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Regra número 4 - Sempre ignore garotas bonitas

Momento mais constrangedor da minha vida. Uma garota relativamente bonita chorando ao meu lado, pessoas me encarando como se eu fosse um ET e parte delas é da minha família. Meu melhor amigo me olhou como se eu fosse um idiota; convenhamos que eu realmente fui um naquele momento. Será que eu era idiota assim com seis anos? Isso não é normal! Ou melhor, é normal sim. Digo... Já vi diversos garotos ficarem irritados com garotas e dizerem asneiras sem sentido, e nem eles mesmos conseguem descobrir o motivo. Contudo, isso nunca havia acontecido comigo antes. Encolhi os ombros. Sentia-me um monstro. Não sei como me virar quando uma garota chora. Mas isso é natural. Inútil, mas natural. Qualquer cara não sabe o que fazer quando uma garota chora. E outro fato inútil é que garotas foram feitas para serem incompreendidas. Por que Deus? Por que? Não podia facilitar minha vida um pouquinho não?

Tenho que esconder que sou viciado em livros, fingir que sou levemente burro, não lembro da minha infância e agora consegui conhecer uma garota que me tira do sério. O que vem agora? Expulsão? Um meteoro do tamanho da O2 Arena vai cair na minha cabeça? Outra namorada viciada em mim?

Pelo amor... Preciso de algo bom para apagar as coisas ruins!

Uma coisinha que seja!

- Lizzie? — Ainda tentava chamar a atenção da garota, mas parecia ser impossível no momento. Olhei ao meu redor e percebi que Connor fazia movimentos com a mão. Não sabia se ele dizia para eu me estapear ou para falar com Elizabeth, mas resolvi que a segunda opção era a correta. — Elizabeth, por favor, me ouça.

Eu estava implorando? Sim, eu estava. Agora me diz: O que me levou a fazer isso? Não sei a resposta, mas espero que alguém saiba e me explique. 

- Não posso.

Foi só o que ela disse. Não pode? É claro que pode! Qualquer um pode! Bem, apenas não poderia se fosse surda ou se fosse incapacitada por qualquer outro motivo - mas ela não é. Você pode Elizabeth! Não me faça agoniar até a morte prematura e dramática.

- Eu sinto muito pelo que eu disse. — Murmurei, esperando que ninguém mais estivesse prestando atenção em nossa conversa. Não podia mais olhar para os outros. Tinha uma missão. Nunca magoara ninguém antes - pelo menos não que eu me lembre — nem mesmo Rose. Ninguém. Não podia magoar justo uma amiga de Bri, ainda mais no meio de uma viagem importante para minha família. O fato agravante nesse caso é que a viagem parece ser muito importante para os pais de Elizabeth também. Não posso acabar com a viagem de todos por causa de uma idiotice que disse. — Sinto muito mesmo.

Parecia um CD riscado, mas não tinha muito em mente no momento, pelo menos não algo que fosse razoável como justificativa ou desculpa pelos meus atos lamentáveis. Ao perceber que ela não estava nem um pouco interessada em me dar atenção tive que desviar o olhar. Olhei ao meu redor e fui aprisionado pelo olhar penetrante de minha mãe. Ela claramente não havia aprovado nada do que eu havia feito nos últimos minutos, seu olhar passava uma mensagem clara: Conserte isso. É claro que eu queria consertar isso. Queria consertar tudo, mas nada parecia ser possível no momento. 

Suspirando me virei minimamente para olhar nos olhos de meu pai. Se eu tivesse alguma dúvida de que havia sido um completo babaca, naquele momento, olhando para ele, eu tinha certeza disso. Agora sim eu estava completamente motivado a fazer a coisa certa. Era o que minha cabeça queria, era o que minha família queria, e o mais importante, era o ato de bondade pela qual minha alma ansiava. Não bem um ato de bondade, pelo menos não para Elizabeth. Era mais como uma caridade para mim. Para que minha consciência ficasse mais leve, ainda mais depois dos diversos anos mentindo para meus amigos.

- Olha, sei que não quer me ouvir, mas tente. — Nada. — Por Bri. — Elizabeth suspirou, virando-se para me olhar. Ponto! — O que eu disse foi impulsivo e idiota. Não sabia o que estava dizendo. É só que... — Okay, ela não precisa saber de tudo.

- É só que o que? — Indagou, sua voz era a mais rouca que eu já ouvira na vida. De partir o coração e pesar a consciência. Não teria nem imaginado que a consciência de um indivíduo pudesse pesar tanto. 

- Eu não sei bem como agir perto de você. — Confessei. Essa não! Parece uma declaração de amor. Conserte isso! — Você me tira do sério, mas não quero ficar brigando o tempo todo.

- Eu também não quero isso. — Sussurrou Elizabeth. Passou a mão pelo rosto, secando as lágrimas. — Eu geralmente não ligo para as idiotices que os garotos dizem. — Mas o que? Isso é uma surpresa! — A maior parte dos meus amigos é do sexo masculino. — Bri tossiu do outro lado do corredor e Elizabeth revirou os olhos. — Okay, eu tenho apenas três amigos, e um deles é a Bri. — Fez um estalo com a boca. — De qualquer forma... Estou acostumada com essas babaquices.

- Então porque ficou assim?

- Você me fez lembrar de algo que aconteceu na minha infância. — Respondeu. Dava para perceber que era difícil para ela confessar isso.

- Entendo. — Novamente naquele dia eu não entendia algo em relação a Elizabeth, mas dessa vez o motivo resumia-se exclusivamente a omissão de detalhes. Parece que não sou o único trancafiando segredos em um porão após vinte e quatro cadeados, um maior que o outro. Não podia culpá-la por isso. Mal nos conhecemos. — Bri sabe?

Elizabeth assentiu. Bem, ela pelo menos está melhor do que eu. Nem ao menos tive coragem de contar meus segredos ao meu melhor amigo. Isso só prova o quão covarde e mentiroso sou. Não divido nada com ninguém. Bem, quase. Elizabeth sabe um segredo meu que Connor não sabe, portanto, pode-se dizer que ela sabe mais do que ele, já que o moreno sabe apenas o que deixo qualquer outro ser humano saber. Não sei nem se podemos considerar nossa relação como uma amizade de fato. Em uma amizade não há um ser ridículo escondendo todos os segredos possível, muito menos se importando demais com o que os outros vão falar. Gostaria de saber como parar de me importar.

Aposto que Elizabeth sabe esconder os segredos e revelar o que é relevante para os amigos. Ela não parece ter medo de nada... Não das coisas que eu tenho medo. Não das coisas que qualquer popular tem medo. Nem popular ela deve ser, mas parece nem se importar com isso. Deve pertencer ao grupo que acha que popularidade é apenas status, mas só quem desfruta dela sabe o quanto é importante. Faço praticamente qualquer coisa para manter minha imagem. Essa é uma das coisas que eu e Elizabeth temos de diferente. Ela se veste com moletons infantis, eu só uso roupa de marca. Ela usa roupas que são pelo menos dois números maior que o seu, eu uso roupas que realcem minha forma física. É tudo questão de imagem. Sem a imagem eu não seria nada, certo?

Percebi que estava em silencio por tempo demais, e que Elizabeth parecia esperar algo.

- Foi uma lembrança boa ou ruim?

- Boa.

- Então ela deve ser lembrada, não é mesmo?

- Não. — Elizabeth foi extremamente rígida. — Essa lembrança me faz sentir falta de algo que nunca mais terei. — Sua voz estava fraca, o que poderia indicar que ela acabaria chorando novamente. Poderia ser também por já ter chorado, porém, decidi não arriscar.

- Então a deixe de lado. — Balancei a cabeça, encostando-a na poltrona do avião. — Foque no presente e nas pessoas que conhece. Esqueça tudo que te preocupa. Apenas viva o momento sem preocupações. — Poético Ken, poético.

- Você deveria seguir o que diz, sabe? — Elizabeth aconselhou.

- Mas eu faço isso. — Comentei, desnorteado. Eu faço, certo? Só me policio para não fazer papel de ridículo.

- É claro que faz. — Disse ela. O sarcasmo podia muito bem estar batendo na minha cara naquele momento.

- Não estávamos falando de você? — Retruquei, desconfortável.

Elizabeth abriu a boca, mas não teve tempo de iniciar sua frase. Era hora de aterrissar em solo francês.


[...]


— Je suis un peu rouillé, donc je vais demander tranquillement. — Disse Elizabeth baixinho para o atendente do café do aeroporto. "Eu estou um pouco enferrujada, então eu vou perguntar em voz baixa". - Deux cafés sans sucre. — Pausou e fez uma careta. "Dois cafés sem açúcar". - Deux grands verres de jus d'orange. — Levantou dois dedos sem necessidade enquanto o francês anotava seu pedido. "Dois copos grandes de suco de laranja". — Et deux cappuccinos. — "E dois cappuccinos". Finalizou, suspirando de alívio.

- Juste un moment. — "Só um momento". Disse o atendente, exagerando na dose do seu pesado sotaque parisiense. Elizabeth assentiu e se virou para me encarar.

- Não acredito que me convenceu a fazer isso. — Balançou a cabeça diversas vezes. — Não falava francês há dois anos, pelo menos não sem um notebook no meio da conversa.

- Você fala muito bem. Parece até uma nativa. — Estava exagerando um pouco e a britânica percebeu, exatamente por isso revirou os olhos. — Não sei porque disse para ele que estava enferrujada. Qualquer um com o mínimo de aprendizado em francês perceberia que você pediu dois cafés sem açúcar, dois copos grandes de suco de laranja e dois cappuccinos.

- Bravo, você sabe francês. — Parecia mais uma acusação do que um elogio. Encolhi os ombros. — Por que não falou com ele, então?

- Eu entendo os falantes da língua francesa, mas as pessoas não entendem muito bem quando eu falo. Acho que é por causa do sotaque.

- Aposto que pelo menos não falaria pausadamente. — Bufou. — Não pareci filha de quem sou.

- Aposto que sua mãe ficaria orgulhosa de sua pronuncia perfeita. — Retruquei, mas Elizabeth não parecia nem um pouco disposta a acreditar. — Ou melhor, parfait.

A pronuncia saiu de modo desajeitado, por isso acabei arrancando uma gargalhada de Lizzie. Assim está melhor. Ri da sua risada e fiquei observando-a. A morena jogou a cabeça para trás, deixando os cachos cascatearem pelas costas. Seus olhos brilhavam mais do que seus dentes brancos. Ora, ela está realmente rindo. Acho que falei muito mal então. Antes que pudesse me queixar, um vulto parou ao nosso lado. Era o atendente com nossos pedidos.

- Le voici. — Sorriu para Elizabeth enquanto ela o pagava, colocando todos os copos a minha frente. "Aqui está" uma ova! Deveria fazer ele levar tudo para meus pais! Pigarreei e ele virou-se para mim, desgostoso. - Si j'étais vous, je n'aurais jamais la laisser tomber. — "Se eu fosse você, eu nunca iria deixá-la para baixo". E não terminou por aí. - Prenez bien soin de votre petite amie. — "Cuide bem de sua namorada". Após dizer o que queria, o francês se afastou.

- Ele disse o que eu acho que ele disse? — Estava boquiaberto. Acho que o cara entendeu tudo errado. Eu e Elizabeth não temos nada forte assim. Nem sequer somos amigos. Quem dirá namorados!

- Acho melhor eu não pensar muito no que ele falou. — Balançou a cabeça em negação.

Assunto diferente? Okay então.

- Você falou algo sobre um computador entre suas conversas em francês. Explique isso, mocinha. — Ri fraco do diminutivo que usei.

- Eu converso com a minha avó pela Internet há dois anos. — Elizabeth enrugou o nariz. — Skype. — Completou.

- Não vai mesmo me contar porque não quis vir para cá antes? — Era minha última tentativa, pelo menos por enquanto. Ela simplesmente balançou a cabeça e começou a caminhar, seguindo meus pais até uma mesa afastada da muvuca do desembarque. E advinha: quase todos os pedidos estavam comigo! Suspirando segui-a e logo entreguei um dos cappuccinos a Connor, o outro a Bri. Elizabeth ficou com um dos copos de suco e entregou o outro a minha mãe. Fiquei com um dos copos térmicos de café e entreguei o outro ao meu pai. Elizabeth olhou de um copo para o outro e fez cara de nojo.

- Como conseguem beber isso? — Indagou.

- Eu me fiz essa mesma pergunta no primeiro encontro que tive com Edward. — Mamãe comentou, rindo.

- Mas só me revelou depois do casamento, dois anos depois. — Papai dedurou, bebendo um gole do seu café.

- Não achei relevante apontar todas as nossas diferenças até depois da longa festa de casamento irlandesa.

- Sei...

Elizabeth não parava de rir. Eu apenas levei meu copo aos lábios e deixei o líquido amargo e quente atingir todo o meu sistema. Tão bom! É como beber energia elétrica.

- Não consigo entender porque existem pessoas que não gostam de café. — Disse, nunca deixando de encarar Elizabeth.

- Prefiro chá.

- Protótipo de britânica. — Fingi um ataque de tosse e recebi um soquinho no ombro como resposta.

- Vai plantar batata! — A garota riu enquanto caminhávamos ao lado de uma livraria. Já havíamos nos separado dos outros.

- Só depois do seu chá das cinco. — Ri e fiquei esperando que continuasse nossa brincadeira, mas ela simplesmente ficou calada. Virei-me e percebi que ela estava parada encarando a vitrine da loja. Aproximei-me e vaguei meu olhar pelo vidro, logo encarando a mesma obra que havia feito Elizabeth parar de andar. Romeu e Julieta. Olha o William aí de novo! — Já leu? — A morena fez que sim. — Gosta?

- Não exatamente. — Sussurrou.

Sua expressão era vazia, lembrando-me uma pessoa catatônica. Ah não, depressão de novo não! Coloquei a mão no bolso, piscando rapidamente. Tivera uma ótima ideia. Peguei meus óculos de leitura e coloquei-os em meu rosto.

- Hey, olhe para mim Elizabeth! — Disse com a voz mais animada possível, cutucando-a ao mesmo tempo. Ela se virou e franziu o cenho de forma divertida. Ao receber sua atenção iniciei uma série de caretas que arrancaram uma gargalhada melodiosa da garota.

- Nerd! — Exclamou ela entre o ataque de risos.

- Olha quem fala! — Engrossei a voz, aproximando-me mais dela. — Você vai ver quem é o nerd aqui. — Ameacei, tirando os óculos e tentando enfiá-los no pequeno rosto de Elizabeth. Como o esperado, a britânica esquivou-se de todas as minhas investidas, rindo sem parar. Estávamos realmente próximos agora, e nos divertindo de verdade.

- Ken! — Um grito estridente assustou-me e fez com que eu derrubasse a armação. Virei-me para a dona da voz e encontrei Rose. Fiquei estupefato. O que ela fazia ali? E justo em um momento no qual estava me divertindo? Ela se abaixou para pegar os óculos no chão e encaixou-nos em meu rosto, quase como se eu fosse algum tipo de boneco montável. Não parava de sorrir como uma retardada. Que cena patética!  — Amorzinho!

- Por que está aqui? — Fui direto.

- Kennedy Liam Murray! — Repreendeu-me minha ex-namorada. — Não fale assim comigo. Sabe que estou aqui por sua causa.

- Hum... — Muito expressivo. Olhei para Lizzie.

- Seu nome do meio é Liam? — Perguntou com a voz arrastada. Confirmei enquanto tirava os óculos e os acomodava novamente em meu bolso.

- Quem é essa? — Perguntou Rose, com desdém.

- Essa é Elizabeth. — Sorri para a garota ao meu lado, mas ela parecia perdida em pensamentos. — Elizabeth?

- Eu preciso... — Mordeu o lábio inferior e olhou ao redor. Sua mente parecia trabalhar mais rápida do que a velocidade da luz. — Preciso... — Ela estava começando a gaguejar já. — Vou falar com Bri.

Deu um sorriso falso para Rose e saiu correndo. Observei-a se afastar. Estava mais confuso do que jamais estive antes.

Mas o que aconteceu aqui?

Em um momento tudo estava indo muito bem. Então minha ex aparece e Elizabeth fica estranha. Sai sem motivo. Foge de mim! 

Oras bolas!

Eu já não entendo mais nada!

Garota complicada!




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