Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Te amar me machuca

Pov' Brunna

Quem teve a ideia de chamar a Ludmilla pra tentar me acalmar, falhou grandemente. Ao sentir o cheiro da cantora e os seus toques delicado, meu coração se apertou e o choro se tornou ainda mais forte. Eu tentei sair do seu toque, tentei resistir, mas considerando a sua força, ela consegue me dominar bem melhor do que eu consigo me defender. Eu sentia a presença, não só dela, mas de outras pessoas por ali e isso me deixava ainda mais agoniada.

- Porque você é assim comigo?

Perguntei, mas eu não obtive a sua resposta. Talvez ela não quisesse me deixar ainda mais nervosa, porém eu precisava da sua resposta. Eu gostaria de escutar ela me falar, olhando em meus olhos, o motivo de ela ser assim comigo. Qual é o problema que tem em mim, que impede dela ser, ou ao menos tentar ser, uma pessoa melhor.

- Eu te amava tanto. Você só me machuca. É assim desde que a gente se conhece. - falei, para completar o que havia dito anteriormente.

- Bru, não fala assim. - pediu - Você sabe que eu te amo muito. Erro com você, mas isso não anula o meu amor.

- Qual vai ser o próximo erro? - perguntei e consegui forças para me afastar com pouco dela, não sendo mais sufocada pelo seu perfume importado - Vai chegar me dizendo que estava com outra enquanto me jurava esse amor?

- Eu não queria ser assim pra você. - me falou sincera - Não queria te causar esses sentimentos ruins. - completou - Eu não queria que você estivesse assim por mim.

- O seu amor me machuca, te amar me machuca, Ludmilla. - confessei sentindo o meu coração ficar um pouco melhor depois de a dizer isso.

- Eu queria poder fazer você me esquecer. Queria que você fosse feliz com alguém que não te machuque. - falou me olhando - Mas eu não conseguiria ver outra pessoa sendo pra você, algo que eu nunca pude ser.

- Eu sou uma idiota, Ludmilla. - falei - Eu não conseguiria ter outra pessoa. Eu te amo. Eu não queria, mas eu te amo. Você não merecia o meu amor. - consegui a olhar - Onde você estava, quando todos falavam mal de mim? Você não me defendeu. Isso era o mínimo.

- Era, Bru. Era o mínimo e nem isso eu fiz. - se afastou para poder me olhar - Ainda assim você consegue olhar pra mim e dizer que me ama? - perguntou.

- Eu sou uma idiota. - voltei a falar - Você não merece quem eu sou. Você não merece nada que vem de mim, e ainda assim eu te dou tudo. - senti as lágrimas desceram mais devagar - Você não quer ser alguém legal pra mim.

- Eu sou o problema. - assumiu o erro - Não me sinto orgulhosa disso, muito pelo contrário, eu venho me cobrado todos os dias por isso. Eu não queria que a gente estivesse assim.

Um silêncio preencheu essa apartamento. A única coisa que ainda podia ser ouvido era o meu choro, um pouco mais calmo que antes. Eu tentei me controlar, mas eu ainda estava nervosa, acabei novamente me rendendo aos braços da Ludmilla, que me abraçou com cuidado. Apesar de tudo, eu ainda me sinto segura nos seus braços, mas isso não anula nada que estou sentindo

Pov' Ludmilla

Nada que eu já passei referente a Brunna, se compara com a dor de escutar ela me dizer tudo isso. Tentei não demonstrar que isso havia me abalado e fiz um carinho no seu rosto, ainda gelado e úmido pelas lágrimas recém deixadas de cair. Seu olhar está fundo e perdeu o brilho. É notório que eu não a faço sentir o mesmo sentimento de antes. E isso também me doeu, como um soco na boca do estômago.

Ficamos por ali, acho que horas, seus pais e minha mãe conversavam afastados. Brunno e Mário Jorge me olhavam, como se fossem me assassinar a qualquer momento e isso me causa um certo medo. Quando percebi que a médica estava bem o suficiente para que eu me levantasse, assim eu fiz, para que seu melhor amigo a abraçasse apertado.

- Agora eu acho que você já pode ir, Ludmilla. - meu ex cunhado falou enquanto me olhava sério - Você nem deveria estar aqui, então já pode ir.

- Mas eu ainda queria conversar a sós com ela. Se for possível... - falei apenas para ele escutar.

- Não é possível, Ludmilla. - ele disse sério, mas ainda calmo - Mário te chamou porque pensou que seria a melhor opção. Mas por mim você estaria enterrada a sete palmos do chão. - fiquei com medo da sua fala.

- Brunno, eu sei que você está com raiva, mas eu amo a sua irmã mais que tudo. - falei segurando o choro.

- No seu lugar eu teria vergonha. - ele negou com a cabeça - Por mim, ela teria te deixado, mas fazer o que se ela te ama... - ele disse antes de se afastar, indo até seus pais.

Me sentei no sofá, ao outro lado da sala e a olhei. Pela segunda vez fui a culpa de sua crise de ansiedade, e só agora o peso disso tudo começou a me atingir. Fechei os meus olhos e enxuguei uma lágrima teimosa que escorreu dos meus olhos. Pude escutar que agora ela conversava com seu irmão, sobre alguma coisa aleatória. Abri meus olhos e vi minha mãe caminhando até mim, com a sua bolsa na mão.

- Já podemos ir, não é? - me perguntou. Eu não queria ir. Gostaria de ficar, implorar pelo perdão da Brunna e quem sabe a fazer dormir.

- Mãe, eu queria... - me referi a conversa com a Brunna, mas a mais velha me olhou brava, como se eu estivesse pronta para pedir uma barbaridade - Eu preciso disso.

- Você precisa, ela não. Já basta tudo isso estar acontecendo com ela. - falou entre os dentes - Se levanta, se despede de forma coletiva e vamos embora.

Eu não queria, mas me levantei e obedeci a mulher que me olhava brava. Embora ninguém tenha me respondido, pude ver o olhar da Brunna cair sobre mim. Como eu gostaria que ela pedisse para mim ficar aqui. Mas ela não fez isso, então fui obrigada a me retirar do apartamento. Segui minha mãe até o elevador, que começou o seu sermão sobre tudo isso.

- Você deveria ter vergonha na sua cara, Ludmilla. - falou brava - Eu não te ensinei a ser assim. Parece que puxou toda a raça ruim do seu pai. - me senti ofendida.

- Hey, pode parar com isso. - pedi revirando os olhos. Odeio quando ela me compara com meu pai, pois isso só acontece em momentos ruins - Eu já tô sendo torturada o suficiente.

- É o mínimo. - praticamente gritou - Ludmilla, você tá assim é o mínimo que você merece. - se ela estivesse em um desenho animado, com certeza estaria saindo fumaça da sua cabeça - É porque a Brunna é uma pessoa boa. Se eu fosse ela, acabaria com a sua vida. Tiraria tudo que você tem e ainda faria questão de ficar com outra na sua frente.

- Credo, mãe. - falei quando o elevador abriu as portas - Eu sei que errei, mas não mereço tudo isso também. Eu pedi desculpas pra ela.

- Você pediu desculpas? - senti um tapa ao pé da orelha - Você precisa criar vergonha na sua cara, Ludmilla. Olha como essa menina estava, cadê a sua responsabilidade afetiva? Cadê todo o amor que você jurava ter por ela quando ela estava longe? - perguntou - Deve ter sumido, porque você parece ter ficado louca.

- Mãe, eu já reconheci o meu erro, ta bom? - destravei o carro e adentrei - Não precisa da senhora ficar me lembrando disso toda hora. Já basta eu ter a sensação que eu a perdi pra sempre.

- Eu já falei que a Brunna é uma pessoa boa, Ludmilla. - falou colocando os cintos de segurança - Não dou um mês pra ela te perdoar e agir como se nada tivesse acontecido. - me olhou - Mas se isso acontecer, você pode ter certeza que vai ser pior do que quando a Miriam não gostava de você, porque ninguém vai apoiar isso.

Decidi não falar mais nada. Apenas liguei o carro e dei partida voltando pra ilha do governador. Próximo das onze horas da noite, estacionei o carro na garagem da minha casa. Minha mãe saiu sem me dizer nenhuma palavra e eu suspirei pesado. Não tenho absolutamente ninguém do meu lado nessa situação, não estou dizendo que queria que alguém dissesse que estou certa, mas pelo meus escutar os meus desabafos.

Subi pro meu quarto e retirei a roupa que estou usando, vestindo agora um pijama. Liguei o ar condicionado do quarto e a tv, embora eu não fosse assistir. Abri a tela do meu celular e fui passar o tempo até o sono chegar, coisa que demorou acontecer. Assisti alguns vídeos engraçados, depois li alguns documentários, editei o meu perfil do Instagram, fiz algumas brincadeiras com os meus amigos e quando finalmente iria desligar o celular, recebi uma mensagem que fez meu coração se acelerar.

📱

Minha vida 🤍: Eu não deveria estar te enviando essa mensagem, muito menos perdendo o meu tempo com essas palavras, que serão insignificantes para você, mas para mim não são.

Minha vida 🤍: Obrigada, por ter vindo, mesmo não tendo nenhuma obrigação. Saiba que não foi um pedido meu e eu ao menos estava sabendo disso, mas mesmo assim não sou má educada de não agradecer.

Minha vida 🤍: Eu espero gentilmente, Ludmilla, que você não tente se reaproximar, usando a minha vulnerabilidade e a minha fragilidade como ajuda.

Minha vida 🤍: Enfim, só gostaria de agradecer e me desculpar pelo ocorrido. Boa noite.

📱

Li, reli, digitei, apaguei, enviei, apaguei para todos. Eu não sabia o que iria responder, mas no final das contas, deixei apenas o meu coração falar por mim e lhe respondi, torcendo para que ela visse e me responda ainda hoje.

📱

Lud: Você não precisa ter receio de enviar nenhuma mensagem, estarei sempre aqui quando você precisar. Quando o Mário me ligou, eu não pensei duas vezes antes de ir até você, eu te amo e quero sempre cuidar de você, não precisa me agradecer por isso. E eu jamais usaria esses momentos para me aproximar de você, Bru. Eu errei, mas não sou uma pessoa ruim. Estarei aqui sempre que você precisar! Eu te amo 🤍 boa noite.

📱

Com certeza não foram as melhores palavras que eu poderia dizer, mas isso nem faz tanta importância, já que a sua foto sumiu e pude visualizar apenas um risco da mensagem. Ela me bloqueou. Por uns segundos pensei que eu estaria iludida, e que minha internet havia caído, mas enviei mensagem para um contato aleatório da minha galeria e a mensagem chegou, normalmente. Ela com certeza me bloqueou. O fim realmente vai ser assim?

Pov' Brunna

- Acho que pronto, né? - escutei Mário dizer assim que enviei as mensagens e bloqueei a Ludmilla - Vai doer agora, mas vai passar, Bru.

- Vai doer agora e depois, Mário. - suspirei já conformada - Mas acontece, né? Nada dura pra sempre.

- Amiga, não é sobre isso... É sobre você achar alguém que te ame e cuide de você em todos os momentos, não só quando você está mal. - concordei com a cabeça - Ela só veio porque eu liguei, caso contrário, nem tinha se importado.

- E que péssima ideia a sua, em. - me levantei para apagar a luz, pois a essa hora eu já estou com sono o suficiente para dormir - Não faça isso nunca mais.

- Eu só queria te ajudar, Brunna. - deu de ombros - Me desculpe se errei em querer te ajudar. - debochou e eu revirei os olhos - Ingrata!

- Mário Jorge, me faz um favor. - pedi - Vai pro seu quarto e me deixa em paz. Insuportável.

- É assim mesmo, a gente ajuda, da amor, carinho, cuida, pra ser tratado assim. - falou sentido - Mas não tem problema não, amanhã eu pego as minhas coisas e vou embora.

- Deixa de ser mentiroso. - falei - Eu duvido que você quer ir embora daqui. Tá sendo tratado como o terceiro Gonçalves.

- Isso é o mínimo. Eu sou um rei!

Soltei um gargalhada alta enquanto ele saia do quarto. Não demorou muito para que eu me ajeitasse sobre a cama e fechasse meus olhos, relembrando do rosto calmo da cantora mais cedo. Repreendi esses pensamentos e logo cai em um sono profundo.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro