Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

--- 15 ---

Minha língua vagou pela boca de Sheine. Nosso amasso foi no meio da raiva e das mesas e cadeiras, e quando dei por mim, eu realmente havia me embriagado e estava louco de tesão, sentindo o meu membro muito duro entre as pernas. Bastou uma faísca para eu pegar fogo.

Puxei Sheine comigo, sem querer de nada saber. Entramos no banheiro masculino, vazio, daquela pizzaria, enquanto o relógio marcou meia noite, ou seja, o movimento do local havia diminuído. O estabelecimento transformou-se em deserto, e a circulação de pessoas já não era problema para nós. 

Sheine me beijava com muita gana e impetuosidade. Sua língua era semelhante à uma serpente, que te envolve sedutoramente, para depois te precipitar com a sua força e te lançar nos abismos, enrolando-se em torno de você até te tirar o ar. 

Sheine me jogou no vaso, onde eu caí sentado, baixando seu top e expondo suas tetas enormes. Que mamilos gigantescos, uau, ela era uma cavalona. Maravilhado, mal pude esperar pela sua bunda, uma das minhas partes favoritas do corpo de uma mulher.

Sheine sentou-se de frente no meu colo, mas não sem antes abaixar minhas calças. Eu fiquei com a cueca e a blusa, enquanto ela se roçava em mim, empurrando seus peitos fartos em minha cara para que neles eu me afogasse. 

Mamei faminto. Mamei muito.

Sheine disse-me que o jeito que eu a olhava, estava deixando-a doida, ela então gemeu como uma puta, sem se importar se alguém fora daquela cabine trancada a ouviria. Eu gostei de sua falta de pudor. No sexo, mulher recatada seria considerada ruim de cama. Elas precisavam se soltar, falar putaria, virarem as vadias que guardavam escondidas dentro de si. 

Peguei então na sua raba, bati, enfiando os dedos por baixo da saia, rasgando aquela minúscula calcinha, jogando o trapo restante no chão. Que visão incrível quando Sheine se virou de costas e se apoiou na porta, rebolando aquela bunda toda exposta para mim. Eu quase morri. Tirei minha cueca, deixando o pau duro liberado, observando Sheine se ajeitar novamente em meu colo, agora de costas. Sua sainha estava jogada em algum canto, seu top, na cintura, e eu, apenas de blusa.

Eu enfiei a camisinha no pênis e a penetrei, até porque ela estava muito molhada, mas não durou muito neste banheiro, pois um rapaz mais jovem, talvez estagiário, empurrado por outros funcionários, entrou no toalete, nitidamente sem jeito. Estávamos trancados, porém, toda a insegurança e desconforto dele foram sentidos através de sua voz:

— Nó-nós vamos fechar. E-eu não queria interromper. Desculpe — e saiu correndo, de maneira que eu nunca soube bem de quem se tratava.

Eu e Sheine, com o tesão que estávamos, fomos sim para um motel, ela quem me levou. Lá vivemos fantasias um tanto violentas, ela me arranhou muito, bateu na minha cara, mordeu, me deixou roxo de chupões no pescoço e no peito, fez um sinal na minha virilha, um arranhão, que só depois eu vi: era sua maneira de "se vingar" de mim. Sheine queria que as outras garotas soubessem que eu transava por aí, sem ser unicamente com elas. 

Ué. E desde quando eu prometi não transar com mais de uma pessoa? Nem Sheine transava apenas comigo, então qual era o problema? Cada macaco no seu galho. Ninguém combinou fidelidade, então por que esta expectativa toda? Ficada é ficada, namoro é namoro.

Sheine deu para mim, nua, de pernas abertas, barriga para cima, igual uma vadia, do jeito que eu gostava. Eu também estive inteiramente pelado, só com o pau encapado, pois não era louco de transar e arrumar um filho por aí. 

Eu a comi tão gostoso, me deliciando com a visão de seu corpo por trás. Tê-la de quatro na cama de casal do motel, submetida ao meu poder, enquanto minha mão se enrolava naquele cabelo, e eu fodia sua buceta, foi incrível. Estas posições nas quais a mulher ficava de costas, me deixavam alucinado. Chupei seu pescoço, sentindo o quão puta Sheine foi ao rebolar em mim, descarada e sem vergonha, e eu quis comê-la de frente também, eu sempre variava as posições. Sheine veio, bem disposta à sentar-se no meu mastro, sob as minhas ordens.

Me perguntei se eu gostava tanto de ter uma mulher no meu colo, jogando os peitões no meu rosto, quando eu gostava de tê-la igual uma cachorra, com o rabo empinado de quatro. E sim, eu adorei o fato dela comandar a sentada à minha maneira. Sheine transava bem. Deve ter aprendido no casamento.

Este negócio de dominá-las me tirava de mim. E apesar de sido "retalhado" nesta foda, estar saindo muito marcado, com a pele cheia de rastros, não tive coragem de tratá-la com grosserias, me irritar, nem lhe repreender. Eu esperava que esta sua raiva sumisse, ainda mais após a nossa noite.

Quando o sol iluminou o ambiente, batendo na minha cara como um pai à me acordar, eu me toquei de que já eram 7 horas da manhã, que dormimos nús e espalhados no colchão, então me levantei, avistando minha carteira e calças no chão, meu dinheiro caído por aí, meu celular debaixo da cama. O quanto eu bebi mesmo? Minha cabeça doía um pouco, e eu me lembrei de termos jogado vinho no corpo um do outro, durante nosso segundo round, e termos nos lambido. Caralho, a cama tava molhada e tingida de vinho. Eu ri por conta da aventura.

A minha vida estava maravilhosa mesmo.

Para falar a verdade, Sheine não era tão apertada quanto outras que comi, e, no fundo, eu a considerei uma mulher oferecida, me baseando em todo o contexto da sua situação. A nossa química sexual foi boa? Foi, e eu refleti em tudo isto enquanto tomava o meu banho, tendo-a ainda na cama, provavelmente esgotada. 

A nossa conversa foi seca pela manhã. Chamei Sheine para um café, tentando uma trégua, paguei para ela o que quis, ofereci musse, capuccino, pão de queijo na padaria, foi quando Sheine me disse que não havia sido de todo ruim ter ficado comigo, mas que já teve outros melhores, que os canalhas sempre são bons de cama, que eu era, mas tinha muito ainda o que aprender, que houve o Ricardo na sua vida, um cara mais velho (eu era mais novo que ela), e que a experiência conferiu à ele habilidades especiais que nenhum garoto jovem possuía. 

Não acreditei no que estava ouvindo. Sheine me comparando a outro cara na cama. Claro que fiquei triste, ouvindo aquele relato que não acabava mais, ela dizendo como os homens mais velhos eram empoderados, tinham barba para raspar na sua xana, beijavam com mais propriedade, blá blá blá.

Se ela pensa isto, por que está aqui? Por que não corre para o Ricardo? Por que vem me diminuir com estas conversas? Eu sou um cavalheiro, eu jamais agiria com tanta baixeza com ela. Da minha boca não saiu grosseiria, apenas me calei, chateado não com seus comentários em si, mas com a atitude da pessoa querer falar de outro cara para mim. Isto não se faz.

Desconfortável, arrumei uma desculpa para vazar, pagando a comanda no caixa, sumindo da vista de todos, como uma fumaça que deixou de existir. No caminho de volta, parei e raciocinei: eu já havia feito algum mal para esta mulher? Mas ela só queria saber de me enfiar uma faca na barriga. Ela não gostava de mim, e se gostasse, seu ego falaria sempre mais alto. Eu também fui traído por uma esposa, eu também sofri com mentiras e enganações, e nem por isto virei um escroto com uma garota quando saio com ela.

Se Sheine virou, isto era lá contigo, não comigo. Ela queria "me fazer sofrer" na sua mão, vai que isto desse um gostinho de vingança, eu sei lá. Estava se vingando do ex em mim, eu sei como é, pois algumas vezes também ocorreu comigo, mas, se ela não for capaz de deixar seu passado morto e enterrado e vir curtir, não tem como. Falou de outro cara após uma noite destas. Se foi ruim, vai atrás de quem for bom para ela e me deixe, mas não precisa fazer esta disfeita não.

Ela não teve um pingo de consideração por mim.

Tô nem aí se Sheine já teve outros melhores, eu também já tive. Saio com a consciência limpa de que eu fiz a minha parte, eu não vou arredar o pé, achando que não mandei bem ontem, pois ela gozou duas vezes, e eu senti suas carnes vibrarem em torno de mim, ela não tem no que mentir. Agora se Sheine ainda vai ficar nesta de querer humilhar macho, paciência.

Não mandei mais mensagem, não a procurei e ainda soube que ela havia espalhado para nossos colegas que eu a usei e a abandonei, que todos os homens eram uns carrascos assim, uns brutamontes, uns mal feitores, e que por isto mesmo eu merecia "o seu devido castigo".

Algumas pessoas me olharam feio, daí em diante, quando eu fui para a faculdade ver meus amigos. Foi chato pra caramba, fiquei magoado, entendendo o quanto uma mulher poderia arruinar sua vida ao se fazer de vítima para a sociedade. Tive medo de perder o Caio, a Liv, a Rô. Tive medo do que Sheine pudesse ter inventado para eles. Tive medo por eu ser o homem, e o homem sempre ser o aproveitador, enquanto que a mulher é a coitadinha da história.

Enquanto eu trabalhava na loja com o tio e com o Lucas, pensei se Caio, Liv e Rô também "a defenderiam", se eles me odiariam, se eles tomariam suas dores e me chutariam para a sarjeta, rejeitado por todos. Fiquei super triste, desanimado, principalmente por não ter dado uma dura nela, quando mencionou o outro lá. Quem poderia prever um desfecho destes? 

À noite no MSN, chamei Rosana, um tanto desesperado, ansioso por conta dos boatos que estivessem rodando à respeito da minha pessoa. Ela então me explicou:

— Primeiro, Tritão, não se abale com isto. Todos já sabemos que a Sheine não é flor que se cheire. Nós também não somos bobos e não é fácil passar a conversar em nós — Rô me garantiu — primeiro, para você ter uma ideia, Sheine disse para nós que o pai dela tava com cancer. Ficamos super comovidos, demos apoio, compramos chocolates, a gente enviou frases de conforto, levamos ela de graça conosco em um parque, depois em um cinema, tudo para animá-la, combinamos e nos organizamos de ir visitá-lo, ou seja, demos uma super força, daí quando foi no fim de semana, ela postou foto com o pai e a prima enchendo a cara no bar. Ficamos: "oi?" Foi nada a ver. Ou seja, nós super tristes e amuados por ela, e Sheine tomando todas com o pai. Ele não estava com câncer coisa nenhuma, então por que ela foi dizer aquilo? Não dá pra confiar. Ela nos enganou em algo sério.

— Que maluco, eu também não entendi — não vi sentido.

— Tritão, tem pessoas que vivem na sua própria fantasia. Eu e a Liv percebemos que a Sheine exagerava ao relatar alguns episódios de sua vida para nós, ela encenava demais um personagem, pintando-se de Santa canoniziada, e enegrecendo os outros, como se fossem demônios do inferno *euri*. Eu duvido de toda a história dela com o ex agora. Fora que a gente gostou de você, Tritão, vimos que você é um cara gente fina, nos divertimos ao seu lado, e a Sheine também não é nenhuma donzela pura e imaculada pra ficar espalhando estas coisas feias de ti. O Caio também não gostou do que ela falou, porque ele disse que você se abre com ele, e que você não é assim.

— E o que ela falou? — Perceba como meu desanimo não me deixou digitar muito.

— Que você insistiu até levá-la para a cama, mesmo com ela pondo as resistências. E que quando conseguiu, desapareceu, evaporou, sumiu, não atendeu mais ela, deu no pé e foi ficar com outra. Ou seja, só zuou com ela, iludiu, fez juras, passou a conversa, e ela te deu voto de confiança, porque acreditou na gente, inclusive, que dizíamos que você era um cara legal, e levada por isto, "se entregou", e se ferrou de novo kkkkkkkkk.

Rosana riu, eu também tive que rir.

— Não foi nada disto — comecei então a minha narrativa, explicando como ela me desdenhou depois do sexo, e que isto me deixou para baixo, que ela não sabe lidar com um cara, e que se não está pronta para uma vida de relacionamentos abertos, então que não tenha.

— Eu acredito muito em você, Tritão, eu sinto sua sinceridade com cada fibra do meu ser — Rosana era uma garota muito da hora — a Sheine quer dar pra todo mundo, mas quer que os caras só fiquem com ela. Acho que aquilo que o ex-marido fez no casamento, ela quer fazer com os outros por aí. É a impressão que passa. Eu não ligo se ela for muito chifrada, porque ela pede por isto. Já pensou sair comentando de outro após o sexo? É pedir pra nunca mais ver a pessoa. Que burra, dá zero pra ela kkkkkk.

— Você não sabe como está me fazendo bem, Rô. Você e suas palavras estão sendo uma força para mim neste momento, eu achei que eu viria aqui e vocês iam me esculachar, me dar um sermão, me botar pra correr pro meio do mato, só que não, você tá sendo uma amiga.

— Eu sempre vou ser, Tritãozinhoinhoão.

— Eu adoro apelidos, Bola.

— Rsrsrsrs. E tem mais — a fofoca que não acabava — Percebemos que todos com quem a Sheine fica, na primeira que acontece algo que a desagrada, ela inventa. Teve um rapaz com quem ela teve um rolo, que ela disse ter gostado dele, que ele era um ótimo moço, estudado, centrado, focado, no entanto, assim que o viu rindo pelo corredor com sua amiga, Sheine disse como ele era um babaca, um fedelho e passou a ofender o cara e esfregar outros machos debaixo do nariz dele. Outros que, aliás, ela nem tinha e nem existiam, porque eu e Liv conhecíamos a vida dela. Ficamos um tanto indignada com a atitude. Ela quis provocar ciúmes com histórias aleatórias, porque na verdade ELA ficou com ciúmes dele estar se divertindo com uma amiga. Achei bobeira. Mulher insegura.

— Você falou tudo, acho que toda esta superioridade que ela tenta demonstrar, na verdade, não passem de uma insegurança profunda que ela quer disfarçar em si mesma, e então ela inventa, já que no real, não possui nada daquilo. De qualquer forma, hoje você foi a pessoa que mais me animou, a pessoa que ficou do meu lado, um anjo.

— Awn, para, Tritão. Você é o ídolo do Caio, ele fala muito bem de ti, sabia? Então eu sinto que já te conheço de outros carnavais. Fora que você é divertido, tem papo leve, enquanto que a Sheine vê muito chifre na cabeça de cavalo, e os papos dela são meio pesados, ruins. Quem é que quer andar com alguém assim? Hoje inventa de você, amanhã inventa de mim.

Totalmente de acordo.

— Quero saber em que carnaval foi este aí que tu me conheceu — falei — Eu juro que não era eu naquela fantasia do maníaco do parque.

— kkk não era. Você tem uma cara de bonzinho, mas dizem que estes são os piores. Quero nem ver. Pensa que me engana, mas eu tô de olho no senhor.

— Ahahahahaha — essa imagem de cafajeste sendo construída em torno de mim, me causava  sensação de superioridade, como se eu fosse o dono da porra toda — eu posso gostar de ser o galinha pegador, mas já deixo até expresso isto, porque não quero quebrar nenhum coração. Eu sei como é ruim ter seu coração quebrado.

— Um galinha que se importa com o próximo. É o primeiro que eu encontro. Se todos os canalhas fossem como você, o mundo estaria à salvo, e as princesas não virariam bruxas depois de serem desiludidas.

Essa Rosana era alguém muito com os pés no chão. Percebi como passávamos horas conversando, sem que eu nem sentisse.

Apesar de sermos amigos, eu nunca comentei com ela, muito à fundo, sobre nenhum dos meus casos, exceto Sheine e a Jéssica. Rosana conhecia minha história e de como fui feito de tapete por uma garota que só pisava em mim enquanto recebia de volta o mundo. Rosana, muito discreta, dificilmente também comentava algo sobre homens do seu passado ou sobre o Caio, o único que mencionou foi um de seus ex, o primeiro homem por quem se apaixonou no ensino médio, um tal de Jack.

Eu, curioso, busquei-o no seu orkut, encontrando seu perfil e sua foto: ele tinha cabelo liso, comprido até o pescoço, e olhos claros. Jack realmente era bonito. Caio que se cuidasse.

Como foi o seu primeiro relacionamento neste mundo novo após a adolescência e seus sonhos de menina, Rô nunca esqueceu a experiência, no sentido de olhar para ela com bons olhos e gratidão. Ela via Jack apenas como um bom amigo hoje, um que dava-lhe o ombro nos momentos em que mais precisava chorar. Ela poderia contar com ele. Achei interessante e bonito um relacionamento ter acabado com uma linda amizade, sem guerra e na paz, com companheirismo mútuo, mesmo depois dois anos separados.

Jack namorava com outra, e Rosana dava a maior força.

(...)

Era para eu ter acordado às 8 hrs da manhã, mas só consegui me mover da cama às 10:30, igual um desesperado que foge da polícia, correndo e derrubando tudo pelo quarto, escovando os dentes na pressa, enquanto penteava o cabelo, lavava o rosto e punha a meia no pé.

Uma loucura.

Levei o pão e o pote de manteiga para a loja, preparando meu café da manhã no nosso balcão, quando, às 11 hrs, eu chegava para o trabalho. Comi por lá mesmo, o tio não ligou, apesar de talvez eu ter que ouvir uma bronca dele mais tarde.

Esta era a minha emocionante vida.

Durante o expediente, tínhamos momentos livres, pausas no serviço, ou, se acabávamos a demanda do dia à tempo, podíamos ficar à toa um pouco.

Eu não desgrudava do celular.

Caio me contou, por SMS, como foi seu encontro romântico com Rosana na pizzaria. Ele disse que "gostava" dela, se declarou, eles se aproximaram, se beijaram, mas, eu percebi que sua paixão platônica pelo estudo, e pela mamãe, ainda eram mais forte.

Rosana conversava de assuntos complicados e acadêmicos com ele, sabia envolvê-lo, pelo que ele me disse. Junto à isto, eu e Siso passamos à nos falar também no SMS. Expliquei que após a minha decepção amorosa, eu quis voltar à ser um homem que se diverte com as mulheres erradas, até encontrar a certa. No cabaré é que a minha pessoa correta não estaria, eu já sabia, porém, eu continuaria frequentando-o, caçando as outras.

Siso, o faxineiro, iniciou um discurso de que o homem pode ser o mais trabalhador que for que elas sempre vão preferir o que tem diploma na parede, ainda que ele não preste e seja um cafajeste. Por que a palavra cafajeste era empregada de uma forma tão negativa? Eu ficaria excitado com uma garota me chamando assim.

Achei o papo de Siso um porre e perguntei logo quem era a mulher da qual ele falava e se referia como sendo estazinha que deixava os pobres de lado e só enxergava os ricos. Siso hesitou, não querendo revelar ainda sua identidade secreta. Ok, paciência.

— Ela tava tomandu um café cum o professor dela hoji.

— Tá, mas é só um café, Siso.

— Eu sei das intenssoins dele.

— Mas e ela, será que sabe?

— Por que cê tá defendendu a mina se tu neim a coinheci?

— Eu só to tentando te fazer ver de outra maneira.

— Ki outra? Ela ama u professor. Se fosse eu lá, ela mi amaria.

Revirei os olhos. Quanta sofrência. Mas, tá, Túlio, não seja tão duro com um cara que está desapontado com o amor. E lá fui, tentando pô-lo para cima:

— Siso, vamos sair para pegar umas garotas e você vai esquecer esta aí. Eu esqueci minha ex assim, nos braços de outra. Vai dar certo. Este fim de semana será nosso, você vai mostrar à ela que também é bacana.

— Já sei, vou postar algu no orkut pra ela saber qui eu também tenhu uma vida de bacana.

— Pois, poste.

(...)

— Você é um contador de piadas? — Rosana falou no MSN, super desconfiada para mim. Os vidros da janela do meu quarto estavam fechados, o clima estava ameno, eu deixava a luz acesa enquanto trocava ideia no MSN, sentado no meu pc.

— Você põe em dúvida minhas habilidades especiais de fazer alguém rir, Bolinha.

— Me mostre aí então, peixe frito.

Eu usaria a piada mais sem noção da face da Terra. Nunca, ninguém além de mim e do meu retardado colega do passado, riram disto. Vejamos agora. E iniciei:

— Havia um garotinho que foi com seu pai à uma loja, ele viu uma bicicleta azul, chorou e se esguelou pela bicicleta. o pai não comprou. Ele implorou e puxou a blusa do pai, mas o pai não comprou. Ele foi até o vendedor e pediu um desconto, o vendedor deu, mas o pai não comprou. Ele caiu no chão, se esperneando, se matando pela bicicleta azul, e o pai realmente não comprou. Pois bem, o garotinho ficou tão traumatizado, que... nunca mais comeu laranja.

— ??? kkkkkkkkkkkk, Tritão, que nada a ver!

— Mentira que você tá rindo.

— Eu to rindo demais kkkkkk, da onde você tirou esta pérola?

— De um antigo colega de escola — falei — Estávamos na oitava série. Ele tinha uma cara de lesado, de maconheiro.

— Quem nunca teve este amigo lesado que atire a primeira pedra.

— Rosana, do que você mais tem vontade na sua vida?

— Ser uma mulher empoderada, e eu serei. Primeiro, como advogada. Não perderei nenhum caso, vou aprender a dar minhas palestras na frente de todo um juri, e não terá um que não se convença com a força da minha eloquência — Naquele instante meus olhos brilharam, porque ela já se comunicava bem, pelo menos por escrito, fora que eu também almejava ser algo parecido com o que ela descrevia, ser um mestre da comunicação social e interpessoal — eu quero ser uma mulher que atinge o topo.

— Estou te aplaudindo de pé, porque eu também tenho sonhos muito semelhantes aos seus.

Naquela noite, ficamos até as 4 hrs da manhã batendo papo sobre muitas coisas profundas da vida, do universo, dos seres. Rosana estava para completar 20 anos, e eu, 19, no entanto, ela era uma garota à frente da nosso tempo.

(...)

Monapíria, minha amiga muito prestativa e disponível, me colocou em um grupo do MSN, eu, ela e Juana, sua nova colega aqui da roça. A garota morava em um rancho pequeno, sua família era mais simples e humilde, a casinha deles nem tinha dois quartos, mas somente um. Juana dormia com os pais, no entanto, estavam construindo outro andar em cima. 

Juana e eu ficamos amigos rápido e não demorou para ela me contar os seus secretos pensamentos.

Juana namorava nada menos do que um técnico de informática, um moço que fazia montagem e manutenção de micros na cidade. Ela me falou sobre o cara ter muita ambição, ser determinado, ler livros e querer alavancar na vida, ganhando mais dinheiro do que no seu estado atual. Seu namorado a bancava em tudo, ela nunca precisou pagar nada, até mesmo coisas pessoais, maquiagens, salão de beleza, comidas gostosas, langeries, apetrechos e material da escola, ele pagava, porém, como nem tudo eram rosas:

— Como você está hoje, Juana? — Perguntei em um bate papo na janela do MSN, à sós com a moça.

— Um pouco decepcionada, Túlio. Talvez até frustrada.

— Por que, mocinha, o que houve? Estou aqui para te escutar. Psicólogo tá de graça hoje.

— Rsrsrsrs... eu não sei se eu devo conversar isto com um garoto.

— E por que não? De qual assunto se trata?

— Do meu namorado.

— Melhor ainda, porque significa que eu, como homem, posso entendê-lo, te explicá-lo e ajudar você à lidar com ele. Homens são bem parecidos.

Ela viu vantagem:

— Não é que você tem razão? Rs — e então, Juana desembuchou, tirando as toneladas que pesavam sobre os seus ombros — Sabe, o Jorge — nome do dito cujo — pode ser muito dedicado às finanças, até mesmo ele está com um projeto para abrir sua própria loja de T.I., ser seu próprio chefe, ele já combinou de contratar um dos colegas dele de funcionário, e eu gosto disto, mas ele é muito ingênuo e bobo para a vida, para as pessoas. Ele só pensa em se enriquecer, ele não entende que não é só de dinheiro que precisa cuidar. Ele acha que porque paga tudo para mim, que me banca, isto basta para eu amá-lo para sempre. Ele tá mais sendo um pai do que um amante, Túlio. Eu me importo com a aparência, e ele não se cuida, ele só faz a barba e toma banho, isto me irrita, porque ele tem uma mulher que tem um corpo bonito, eu, mas não faz por onde ter o dele também. Ele está acima do peso, e ele não se toca que tem que parar de comer aquelas coisas gordurosas e açucaradas, sabe, é alguém totalmente desleixado. Eu já tentei dizer à ele sutilmente: vamos iniciar uma dieta juntos, eu to precisando comer coisas mais saudáveis, fazer alguns exercícios. E ele topou, mas nunca o vi cumprindo, só eu cumpro. O que vejo é: o braço dele perdendo o formato do bíceps, e eu broxando. Vou ter um homem sem bíceps para que na vida? Nunca fiquei com um cara assim antes. NUNCA. Vejo a barriga dele ganhando 1 kg à mais, e também me broxando. Vejo os pelos dele virando uma floresta, e não me dá graça nenhuma de né, pôr a boca lá direito. Tudo me incomoda, e quando tento dizer algo, ele acha que "porque fode bem" isto vai bastar para segurar o relacionamento. Túlio, eu não tô procurando dinheiro em um homem, não quero só sexo dele, nem sexo eu tô querendo mais, eu tô procurando qualidade, porque eu tenho certeza que se eu ganhasse mais 10 ou 15 kgs, o tesão dele também iria mudar em mim. Hoje eu tô sem barriga, mas por quê? Porque eu me cuido. Mas quando a mulher ganha barriga, a atração do cara diminui. Eu tô errada? — Completamente certa — e por que o contrário não é verdade? Fora que, Túlio, outros homens aparecem para conversar comigo, outros caras bem mais bonitos, com menos grana, mas, repito, não é grana que me chama a atenção por primeiro. Não tenho muito dinheiro, mas tô feliz com o que eu tenho. Eu quero estar com um cara forte ao meu lado, e se ele quer ter uma mulher de qualidade, bonita e bem cuidada, ele que corra atrás de também ser bonito e se cuidar! Não existe gente feia, Túlio, existe gente mal cuidada, que se negligencia — que garota sábia, eu concordava em número, gênero e grau — e daí os outros que surgem no meu caminho, são jeitosinhos, são simpáticos, e eu acabo reparando. Não, eu não traio o Jorge, eu não dou entrada para estes caras, mas eu converso, porque alguns são colegas do serviço, outros são da minha vizinhança, então não tem como, a gente se esbarra, fora o meu próprio primo, que é super gente boa e meu amigo, e eu sei lá, eu amo o Jorge, só não sei se vai ser como homem por muito tempo. O carinho e a consideração vão permanecer, o amor, só que de irmãos, porque me incomoda muita o fato dele achar que tudo se resume à grana e à maneira com a qual usa o pau. Que é disto que mulher precisa para ser mantida, e não é. O tesão começa fora da cama, Túlio.

Que desabafo, hein!

— Tá, mas deixa eu entender certinho — disse eu — o que mais te incomoda nele é o desleixo com o próprio corpo, são os quilos à mais?

— Túlio, eu não sei, eu acho que também. 

— O que mais te chama a atenção nos outros?

— Eles não são entendiantes, e o Jorge está sendo um pouco. Não tô vendo mais graça em ficar horas conversando com ele, porque, sei lá, os outros tem uns assuntos diversificados, interessantes, eu não sei dizer e explicar. Talvez isto do corpo do Jorge seja somente a gota d'água para outras coisas que estão perdendo a graça para mim...

Ou seja, ela brochou da personalidade do namorado dela.

—Juana, meu conselho, eu não sei se será dos melhores, mas eu vou tentar o meu máximo: sempre que tenho um problema destes no relacionamento, também não sei conversar com a pessoa à respeito, eu espero que ela se toque, eu tento ter atitudes que a façam se tocar, sem dizer diretamente à ela o que sinto e penso, porque são coisas básicas, que naturalmente "todos deveriam já sabê-las por si só, ou então somar um mais um e tirar tal conclusão", porque se o Jorge não entender seus sinais, não entender o que você está falando com seus comportamentos à ele, o seu desinteresse, o seu distanciamento, a sua frieza, a gente não pode fazer nada, à não ser cair fora. Veja: no mundo há quem cause atração em nós e há quem nos broxe, isto não pode ser mudado. Sempre haverão pessoas que nos cativam mais, e outras que nos cativam menos. Algumas são apaixonantes e outras nos fazem perder totalmente o encanto. É nossa culpa? De maneira nenhuma, elas que não cuidaram do seu próprio jardim, negligenciando as borboletas que lá estavam (a gente), e agora elas que enfrentem as consequências. Quanto ao quesito: eu me cuido para ter um corpo bonito e gostaria que o meu namorado se cuidasse também, você está totalmente correta. Como é que eu invisto em ser atraente e vou ficar com alguém que tá nem aí para a própria aparência? Por isto que pessoas de academia gostam de ficar com outros de academia, gente que tem corpão gosta de ficar com quem tem corpão, porque todos queremos ter alguém do nosso nível, não abaixo, mas do nosso tamanho para cima. Isto é super normal, não se sinta mal. Pense o seguinte: se está perdendo o tesão por ele por conta dele não se cuidar, vai lá, peça um tempo para pensar, para analisar, fique solteira e veja se é isto mesmo que tu quer pra sua vida. Porque, Juana, homem, como você viu, é o que não te falta. Agora, se o problema for com o jeito de ser dele, então não tem o que fazer, você não vai mudá-lo, aprenda, não vai. Terá que aceitar que o jeito dele é um saco, que tem outro perfil que te atrai mais, não se sentir culpada por isto e procurar realmente o que mexe com você. Não ficar presa em um relacionamento por obrigação, por causa das tantas coisas boas que ele te fez, porque enquanto você está presa numa pessoa errada, você está perdendo outra, que poderia estar te dando fortes emoções e te fazendo evoluir muito mais.

E foi assim que ela me agradeceu imensamente. Jorge e ela não duraram uma semana após isto, Juana terminou, iniciando uma paquera com um dos rapazes da sua esquina que a cercavam, e me contando como o assunto dele, inclusive, era mais interessante do que o do Jorge.

E novamente no MSN, eu recebi as últimas novidades:

— Jorge só sabia fazer as perguntas básicas do dia a dia, ele não desenvolvia nenhuma conversa maluca ou radical comigo, como o Rodnei faz. Caiu num profundo tédio os nossos papos. Já o Rodnei é loucão, ele fala dos pipas que ele corta, me leva para empinar no meio de um monte de cara, a gente cortou o dedo juntos com a linha, saiu sangue, ele ficou me zuando, dizendo que eu era uma terrorista, esfaqueadora de dedos ambulantes, e eu ri muito. Depois quando eu estava em casa, ele mandou msg me pentelhando, implicando comigo, dizendo que vai me dar pra adoção e depois ir no casos de família tentar me achar, que vai me pôr no rio, dentro de um cesto, se arrepender e chamar a polícia, chorando por mim, que sou o "seu bebê. Ele inventa cada coisa, e eu fico simplesmente deslumbrada. Rodnei diz que eu sou a marmita, e ele é o marmorto kkkkk, ele fala que vai engravidar de mim e viver da minha pensão kkkk diz que não vou levá-lo para a cama tão cedo, que ele é moço de família, que só faz estas coisas depois do casamento kkkkkkkk sendo que, na realidade, ele é o pervertido e eu sou a menina comportada. Mas você entende, Túlio? Conversar com Rodinei é outro nível. E confesso que me dá muito prazer de ver ele deixar todas as amiguinhas para dar atenção somente à mim.

Essa Juana era danada. Ela era a prova viva de que nem todas as mulheres estavam tão interessadas em ambição e grana quanto muitos homens pensavam. Ela provou que quando um cara é um fracasso na comunicação com as pessoas, poderia resultar no seu declíneo. A área da comunicação sempre me chamou a atenção por isto. Me lembrava até hoje do programa "Aprendiz" do Roberto Justus, em que um dos candidatos tinha uma persuasão fenomenal ao falar. Em todas as salas de reunião, ele convencia os gestores a não demiti-lo. Ele ganhou as boas graças de todo o público e se tornou o favorito, o grande Henrique, graças aos seus argumentos infalíveis. 

Punham ele contra a parede, e ele se safava. Então eu soube, desde muito jovem, que você poderia de perder todas etapas de seus desafios na vida, bem como Henrique perdeu muitas provas no programa, mas se tivesse lábia, você iria mais longe do que quem tem cargo e tem dinheiro, mas sem lábia. Conquistar uma boa eloquência, para mim, se tornou mais importante do que conquistar um patamar em qualquer negócio.

Eu não pensava tanto na loja e nos meus rendimentos financeiros, até porque eles iam bem, eu me encontrava estável e confortável. Eu me preocupava mais em ser um bom conversador e convencer qualquer pessoa à aceitar o que eu falasse. Este sempre foi e seria meu grande sonho.

Ainda refletindo nesta questão do namoro da Juana, eu consertava uma nova debulhadora na loja, me perguntando como deveria estar o Jorge hoje.

Quem diria. O cara criou uma ligação com Juana, tinham confiança mútua, respeito, carinho, mas, eu entendo, quando não é atraente o suficiente, a gente não fica, até porque eu também sou assim, então defendo esta posição. Se não sentir aquela vontade de pegar, de ver o corpo do outro, de tocar, de beijar, se não tiver aquela admiração, aquela coisa que faz seus nervos palpitarem, realmente não dá.

Lucas comia um lanche, mexendo no telefone, tio não parou nem para almoçar, todo afoito, limpando os materiais, e eu, bem de boa, refletia sobre a única vez em que fiquei com uma chinesa na vida. Me lembrou a Juana. Eu não aguentei ir para o dia 2 com a garota no colégio, porque simplesmente olhos puxados não me atraíam. Abandoná-la foi chato? Foi, porque ela vivia me cutucando com cócegas e jogando super trunfo comigo nas aulas vagas, então a gente compartilhou experiências muito divertidas, conversamos no intervalo, mas eu só tinha 14 anos, e quando dispensei-a, não consegui mais ser o mesmo amigo de sempre. Eu fiquei estranho, eu mudei, porque era tímido. Uma pena. Beijá-la estragou a amizade. 

Mas sabe qual o verdadeiro erro? Eu ter forçado, da minha parte, uma atração que não existia, eu ter tentado me empurrar e dizer "vamos ver se dá certo", e apesar do beijo dela ser bom, do toque dela também ser, eu não tinha um pingo de desejo por aquela boca. Não era feia, mas também não era bonita. Então eu me afastei. Chinesas não me atraíam, fazer o que?

Cada um tem seu tipo, cada um tem suas métricas, eu tinha as minhas, a Juana as dela. Juana prezava por qualidade de espírito, e eu sabendo disto, sempre quis ser um cara de qualidade, intuindo que mulheres desejavam algo assim, pois um bom assunto, somado à um bom cérebro, também me prendia, ou seja, o contrário também era verdade para nós, os homens, e com certeza eu amaria mais uma mulher que me apresenta qualidades além da beleza, do que aquela que só fala de coisas básicas e chatas do cotidiano, ainda que seja muito bonita.

— Você e eu somos muito parecidos — eu disse à Juana por SMS — acho que na maternidade eles me roubaram e eu nasci na família errada, ou foi você, porque somos irmãozinhos desde o berço, você não acha?

— Eu acho, Túlio. Você vai ser aquele meu irmão que me protege dos caras maus e desordeiros?

— Oba, sim, vou! Adorei, amei! *-* então sou seu irmãozão e não vou deixar ninguém brincar com a minha maninha.

Nossa amizade também cresceu.

Já a conversa com a Monapíria era:

— Bom dia, amor — ela me dizendo.

— Bom dia, e aí, como vai?

— Na mesma, e você?

— Eu também — cri cri — e os rolos amorosos, já tem algum em vista?

Ela riu, claro que não tinha, quem iria querer ficar com ela, não era mesmo?

— Eu só escuto mesmo os casos de vocês.

— Não tem vontade de viver um grande amor?

— Eu tenho, mas não sei por onde começar kkk

Que tal cuidando de si mesma e se tornando mais atraente para um cara? Tá, eu não falei isto, mas vontade não me faltou. As pessoas eram muito acomodadas. Imagine se um homem surgisse na vida dela, e Monapíria se apaixonasse. Como ela o manteria sendo esta pessoa largada que era? Pô, mano, não fode. Assim não dá.

(...)

Quando terminei de varrer a loja, vi o quão alegre pareceu o dia, trazendo um sol feliz no horizonte, igual um bebê quando te vê fazendo palhaçada e sorri.

Patrícia me cobrou uma posição sobre nós dois, enquanto eu esquentava na panela o meu almoço, durante meu intervalo no trabalho. Ela falou comigo por SMS:

— Eu preciso ter uma conversa com você, meu amor — me disse — O que nós dois somos?

— Ficantes, linda. Por que a pergunta?

— O que significa ser um ficante?

— Alguém com quem você fica, está junto, mas não necessariamente namora.

— Então você não pretende me namorar...

— Eu não pretendo namorar ninguém, rsrs. Não é com você, é comigo a coisa, Paty. Estou sendo sincero, não gosto de mentiras e não gosto de enganar. Quero continuar com o que temos, mas sem compromisso — eu manteria ela comigo até que eu enjoasse.

E para meu mais completo espanto, ela aceitou. Depois de um tempo, Patrícia se declarou apaixonada, e o que vem fácil, a gente infelizmente não dá muito valor. A primeira vez que a levei em um motel, usando de uma identidade falsa, pois ela era de menor, ela não transou do jeito que eu gostaria.

Eu não gostava de mulheres muito passivas, do tipo que deitam na cama e esperam que você, por ser homem, faça acontecer tudo. Patrícia infelizmente se tornou destas, nunca mudando de posição no sexo, não conseguindo manter conversas sexuais comigo por mensagem, não dando ideias novas para a gente, nunca demonstrando querer transar comigo ou fazer uma fantasia diferente. Ela se tornou uma mulher apática, e eu rapidamente perdi o meu interesse.

Tentei comê-la uma última vez no meu quarto, mas sua calcinha era de uma cor tão monótona, que fiquei indignado. Por que não usa uma coisa melhor para mim? Não deu outra, fui me distanciando, deixando de lado, respondendo pouco as mensagens, e quando ela me cobrou e perguntou o que estava acontecendo, eu simplesmente terminei.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro