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Regra número 3 - Não converse muito com a garota ao seu lado no avião

Controle-se Kennedy! Uma hora ela vai parar. Certo? Deus, ela tem que parar! Vai me contagiar assim! Por que justo ela tinha que estar ao meu lado? Não poderia simplesmente calar a boca pelo menos? Estamos em um avião cheio de pessoas. Olho ao redor e encaro os sete casais distribuídos entre os assentos. Okay, nem tem tanta gente quanto deveria. É isso que dá ir para Paris cedo e no meio das férias de verão. Poucas pessoas viajam no meio das férias, certo? Vai saber... De qualquer forma, acho que o número insignificante de pessoas presentes deve estar fazendo Elizabeth cantar sem parar. Começou no momento em que o avião se estabilizou no ar. É vergonhoso ver alguém cantar em voz alta, mas a sortuda aqui até que tem uma voz boa. Deve ser por isso que ninguém reclama. Chega a ser irritante, até porque ela canta músicas que são muito conhecidas por mim. Começou com James Blunt, depois cantou uma música do McFly e agora está cuspindo toda sua playlist do Busted para o avião inteiro. E ela sem sequer está com fones no ouvido. Não erra uma palavra sequer. Irritante!

- Vai cantar a viagem inteira? - Indaguei quando ela finalmente parou de cantar Year 3000.

- Possivelmente. - Sorriu mostrando todos os dentes brancos.

- Sabe que a viagem demora umas três horas, não sabe? - Eu tinha que perguntar, apenas para tentar tirar um peso das minhas costas.

- Já saímos de Londres há um tempinho, então a viagem vai durar bem menos. - Piscou e olhou para a janela com o canto do olho. Em segundos estava concentrando-se apenas em mim novamente.

- As pessoas vão ter que te ouvir pelo resto do trajeto? - Ela deu de ombros como resposta. - Não tem vergonha, Elizabeth? - Dei ênfase no seu nome, ainda indignado pelo fato da garota deixar Con chamá-la pelo apelido.

- Não. - Umedeceu os lábios e olhou para onde meus pais estavam sentados. - Seus pais parecem estar gostando. - Apontou, virando-se novamente para mim. - E nenhum passageiro reclamou até agora. - Ela tinha razão. Por que tinha que estar certa num momento como esse? Isso é ainda mais irritante!

- Isso é porque estão ocupados demais se engolindo. - Bufei.

- Fato. - Elizabeth riu. - Isso mostra que estão apaixonados.

Grande coisa!

- Não vai parar de cantar então?

- Não. - Sorriu novamente, numa tentativa falha de me irritar mais. Não fico mais irritado que isso. - Aproveite e cante também, Kennedy.

Elizabeth virou-se para frente e ficou alguns segundos em silêncio. Logo todo o avião pode ouvir as letras maliciosas de Air Hostess. Espertinha! Percebeu rapidamente que a música combina com a situação. Estamos voando para a França e ela parece não gostar muito de voar. E deixando tudo ainda mais desastroso, comecei a cantar. Que droga! Por que ela tinha que gostar justo de Busted? Deveria saber que garotos gostam de letras como as deles. A britânica virou-se para mim enquanto ria, logo se localizando na música e piscando para mim. Fui fisgado por uma música sobre uma aeromoça gostosa. E a vergonha?

Naquele momento eu só esperava que Con não contasse isso para ninguém e que nenhuma aeromoça aparecesse. Seria embaraçoso.

Enquanto cantarolava, minha mente trabalhava a mil por hora. Como uma garota pode gostar de músicas que mostram explicitamente como a mente de um garoto funciona? Vou perguntar algumas coisas para Bri depois.

Quando pensei que havia terminado, Elizabeth emendou com 3AM, mas consegui finalmente fazê-la calar a boca, tampando-a com a minha mão. Enquanto lutávamos (era inútil para ela, já que sou bem mais forte), percebi que tinha um livro em seu colo. Franzindo o cenho deixei-a escapar, afastando-me aos poucos. Encarei a capa. A Probabilidade Estatística do Amor À Primeira Vista.

- Por que não está lendo?

- Sem vontade. - Deu de ombros.

- Não acha um livro interessante? - Essa seria uma explicação para ela não ler.

- Não é isso. - Elizabeth balançou a cabeça e me encarou. - É meu livro favorito. Os principais se conhecem em um aeroporto. Sempre o leio enquanto estou no avião.

- Entendo. - Não entendia muito bem. Só entenderia se descobrisse o motivo. - Tem medo de voar?

- Não. - Parecia desconfortável. - Só não gosto muito.

Como eu suspeitava.

- Algum motivo especial?

A garota balançou a cabeça. Não sabia se estava negando ou simplesmente ignorando minha pergunta novamente. Ela se acha a misteriosa, não é mesmo?

- Vai continuar cantando então? - Suspirei, já esperando uma resposta muito bem organizada.

- Se a sua mão enorme não tapar a minha boca... - Cutucou meu ombro e se virou para olhar para onde Connor e Bridgeth estavam. - Hey, há quanto tempo Connor gosta de Bridgeth?

- O que? - Ela está doida? Connor não gosta da minha irmã!

- Nunca percebeu? - Elizabeth parecia perplexa. Ela só pode estar louca!

- Não! Não há nada para perceber. - Revirei os olhos, olhando para os dois. - Eles nem estão fazendo nada demais.

- Olha só o jeito que ele olha para ela, Kennedy. - Dava praticamente para tocar a impaciência que estava presente na voz da garota. - Está apaixonado.

- Não! - Eu não sabia mais o que falar. Meu melhor amigo não poderia estar apaixonado por minha irmãzinha. Acho que é um cara legal, mas é galinha demais para Bri. Nem quero pensar no que poderia acontecer se ele gostasse de fato dela.

- Se você está negando tanto significa que nunca se apaixonou. - Elizabeth virou para me encarar. - Ou não quer que seja verdade.

- Não é nada disso! - Eram ambas as coisas, mas não queria admitir. Não poderia admitir. - Connor gosta de ser solteiro e poder beijar a garota que quiser em festas.

- Talvez esteja cansado dessa vida de pegador. - Argumentou ela. - As pessoas mudam.

- As pessoas até podem mudar, mas aposto meu moletom favorito que Connor não mudará nos próximos 10 anos. - Disse eu com convicção.

- E como é esse moletom?

- Um Star Wars Coffe. - Respondi simplesmente. Não esperava que ela soubesse a qual moletom eu me referia. Mas ela sabia. O sorriso deixou isso evidente.

- Fechado! - Estendeu o braço, animada.

- O que? - Estava ficando confuso.

- Eu aceito a aposta. Se você perder, fico com seu moletom.

Ops!

- O que ganho em troca se eu ganhar? - Retruquei.

- Fico sem cantar perto de você.

- Só isso? - Não é muita coisa se compararmos com o que possivelmente perderei.

- É minha oferta. Agarre-a ou desista dela agora mesmo.

Dez anos até essa garota enfim calar a boca? Nem sei se continuará sendo amiga de Bri em um ano, quem dirá daqui a 10 anos. Anui e peguei sua mão, balançando-a de baixo para cima sem parar.

- Melhor do que nada. - Resmunguei. - Mas de qualquer forma, você perderá.

- É o que veremos, queridinho. - Afastou sua mão bruscamente da minha. Por causa de sua movimentação violenta, minha mão caiu com tudo na divisória dos assentos. - Ops. - Sua voz semelhante à de uma criança.

- Ops. - Rosnei, fuzilando-a com os olhos. - Se você fosse um garoto ia ver o ops.

- Que violência. - Sussurrou, provocando-me. - Irlandeses não são assim. Segure sua veia de homem das cavernas, Kennedy. Se quiser algo na vida precisa ser doce. Doce e engraçado. Como qualquer irlandês.

- Não generalize! Nem todo irlandês é doce ou engraçado.

- Não. Com certeza você não é doce, muito menos engraçado. - Virou o rosto, como se não quisesse mais falar comigo. Ah, essa discussão não acaba aqui!

- Eu tinha uma generalização envolvendo os britânicos até envolver você. - Estava blefando. Só havia pensado na generalização naquele momento, tudo para tentar irritá-la. - Antes os britânicos eram educados e pacientes. Pessoas que você sabe que podem ser uma boa companhia. Você não é nada disso.

Elizabeth voltou a me encarar.

- Bravo. Você sabe argumentar. - Ela parecia uma panda com raiva. Baita imagem bizarra.

- E você não sabe ficar brava. - Devolvi. Provocá-la era divertido.

- Sei sim. Você nem sabe ficar calmo ao saber que vai perder uma aposta!

- Não vou perder!

- Vai sim!

- Não!

Que cena mais patética! Como fomos parar em algo assim? E como tudo começara? Essa garota é bipolar até mesmo no meio de uma conversa. Em uma hora está razoável, na outra pretende distribuir tapas. Acho que entraria em uma briga sangrenta com um dragão, e apenas um deles perderia sangue. Coitado do pobre dragão.

- Com toda certeza você vai perder.

Que insistente! Aposto que está querendo apenas chamar a minha atenção.

- Espero que não em façam comer nada perto de você. - Comentei, cruzando os braços.

- O que você faria? Daria-me uma batata contaminada para comer? - Ela cutucou justo um dos pontos fracos dos irlandeses. Batata. Grande Fome. Essa é boa em provocação. Mas eu também sei brincar.

- Nós tínhamos batata infectada, mas não tivemos uma bruxa como rainha. Uma bruxa que ainda por cima cometeu adultério. - Argumentei. - Talvez a personalidade dela esteja impressa em uma certa britânica.

Acho que eu deveria ter parado com a menção de Anne Boleyn. Realmente não consigo acreditar no que disse. Essa fala é para covardes sem cérebro. Não sou desses. Ela me levou ao nível expert de irritação!

Observei Elizabeth cerrar os punhos. Fiquei esperando o soco, mas ele nunca veio. Ao invés disso, a britânica virou a cabeça e seu rosto começou a ficar vermelho de raiva.

- Babaca! - Ela cuspiu as palavras. Foi pior do que um soco. Preferia que tivesse me espancado.

E agora? O que eu faria para tentar aliviar a tensão pelo resto da viagem?

Não entendo mesmo o que deu em mim. Nem entendo como ela consegue me irritar tanto. Já me disseram coisas piores que não me irritaram tanto. Como faço para reverter isso? Se não tivesse Bri no meio da história eu poderia deixar Elizabeth me odiar pelo resto de nossas vidas, mas não posso fazer isso. Bri vai ficar chateada se ver que não estamos nos dando bem. Tenho que consertar isso! Por Bri!

- Elizabeth. - Chamei. Nada. - Elizabeth? - Tentei novamente. Nada. - Lizzie. - Dessa vez ela se virou para me olhar. - Eu...

Eu o que? Vamos! Fale algo!

- O que foi? - Sussurrou as palavras, mas eu conseguia praticamente senti-las me estapeando. Palavra por palavra. E depois ela diz que eu sou violento.

- Me desculpe. - Murmurei, envergonhado. - Não deveria dizer isso.

- Acha que não sei que só está fazendo isso por Bri? - Atacou-me. - Não precisa falar comigo novamente. - Essa não! - Não se preocupe. Na frente da Bri vou fingir que está tudo bem entre nós. Vou fingir que não percebi que me odiou no momento em que me conheceu. Vou fingir que não me odiou sem motivo. Seremos quase amigos.

Ela parara definitivamente de me olhar. Estava encarando o gorro do cara da frente. Depois do que ela havia dito era para eu me sentir melhor, não é mesmo? Então por que eu estava tentando controlar a vontade de puxar papo com ela e implorar seu perdão? Sentia-me um idiota.

- Lizzie... - Parei de falar ao ver uma lágrima solitária deslizar por sua bochecha avermelhada.

Elizabeth tinha razão. Eu era um babaca.

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