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Medo

Pov' Ludmilla

Meus dias estão passando em um piscar de olhos. Minha agenda está ficando cada vez mais cheia e está começando a ficar difícil conciliar isso com a minha vida pessoal. Hoje mesmo, em pleno dia dos namorados, estou em Campo Grande, fazendo um desfile para uma marca nacional, rodeada de pessoas famosas e sem graça, enquanto tudo que eu queria era estar ao lado da Brunna, em qualquer lugar, comemorando o nosso amor.

Quando eu digo que estou rodeada de pessoas famosas e sem graça, não é mentira. Uma música clássica está tocando em um volume baixo, enquanto pessoas desfilam sobre o longo tapete vermelho, amostrando a nova coleção da marca. Ninguém se quer ousa a trocar um palavra, além de mim e o Marcos e mesmo assim, não faz com que esse momento se torne menos embaraçoso. Dei um último gole na minha taça, acabando com o champanhe que tinha ali. Rapidamente um garçom passou por ali, retirando o objeto da minha mão e levando até a cozinha.

Cruzei as minhas pernas e voltei a minha atenção até a modelo que vestia uma roupa longa, que poderia ser considerado tudo, menos algo de marca, e esse meu pensamento me arrancou uma risada sincera. Tão sincera que algumas pessoas a minha volta me olharam, repreendendo o meu comportamento. Inclusive o próprio Marcos que tenho certeza, que se não fosse pelas câmeras, ele havia me batido. Ao me recuperar, fiz uma breve aceno de perdão e me ajeitei na cadeira.

- Quando a gente for embora, eu vou te matar, Ludmilla. - o moreno falou ao pé do meu ouvido e sorriu, para fingir estar falando sobre algo do evento.

- Prefiro ir embora agora e ser morta por você do que ser obrigada a aguentar essa tortura por mais dez minutos. - resmunguei - Nunca mais irei a um desfile. Poderá ser até a Beyoncé desfilando.

- Não seja mentirosa, não está tão chato assim. - me olhou - A única coisa que você fez até agora foi tirar fotos e tomar champanhe. Essa é a meta de vida de qualquer pessoa em sã consciência.

- Marcos, olha bem pra essas roupas. - apontei discretamente para um homem que usava uma camisa tão larga que caía sobre seus ombros e deixava seu peito a mostra - Acha que alguém em sã consciência iria vir a um desfile para usar isso? - questionei - Por favor, essa pessoa tinha que no mínimo estar bêbada, e é por isso que estou tomando um champanhe. - levantei a mão para que o garçom deixasse mais uma taça sobre a nossa mesa.

- Você não vale nada. - disse segurando a risada que ameaçava a cortar sua garganta - Iremos ter um jantar depois desse desfile.

- Fala sério, Marcos? - resmunguei - Eu não estou afim de fazer seu papel de namorada. Eu quero ir pro Rio, matar a saudade da Bru.

- Não é um jantar comigo, idiota. - revirou os olhos - É com pessoas importantes. Tipo as que estão desfilando nesse exato momento. Então por favor, não faça nenhuma vergonha.

- Isso era tudo que me faltava. Ser torturada pelo resto da noite. - fechei os olhos e suspirei profundo, vendo a imagem da médica em minha cabeça. Quanta saudades - Pelo menos vai ser em um restaurante bom, não é? - questionei e ele concordou com a cabeça.

O champanhe estava extremamente gelado, do jeito que eu gosto. Dei mais um gole e voltei a minha atenção para o centro do salão de festas, vendo agora uma criança se apresentar. Era um menino, que eu julguei ter cinco anos. Um sorriso engraçado estava em seus lábios, enquanto ele andava com as roupas de desenho animado. Me contagiei com a alegria do menino e abri um sorriso com essa cena e por um breve minuto, eu imaginei um fruto do meu amor com a Brunna.

Esse assunto nunca foi conversado ao certo entre nós duas, mas eu sempre soube que ela amava crianças e quer ser mãe. Pela minha parte, não sou muito diferente, mas não sei em qual momento da minha vida eu estou apta para ter um filho. Por exemplo, se eu tivesse um filho nessa fase da minha vida, ele estaria a exatamente dezessete dias sem me ver. E isso seria horrível. Horrível ao ponto de eu me sentir a pior pessoa do mundo.

Pov' Brunna

Finalmente a sexta feira chegou. Todos os meus pacientes já foram atendidos e nesse momento eu estou dando a última volta na chave, fechando a porta de vidro do consultório. Ao meu lado está a secretaria, na qual eu prometi que lhe deixaria em casa após esse dia caótico. Sorri timidamente em sua direção e deixei com que ela entrasse no elevador a minha frente. Após isso eu apertei o botão do solo e me encontrei em uma das paredes geladas.

Pela primeira vez no dia, retirei meu celular de dentro da bolsa e verifiquei as mensagens. Não haviam nenhuma que me chamasse a atenção. Ludmilla estava desde a madrugada comprometida em um evento na cidade em que ela está e pelo jeito até agora não teve um tempo para me enviar um "feliz dia dos namorados". Não me incomodei ao fato de não ter recebido uma mensagem sua, até porque o que mais me incomoda é essa saudade da sua presença.

Fui tirada dos meus pensamentos com as portas do elevador se abrindo, relevando uma noite no Rio de Janeiro. Poucas pessoas andavam nas ruas com seus presentes na mão. Me despedi do porteiro com um breve aceno e caminhei até a garagem, procurando em minha bolsa, as chaves do carro da Lud, que estou usando esses dias que ela está fora, porque além de acomodar tudo o que uso no meu dia a dia, é a forma de matar um pouco da saudade dela.

Natália, a secretaria, deu a volta no carro e se sentou ao meu lado, no banco do passageiro. Com cuidado, para não perder a carteira de motorista, que eu ainda nem tenho, tirei o carro da garagem e dei partida em direção a casa da mulher, que parecia estar aflita. Enquanto o carro andava, coloquei o cinto de segurança e liguei o rádio em um volume ambiente, tentando cortar aquele silêncio, mas isso não foi o suficiente, então eu puxei assunto.

- Você parece estar ansiosa. - falei direto ao ponto e ela soltou uma risada baixa, como se concordasse com o que eu tinha dito - Quer contar o que aconteceu?

- Ainda irá acontecer. - falou animada e eu sorri com seu ato de bater as mãos umas nas outras, mostrando sua animação - Quero saber o que meu namorado comprou para mim.

- Está colocando muita expectativa em um presente, Natália. - dei de ombros - Talvez o seu maior presente seja ele. - disse e ela me olhou - Eu quis dizer que nenhum presente se compara com a sorte de ter alguém ao seu lado, entende?

- Claro que eu entendo, e sou extremamente grata por ter ele na minha vida. - suspirou feliz e eu puder ver o amor em seus olhos - Porém, ele deixa a desejar, as vezes.

- Ninguém é perfeito. - sorri sincera e parei o carro em um sinal vermelho - Mas eu tenho certeza que ele vai preparar uma surpresa pra você, afinal é o dia dos namorados, não é? - ela concordou com a cabeça.

- Também está ansiosa com o presente da sua namorada? - perguntou depois de um longo tempo em silêncio.

- Ludmilla não está aqui. - forcei um sorriso, tentando ao máximo fingir que estava tudo bem sobre esse assunto - Mas quem sabe quando ela voltar não tenha essa troca de presentes...

- Deve ser horrível namorar alguém instável. - me olhou curiosa - Você não sente medo?

- Medo? - questionei curiosa - Exatamente do que?

- Dessa distância, das pessoas que sempre estão ao lado dela, da vida corrida, de tudo isso. - se ajeitou no banco, parecendo estar curiosa com a minha resposta, e eu nao estava diferente dela. Na minha cabeça tentei formular essa resposta, mas apenas suspirei e concordei com a cabeça.

- Eu tenho, mas amo ela.

Essa foi a nossa última conversa antes de eu estacionar o carro enfrente a sua casa e ela me agradecer pelo favor. Acenei em sua direção e dei partida no carro, indo em direção a São Conrado. Fiz o trajeto de forma rápida e quando estacionei o carro na vaga do apartamento, o relógio estava marcando nove horas da noite. Peguei minha bolsa no banco traseiro do carro e chamei o elevador, que me levou até meu andar.

Não havia ninguém em casa. Todos já estavam em seus jantares romântico. Isso me confortou - nem tanto - Subi em direção ao meu quarto, onde deixei as minhas coisas e tomei um longo banho de água gelada, tentando me livrar do dia agitado que tive hoje. Vesti meu melhor pijama e me joguei sobre a cama de casal, após ligar o ar condicionado. Tirei meu celular da bolsa e abri a tela de notificação, vendo que haviam apenas mensagem de meus amigos.

No Instagram, vi que várias pessoas estavam postando suas declarações e resolvi em uma das raras vezes, postar algo para Ludmilla e a marcar, deixando meu perfil aberto por milésimos de segundos e já recebendo quase quinhentos mil seguidores - e provavelmente eu irei me arrepender de ter feito isso - Passando pelos perfis, vi que meu cunhado tinha postado uma foto com a minha namorada e umas outras pessoas em um jantar.

Pov' Ludmilla

- Mas então, você gostou do desfile? - escutei um dos modelos me perguntarem e pude ver Marcos me fuzilar com o olhar, esperando uma boa resposta.

- Amei. - forcei um sorriso - Foi perfeito, com certeza eu irei voltar mais vezes.

Se todas essas pessoas me conhecessem um pouco, ficaria nítido a minha ironia e o meu sarcástico nessa frase. Todos ficaram muito felizes com a minha resposta e o jantar continuou tranquilo. Em uma certa hora da noite - em que já estava muito tarde, pois a maioria das pessoas já tinham ido embora do restaurante e os garçons estavam quase expulsando dla gente - Resolvi ligar o meu celular, vendo uma chuva de mensagens, marcações e fotos.

O nome da Brunna foi o mais importante entre todos os que estavam ali, e foi a primeira notificação que eu abri, vendo que ela havia postado uma foto nossa, com um simples "feliz dia dos namorados, para a melhor namorada que eu poderia ter". Sorri e me senti a mulher mais feliz do mundo. Fui rápida em respostar sua marcação e também postar uma outra foto a agradecendo por tudo. Aproveitei e lhe enviei uma mensagem de áudio, perguntando se ela já havia dormido e se poderíamos conversar um pouco.

- Lud, vamos embora? - escutei Marcos me perguntar em um tom calmo e eu levantei o meu olhar - Já está tarde e o nosso vôo sai amanhã bem cedo, você precisa descansar.

- Claro. - suspirei aliviada - Vamos nos despedir e ir embora.

Eu poderia ter feito uma despedida coletiva, mas cumprimentei um por um e segui meu irmão até o carro. Quando adentrei o banco do passageiro, recebi a resposta da minha Bru, dizendo que eu poderia ligar e assim eu fiz, ficamos o trajeto todo conversando sobre o nosso dia e tentando matar um pouco da saudade, mas algo me fez sentir que ela não estava completamente bem.

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ainda tem alguem aq pra ler? kk

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