Capítulo 17 - Poesia: Incompleto
Notas iniciais do capítulo
Mais um escrito meu que o transformei em poesia,
Boa Declamação!
Incompleto (14/09/2014).
Incompleto
Vago nas noites escuras sentindo um completo vazio.
Neblina que antes não existia agora estar por todo lugar.
Nuvens escuras indicam que a tempestade está a caminho.
Caminhando em passos largos
sinto a primeira gota de chuva cair em meu rosto.
Fria e húmida.
Meu corpo congela,
mas sinto alívio,
pois a queimação que existia dentro de mim acabou.
Porém ainda me sinto incompleto.
A chuva até então não deu trégua,
lembrando-me que o céu tem sua vez
e a minha estar por vir.
Pisando em poças
olho meu reflexo distorcido na água
e vejo as janelas da alma;
meus olhos,
o grande borrão lamacento
dizendo que algo me falta,
que estou incompleta.
Esperando à garoa ter o seu fim
penso em meus erros e acertos.
Olhando mais uma vez o céu percebe- se
o quão infinito é
e as estrelas aparecendo
pouco a pouco tornando brilhante a escuridão.
Refletindo sobre minhas escolhas
vejo que nada teve seu acabamento,
o ponto final que deveria ter em seu lugar
ficou os parênteses que só abrem
e nunca fecham.
O incompleto contínua.
Estou acordada
e pronta para definir
meu próximo passo,
eu tentei continuar como antes,
mas estava entorpecida
e rezo para me curar.
O descanso do mundo acabou
junto com a chuva e as estrelas
desaparecendo deu lugar ao sol
ainda frio como um lembrete
que o tempo não para,
volto a caminhar e dar sentido a ela,
mas mesmo assim serei sempre incompleto.
Nadando em oceanos
em busca de palavras
para reescrever minha história
e fazer algo de bom
e ainda assim incompleto...
30/10/2017
Notas finais do capítulo
Acho que todos nós somos incompletos em grande parte da vida (ou toda ela).
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