Diamante
Maratona 4/7
Pov' Brunna
Minha intenção era passar o entardecer ali na Praia, mas chegou uma certa hora que algumas pessoas reconheceram a Ludmilla e antes que aquilo se tornasse uma multidão, ela decidiu ir embora para casa. Não contestei e a segui um pouco distante, até chegarmos em sua casa de aluguel.
Deixei com que ela tomasse banho primeiro e como ela demora muito, já adiantei o pedido do nosso jantar e separei nossas roupas para usar nessa noite. Depois de dez minutos descobri que haviam mais de dois banheiros na casa, e logo fui tomar meu banho. Vesti um vestido longo azul e branco, calcei uma rasteirinha e fiz uma leve maquiagem.
O pedido chegou antes da morena sair do seu banho, então já coloquei a mesa e apenas fiquei ali esperando ela descer as escadas. Me distrai com uma decoração da casa e me assustei com um par de braços agarrando minha cintura e uma boca beijando meu ombro exposto. Eu poderia me afastar, mas pelo perfume, tive a certeza que era o amor da minha vida.
- Hoje é uma noite especial? - ela questionou em um tom sexy e eu me virei, para olhar em seus olhos.
- Todas as noites são especiais com você, meu amor. - sorri - Mas hoje é ainda mais. "Preparei" o nosso jantar. Estava apenas te esperando.
- Desculpa a demora, eu me perdi no tempo enquanto compunha uma música. - sorriu - Mas pode me dizer, o que está planejando?
- Primeiro o jantar, depois a surpresa. - sorri sapeca e lhe guiei até uma das quatro cadeiras da mesa - Fique a vontade. - puxei para que ela pudesse sentar.
- Obrigada, amor. - agradeceu. Dei a volta na mesa e me sentei de frente para ela - Você está muito linda, sabia?
- Eu tenho que estar a sua altura, vida. Você sempre está perfeita. - me ajeitei - Inclusive está assim agora.
- Nós somos muito bregas. - gargalhou e eu lhe acompanhei - Qual é o cardápio da noite?
- Espaguetes a bolonhesa, com mignon na chapa e salada de cogumelos. - respondei - Fui eu quem fiz. - brinquei.
- Acho que você pode deixar a medicina e engatar no ramo da gastronomia. - seguiu na brincadeira - Comprou até vinho.
- Me deu vontade de beber hoje cedo, quando a gente conversou. - peguei a garrafa e abri com certa dificuldade - Aceita?
- Com certeza. - estendeu a taça em minha direção e eu servi boa quantidade do líquido alcoólico - Hoje realmente é uma noite especial, então.
- Muito especial, vida. - sorri - Vamos comer?
- Fique a vontade. - ela deixou eu me servir primeiro.
Peguei um pouco de cada coisa que estava sobre a mesa e em seguida ela fez o mesmo. Eu estava tão nervosa e ansiosa que nem sentindo fome eu estava, mas não poderia deixar com que ela percebesse esse detalhe. Então como uma boa atriz, me alimentei e fui a primeira a acabar. Sobrando apenas o vinho para tomar.
Ludmilla parecia estar adorando a comida, pois demorava cerca de cinco minutos mastigando cada garfada e isso me deixava aflita, porque desse jeito a entrega das alianças vai acontecer de madrugada e eu vou perder todo o discurso que fiz. Embora eu já tenha dito tudo no dia que ela me pediu em namoro.
Dei um longo gole no líquido e balancei a taça antes de colocar de volta sobre a mesa. O celular da cantora começou a tocar e ele fez uma pausa na refeição para caminhar até o sofá e pegar o aparelho que vibrava incessantemente.
- Oi, Marcos. - escutei ela atender - Estou bem sim, tô em Angra. - fez uma pausa - Com a Bru, uai. - me olhou - Decidimos hoje cedo e viemos sozinhas. - se sentou - Sim, sozinhas, de moto. - respondeu - Não sei, provavelmente vamos voltar hoje de madrugada ou amanhã bem cedo, ainda não sei. - o irmão falou algo do outro lado da linha - Pode deixar, não vou me atrasar, fica tranquilo. - revirou os olhos - Posso desligar agora? Estou no meio de um jantar romântico. - sorriu - Beijos, tchau.
Ela desligou o celular e deixou no mesmo lugar de antes. Veio em minha direção com um olhar de "me desculpa", apenas neguei com a cabeça e abri um sorriso. Dei mais um gole no vinho, terminando tudo que estava na minha taça e decidi lhe perguntar qual era o problema da vez.
- Você tinha algum compromisso para hoje? - questionei.
- Não. Era só o Marcos preocupado com a gente. Disse que deveríamos ter vindo com mais pessoas, para caso acontecesse alguma coisa. - respondeu depois de mastigar tudo que tinha na boca.
- Disse a ela que está tudo bem? Porque daqui a pouco ele proíbe a gente de sair juntas. - sorri.
- Ele não é nem louco de fazer uma coisa dessa, Bru.
Enquanto ela finalizava o prato, me servi com mais uma taça de vinho e fiquei a observando. Ludmilla tem os traços do rosto alinhados e a boca perfeitamente desenhada. Seu sorriso é a sua identidade. Toda vez que ela abre a boca para sorrir, é como uma criança, pura, feliz e ingênua.
Suspirei emocionada e dei mais um longo gole no vinho. A essa altura eu já havia bebido uma taça e meia, e daqui alguns minutos tudo vai começar a rodar e ficar divertido. Então me apressei para pedir licença, dizendo que iria ao banheiro e fui até o quarto, buscar a caixa com as alianças.
Quando desci, Lud já tinha terminado de comer e estava sentada no sofá, com as pernas cruzadas e a taça na mão, observando um ponto fixo no chão. Chamei sua atenção com um raspar de garganta e me sentei ao seu lado. Ela abriu os braços para me ajeitar em seu peito e assim eu fiz.
- Pode me dizer qual é a surpresa agora? - com maestria, ela rodou o líquido na taça e deu mais um gole.
- Posso. - suspirei com um meio sorriso no rosto - Você sabe que a gente namora, não é?
- Sei, vida. - sorriu divertida - Eu te pedi em namoro há duas semanas. Não me diz que já quer terminar comigo...
- Não, maluca. - falei séria - Você se lembra qual foi o nosso combinado? - questionei e ela me olhou confusa - Sobre o pedido, as alianças...
- Ah, claro, me lembro sim. - ela me olhou - Eu te pediria em namoro e você compraria as nossas alianças. Diferente da última vez.
- Sim, isso mesmo. - abri a minha mão que contém as alianças - Hoje eu comprei as nossas alianças. Por isso preparei esse jantar especial para nós.
- Bruuuu. - arrastou o meu nome e fez um bico com os lábios - Que fofa!!! Eu estava pensando que você iria me enganar e no final as contas, nem usaríamos alianças.
- Eu demorei porque estava pesquisando uma que você gostaria. - respondi - Demorei pra te buscar hoje porque estava na joalheira que tem lá no caminho da minha casa.
- Você planejou tudo. - sorriu - Eu não estava esperando por isso...
- Gostou? - questionei me ajeitando no sofá.
- Eu amei. - falou emocionada.
- Então abre. - entreguei a caixa - Vê se é do jeito que você gosta e se está na medida certa, porque tive base naquela mesma de dez anos atrás.
Pov' Ludmilla
As mãos da médica estavam trêmulas e geladas, um pouco do efeito do álcool, mas muito da sua ansiedade. Tentei tranquiliza-la com um beijo rápido e só então abri a caixa de cor vermelha, me deparando com duas alianças brilhantes, e um anel solitário com uma pedra rosa ao centro. Lindas.
Brunna me olhava com uma expectativa enorme e com os olhos brilhando. Com muita tranquilidade, retirei uma das alianças, a menor, e pedi por sua mão. Ela estendeu em minha direção e eu beijei o objeto antes de colocar em seu dedo anelar da mão direita. Fiz a mesma coisa com a solitária e entreguei a caixa, que ainda tinha a minha aliança, para que ela tirasse e colocasse em mim.
Assim ela fez e depositou um beijo por cima dos meus dedos. Ela me olhou sorrindo e eu lhe puxei para um beijo apaixonado. Era um beijo calmo, apenas de carinho, amor, cuidado e muita, muita, muita felicidade. Eu estou definitivamente completa.
Definitivamente completa. Com uma aliança de diamante na mão e uma mulher linda ao lado.
- Você gostou? - perguntou insegura, depois de encerrar o beijo.
- Eu amei, amor, não teria como ser mais bonita. - olhei para o acessório em minha mão e suspirei feliz - Muito obrigada por isso.
- Você não precisa agradecer, minha vida. Eu comprei para nós duas, para o nosso amor. - acariciou meu rosto - Sei que essa aliança não é uma garantia de fidelidade, mas eu juro que todas as vezes que olhar para ela, me lembrarei do meu compromisso com você e te amarei até o meu último dia de vida. Até a última batida do meu coração.
- Eu te amo tanto, Brunna Gonçalves. - colei as nossas testas - Você é muito mais do que eu pedi para Deus um dia. Eu serei eternamente grata pelo nosso amor.
Nos beijamos novamente e aproveitamos a noite que estava estrelada. Brunna bebeu sua terceira, quarta, quinta, taça de vinho e no fim da noite, já estava extremamente bêbada. Eu não estava muito diferente, porque além do vinho, bebi as cervejas de hoje cedo.
Tentamos ao máximo controlar nossos ânimos, mas quando percebemos já estávamos loucas, nuas, ofegantes sobre a cama de casal, depois de uma ótima rodada de sexo.
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Depois dessa capítulo, vai ser só ladeira, então comentem para que a maratona continue sendo postada.
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