Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Justificação Plausível

5 dias depois...

Pov' Brunna

Meus atestados acabaram e hoje eu retorno a minha rotina intensa de atendimentos. Até que eu estava sentindo muita falta de passar noites sem dormir, sentir aquela adrenalina de atender um paciente em estado grave e também receber um sorriso em meio a lágrimas com a seguinte frase: "doutora, você salvou a minha vida". Eu realmente nasci para isso.

São oito horas da manhã e eu ainda estou na casa da Ludmilla. Ela acordou a pouco tempo e me contou o sonho que teve. Segundo ela, nós estávamos em uma lancha indo viajar por todo o oceano. Gargalhei com a sua idéia e comecei a me arrumar, enquanto ela ainda criava coragem para começar seu dia. Tomei um banho gelado e me vesti com as minhas roupas que estavam por ali.

Guardei tudo o que iria precisar para o dia na minha mala de equipamentos e dobrei o meu jaleco que a Nete fez questão de lavar nesses dias que se passaram. Já estava tudo pronto, então só me restava tomar o café da manhã. Esperei com que Ludmilla fizesse sua higiene e só então desci juntamente com ela, para a cozinha da sua casa, que por mera coincidência estava praticamente vazia. Apenas Nete terminava de fazer uma vitamina de morango.

- Bom dia, minhas queridas. - a senhora abriu um sorriso aberto, ao ver a gente no seu lugar de trabalho - Acordaram cedo hoje.

- Bom dia, Netinha. - Ludmilla se afastou de mim e caminhou até a mulher, depositando um beijo em sua testa - Hoje a Bru volta a trabalhar, por isso acordamos agora.

- E como se eu adivinhasse, fiz um café bem recheado. - olhou em minha direção - Tem tudo que você gosta de comer e muito mais

- A senhora é perfeita, Nete. Já disse que te amo hoje? - me sentei a mesa e ela negou com a cabeça - Pois bem, eu te amo.

- Assim eu fico com ciúmes. - Ludmilla semi cerrou os olhos e eu gargalhei - Deixa vocês comigo. Qualquer coisa suspeita eu começo a investigar.

- Deixa de ser boba, Lud. - chamei ela para se sentar ao meu lado - Vou comer rapidinho que eu tenho que chegar lá em trinta minutos.

- Poderia ter pegado mais uns dias de folga, né amor?! - a cantora me serviu com torradas e geleia de goiaba - Pra descansar mais.

- Eu já descansei muito, vida. - me servi com o suco de limão - Estava quase voltando pra lá, antes do atestado acabar. - sorri simples.

- Só você mesmo. - ela negou com a cabeça - E você está bem pra voltar? - ela me perguntou preocupada e eu concordei com a cabeça, até porque eu estou ótima - Você tem certeza?

- Tenho muita certeza, Lud. - falei depois de mastigar - Eu terminei de tomar os remédios que o Hugo passou. Já estou melhor.

- Lembra que ele disse pra começar um acompanhante com um médico específico, não é? - ergueu as sobrancelhas - Vou pedir minha mãe para marcar pra você.

- Ludmilla, por favor. - resmunguei - Eu estou ótima, ok? E caso eu precise desse acompanhamento, a minha mãe vai marcar.

- Vou concordar pra gente não discutir logo cedo. - falou emburrada - Quer que eu te leve?

- Se eu disser que não, você vai ficar brava comigo. - dei de ombros - Mas aí você vai ter que me buscar amanhã.

- Isso não é um problema. - fez um biquinho com os lábios e minha vontade era de guardar ela em um potinho, pra ninguém encostar, ou machucar - Sabe o que eu estava pensando?

- No que, amor? - questionei curiosa.

- Se antigamente os seus pacientes já eram loucos com você. Agora que você é toda famosinha, eles vão ficar pior. - segurei a risada com sua observação.

- Se isso for ciúmes, você não precisa se preocupar. Eu só tenho olhos pra você!

Terminarmos de tomar o café em silêncio, para que eu não me atrasasse. Realmente eu comi tudo o que tinha ali e guardei algumas torradas para comer no meu horário de café. Agradeci Nete pelo carinho de ter feito tudo o que eu gostava e segui para a área externa, esperando Ludmilla tirar o carro da garagem. Arrastei minha mala até o porta malas da BMW roxa e a guardei. Dei a volta no carro e me sentei no banco ao lado da cantora.

Ela fez o trajeto muito concentrada e era de se admirar. Admirar tanto, que pela primeira vez, por conta própria, eu tirei uma foto sua e postei no meu Instagram. Embora ninguém fora do nosso meio social teria acesso a isso, eu quis registrar esse momento que ao meu ponto de vista, é uma dos melhores. Sua sobrancelha franzida e vez ou outra, um palavrão saindo da sua boca, quando algum motorista não dá seta para virar alguma rua.

Chegamos no hospital as nove horas da manhã. Me despedi da cantora com um beijo calmo e demorado, prometi a ela que responderia suas mensagens sempre que tivesse tempo e desci do carro. Peguei a minha mala e dei um último "tchau, mô", pela janela, antes de adentrar o hospital. Estava tudo muito calmo, talvez pelo horário. Tive tempo de cumprimentar alguns colegas de trabalho antes de ir bater o meu ponto. Enquanto eu fazia isso, senti uma mão pesada ser apoiada em meu ombro e me virei assustada, vendo o Doutor Luís, meu supervisor, com um sorriso triste nos lábios.

- Bom dia, Brunna. - ele me cumprimentou e eu sorri abertamente - Sei que chegou agora, mas eu gostaria de conversar com você.

- Bom dia, Luís. - terminei de fazer o que eu estava fazendo antes dele chegar - Não tem nenhum problema. - sorri - Na sua ou na minha sala?

- Na minha. - disse simples, antes de andar em direção ao corredor mais afastado da recepção. Caminhei logo trás dele e adentrei a sala que já estava com a porta aberta.

- Aconteceu alguma coisa? - questionei.

- Senta-se primeiro, Brunna. - apontou pra cadeira a sua frente e assim eu fiz - Você está melhor? Hugo me contou o que houve a umas semanas atrás.

- Eu estou bem. - cruzei minhas pernas - Foi só um momento de estresse. Ele me atendeu muito bem e passou ótimos medicamentos.

- Fico feliz que surtiu efeito. - sorriu - Mas eu não te chamei aqui por isso. - se ajeitou na cadeira e o sorriso sumiu do seu rosto - Eu não queria estar aqui, tendo essa conversa com você. Gostaria de deixar isso bem claro, antes de qualquer coisa.

- Você tá me assustando, Luís. - forcei um sorriso - Pode me dizer o que aconteceu?

- Então, Brunna. - ele pareceu pensar em como iria falar - Você sabe que por mais que estamos em um hospital público, temos um diretor geral, não é? - concordei com a cabeça - Pois então, ele entrou em contato comigo nessa última segunda-feira, para falar sobre você.

- Sobre mim? - questionei confusa.

- Sim. - ele suspirou - Disse que andou vendo as últimas notícias que saíram sobre o seu relacionamento com a Ludmilla. - falou me olhando - Disse também que está bastante preocupado disso prejudicar a imagem do hospital.

- Porque prejudicaria? - me ajeitei na cadeira - Acho que todo mundo aqui sabe o quão profissional eu consigo ser e que se isso depender de mim, jamais acontecerá.

- Eu sei disso, Brunna. - sorriu fraco - Mas ele não sabe. Não está aqui no hospital todos os dias. Te conhece apenas pela sua formação e agora por essas notícias.

- E onde ele quer chegar com isso, Luís?

- Ele pediu pra mim te avisar que você está sendo afastada dos nossos serviços. - falou triste.

- Afastada? - questionei em um tom de voz alto, mas rapidamente me controlei - Ele está me demitindo?

- Praticamente. - desviou nossos olhares - Ele quer zelar pelo bem do hospital e também dos pacientes.

- Isso só pode ser brincadeira. - soltei uma risada sem vontade - Ele está me demitindo por uma idiotice. Primeiramente que ele nem me conhece e segundo que isso não é uma justa causa.

- Eu concordo com você, Brunna. Tentei conversar com ele. Retornei a ligação hoje pela manhã, mas ele não me atendeu. Apenas enviou uma mensagem dizendo que está irredutível sobre esse assunto. - explicou.

- Luís, tudo bem ele querer me demitir, mas eu preciso de uma justificação plausível, pra isso. - argumentei - Ele não pode simplesmente chegar e dizer que está me demitindo por causa do meu relacionamento. Ou ele é homofóbico, ou ele é incompetente e não sabe pensar direito.

- Eu sinto muito por isso. - ele disse depois de um longo tempo em silêncio - Eu só estou te passando a informação que ele mandou. Por mim, uma coisa não tem nada a ver com a outra. Quem você é aqui dentro, não tem nada a ver com quem você é lá fora.

- Isso é muita covardia. - falei por fim - Mas não tem problema. - me levantei - Ele vai se arrepender muito por isso.

- Eu não estava de acordo com isso, Brunna. Acho que ninguém aqui estava. - ele se levantou junto comigo - Mas não estava sobre o nosso controle.

- Está tudo bem, Luís. - forcei um sorriso - Eu tenho que agradecer você pela oportunidade que me deu, aprendi muito com toda essa equipe. - agradeci e ele negou com a cabeça.

- Isso não é uma despedida, por favor. Eu odeio despedidas. - me abraçou rápido - Tenho certeza que vamos nos encontrar em uma nova oportunidade.

- Claro que vamos. - procurei pela minha mala - Acho que ficou algumas coisas minha por aqui.

- Clarice fez questão de juntar tudo e deixar aqui. - se referiu a secretária e caminhou até uma das gavetas do armário e pegou uma caixa mediana - Diz ela que guardou tudo. Até as suas fotos.

- Obrigada por isso. - peguei a caixa de suas mãos - Então é isso, né? - ele concordou com a cabeça - Tô indo lá, até qualquer dia.

Eu ainda estava com raiva, triste, chateada e confusa. Mas não queria demostrar isso. Caminhei pelo mesmo corredor que antes e dessa vez não fiz questão de bater meu ponto. Apenas acenei para a recepcionista que me mostrou um sorriso triste e fui para a área de fora para o hospital. Eu poderia ligar pra Ludmilla e pedir ela para me buscar, mas eu só queria o conforto da minha casa. Então pedi um Uber que chegou em menos de dez minutos.

O caminho até minha casa foi sem graça. Foi entediante e agoniante. Eu ainda não estava acreditando que ele usou o meu namoro de desculpa para me demitir. Isso ainda não fazia sentido na minha cabeça. Eu estava tão aérea que precisou do motorista me alertar que tínhamos chegado. Paguei ele e peguei as minhas coisas, adentrando o prédio que estava sem porteiro. Subi de elevador e logo cheguei no meu apartamento. Encontrando Gabriela fazendo a faxina do dia, enquanto minha mãe ajeitava os seus quadros.

- Ainda não acostumei de te ter como uma visita. - Miriam comentou assim que me viu e eu forcei um sorriso - Brigou com a Lud?

- Não, mãe. - falei rápida - Eu só queria vim em casa. Ver como vocês estão e descansar um pouco. - falei simples.

- Tenho até medo de quando você aparece por aqui. Está sempre acontecendo alguma coisa. - falou preocupada e eu percebi que realmente era verdade - Mas já que está dizendo que não aconteceu nada, tudo bem. Já tomou café?

- Sim, na casa da Lud. - falei simples - Cadê o Brunno? Trouxe um negócio para ele da viajem que fiz.

- No quarto dele. - falou simples e eu agradeci, antes de subir as escadas em direção ao quarto do meu gêmeo. Bati duas vezes na porta e escutei um "entra".

- Mas é muito vagabundo mesmo, né? - falei quando vi ele deitado na cama, com as pernas na parede e jogando algo no celular.

- Ih, se eu soubesse que era você, não tinha deixado entrar. - revirou os olhos - O que tá fazendo aqui?

- O apartamento também é meu. - falei adentrando o quarto - E eu vim trazer um negócio pra você.

- Negócio pra mim? - desligou o jogo e se sentou na cama - É o que? Um vídeo game novo?

- Sério que você tem vinte nove anos? As vezes não parece. - revirei os olhos - É um boné que tinha em uma loja lá de São Paulo. Lembrei de você, quando vi. - tirei o acessório da mala e entreguei em sua mão.

- Caralho, que maneiro. - ele pegou o boné que mudava de cor, quando passava a mão sobre ele - Pô, obrigado por ter lembrado de mim. Sabe que eu te amo né?

- Eu também te amo. - sorri - E por nada.

- Mas e aí, agora de verdade mesmo, porque tá aqui? Brigou com a Ludmilla? - questionou.

- Porque todo mundo está me perguntando isso? - questionei irritada.

- Porque você está praticamente morando por lá. Para estar aqui, alguma coisa aconteceu. - deu de ombros.

- Não aconteceu nada entre eu e ela. - me sentei na sua cadeira gamer - Ela me levou pro hospital, meu atestado acabava hoje. Mas aí eu fui demitida.

- Demitida? - perguntou assustado e eu concordei com a cabeça - Como assim? O que você fez? Matou alguém? Brigou com um paciente?

- Não. - segurei a risada - O diretor disse que o meu relacionamento poderia prejudicar o hospital. Ai preferiu me demitir.

- Calma... Ele te mandou embora por causa da Ludmilla? - perguntou.

- Não exatamente por causa da Ludmilla. Mas por causa do meu namoro com ela. - expliquei.

- Que caralho, em. - me olhou assustado - E agora? O que você vai fazer?

- Não sei, irmão. Eu tô confusa e um pouco tiste. Não queria que isso tivesse acontecido, sabe? Eu tava feliz trabalhando lá. - suspirei pesado - Ainda não tive tempo de chorar, mas quando eu tiver, irei fazer.

- Calma, irmã. Quem sabe agora não seja a oportunidade perfeita pra você abrir seu escritório? - questionou oferecido.

Passei minutos conversando com ele, até a Ju lhe enviar uma mensagem chamando para ir na casa dela e eu deixei ele se arrumar pra ver a namorada. Me direcionei até o meu quarto e me joguei na cama de casal. Como eu contaria isso pra Ludmilla sem fazer ela se sentir culpada?

Como eu contarei pra Ludmilla sem fazer ela se sentir culpada?

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro