Churras, Cerveja e Pagode
Antes de tudo, quero pedir desculpas pela demora a postar. Como algumas de vocês sabem, eu faço faculdade e minha rotina não é muito fácil. E essa semana, tive várias provas e esse foi o motivo do meu sumiço, mas prometo postar mais alguns capítulos nesse fim de semana. Beijo!
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Pov' Ludmilla
Em minha humilde opinião, o domingo é o melhor dia criado por Deus. Talvez seja porquê é o único que eu consigo descansar e ficar com a minha família. Essa semana foi intensa, fiz treze shows consecutivos, fiquei viajando por todos esses dias e só hoje retornei ao Rio de Janeiro. Fui recepcionada no aeroporto pelo Yuri e pela Luane, que me obrigaram a ir até uma sorveteria comprar um sorvete para eles, apenas para matar a saudade.
Cheguei em casa agora pouco e encontrei quase toda a minha família reunida no quintal de casa, fazendo um churrasco e tomando uma cerveja. Cumprimentei de forma rápida, todos eles e segui para o meu quarto, para tomar um banho. Acabei me distraindo com meu cachorro e demorei tempo demais no segundo andar da casa, e minha avó veio se certificar se estava tudo bem comigo. Vilma e suas preocupações.
Me apressei para tomar o banho e vesti um short jeans curto e uma blusa branca larga. Desci as escadas e cheguei no quintal, sendo oferecida uma cerveja. Abri a lata e me sentei ao lado do Marcos que mexia em seu celular e do meu tio, que insistia em fazer o meu afilhado, Michel, dormir, mas estava sendo uma missão impossível, já que o menino dava gargalhada cada vez que o pai tentava o ninar.
Por fim, o menino desistiu de ficar no colo do pai e veio até mim. Peguei ele no colo e decidi dar uma volta pela minha casa, com ele. O mostrei o aquário de peixes, a casa dos cachorros, a calopsita que havia ali e quando iria mostrar a tartaruga da Luane, ele pegou no sono. Provavelmente ficou entediado com as coisas que eu mostrei. Pensei em voltar com ele para o quintal, mas a música estava muito alta e poderia acorda-lo, então fui pro meu quarto e o deitei sobre a cama.
Minutos depois, Marcos apareceu com um prato cheio de carnes, feijão tropeiro, arroz e vinagrete. E como sempre, uma cerveja gelada na outra mão. Ele apagou a luz do quarto, ligou o ar condicionado e a televisão para só então caminhar até a cama e me entregar tudo que estava com ele. Como um pedido mudo, apenas com o olhar, ele ficou ali comigo. Me acompanhando.
- O tempero da vó é muito bom. - comentei após mastigar um pedaço de carne - O da mãe também é.
- Sim, muito. Já comi horrores, tô até com a barriga estufada. - resmungou - Vou precisar ir na academia essa semana.
- Nossa, faz muito tempo que eu não vou. Nem lembro quando foi a última vez. - falei sincera e suspirei - Esse mês a agenda foi tão apertada, que mal tive tempo de respirar.
- Não vejo a hora de tirar uma férias. Ir pra Miami com direito a praia, água de coco e baladas. - Marcos suspirou e eu gargalhei.
- Também não vejo a hora disso acontecer, mas temos muito trabalho até lá. - suspirei e voltei a observar o pequeno que dormia tranquilo - Queria tanto ter um filho.
- Assim, do nada? - questionou confuso.
- Não. Eu já tenho vinte e cinco anos e até hoje não encontrei a pessoa certa pra mim. Tenho medo de só ficar esperando e não ter um filho, sabe? - questionei.
- Sei, mas não adianta nada você tem um filho com qualquer pessoa, né Lud. - ele sorriu - Você ainda é muito nova. Tem muitas festas pra ir, muitas bebidas pra beber, muitas mulheres e homens para pegar. Aquieta-se.
- Tem razão né?! - gargalhei baixo - Por falar em festas, podíamos marcar um fervo pra essa semana. Aproveitar que todos os meus trabalhos são aqui no Rio e tenho tempo o suficiente para me divertir e descansar.
- Gostei. - sorriu de lado - E podemos convidar aquela sua amiga...
- Que amiga? - perguntei confusa.
- Rebeca! - falou óbvio - Acha mesmo que eu não percebi as segundas intenções dela? A história de querer ser cantora é só uma oportunidade para se aproximar de você.
- Não seja maluco. - dei um gole na cerveja que agora não está mais tão gelada - Eu mal conversei com ela. Apenas apresentei pro produtor.
- Sei. - franziu as sobrancelhas - Mas de qualquer forma vou convidar ela. - sorriu de lado - E também tem a Brunna, nós...
- Não termina essa frase. - pedi - Você não vai convidar ela pra nenhum fervo, está me escutando?
- Porque não? - se ajeitou na cama e pegou um pouco da minha comida - Acha que eu não sei que vocês duas estão conversando por mensagem?
- Como sabe disso? - perguntei assustada.
- Ela comentou com o Mário, e bem... Todos nós sabemos que o Mário é fofoqueiro. A primeira coisa que ele fez foi me contar. - deu de ombros.
- Não sei se estou com raiva da Brunna por ter comentado, ou do Mário de ser uma boca de sacola. - resmunguei pegando o meu celular - Dois fofoqueiros.
- Fica brava não. Ninguém se importa de vocês estarem conversando. Muito pelo contrário, seria ilário se tudo voltasse a ser como era antes. - suspirou - Sinto saudades dela, de você e principalmente de vocês duas juntas.
- Marcos me faz um favor... - peguei o travesseiro que estava mais perto e joguei em seu rosto - Sai desse quarto e me deixa em paz.
- Ficou nervosinha só porque a gente descobriu que você anda conversando com a Bruninha. - fez gracinha e quando fui jogar o outro travesseiro, Michel se mexeu sobre a cama e eu mudei de ideia.
- Ou você vai embora agora, ou eu vou postar aquela sua foto de cueca. - abri a galeria do meu celular, na procura pela foto.
- Não Ludmilla, eu já estou indo. - ele se levantou rapidamente - Mas você sabe que daqui a pouco nossa mãe está aqui e vai te arrastar lá pra baixo.
Ignorei a sua fala e voltei a me deitar por completo na cama. Minha cerveja já tinha chegado ao fim, assim como a minha comida. Tudo que me restou foi tentar descansar por uns minutos, mas foi em vão, já que eu fiquei entediada e postei uma foto do Michel com a legenda: "é muito bom estar de volta em casa e matar a saudade de você, filho ❤️" logo em seguida postei uma caixinha de perguntas e comecei a responder os fãs.
Pov' Brunna
Consegui terminar o meu plantão mais cedo que o esperado. Deixei todos os pacientes há espera do próximo médico, mas todos já atendidos. E deixei o hospital, voltando em direção a minha casa, onde tinham alguns dos meus amigos me esperando para ir até a praia de Copacabana tomar um sol, pois segundo eles, Londres tirou meu bronze e eu preciso recuperar-lo.
Graças ao pouco movimento de domingo a tarde, cheguei em casa rapidamente. E tive a oportunidade de encontrar meus pais na sala de estar, conversando sobre algo que viram no jornal da manhã. Cumprimentei eles com um beijo na bochecha e subi para o meu quarto. Deixei minha maleta sobre a cama e retirei minha roupa, indo em direção ao banheiro, tomando um banho gelado e demorado.
Ao sair do banheiro, levei um susto ao ver Mário Jorge, sentado sobre minha cama com um copo de suco de laranja na mão e umas torradas na outra. Como se fizesse parta da família, ou simplesmente fosse uma decoração do meu quarto. Apertei ainda mais a toalha em meu corpo e primeiro procurei uma roupa para vestir e só então falei com o moreno.
- Você deve achar que está em casa. - bati em seus pés, o empurrando para fora da cama.
- Brunna, acho que você se esquece que eu moro mais aqui que você. - me deu língua e eu revirei os olhos - Porque demorou tanto assim para chegar?
- Achei que fui rápida. - olhei as horas no relógio - Não tinham muitos pacientes hoje e os que tinham, eu deixei medicados.
- Não sei como eles confiam em você. Se em algum dia eu passasse mal e você estivesse no plantão, eu melhoraria na hora. - implicou e eu lhe dei mais um tapa, dessa vez mais forte.
- Invés de você ficar falando de mim, deveria estar se arrumando pra gente ir na praia.
- Mas eu já estou pronto. - falou e eu analisei sua roupa social - Só estava te esperando.
- Mário, você vai de social pra praia? Tem certeza disso? - questionei após fazer uma careta.
- Amiga, isso aqui é estilo. É pra poucos. - se levantou da cama - Vamos logo. Vou até a cozinha deixar o copo lá, chame o Brunno, ele disse que irá conosco.
Como se fosse o dono da casa, ele saiu do quarto e provavelmente caminhou até a cozinha, como havia dito. Peguei uma das minhas bolsas de praia e coloquei dentro um biquíni extra, já que eu estou usando um por baixo do short jeans e da blusa de crochê. Guardei também o meu celular e só então fui até o quarto do Brunno o chamar para descer.
Como estamos em três, fomos obrigados a dividir um Uber, para chegar em Ipanema, mais especificamente em Copacabana. Uma das minhas amigas, Juliana, já estava lá e não demorou muito para que Irys também chegasse, acompanhada do seu namorado que ficou conversando com Brunno, enquanto nós matamos a saudade, que por sinal era grande.
- Ah, amiga! Faz muito tempo que você se foi. Eu já estava quase indo até lá te buscar. - Ju falou divertida e eu sorri.
- Eu senti tanta falta de vocês. Tinham dias que eu pensava seriamente em voltar pro Brasil. - suspirei - Mas saber que mesmo de longe vocês torciam por mim, me deixava mais animada.
- A gente torce por você de longe e de perto, Bruninha. - Irys falou com seu sotaque paulista - Por falar nisso, o que está achando das coisas aqui no Brasil?
- Estranhas. - falei a verdade - Já fazem duas semanas e eu ainda não me acostumei. Acordo todos os dias falando inglês e esperando o frio me congelar. - elas gargalharam - Mas acho que é questão de tempo.
- Claro, amiga. Foram dez anos por lá. Daqui a pouco você se adapta. - Ju me abraçou apertado - E o hospital, como anda?
- Hospital não anda. - Mário brincou com o seu péssimo senso de humor, e ninguém sorriu - Sem sal.
- Enfim, está tudo bem amiga. Eu pensei que seria pior. Mas hoje em dia eu me acostumei, claro que as vezes eu penso em ter o meu próprio consultório, mas ainda não me sinto confortável para isso. - contei - Vou dar tempo ao tempo.
- Está mais que certa. - Irys beijou minha bochecha - Eu estou indo lá no quiosque, o que vocês vão querer comer?
- Eu quero... - tentei me lembra da palavra certa que se usava para a comida que eu queria - Aquelas carnes, no palito, que são assadas.
- Churrasco. - Mário disse óbvio e quase morreu de rir. Minha vontade era de bater nele, mas Juliana tomou a frente.
- Se você fosse útil o tanto que rir, já tinha ido lá buscar as coisas. - falou brava - Vai lá ajudar a Irys, ela é uma só.
- Por isso eu gosto de homem, mulheres são muito chatas. - o homem saiu resmungando e batendo o pé sobre a areia quente.
Juliana me chamou para ir até a água, mas eu preferi esperar pelo churrasco, já que eu não havia almoçado e poderia ter uma tontura dentro de água. A loira me deixou por ali e se encaminhou até o mas agitado do Rio de janeiro. Aproveitei que estava sozinha e sem ninguém para conversar, peguei meu celular para tirar uma foto do mar e postar em meu storys, do Instagram.
Postei a foto e comecei a ver o que as pessoas que eu seguia tinham postado no tempo em que eu estava trabalhando. Curti algumas coisas dos amigos que deixei em Londres e abri o story da Ludmilla, vendo que ela postou fotos do show e uma foto de um menino pelo qual ela chamou de filho.
Ela realmente tem um filho?
A curiosidade foi mais forte do que eu, e quando vi, já havia a questionado por mensagem. Pulei essa foto e comecei a ver suas respostas da caixa de perguntas. Ao mesmo tempo que ela consegue ser muito carinhosa, é debochada, e imatura. E isso me fez gargalhar por algumas vezes, até receber sua resposta, a pergunta que lhe fiz.
📱
Brunna: Filho?
Ludmilla: Afilhado, mas é como se fosse um filho kkkk.
Ludmilla: Advinha quem é o pai...
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Pensei por longos minutos antes de dar a resposta e por fim, resolvi apenas pedir pela resposta.
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Brunna: Não faço idéia kk, me conta
Ludmilla: meu tio
Brunna: bonito desse jeito e é filho do china?
Brunna: como assim kkkkkkk
Ludmilla: vou contar pra ele que você chamou ele de feio... Mas o pior é que é o filho dele mesmo.
Brunna: que lindo!
Brunna: Qual o nome?
Ludmilla: Michel
Ludmilla: tem míseros 3 anos
Ludmilla: ainda é um bebê
Brunna: fofura ❤️
📱
Achei que a conversa morreria por ali, mas antes de eu voltar a bloquear o celular, recebi mais uma mensagem sua. Dessa vez com um outro assunto.
📱
Ludmilla: você é muito fofoqueira
Brunna: porque diz isso?
Ludmilla: contou pro Mj que a gente conversou e ele contou pro Marcos que agora não me deixa em paz
Brunna: falei nada demais
Brunna: eu deveria esconder que a gente conversou?
Ludmilla: não é isso...
Ludmilla: deixa pra lá kkk
Brunna: tudo bem.
Ludmilla: Como está aguentando o calor da praia?
Ludmilla: estou no ar condicionado e ainda assim está calor
Brunna: falaram que eu preciso recuperar o meu bronze
Brunna: não está tão calor assim
Brunna: você que é fresca
Ludmilla: me senti ofendida
Brunna: era pra sentir mesmo
Ludmilla: o que vai fazer depois da praia?
📱
Quando iria a responder, Mário e Irys voltaram com o churrasco e algumas cervejas. Desliguei meu celular e o coloquei sobre a mesa, perto dos petiscos que eles trouxeram. Rapidamente Juliana saiu da água e se juntou a nós, Brunno e Ryan fizeram a mesma coisa. Passamos a tarde toda pela praia, Irys e seu namorado foram embora, Brunno aproveitou e pegou carona com eles, deixando por ali apenas eu, Ju e o Mário.
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Segundo momento de interação delas 🥺
O que a Ludmilla está querendo com a Brunna?
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