04
─ Nós o quê? ─ Quase cuspi minha Coca-Cola nele quando Taehyung declarou que me assumiu para a mídia como sua esposa. ─ Você não ia pedir o divórcio ou coisa assim?
─ Você não disse alguma coisa sobre estarmos unidos diante do senhor também? ─ Riu, jogando a cabeça para trás.
─ Como pode estar tranquilo sobre isso? ─ Indaguei, desacreditada.
─ O que eu posso fazer? Iria casar de qualquer jeito, só mudou a noiva.
Cerrei o cenho, magoada. Não queria ser só "outra noiva" quando me casasse.
─ Não faz sentido eu me casar agora! Eu nem dei meu primeiro beijo ainda! Acho que pulei etapas de mais! ─ Roí as unhas, sentindo a ansiedade me consumir.
─ Não fica nervosa, nada vai mudar na sua vida, tirando o fato de que vai ter que me acompanhar em eventos e sair comigo periodicamente para sustentar nossa falsa história de amor. Que cara é essa? Não gostou? ─ Sorriu ladino, me observando atentamente.
Cruzei os braços sobre o peito, virando a cabeça no sentido contrário de seu olhar.
─ Pensei que me casar com um chaebol me traria mais benefícios. Sua proposta não me atraiu nem um pouquinho.
─ Tá, tá bom. Quais são suas exigências então, querida? ─ Perguntou divertido. Só não o repreendi pelo apelido porque seu tom de sarcasmo era notório.
─ Coca-Cola pra toda a vida, mesmo se você se divorciar de mim.
─ Seu vício por Coca-Cola pode terminar mal, você sabe, não sabe?
─ Exigência dois, não dar palpite onde não é chamado. ─ Fingi um sorriso doce em sua direção.
─ Ouch.
─ Também preciso de carona para ir para casa. Minha mãe sempre se esquece de me buscar e eu acabo tendo que ir embora a pé.
─ As exigências acabaram, vossa alteza? ─ Questionou, se inclinando na minha direção com a mesa da cantina entre nós.
─ Hum, não. Na verdade, pensei em mais uma. Mando o restante pelo Kakao. Aliás, toma, coloca o seu código no meu celular, querido.
Ele balançou a cabeça com um sorrisinho discreto no rosto.
─ Pode falar a próxima exigência.
─ Quero que você leia todos meus livros românticos. ─ Declarei, obtendo sua atenção de imediato.
─ Impossível. Eu odeio romance! ─ Exclamou. ─ Eu beijaria seus pés se quisesse, mas nunca faria o que pediu.
Imitei o meme do Homer Simpson de novo. Acho que minha relação com ele vai ser um ciclo eterno desse meme.
─ Quem diz que não gosta é porque já provou. ─ Comento com petulância, cruzando os braços sobre o peito.
─ O quê?
─ Se você disse que não gosta de romance é porque já leu um livro com esse gênero. Vai, me fala um livro de romance que já leu. ─ Exijo.
─ Ah, sei lá, Cinquenta Tons de Cinza?
Lancei um olhar desacreditado para ele.
Fiquei só o meme do chefe Jacquin.
─ Você tá brincando comigo? É uma pegadinha? ─ Declaro entre a descrença e o riso.
─ O quê? Por quê?
─ Taehyung, por favor, né! Pensei que seu caso fosse grave, mas vi que é urgente! Hoje depois da escola. Na minha casa. Vou mostrar a essa pobre alma o que é romance de verdade.
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