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Capítulo 1 - Prazer e Sabor

   Meu pai vai me degolar.

   Essa era a única coisa que passava repetidamente na mente do jovem que corria como um lebre. Nessas horas ele desejava ter o conhecimento de um ladrão para se esgueirar pelas vielas infestadas de ratos e se camuflar entre eles, entretanto o máximo que conseguia fazer era jogar barris de rum na direção de seus perseguidores.
Mas estava apenas colhendo seus frutos, visto que nunca quis sequer se aproximar da Avenida Principal de Sartora, fazia o possível para não ir à cidade e quando seu dever real o empurrava para lá, lhe era como a morte. A realidade fétida e mal cuidada das áreas mais abandonadas embrulhava seu estômago, mas agora era para ela que ele estaria correndo.

   O chão inundado de lama, graças as chuvas de verão, fazem seus preciosos pés se afundarem e o deixarem mais lento do que gostaria de estar, mas havia um pequeno benefício. As botas de aço maciço dos guardas praticamente os faziam atolar os pés na lama.

   Contudo sua vantagem só durou até um dos guardas aparecer em sua frente e encurralá-lo. Logo estaria completamente cercado e condenado à morte ou à uma vida miserável – o que, tecnicamente, é a mesma coisa.

   Mas algo chama sua atenção. Um chiado de roedor direciona seus olhos âmbar para caixas de madeiras vazias empilhadas de qualquer jeito.

   — Nem pense nisso, garo... — pensado e feito, o guarda cambaleia quando uma caixa atinge sua cabeça, que foi parcialmente protegida pelos seus braços, em movimento defensivo. — achou mesmo que isso iria... — cortando sua fala e sua cara, o jovem fugitivo quebra uma garrafa de vinho no soldado, deixando-o sangrando e atordoado o suficiente para ter uma rota de fuga.

   Se dirigindo à esmo o mais rápido que suas pernas permitem, o rapaz acaba se vendo no meio do porto de Cardéllia, onde não há nada além água, navios de "comércio", cheiro de peixe podre e mais água. Olhar ao redor e não ver saída é aterrorizante, mas não se compara ao pavor dele de cair nas mãos do pai. O coração nas costelas, os longos cabelos castanhos grudados na testa e no pescoço, os pulmões ardendo a cada inspiração. Seu corpo não conseguirá correr por muito mais tempo.

   As luzes dos guardas e os sons de suas vozes retumbantes começam a se aproximar a cada segundo, tornando seu desespero crescente o dominador de sua mente, que o guia até o lugar onde nem mesmo os guardas ousam entrar. Um lugar onde um ratinho doméstico como ele seria rápida e brutalmente comido pelo demônio em forma de gente.

   O Navio Helene, posse da maior e mais sanguinária criatura que esse mundo podre e sem valor já pode produzir; a capitã Dálilla Fipher.
 
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   O céu pintado de preto presenteava o reflexo da água com o brilho singelos das estrelas, que não se comparavam ao brilho dos candelabros e velas que iluminavam o buraco mofado – taverna, para os leitores mais classudos – e seus arredores.

   Era noite de festa!

   Graças à fundação da capital da ilha de Syrraloh, o comércio de escravos extraviados do arquipélago de Kainum tem tido o maior lucro dos últimos 70 anos. A temporada de festas aumentou a exportação de xarope de amêndoas e mineração no sul chega a estar em desespero com o casamento real que acontecerá no dia da alvorada.

   Mas ninguém superava a alegria, pelo
menos interna, que estava no canto do bar. O chapéu de couro de búfalo abaixado escondia um sorriso muito pequeno, escondido por meses atrás da uma carranca de espantar urubus. Os dedos compridos seguravam o crivo branco em uma mão e o rum de savaia na outra. Sua comemoração era a embriaguez.

   — Não vai comemorar conosco? — O velho se aproxima enchendo seu copo pela 4° vez na noite. — A noite é sua, curió, deveria aproveitar.

   — Estou aproveitando do meu jeito, Serverio. E não me chame de curió, sabe das consequências.

   — Suas consequências não se aplicam à mim. — ele recebe um tiro em forma de olhar, mas é ousado e se recusa a decrescer o sorriso convencido. — bem, só estou dizendo que você deveria se abrir mais para o mundo, aproveitar os prazeres e sabores da vida.

   — Prazer — Ergue o crivo. — Sabor — É a vez do rum se levantar. — Já tenho tudo o que preciso e já vivi todos as bênçãos e maldiçoes que essa vida acha que mereço.

   — Só penso que você poderia tentar uma vida mais convencional depois que encontrar um sucessor, talvez achar alguém para dividir o resto da vida, ter uma grande prole de fil... — O copo de rum se estilhaça na cara de um dos homens do estabelecimento, logo depois de uma última golada, para liberar a mão que enforca o velho.

   — Na próxima vez que sua prepotência te fizer pensar que pode ditar a porra da minha vida, eu abro sua garganta de fora a fora com minhas próprias mãos. Entendeu?

   — Entendi sim, entendi tudo. — O velho sai de costas e volta para o balcão, de onde não pretende sair pelo resto da noite.

   A música, interrompida pelo arremesso do copo, volta a ambientar o lugar logo após um curto tempo de tensão e não demora para uma das garçonetes de pouca roupa lhe entregarem outro copo e uma garrafa de vinho Barnysiano. Tudo voltou a fluir normalmente, até chegar um estrume com pernas, ou seja, um bêbado, cujo os olhos verdes se atraem por longos cabelos ruivos, o fazendo sentar – se escorar - ao lado dos mesmos.

   — Que cabelo extravagante, florzinha. — Seu bafo de whisky barato é de dar ânsias de vômito. Ele acaricia os cabelos ruivos da "florzinha'' em questão. — Sabe, eu acabei de levar um pé na bunda da minha noiva traíra e até estava pensando em afogar as mágoas em alguma das putas daqui, mas acho que você faria muito bem esse traba-

   Pow!

   Um tiro de pistola explode os miolos do bêbado chifrudo antes que ele ouse colocar as mãos em suas coxas, como queria fazer.

   — Esse lugar já foi melhor frequentado, Ramói. Se continuar nesse ritmo, vai perder até mesmo sua clientela mais fiel. — É a vez dela de sair da mesa, enquanto tira os pedaços de cérebro que caíram em suas roupas novas.

    Acredite, estava furiosa com a sujeira e o importuno, mas não estava com disposição para demonstrar.

   — Aqui. — ela deixa dois galeões de prata na mesa. — Preciso de um banho e uma noite descente de descanso. Pode mandar uma de suas garotas arrumar o quarto antes que eu chegue?

   Ele assente com a cabeça, recolhendo o dinheiro com as mãos sujas e ordenando para que uma das garçonetes faça o que foi requisitado. O pavor em seus olhos enrugados e desgastados é inegável. Claro, não é a primeira vez que ele tem que limpar o sangue que ela derrama, mas, ainda assim, não se acostuma.

   — Ei, garoto! — A mulher para aos pés da escada que leva para os quartos e chama um jovem de olhos azuis como um céu de primavera e cabelo castanho jogado para trás. Ele escuta o chamado e aponta para sim mesmo, incerto. — É, você mesmo. Venha aqui, por favor. — ele obedece. A ruiva imponente o segura pelo colarinho de sua camisa surrada e inspira profundamente para sentir seu cheiro. É doce, mas também amadeirado – ele deve trabalhar na padaria perto da marcenaria. — É casado?

   — Não, senhorita. — o rapaz está tenso, claramente aterrorizado. Vê-se que nem consegue olhar em sua direção.

   — É virgem?

   — ...Não.

   — Sabe fazer uma mulher chegar em seu ápice? — ele finalmente a encara, apesar de não ver muito além do que o chapéu permite. Sua confusão parcialmente inocente é cômica e tira uma risada fechada dos lábios exageradamente grossos da mulher. — Relaxe, cavaleiro, não saíra ferido daqui por dizer um não.

   — Mas, neste caso, a resposta é sim; eu vou te fazer ter um ápice! — Um sorriso confiante surge em seus lábios finos.

   Esse tem culhões!

   — Não prometa algo que não sabe se vai conseguir cumprir, rapaz! — a mulher do chapéu de couro o puxa, selvagemente, para ainda mais perto e sussurra em seu ouvido. — Sou uma mulher exigente e mandona.

   Ele apenas a segurar firme pela cintura, pressionando seus corpos e a possibilitando de sentir um volume crescer nas calças do homem a sua frente.

   Estava tão excitado quanto ela.

   Sem dizer mais uma única palavra, ambos foram para o quarto separado pra ela, deixando um ambiente tenso e silencioso para trás.

   — Continuem com a música, seus medroso! Nosso curió foi transar, provavelmente não causará mais problemas até amanhã de manhã. — exclamou o velho franzino denominado Serverio.

   — A não ser que o rapazão ali não dê conta do recado e desanime no meio.

   As gargalhadas dos homens do ressinto inundam o ambiente.

   — Mas também não podemos julga-lo se não finalizar o serviço, poucos aqui conseguiriam se transassem apenas com a parte de baixo daquela vagabunda!

   A fala rouca que enfurece seis dos vários homens do lugar vem da última cadeira a frente do bar. O fumaça excessiva que sai do crivo impede que o rosto do homem desprovido de amor à própria vida seja visto, mas isso não interessa para os homens com espadas apontadas em sua direção.

   Parece que o banho de sangue ainda não terminou.

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