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Outback e amizade

Pov' Ludmilla

Assim como Marcos havia me falado, não demorou para que minha mãe viesse me tirar do quarto. Desci pro quintal e tomei mais algumas cervejas enquanto conversava com a minha família. Por fim, quando o pôr do sol chegou todos foram embora para suas devidas casas, mesmo minha mãe dizendo que eles estavam convidados para dormir aqui.

Durante todo esse tempo, tentei me distrair, mas sempre verificava a tela do celular, esperando pela resposta da Brunna. Acabei desistindo de fazer isso, quando o relógio marcou sete horas da noite. Luane e Marcos foram acompanhar minha mãe e o Yuri em uma apresentação da escola dele. E só me restou ficar sozinha por ali, com o estômago implorando por uma comida.

Me encaminhei para o banheiro e tomei um longo banho de água quente, vesti um short jeans preto e uma blusa laranja, que comprei em uma viagem que fiz para o México. Calcei um chinelos havaianas branco e deixei meu cabelo solto sobre o meu ombro. Procurei pelas chaves de casa e do carro, quando estava descendo as escadas, meu celular vibrou anunciando uma mensagem e eu fui rápida ao abrir a tela.

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Brunna: nada, irei pra casa
Brunna: pq?

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Sorri ao obter a resposta dela e comecei a digitar, como uma louca. Deixando claro que eu estava a espera da sua mensagem.

📱

Ludmilla: tô morrendo de fome
Ludmilla: queria uma companhia pra ir no Outback comprar algo pra comer
Ludmilla: não posso sair sozinha e tá todo mundo na escola do Yuri em uma apresentação

📱

Enviei a mensagem e em menos de dez minutos recebi sua resposta, que me deixou um tanto quando animada.

📱

Brunna: bora lá, tô aqui perto

Ludmilla: tô saindo de casa
Ludmilla: me esperando onde?

Brunna: tô na praia ainda
Brunna: vou ficar aqui

Ludmilla: tá sozinha?

Brunna: Ju e Mário estão aqui

Ludmilla: me espera Enfrente o shopping então
Ludmilla: por favor

Brunna: eles não podem ir?

Ludmilla: não é isso...
Ludmilla: só não posso andar com muita gente

Brunna: ok, tô indo. Não demora

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Terminei de descer as escadas mais rápido do que antes e cheguei na garagem, já adentrando minha BMW roxa e dando partida em direção a Copacabana. O trânsito estava um pouco mais movimentado, por ser fim de domingo e todos que estavam viajando precisavam voltar para casa.

Cada vez que eu chegava mais perto do meu destino, meu corpo demonstrava o nervosismo. Talvez seja apenas fome. Cortei o caminho e cheguei enfrente ao shopping que eu havia combinado com ela e de longe a vi mexer em seu celular. Ela esta usando um short jeans curto e uma blusa de crochê branca. Suspirei pesadamente ao ter uma maldita lembrança.

Início do Flashback

- Eu queria ir no Outback, amor, pedir algo pra comer e depois pisar na areia. - Brunna falou manhosa e depositou um beijo nos meus lábios.

- Gostei da parte de ir na praia. - suspirei - Porque a gente não passa na padaria e compra um misto quente?

- Porque eu queria ir no Outback. - fez manhã e tocou meu rosto, em um carinho suave - Prometo que não vamos demorar.

- Não é isso, amor. - a olhei - Eu não tenho dinheiro o suficiente pra comer no Outback. Lá é coisa de rico, e eu ainda não sou rica. - sorri pra descontrair.

- Você está se importando com isso, Lud? - questionou - Se eu estou te chamando pra ir, é porque vou pagar.

- Vida, eu não quero que você fique pagando as coisas pra mim. E ainda assim eu prefiro um misto quente. - menti a última parte.

- Pois bem, nós vamos no Outback e você pede um misto quente lá. - deu de ombros e me puxou pela mão - Amor, eu estou pedindo com carinho.

- Tudo bem, Bru. - suspirei derrotada - Vamos no Outback. Mas dá próxima vez, eu escolho o lugar e pago a conta.

Fim do Flashback

Fui retirada dos meus pensamentos quando um carro buzinou para mim, por eu estar parada em um lugar indevido. Voltei a dar partida no carro e parei enfrente a morena que estava me esperando. Abaixei o vidro e buzinei para chamar sua atenção. Ela rapidamente me olhou, sem nenhuma reação. Fiz um sinal com a cabeça para entrar no carro, mas ela permaneceu parada no mesmo lugar.

- Vamos, Brunna. Entra no carro. Eu tenho que descer no estacionamento, aqui tá cheio de gente. - expliquei e só então ela fez o que eu pedi. Deu a volta no carro e entrou no banco do passageiro, ao meu lado.

- Boa noite pra você também, Ludmilla e de nada por estar fazendo um favor pra você. - falou se uma só vez e eu gargalhei baixo.

- Boa noite, Brunna. E muito obrigada por salvar minha vida. - dei partida no carro, entrando no estacionamento do shopping - Eu realmente estou com muita fome.

- Só estou fazendo isso, porque você me salvou com o papel higiênico. - disse simples - E me diz, não seria mais fácil você ter feito algo de comer em casa?

- Seria. - falei óbvia - Mas quem disse que eu sei cozinhar?

- Deveria aprender. Não é sempre que alguém vai estar a sua disposição pra te ajudar. - deu de ombros e eu a olhei indignada.

- Te fiz um convite e você ainda fica me dando sermão. - resmunguei - Tem muita gente que queria me fazer companhia.

- Quer que eu vá embora? - ela ameaçou a sair do carro, ainda em movimento.

- Deixa de ser doida. - a segurei pelo pulso - Para de implicância. Você sabe o que eu quis dizer.

Ela não disse mais nada. Estacionei o carro na vaga apropriada e sai, sendo acompanhada por ela. Caminhei até a porta do elevador e o adentrei, apertei o lugar em que ele vai me levar e me encostei na parede de aço gelada. Olhei para o rosto da morena e suspirei, alto o suficiente para que ela escutasse e me questionasse.

- O que aconteceu? - perguntou.

- Nada. - desviei nossos olhares - Eu só estou cansada. E bem, gostaria de ter uma vida normal.

- Vida normal? - questionou confusa.

- Sim. Eu sempre tenho que sair de casa com alguém, e não posso ir em todos os lugares que eu gostaria. - falei - Tem dias que isso é chato.

- Se está dizendo isso pelo o que te disse no carro, fica tranquila, eu estava brincando. Não me importei de vir, eu estava aqui perto.

- Não é só por isso, Bru. Estou falando em todo um contexto. - a porta do elevador se abriu - Você vai ver só o que eu estou falando...

Ela saiu em minha frente e eu a segui, tentando ao máximo não fazer muito alarde, mas foi impossível, já que em menos de cinco minutos, já tinham pessoas ao meu redor, pedindo por fotos e autógrafos. Quando o tumulto aumentou, Brunna percebeu que era o momento para me tirar dali. Segurou o meu pulso com firmeza e praticamente me arrastou pelo shopping, até chegarmos no Outback.

Por sorte o lugar estava vazio. Procurei a mesa mais afastada e me sentei de costas para a entrada. Brunna se sentou a minha frente, com um olhar assutado e por um instante isso me fez gargalhar, me esquecendo do que havia acontecido agora pouco. Me encostei na cadeira e passei as mãos pelo meu cabelo, o ajeitando.

- É assim sempre? - perguntou e eu concordei com a cabeça - Que horror. - falou assutada, mas logo se corrigiu - Assim, é legal ter muitas pessoas te admirando, mas ter esse tanto de pessoas em todos os lugares que você vai, deve ser sufocante.

- Um pouco. Entende agora? - a olhei.

- Entendo, Ludmilla. - suspirou - Então, o que você vai pedir?

- Qualquer coisa que mate a minha fome. - brinquei e peguei o cardápio sobre a mesa - Acho que quero essa costela com barbecue.

- Nossa, quem diria você mudando de opção. - pensou em voz alta mas rapidamente se arrependeu.

- Acho que me enjoei do peixe com catupiry. - a olhei - E bem, ele me lembrava você. Fui obrigada a querer experimentar outras coisas.

- Gostou das coisas novas? - perguntou e eu pude jurar que ela estava usando o duplo sentido.

- Nem tanto. São gostosas, mas ainda assim eu prefiro o peixe com catupiry. Não consigo enjoar. - suspirei.

- Eu gosto do frango frito com doritos. - bateu levemente os dedos sobre a mesa - E um copo de coca cola gelado.

- Mesmo depois de fazer medicina você não entendeu que refrigerante faz mal pra saúde? - perguntei divertida e ela sorriu.

- Eu entendi. Não deixo os meus pacientes tomarem. - deu de ombros - É o ditado: faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço.

- Está certa. - sorri - Como estão as coisas no hospital?

- Normais... Um pouco cansativo mas tudo sobre controle. - contou - Hoje no plantão não aconteceu nada de muito grave. Isso me deixa aliviada.

- Você é uma boa médica. - elogiei.

- Obrigada. - falou simples - E sua vida de cantora, como está? Os shows?

- Essa semana foi exaustiva. Fiz muitos shows e tive pouco tempo de descanso. - contei - Por sorte essa próxima semana ficarei aqui pelo Rio.

- Vai ter show aqui? - perguntou curiosa.

- Sim, em Cabo Frio. - falei - E depois em uma festa privada.

- Como faz pra comprar ingresso?

- Você quer ir em um show meu? - perguntei e ela concordou com a cabeça - Não precisa comprar ingresso, Brunna. Você está falando com a própria cantora.

- Você é muito boba. - revirou os olhos - Vai ser qual dia?

- Não sei. Marcos que é o responsável por essas coisas, vou perguntar a ele e te conto depois. - respondi - Vai ter sorte, vou cantar uma música exclusiva nesses próximos shows.

- Privilegiada. - brincou - Faz tempo que não te escuto cantar. Nem lembro quando foi a última vez.

- Acho que os ingleses ainda não tiveram oportunidade de me conhecer. - dei de ombros e tirei meu celular do bolso para fazer os pedidos pelo cardápio online.

Pov' Brunna

Juliana e Mário Jorge me matariam se descobrissem onde estou nesse momento. Não pela companhia da Ludmilla e sim porque eu inventei a maior mentira, para sair de perto deles e vir encontrar com ela. Foi um pouco difícil convencer eles de que eu realmente estava precisando comprar algo aqui no shopping.

E o "algo" que estou precisando está bem na minha frente, nesse momento, comendo uma costela com barbecue e tomando um copo de suco de laranja. Até nesse momento, já conversamos sobre diversos assuntos, desde as músicas dela, até minhas inúteis coisas de medicina. Estamos terminando de comer e ela já está fazendo planos para quando chegar em casa.

- Preciso terminar de escrever uma música e dormir. Preciso dormir um pouco, tenho problema de insônia. - falou após mastigar.

- Problema de insônia? Você não tinha essas coisas antes. - comentei.

- Ah Brunna, depois que você se foi eu comecei a ter muitas coisas. - disse com ressentimento - Insônia, problemas de mau humor e muitas outras coisas.

- Que horror. - segurei a risada - Mas agora eu tô aqui de volta. Respirando o mesmo ar que você.

- Mas não dormindo na mesma cama que eu. - resmungou - Sabe Bru, eu não sei se um dia a gente vai voltar a ser como antes, mas eu gostaria de reestabelecer uma amizade entre a gente.

- Somos amigas, Ludmilla. Apenas de tudo. - falei sincera - Só precisamos nos conhecer novamente.

Ela apenas concordou com a cabeça e continuou a comer. Demoramos mais trinta minutos por ali, até ela pagar a conta, contra a minha vontade e me levar até em casa. Ela estacionou o carro enfrente o meu prédio e retirou o cinto de segurança, relaxando o seu corpo sobre o banco do motorista.

- Está entregue, Brunna. - sorriu me olhando - Obrigada pela sua ajuda e também pela sua companhia.

- Não precisa agradecer, Ludmilla. Sempre que eu puder estarei aqui, pra isso. - falei simples - Mas agora tenho que ir, amanhã irei atender um paciente na parte da manhã.

- Plantão? - questionou.

- Não, apenas protocolo mesmo. Vai ser só esse paciente. - expliquei - E você precisa descansar.

- Tem razão. - suspirou - Obrigada de novo.

- Por nada, Ludmilla. - sorri - Bom, até qualquer dia!

- Até o meu show! Não irei me esquecer disso. - brincou.

- Não é pra esquecer mesmo.

Pensei em abraça-la, ou talvez beija-la, mas apenas acenei com as mãos e sai da sua Bmw. Esperei que ela virasse a rua, para só então subir até o meu apartamento. Como se estivesse sabendo tudo que aconteceu, minha mãe estava me esperando na sala de casa, com um sorriso no rosto.

- Era a Ludmilla? - perguntou de uma só vez e eu revirei os olhos.

- Boa noite, Miriam! - sorri forçado - Eu estou bem, e a senhora? Ah claro, foi ótimo a minha ida na praia com as meninas.

- Era a Ludmilla? - voltou a pergunta, ignorando tudo que eu tinha acabado de falar.

- Sim, mãe, era a Ludmilla. - respondi - Mas antes que você crie algo na sua cabeça, a gente só foi comer algo no outback e voltamos para casa.

- Só amizade? - perguntou triste e eu concordei com a cabeça.

- Só amizade.

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