03. Ola, Sr. Bane!
O dia já havia chegado, com o sol se mostrando pela brecha das cortinas do apartamento de Alec. Acertando em cheio seu rosto, fazendo-o desperta.
Com preguiça levantou-se da cama e cambaleou pelo seu quarto até encontra a cozinha, com a visão ainda embasada por causa do sono e da ressaca.
Olhou para o relógio na parede e percebeu com bastante desanimo que estava atrasado. Provavelmente sua mãe já estava na empresa, o esperando com uma expressão impaciente.
Juntou toda a coragem ainda presente em seu corpo e dirigiu-se até o banho, logo depois colocou uma camisa social com um blazer qualquer por cima. Comeu uma mistura que nem mesmo ele conseguia dizer o que era e correu até seu carro para tentar ao menos chegar na reunião que iria começar às 8 horas da manhã.
Da qual percebeu novamente que estava atrasado 15 minutos.
🔹🔹🔹
Durante todo o percurso de seu apartamento até a empresa, a única coisa que passava em sua cabeça eram flashes da noite passada. Aqueles olhos dourados com leves toques esverdeados, que por algum motivo o lembravam de olhos de um gato, passavam sem para em sua mente.
Ele tentou afastar a imagem do sorriso daquele homem de sua cabeça, mas aquilo era uma missão não muito fácil de cumprir.
Seu telefone tocou o acordando daquele devaneio.
Só pelo toque ele já sabia que se tratava de Isabelle, sua irmã.
— BOM DIA MANINHO! — Ela gritou do outro lado da linha, fazendo Alec se distanciar do aparelho.
— Bom dia... Eu acho. Tá querendo me deixar surdo?
— Talvez! Funcionou? — Izzy falou em um leve tom de ironia — Você está aonde?
Alec colocou no viva voz para não atrapalhar o seu desempenho no trânsito, afinal não queria causar nenhum acidente.
— Sua missão de estragar minha audição falhou e já estou a caminho da empresa.
— Que bom, por que a mãe e o pai estão furiosos por causa da sua ausência. — Izzy disse em tom sério.
— E você ajuda muito gritando dessa maneira, e se eles te ouvirem?
Por um minuto a linha ficou em silêncio, e Alec sabia que não devia ter falado aquilo.
Já que o relacionamento de Izzy com seus pais não era nada agradável.
— Eles não ligam pro que eu faço! O importante é você chegar logo aqui, hoje vão apresentar o novo sócio da empresa — ela fez uma pausa, aparentemente falando com alguém que estava ao seu lado — Você como atual líder do Lightwood's Corporation tem que dar suas boas vindas e todo aquele papo chato que você já conhece então se apresse!
Ela desligou o telefone, antes que Alec pudesse reclamar.
Uns 5 minutos depois ele já estava na empresa se direcionando ao andar em que a reunião acontecia.
Cumprimentou gentilmente seus vários funcionários até encontra a sala de reuniões. Bateu de leve ao entra e encontrou olhares furiosos, principalmente de seus pais.
— Desculpem-me o atraso, tive alguns problemas no caminho.
O silêncio continuava a reinar na sala, até que Harrison um dos cientistas encarregados de pesquisas mais serias se manifestou.
— Recapitulando alguns pontos essenciais ao Sr. Lightwood, hoje receberemos um dos grandes empresários de Nova York o Senhor...
Antes que ele pudesse terminar, ouviu-se um arrastar de portas para a qual todos na sala voltaram sua atenção, menos Alec que continuava perdido em seus pensamentos da noite anterior.
— Chegou bem a tempo! — Exclamou Harrison apontando para o estranho que se encontrava parado na entrada da porta — Senhoras, Senhores este é o mais novo sócio da Lightwood's Corporation, o Sr. Magnus Bane!
Assim que ouviu aquele nome tão exótico, Alec voltou sua atenção para o homem que continuava parado a porta.
E o choque foi imediato.
Se pudesse descrever aquele momento em uma palavra, ele sabia exatamente qual usar: MERDA!
Seu sangue gelou e sua cara encontrava-se em uma expressão de total espanto. Alec esperava ver qualquer pessoa parada ali - até mesmo o próprio Elvis Presley – todo mundo menos o cara da noite passada, o cara com quem ele havia flertando que havia dançando de maneira bem inapropriada e que quase havia o beijado.
Não que ele estivesse reclamando, pois encontra-lo novamente era tudo que Alec mais queria. Porém não ali, não naquele momento e principalmente não na empresa de sua família.
Ele viu o homem que se chamava Magnus rir, possivelmente pelo fato de Alec estar vermelho como um tomate.
— Senhor Lightwood estar tudo bem? — Perguntou Harrison preocupado.
— S-SI-SIM... — Balbuciou Alec.
Ele se levantou de modo sério ajeitando o blazer e se aproximou de Magnus.
— É um prazer, recebe-lo em nossa empresa Sr. Bane! — Apertou sua mão de modo firme e formal, mas não conseguiu negar a si mesmo a estática que aquele toque lhe causara.
Seus olhos se encontraram e o mesmo sentimento da noite anterior tomou conta de seu corpo, mas rapidamente ele se recompôs voltando para sua cadeira de antes.
Magnus fez o mesmo sentando-se em uma cadeira coincidentemente a frente de Alec. A reunião continuou, porém de vez em quando os dois trocavam olhares discretos.
Izzy que não estava muito longe instantaneamente percebeu o clima estranho, deixando o confronto e as perguntas para mais tarde.
Alec pensou que aquilo devia ser algum tipo de piada. Pois a guerra que tinha dentro de si entre mente e coração iria, com toda certeza, ficar pior com a presença daquele homem ali.
Que mexia com seus sentimentos de uma maneira perturbadora.
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