Razão da minha vida
Pov' Ludmilla
- Você está linda! - escutei Rebeca me elogiar, enquanto eu me servia com mais um copo de vodka, para esquecer a pequena grande saudade da médica.
- Obrigada, Rebeca. - forcei um sorriso aberto, ao olhar em sua direção. Ela está usando um vestido longo, na cor roxa e seus cabelos estão presos em um coque alto - Você também está.
- Me arrumei para você. - ela ia tocar o meu rosto, porém me afastei com rapidez o suficiente para que ela não conseguisse finalizar o ato - Lud...
- Rê, você se lembra da nossa conversa de ontem não é? - questionei - Não existe mais nada entre a gente. Por favor, não me faça te expulsar da minha festa.
- Eu me lembro, Lud. - ela suspirou - Mas eu tive pensando, e não me importo de ter que lutar contra a Brunna. Por mim está tudo bem essa situação.
- Só pra você, não é? Porque por mim, não está nada bem. - falei séria - Apaga esse assunto, Rebeca. Não existe mais nós duas. - falei e a deixei por ali.
Alguns famosos foram convidados para essa festa, entre eles está, David Brazil, Sabrina Sato, o próprio Léo Dias, Ivete Sangalo e Luiza Sonsa. Me aproximei deles com um sorriso no rosto e abracei cada um, agradecendo a presença deles e perguntando se estavam bem servidos. Luísa já estava devidamente bêbada e falava coisas sem sentido, enquanto Sabrina tentava não máximo não ser levada pela loira que a cada minuto lhe vazia uma cantada. E com certeza, essa será a nova matéria do jornalista, que está de olho delas.
Já perdi a conta de quantos copos de bebida eu já virei, mas foi o suficiente para que eu já esteja solta, para falar o que vem a mente e fazer o que vem a mente. Porém, Marcos que sempre está ao meu lado, me poupa desses muitos constrangimentos. Deixei os famosos por ali e caminhei até a piscina que agora está vazia, tirei meus tênis e os deixei em um canto qualquer, me sentei na borda e molhei os meus pés na água gelada, mas não gelada o suficiente para me fazer sentir frio.
Algumas mulheres estavam dançando enfrente a caixa de som, do outro lado da área e alguns homens e até mulheres, estavam admirados com as beleza delas, mas nenhuma chamava a minha atenção, pois nenhuma delas é a Bru. E por falar na médica, acabo de vê-la adentrar a minha casa, usando um short jeans curto, uma camisa larga, mas que foi amarrada embaixo dos seios e um salto alto, alto o suficiente para que lhe deixasse com mais de 1,65. Como se ela fosse a razão da minha felicidade, um sorriso nasceu em meu rosto.
No primeiro momento ela não me viu por li, o que a fez ficar travada ao lado de Ygor e Mário, que cumprimentava nossos amigos em comum. Alguns Brunna não havia conhecido, pois ela já havia ido embora, mas a pouca minoria, ela conhece muito bem. Vi o momento em que seu amigo lhe ofereceu um copo de vodka, mas ela trocou pela cerveja sem álcool. Quando ela iria virar em minha direção, depois do Marcos ter apontado para cá, senti as mãos do Léo Dias me empurrar dentro da piscina, assim como eu fazia com todos os meus convidados, mas apenas ao fim da festa.
- Viado louco! - gritei quando voltei a beira da piscina, com a roupa toda molhada - Você vai me pagar por isso! - a maioria das pessoas estavam acabando graça, inclusive eu.
- Precisava animar essa festa. - comentou depois de sua crise de riso cessar - Vou tomar mais uma dose e a próxima pessoa a me jogar sou eu.
- Se jogar? - perguntei enquanto saía da piscina com cuidado para não escorrega - Quem vai te jogar sou eu, quando você menos esperar.
- Você vai vim com a massa e meu bolo já vai estar pronto. - fez uma dança aleatória no ritmo do funk que estava tocando.
- Ordinário, safado. - o xinguei mas por fim acabei o abraçando, molhando toda a sua roupa.
Algumas pessoas ainda gargalhavam das nossas brincadeiras, mas se distraíram quando minha música exclusiva começou a tocar nas caixas de som. Meus amigos íntimos já tinham escutado, não fizeram muita questão desse momento e eu aproveitei a distração de todos para me aproximar da Brunna que ainda estava ao lado dos seus amigos, com uma expressão divertida no rosto. Pensei em abraça-la, mas não seria cruel em estragar sua roupa impecável, então apenas sorri em sua direção. Fiz o mesmo com Mário e Ygor, que também chegaram recentemente.
- Experimentou do próprio veneno hoje, em amiga. - Ygor falou divertido.
- O feitiço virou contra a feiticeira, viu só?! - resmunguei secando algumas gotas de água que caiam em meu rosto - Logo no início da festa, nem para aquele safado esperar mais um pouco.
- Quase que precisou de uma respiração boca a boca. - Mário comentou com segundas intenções e meus amigos que estavam por perto sorriram.
- Ainda bem que tem uma médica aqui. - olhei em direção a Brunna e suas bochechas ficaram avermelhadas, demonstrando sua vergonha - Você iria me socorrer, não é, Brunna?
- Iria. - disse em um tom baixo e deu um gole na sua bebida sem álcool - Inclusive se você ficar com essa roupa molhada, vai pegar um resfriado.
- Eita como cuida da namoradinha! - Yris disse em um tom alto, para que todos ouvissem e gargalhasse.
- Namoradinha? - Ygor questionou confuso.
- Uma longa história, amor. Qualquer dia eu vou te contar. - Mário depositou um beijo na bochecha do namorado, que sorriu com o ato.
Todos se perderam no próprio assunto, com excessão da Brunna que ainda me olhava com as bochechas avermelhadas e um pequeno sorriso no rosto. Sem dizer nenhuma palavra, eu olhei em direção as escadas que dão ao meu quarto a convidando para me acompanhar e como se assim como eu, quisesse disfarçar isso, ela fez um sinal para que eu fosse na sua frente e assim eu fiz. Sendo acompanhada por ela a alguns bons passos atrás.
Ninguém percebeu o nosso afastamento e a festa continuou acontecendo. Subi as escadas enquanto cantarolava a música que estava tocando e cheguei até a sacada que estava vazia. Brunna estava arrumando seus cabelos e ao perceber que estávamos indo realmente em direção ao meu quarto, me olhou confusa e parou um pouco atrás de mim, parou perto o suficiente para que eu escutasse sua respiração em minha nuca e todos os meus pelos se arrepiaram, e eu tive que em controlar par não soltar um suspiro de prazer.
- Porque estamos indo pro seu quarto? - ela perguntou sem entender, e eu acabei sorrindo com a sua lerdeza.
- Você me disse para trocar de roupa. - comentei abrindo a porta de vidro - E eu não queria vim sozinha. Como um boa pessoa, você me acompanhou.
- Até porque eu estou sempre te ajudando nos seus momentos de socorro. - comentou divertida ao entrar no meu quarto, que estava do mesmo jeito de quando ela saiu, a tarde.
- Exatamente. - concordei no mesmo clima que ela - Pensei que você não fosse vim. Já estava pronta para brigar com você.
- Eu disse que precisava descansar, mas cheguei em casa e fiquei conversando com os meus pais. - contou - Com licença. - ela se sentou na minha cama - Depois eu acabei dormindo e acordei um pouco tarde, Mário e Ygor já estavam lá em casa. Me arrumei rápido e vim.
- Está linda. - elogiei a olhando.
- Obrigada, Lud. - ela sorriu - Você também estava linda, antes de se molhar.
- Aquele safado. - voltei a reclamar e ela sorriu - Você espera eu me trocar? - ela concordou com a cabeça - Agora tenho que procurar outra roupa.
- Não precisa ter pressa, Lud. A festa é sua. - ela disse se ajeitando na cama e tirou o celular da bolsa que estava pendurada ao seu ombro.
Pov' Brunna
Já estava beirando as duas horas da manhã e eu ainda estava dentro do quarto da cantora. A mesma já tinha experimento cinco roupas e em todas elas eu disse que estava linda, mas isso não foi o suficiente para ela. Na sexta vez eu me cansei e passei a ignora-la, fazendo um storys no meu Instagram, uns ou outros eu era obrigada a excluir, porque aparecia Ludmilla usando apenas seu conjunto de lingerie azul.
Passado mais quarenta minutos ela saiu do closet, usando uma calça larga na cor branca e uma camisa vermelha. Seu perfume está ainda mais forte, devido ao seu banho recém tomado e isso me fez largar o celular e encarar a mulher a minha frente que tinha um sorriso sapeca no rosto. Percebi que ela já estava pronta e me levantei na intenção de voltar para a festa. Ela caminhou atrás de mim e fechou a porta do seu quarto.
Nesse exato momento, a música Razão da minha vida, do cantor Belo, estava tocando em um volume consideravelmente alto.
Quando eu me vi perdido
Você manteve acesa a minha esperança
Nada fazia sentido
E você me deu colo como quem protege uma criança
Quando se apagaram as luzes
Você me deu a mão e me guiou no escuro
Como o sol cortando as nuvens
Você me iluminou e foi o meu porto seguro
Como se meu cérebro entendesse isso como uma luz do destino, meu corpo parou de obedecer meus mandos e Ludmilla se esbarrou em mim, como se não entendesse o que aconteceu, ela tocou a minha cintura, virando o meu corpo em sua direção, para ver se estava tudo bem.
E eu que acreditava
Que essa história de romance
Fosse coisa de momento
Mas você mostrou
Que o amor não era um lance
É o maior dos sentimentos
Só então ela entendeu a letra da música e um sorriso nasceu em seus lábios. Em um rápido momento de coragem, levei minha mão até o seu rosto e fiz um carinho calmo em suas bochechas.
Você me aqueceu no calor dos seus braços
Colou meu coração pedaço por pedaço
E mesmo contra o mundo acreditou em mim
Eu nunca tive alguém que me amasse assim
Você me fez mudar, dar a volta por cima
Me fez recuperar a minha auto-estima
Quando mais precisei secou todo meu pranto
Razão da minha vida eu te amo tanto
Te amo tanto
Te amo tano
Ela cantarolou o refrão da música próximo ao meu rosto e eu consegui sentir seu hálito quente, me fazendo ter certeza que ela já não estava mais bêbada e que eu poderia fazer o que tivesse vontade, sem me arrepender no dia de amanhã.
E eu que acreditava
Que essa história de romance
Fosse coisa de momento
Mas você mostrou
Que o amor não era um lance
É o maior dos sentimentos
A música voltou a se repetir, e a cada palavra do cantor Belo, o rosto da morena se aproximava ainda mais do meu. As batidas do meu coração pareciam estar cantando um enredo de escola de samba de salvador, a voz de Ludmilla. Um sorriso nasceu aos meus lábios quando ela apertou ainda mais minha cintura, me levanto até ela. Rodeei meus braços em seu pescoço e fechei os olhos, sentindo o contato dos seus lábios com os meus
Você me aqueceu no calor dos seus braços
Colou meu coração pedaço por pedaço
E mesmo contra o mundo acreditou em mim
Eu nunca tive alguém que me amasse assim
Você me fez mudar, dar a volta por cima
Me fez recuperar a minha auto-estima
Quando mais precisei secou todo meu pranto
Razão da minha vida eu te amo tanto
Te amo tanto
Nossas línguas se encontraram em uma perfeita harmonia e eu suspirei, por sentir a mesma sensação do nosso primeiro beijo. As nossas bocas se encaixaram e eu mordisquei seu lábio inferior. Uma briga começou para saber quem iria dominar o momento e como se eu sentisse obrigação de fazer isso, acabei ganhando da morena e a beijei com ainda mais vontade.
Caminhei ainda a beijando e a encostei em uma das paredes da sacada. Suas mãos fortes desceram em direção a minha bunda, onde ela apertou com vontade, arrancando um gemido rouco da minha boca. Fiz o mesmo com ela e a mesma sorriu ainda durante o beijo. Por causa da falta de ar, nos afastamos, mas não o suficiente para sentir falta do calor.
Ludmilla desceu alguns beijos pelo meu pescoço e eu arranhei sua nuca, em aprovação ao que ela estava fazendo. Minha vontade era de voltar para o quarto e matar toda a saudade que estou dela, mas ainda não era o momento e aos poucos nos separamos e eu depositei um beijo simples em seus lábios.
Ao me afastar totalmente dela, pude ver que suas pílulas estavam dilatadas, sua respiração ofegante e seus lábios levemente inchados, e eu não estava muito diferente. Como duas bobas, começamos a gargalhar, sentindo um alívio por matar a saudade que estava nos consumindo.
- Eu te amo tanto. - confessei sem medo - Você é a razão da minha vida, Ludmilla. Me perdoe por tudo que te fiz passar. - meus olhos se encheram de lágrimas.
- Meu amor. - ela me abraçou pela cintura - Isso tudo foi passado. Estou feliz por você estar aqui hoje. - sorriu - Eu também te amo, razão da minha vida!
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