Capítulo 16 - Poesia: Sem Nenhuma Palavra
Notas iniciais do capítulo
Boa Declamação!
Transformei esse texto de 2014 em poesia, espero que goste!
Sem nenhuma palavra
Pare e olhe.
O que disse da última vez?
Não consigo te escutar.
Sinto paredes no lugar.
Meus olhos encobertos de poeira
Se perdem no nevoeiro trazendo a mim
A incerteza do seu olhar.
Meu ouvido perdido em um zumbido
Como ondas do mar se quebrando uma nas outras
Parecendo gritos ecoados.
Estou perdida.
Meus sentidos me abandonaram.
Estou sem medo.
Minha boca seca
Almejando por algo que lhe falta,
Estou sem palavras.
Preciso sentir meus pés no chão,
Mas parece que estou voando.
Meu coração tão pouco aquecido
Agora bate como um beija-flor
Esperando um sopro de vida.
Minhas esperanças são tudo que resta,
Sinto lágrimas imaginárias lavando
A poeira para fora do meu corpo.
Meus dedos flutuam sem gravidade,
Minha mente viaja sem destino,
Meu corpo me leva ao desconhecido.
Braços se moldando a realidade.
Estou voltando.
Volto de onde parei,
Estou em frente ao mundo que deixei.
Eu percebo todo o sofrimento.
Vejo todas as mentiras.
Procuro inúmeras desculpas.
30/10/2017
Notas finais do capítulo
Tenho um carinho especial por essa escrita!
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