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Capítulo 21. Como Fingir De Morto

A mesa ficou com olhos gordos em direção a Nete. Ela depositou os livros que carregava em cima da mesa da cozinha, onde eles tomavam café da manhã. A pilha de livros era composta por seis livros grossos e antigos. Uma leve poeira saiu deles quando Nete começou a abri-los.

- Como assim, Nete. Que plano é esse? – perguntou Douglas, curioso.

- Eu vou explicar, deixe-me ver aqui. – Falou Nete, enquanto procurava alguma coisa nas páginas do livro.

- É melhor você explica logo, estou ficando... – Beatriz foi interrompida antes de terminar sua fala.

- Aqui, é isso. – afirmou Nete, mostrando uma página com um desenho. A outra página mostrava uma espécie de receita.

- É melhor você explicar logo o que isso significa. – pediu Esther.

- Vocês são bem ansiosos! – comentou Nete. – Bem, é simples, eu descobrir um modo que, provavelmente, pode dar certo de vocês se livrarem da morte.

- Como? – perguntou Beatriz. - Isso é impossível.

Quando Beatriz terminou de falar, pela porta da cozinha, a mesma por onde Nete entrou, Felipe entrou carregando uma outra pilha de livros. Também depositou os livros em cima da mesa onde todos estavam. A nova pilha era maior do que a de Nete, Felipe estava cansado com o esforço que foi necessário para trazê-los.

- Trouxe tudo que estava no carro? – perguntou Nete.

- Tudinho, como você pediu. – garantiu Felipe.

- Ótimo. – disse Nete. – Vocês bem sabem que estive pesquisando o máximo possível sobre que espécie de fenômeno aconteceu com vocês. Eu achei diversas informações interessantes e juntei com registros antigos de livros em diversas partes do mundo. – falou Nete, erguendo os óculos que cainham pelo nariz.

- Como você conseguiu tanto livro assim? – perguntou Douglas, curioso.

- Isso não vem ao caso agora. O importante é que vocês saibam que isso aqui é a resposta. – afirmou Nete, mostrando novamente o desenho no livro antigo.

- E o que seria isso? – perguntou Victor.

- Esse aqui é um feitiço celta de reencarnação extracorpórea, ou seja, sem a necessidade do corpo; apenas com a materialização da alma. É como uma segunda chance de vida, dessa vez, eterna! – explicou Nete entusiasmada.

- Isso é apenas alguma fantasia antiga, Nete. Isso não deve funcionar. – falou Douglas sem muitas esperanças.

Todos ainda conservavam com semblantes de desânimo, apesar da possibilidade de continuarem vivos, a incerteza preenchia seus corações, no entanto, Esther sentiu um ponto de esperança.

- Já estamos mortos mesmo, o que custa tentar? Não quero descartar nenhuma possibilidade. – falou Esther.

- O problema é que perderemos o tempo que poderíamos estar aproveitando juntos. – argumentou Léo que, até então, tinha se mantido calado. – E quem poderá dizer que isso tudo não é mais um plano dessa maluca, para acabar de vez com vocês?

- Eu estou fazendo isso para me desculpar com vocês, pelo que eu fiz de errado, eu quero o perdão e eu terei. – disse Nete.

- Léo, eu quero tentar e quero que você me ajude também. – pediu Esther. Léo confirmou a ajuda com a cabeça. – explique mais do plano, Nete.

- Antigamente, os povos antigos nórdicos acreditavam que a lenda do Judeu Errante, na verdade, tenha sido alguém que usou esse feitiço a fim de ter a eternidade.

- E como que isso vai funcionar em nós, Nete? – perguntou Esther, ainda mais curiosa.

- Eu explico quando estivemos na estrada. Vamos até onde vocês morreram. – respondeu Nete.

Eles se dirigiram juntos em um carro até onde o acidente tinha acontecido. Nete, Léo, Beatriz, Victor e Esther, estavam dentro da Ranger Rover, o restante do grupo, não caberia dentro do carro e ficaram aguardando a volta deles. Nete explicava os detalhes.

- O feitiço de materialização da alma funciona como uma regressão do corpo ao estado natural, antes mesmo de sua alma estar dentro do corpo. Segundo o feitiço, a alma vai usar da composição natural dos corpos para fazer-lhes corpos novos.

- E como se dará isso? – perguntou Beatriz.

- Diz a bíblia que o corpo humano foi moldado da areia, não é? Basicamente, é isso, suas almas moldadas pela terra. É como fazer um bolo, a alma é a forma e a areia é a massa.

- Mas por que estamos indo até o local do acidente? – perguntou, novamente, Beatriz.

- Silêncio, preciso me concentrar agora. – pediu Nete, enquanto acendia duas velas vermelhas e segurava um colar azul.

Esther acelerou o carro que descia pelas ruas que davam em sua cidade. A estrada ligava ao famoso litoral carioca. Não demorou muito para chegarem ao local do acidente: uma encruzilhada. Uma cafetaria estava em um dos lados da esquina, do outro, um barzinho onde se encontravam alguns senhores sentados, lendo jornal. Os lados restantes da encruzilhada eram terrenos baldios.

Eles desceram do carro. Beatriz, Victor e Esther seguravam a vela vermelha. Nete ainda segurava o colar em suas mãos.

- E agora? O que fazemos? – perguntou Victor, com uma cara de dor devido a cera quente da vela que descia em sua mão.

- Agora é hora do ritual. Para que a natureza molde as suas almas, precisamos fazer com que elas estejam aqui exatamente como no momento em que o carro bateu. – explicou Nete.

- Tá, mas vamos ficar aqui no meio da rua? – quis saber Beatriz, preocupada.

- Não, vamos ao local exato da batida. – afirmou Nete.

Eles se sentaram na guia da calçada onde o acidente tinha acontecido. Beatriz, Esther e Victor seguravam a vela em mãos, enquanto Léo apenas acompanhava o grupo. Nete sentava de pernas cruzadas recitando palavras intraduzíveis, mantendo os olhos fechados.

- Eu ainda não entendi muito bem, Nete. Como a natureza vai moldar nossos corpos? Como diabos ela vai saber disso? – perguntou Victor.

- Por isso estamos aqui. Existe uma leve linha atemporal que sempre volta ao seu ponto de início, ou seja, antes de vocês morrerem e suas almas saírem do corpo. Com vocês estando aqui, presentes no exato momento em que essa linha temporal passar, a natureza moldará corpos, é um erro no sistema, é como se ela reconhecesse que vocês ainda estão vivos.

- Então não é um feitiço exatamente, é uma física. – afirmou Léo.

- A alquimia antiga é uma mistura de física e química, porém não deixa de ser magia. O problema é que para ativar esse feitiço, a natureza precisa estar aqui, então precisamos acorda-las também. Por isso esse colar. – disse Nete, mostrando o colar azul.

- Ele é lindo, depois você me empresta. Vai ser um luxo com meu vestido azul. – pediu Beatriz.

- Nem fodendo. Esse aqui me custou uma nota. Essa é uma perola azul, raríssima. Com as palavras antigas do ritual, é possível atrair a força da natureza.

- Então o que precisamos fazer é aguardar? – perguntou Esther.

- Sim, apenas espera até que o momento certo chegue. – afirmou Nete.

A noite chegou antes da linha temporal esperada por eles. O clima agradável, todavia na medida em que as horas passavam, o frio adentrava suas peles. Logo o ponteiro do relógio bateu 23 horas. O bar da esquina já fechava suas portas.

- Bem, sinto que está demorando mais do que eu queria. – falou Victor.

- Eu estou congelando, vamos embora. – pediu Beatriz.

- Calma, eu sinto que o momento se aproxima. – disse Nete. Agora, ela falava as palavras, intraduzíveis, ainda mais rápido. Era impossível acompanhar.

Não demorou muito para que a linha temporal chegasse até onde estavam. Um carro, um jaguar, sem teto, vinham na direção deles a toda velocidade. Uma menina, a alma de Beatriz, vinha sentada na traseira do carro. Esther sentava-se no banco de passageiros enquanto Victor seguia ao volante. O carro não diminuiu a velocidade em nenhum momento. O sinal, apesar de vermelho, não foi suficiente para que os três jovens parassem e, no fim, o carro bateu em cheio em outro que vinha na direção contrária.

- Gente, vamos sair daqui, agora. - gritou Léo, assustado com o carro que vinha capotando em sua direção.

- Fiquem onde estão, não mexam nenhum músculo. – ordenou Nete, aos gritos.

O carro que capotava na direção dos amigos, passou como um fantasma por cima deles. Nada aconteceu. Sem arranhões ou qualquer outra espécie de ferimento. A visão que tiveram, então, tinha terminado.

- Acabou? É só isso, deu certo? – perguntou Esther, atordoada com a visão do acidente voltando a sua cabeça.

- Por enquanto, vamos esperar. O feitiço demora para se concretizar. – explicou Nete.

- E como vamos saber se deu certo, o feitiço? – perguntou Esther.

- Se quando acabar o tempo da ampulheta, vocês não desaparecerem, então vamos saber que deu tudo certo. – respondeu Nete, colocando o colar azul em seu pescoço. 

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