Meu mundo é você
Antes do capítulo começar eu gostaria de fazer uma observação: esse capítulo tem um pov de um personagem sem ser Brumilla. Depois de lerem, gostaria que vocês falassem se gostarem e querem que repita outra vez, ou apenas pov do casal.
Boa leitura.
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Pov' Ludmilla
- Eu estava com saudades. - escutei a Brunna falar contra o meu pescoço. Estamos em um abraço apertado.
Cheguei no Rio de Janeiro a menos de vinte minutos e ainda estou no estacionamento do aeroporto sendo recepcionada pelo Yuri e a Brunna, que estavam morrendo de saudades. Eu não estava diferente, quando a médica veio a meu encontro, uma manteiga derretida estava mais firme do que eu. E isso causou bastante risada no Marcos que levava minha mala até o carro.
- Eu também estava, mô. - falei com a voz manhosa e apertei seu corpo ainda mais contra o meu. Ela estava nas pontas do pé, de uma forma que deixasse o abraço melhor - Foram horríveis esses dias sem você.
- Nem me fale. - resmungou e afastou nossos corpos, apenas para me beijar de forma rápida - Eu até chorei. Não tinha ninguém pra me consolar.
- Quanta diabete. - Yuri resmungou com os braços cruzados. Provavelmente com ciúmes e eu não contive uma gargalhada, indo até ele e lhe abraçando apertado - Tava com saudades, irmãzinha.
- Estava com saudades, irmãzinha. - falou com um sorriso fofo e eu baguncei os seus cabelos, fazendo ele ficar bravo - Já pode voltar de onde veio.
Matamos mais um pouquinho da saudade até o Marcos ficar entediado e querer ir pra casa. Adentramos o carro, Yuri foi na frente ao lado do motorista, Brunna e eu dividimos o banco de trás, ainda abraçadas. Eu poderia morar naquele perfume importado, e no seu sorriso cansado, mas feliz por estar ao meu lado. Isso era tudo que eu estava precisando.
Antes da viajem, a gente se desentendeu por causa do seu "amigo" de trabalho que, ao meu ver, é incoveniente e de forma discreta está tentando conquistar ela. Tentei explicar isso para ela, mas só resultou em uma briga, falamos muito e acabamos não nos resolvendo. Por fim eu acabei deixando isso como estava e recuei, dando um passo para trás, deixando a situação como está.
O caminho até a minha casa foi confortável, no rádio tocava uma música internacional que eu julguei ser da Taylor Swift, e meus irmãos conversavam sobre o último jogo de futevôlei do Yuri. Assim que o carro parou enfrente minha casa, nós duas fomos as primeiras a descer. Entramos pela porta dos fundos, em direção a cozinha e encontramos minha mãe e Luanne conversando enquanto fazia o jantar.
- Quem é vivo sempre aparece! - minha mãe abriu um sorriso e veio ao nosso encontro, abraçando uma de cada vez - Estou falando isso para as duas. Porque a Ludmilla some e a Brunna corre pra casa dela.
- Aposto que a senhora estava com mais saudades dela do que de mim. - falei sentida e ela concordou com a cabeça. Brunna sorriu e se sentou ao lado da Luanne - Odeio vocês.
- Nós também te odiamos. - minha irmã mais nova alfinetou - Por mim você morava lá em São Paulo pro resto da vida. Não iria sentir nem um pouco de saudade.
- Sua falsa, já estava até me perguntando que horas eu iria voltar. - tirei meu celular do bolso pra mostrar a conversa, mas ela foi rápida em tirar ele da minha mão - Viu só, quem não deve não teme.
- Parem de brigar. - Brunna pediu enquanto descascava uma laranja. Fiz um bico com os lábios e acabei me rendendo ao seu pedido e me sentei ao seu lado. Quando ela terminou, peguei metade da fruta e levei até a boca - Ei, amor, isso era meu.
- Justamente. - sorri maliciosa - Era.
- Agora você concorda que ela deveria ter ficado em São Paulo? - Luane a questionou e ela concordou com a cabeça, me fazendo a olhar brava.
- Sinto muito! - falou debochada.
Pov' Brunna
A noite hoje está linda. São sete horas da noite e um vento tranquilo percorre o ambiente e uma lua cheia ilumina o céu azul e estrelado do Rio de Janeiro. Depois de passar alguns minutos na cozinha conversando com a família da minha namorada, subimos para o quarto e tomamos um longo banho, juntas, entre carícias, sem nenhuma maldade.
Pensamos em ficar por ali, aproveitando o momento entre nós duas, mas decidimos descer para a área externa da sua casa. Mais precisamente, ao lado da garagem, em uma área que a única vista é do segundo andar da casa e da rua, que por agora está vazia. Lud se deitou na rede e eu me sentei entre as suas pernas, me apoiando em seu peito, podendo escutar perfeitamente a batida do seu coração.
- Como foi o dia por aqui? - me questionou enquanto fazia carinho em minha bochecha.
- Tudo tranquilo, trabalhei até um pouco mais tarde hoje, Lorenzo teve um imprevisto com o carro. - comentei e pude escutar ela respirar fundo ao escutar o nome do médico, mas fingi não perceber isso - E o seu? Teve muitos compromissos?
- Não aguento mais ver estúdio na minha frente. Ainda bem que os próximos compromissos são shows. - falou cansada e eu concordei com a cabeça - Almocei lá na casa do Livinho hoje.
- O cantor? - questionei e ela concordou como se fosse algo óbvio - Que incrível, amor. Eu gosto das músicas dele. Tem a voz boa.
- Tem sim, ele também é uma pessoa muito legal. - comentou - Conheci a irmãzinha dele. Acredita que ela me perguntou onde você estava? - falou com um sorriso no rosto.
- Eu? - questionei curiosa - De onde ela me conhece? Eu não sei nem quem é, vida.
- Uai, amor, você se esqueceu de que agora você é uma pessoa famosa? - falou divertida - Ela te conhece por conta disso.
Ludmilla me falou mais um pouco sobre a menina e me fez gravar uma mensagem de voz para a irmã do cantor. Aproveitou essa oportunidade e tirou uma foto comigo para postar no seu Instagram. Depois disso ela desligou o celular e voltou a atenção toda para mim. Eu podia ver nos seus olhos castanhos o amor que ela sente por mim, e me veio uma grande vontade de chorar, porque eu a amo com minha alma. A cantora viu meus olhos marejarem e se preocupou.
- Vida, o que aconteceu? - questionou - Eu fiz alguma coisa? Me diz.
- Você não fez nada, Ludmilla. - afundei o meu rosto no seu pescoço e deixei a lágrima solitária escorrer em meu rosto.
- Porque está chorando? - perguntou, e a resposta nem eu mesma sabia. Pensei por um longo tempo, e por fim resolvi dizer as palavras que estavam em meu coração.
- As vezes eu queria expressar melhor, o tanto que eu te amo. - suspirei e limpei o meu rosto - Eu queria te dar o mundo, mas não tem como, porque o meu mundo é você. - senti meus olhos ficarem mais marejados - Eu te amo com muita força, amor. Se um dia eu te perder, vou ser a pessoa mais infeliz dessa vida.
- Não diga isso, princesa. - tocou o meu rosto de forma delicada - Você nunca vai me perder. - afirmou - Eu sei que as vezes eu posso ser uma pessoa complicada, mas eu também te amo com a minha vida. Você é o meu amorzão! - distribuiu beijos em meu rosto - Linda!
- Eu não gostei de você ter brigado comigo por causa do Lorenzo. - decidi me abrir - Eu sei que já passou, você se desculpou, mas mesmo assim eu fiquei triste. Eu sempre faço questão de te falar tudo que sinto e o que penso, mas parece que você não me entende.
- É que, Bru. - se ajeitou na rede que já tinha parado de balançar - Eu tenho medo de você não me querer. Minha vida é toda corrida, eu tô aqui e ao mesmo tempo estou lá. Tenho medo de você sentir minha falta e procurar carinho em outros braços. Ele é um homem bonito e...
- Eu nem gosto de homem, Ludmilla. Você deveria saber disso. - falei - Pra mim, o Lorenzo é apenas um amigo de trabalho. Ele é um pessoa tão boa, que eu não quero ter que me afastar por conta desse seu ciúmes.
- Eu não quero que você se afaste dele, Bru. Não disse isso. - falou me olhando - Eu só não consigo entender porque ele sempre está sorrindo e te chamando de Bru pra cá e Bru pra lá.
- Bem, Bru é o meu apelido e antes ele sorrir do que chorar, não é? - questionei mas ela não me respondeu - Não era você quem me disse que não é bom ter ciúmes de forma exagerada? Acho que você está exagerando um pouco.
- Talvez esteja. - deu de ombros - Mas no fundo eu acho que estou certa. - nesse momento eu vi que seria impossível ganhar essa discussão, então fiquei quieta e voltei a me deitar em seu peito - Você falou de ciúmes e eu me lembrei que escrevi uma música pra você.
- Pra mim? - questionei com um sorriso no rosto - Amor, essa é uma das coisas mais fofas que você já fez por mim, sabia? - lhe questionei e ela sorriu.
- Você merece todas as canções de amor desse mundo. - selou nossos lábios - Quando a gente subir, vou cantar pra você.
- Show particular? - perguntei com as nossas bocas praticamente coladas. Ela concordou com a cabeça e eu iniciei um beijo calmo, mas com desejo. Quando ela iria apertar a minha cintura, escutamos a voz do meu cunhado.
- Eca, que nojo. - nos afastamos e abrimos os olhos, vendo ele com as mãos sobre sua visão e uma careta de nojo. Gargalhei com a cena e me ajeitei na rede, ficando totalmente sentada.
- O que você quer, pirralho? - Ludmilla perguntou também se sentando e colocando os pés no chão, para lançar a rede.
- Eu queria chamar vocês pra comer alguma coisa. - falou tirando a mão dos olhos - Um lanche, uma pizza, um açaí, alguma coisa sabe? A mamãe disse que não vai fazer janta e a Lulu saiu com o Marcos, pra ir comer japonês.
- Nossa, agora me deu vontade de comer um Mcdonald's, batata frita, com coca cola gelada e de sobremesa um mil shake. - falei e passei a língua pelos meus lábios.
- Específica. - Ludmilla disse me olhando - Mas também quero comer. Podemos pedir pra comer por aqui, ou vocês querer ir comer lá?
- Eu queria ir lá. - Yuri falou com um bico nos lábios e Ludmilla em olhou, eu concordei com a cabeça, dizendo que também era a minha vontade e ela se deu por vencida.
- Dez minutos pra gente se arrumar. - falou se levantando e eu e o menino fizemos uma dança de comemoração - Seus bobos.
Pov' Ludmilla
Subi as escadas em direção ao meu quarto ainda refletindo sobre a minha conversa com a Bru. Eu nunca tive dúvida do nosso amor, na verdade de tudo, isso era o que eu sempre tive a maior certeza. Talvez eu realmente esteja exagerando em relação ao Lorenzo e é a hora de deixar essa história de lado e pensar apenas no amor.
Entrei no closet a procura de uma peça de roupa para usar e fui surpreendida pelas mãos pequenas da doutora em volta da minha cintura. Sorri com seu carinho e continuei a caminhar até chegar na sessão de roupas coloridas. Peguei uma camisa vermelha e uma calça branca. Antes de vestir, fiz questão de escolher a roupa da mulher que ainda me segurava.
- Eu preciso trazer mais roupas. - comentou ao ver que a maioria das suas roupas que estão no meu closet, são camisas minhas ou coisas que ela esqueceu de levar para o seu apartamento de São Conrado.
- Você precisa é morar aqui de vez. - falei ao abotoar minha calça e ajeitar a blusa que tinha ficado amarrotada - Não vejo a hora disso acontecer.
- Você iria adorar, né. - falou sapeca e eu concordei com a cabeça - Mas isso não vai acontecer tão cedo. Você sabe que eu tenho vergonha da sua mãe e se depender de mim a gente só mora juntas quando você me pedir em casamento.
- Oras, então vai ser eu que vou te pedir em casamento? - perguntei e ela concordou - Ah, Bru, mas porque? - perguntei com voz de criança.
- Eu te pedi em namoro, amor. Nada mais justo do que você me pedir em casamento, não acha? - falou enquanto ajeitava o seu cabelo na frente do espelho.
- Não acho, mas tudo bem. - suspirei - E isso de só morar juntas no casamento, é sério mesmo? Eu odeio quando você se despede dizendo que precisa ir embora.
- Ah, amor, eu não sei. Não é só vim morar juntas, tem toda uma questão. Eu também tenho família. - sorriu - Miriam e Jorge devem surtar se eu dizer que estou saindo da casa deles.
- Mas você já saiu uma vez. - me referi a quando ela foi para Londres.
- Mas voltei. - me olhou pelo reflexo do espelho - Eu quero dizer que não é só eu juntar minhas coisas e vim morar com você, tem outras questões, você não mora sozinha, tem a sua mãe e seus irmãos, não quero invadir a privacidade deles. E ainda acho cedo pra isso acontecer.
- Minha família te adora, acha mesmo que você atrapalha a privacidade deles? - questionei sarcástica - E porque acha cedo? Não confia no nosso relacionamento?
- Isso é o início de briga? - questionou e eu neguei com a cabeça - Eu confio no nosso namoro o suficiente para morar com você, mas não sei se estou preparada para isso. É apenas isso.
- Entendi. - falei simples - Eu comprei uma casa, aqui na ilha mesmo, mas do outro lado. - expliquei e ela me olhou curiosa - É que lá eu vou poder deixar tudo do jeito que eu quero. Vou poder personalizar com o meu gosto, não vai ser igual essa que eu comprei pronta. - falei.
- Se você está feliz, é isso que importa, Lud. - sorriu e depositou um beijo na minha bochecha - Vamos descer, já demoramos muito e o Yuri deve estar morrendo de fome.
Pov' Yuri
Estava sentado no sofá da sala jogando meu novo jogo de vídeo game, quando escutei a voz da minha irmã e da minha cunhada vindo da escada. Pausei o jogo e olhei em direção a onde as vozes vinham e vi as duas, de mãos dadas e um sorriso no rosto. Um sorriso contagiante.
Minha irmã está usando uma calça branca e uma blusa vermelha, nos pés um tênis da nova coleção da Adidas. Já a Bru está com um shot jeans curto e uma camisa que eu julguei ser da Lud, pelo tamanho e nos pés uma sandália. Eu tenho muito orgulho delas.
- Vamos, cunhadinho. Estou doida pra comer o meu lanche. - Bru falou animada e eu desliguei o jogo, deixando a manete sobre o sofá, mesmo sabendo que minha mãe irá brigar.
- Pensei que tinham desistido demoraram muito. - falei me aproximando delas e ganhei um abraço apertado da médica.
- Aí Brunna, não dá confiança que é pior. - minha irmã falou, provavelmente com ciúmes - E vamos logo antes que eu mude de ideia e deixe os dois passando fome.
- Você não seria cruel a esse nível. - Brunna falou debochada e eu fiz minha melhor cara de santo.
Lud ainda reclamou, mas quando entramos no carro, ela colocou as músicas do seu DVD para cantar e fizemos um show até chegar no Mec mais afastado da região, que dessem privacidade o suficiente para minha irmã comer, pois sempre que saímos juntos ela tem que parar de comer toda hora pra tirar foto com alguém. Não que ela se importe com isso, mas as vezes é meio chato ela ter que engolir a comida em cinco segundos para ter que sorrir para a foto.
O lugar não estava muito cheio, mas também não estava totalmente vazio. Brunna escolheu a mesa em que iríamos sentar e eu apenas segui. Me sentei de frente para as duas que estavam discutindo sobre os melhores lanches. Fui o primeiro a pegar o cardápio e escolher o lanche que eu queria e os acompanhamentos, depois de mim, Lud escolheu e por fim a Bru que já levou os pedidos até a atendente. Quando ela voltou, engatamos em uma conversa.
- Como está o seu pai? - Lud questionou.
- Está bem. - falei simples - Ele estava querendo ir lá em casa um dia desse, mas a nossa mãe não deixou, disse que ele pode prejudicar o futuro dela.
- Prejudicar o futuro. - Brunna disse sugestiva e encarou a minha irmã. As duas pareciam se comunicar pelo olhar e isso me deixou curioso.
- Estão sabendo de algo que eu não sei? - perguntei e minha irmã foi rápida em negar.
- Não, Yuri, não viaja. - sorriu - Eu perguntei só porquê estou com saudades dele. Você sabe que ele teve muita importância na minha vida, foi como um pai pra mim.
- É, eu sei. Ele também fiz estar com saudades de você. - dei de ombros - Porque a gente não marca um rolezinho?
- Rolezinho? - Brunna segurou a risada - Desde quando você tem essas gírias, Yuri? Você não era um bebê?
- Eu sou um bebê. - falei fingindo - A Lud que me ensina essas coisas, Bru. - culpei minha irmã que me lanchou um olhar bravo.
- Você é insuportável, juro. - resmungou.
Falamos sobre diversos assuntos, desde os shows da Lud, ao consultório da Bru, sobre a minha escola e claro que não deixarem de me perguntar sobre as namoradinhas. Agradeci ao lanche por ter chegado nesse exato momento de ter me poupado de responder essa pergunta.
Durante a refeição a gente só comentava o quanto tudo estava gostoso e o quanto a Bru precisa se controlar quando o assunto é refrigerante, porque só ela, tomou 2 litros sozinha. SOZINHA. E eu me perguntei como ela tem esse corpo, por tomar isso tudo de açúcar, se fosse eu, já tinha mais de 200kg.
Depois do Mec, fomos até uma sorveteria e tomamos sorvete. Para só então voltar pra casa. Eu já estava cochilando no banco de trás, e fui acordado pela Lud que me deu um cutucão e minha primeira reação foi puxar o seu cabelo, resultando em uma briga e eu correndo para o meu quarto, enquanto grito agradecendo a Bru pela companhia de hoje.
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Não esqueçam de comentar o que foi perguntando lá em cima!
(Creio que esse seja o último capítulo desse fim de semana, amanhã tenho um casamento e um aniversário para ir e não terei tempo de postar). Beijos!
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