentos por mim, nós dois poderíamos tentar.
Seus olhos estavam fixos nos meus, sua frase tinha me pegado desprevenida.
— Você ainda tem sentimentos por mim?
Ele sorriu.
— Eu sempre vou ter sentimentos por você, Cassey.
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